— Eu sei, mas vou resolver pode ter certeza.

— Vamos fazer assim, não me leve a mal, mas só volto a te beijar quando você  resolver isso, estará de castigo até lá, assim saberei se você me quer. Afinal se demonstrar interesse em arrumar as coisas conseguiremos ficar juntos e nem venha com gracinhas.

— Como assim sem beijos? Isso é muito injusto. - Disse ele com uma cara de piedade, o que me fez segurar o riso.

— É isso mesmo que você ouviu senhor Gustavo Larius. Sem beijos, até o assunto ser resolvido.

— Tudo bem né, eu vou esperar. Agora eu vou indo, se cuida viu?

— Se cuida também. - Sorri e logo senti ele me roubar um selinho rápido, o olhei séria, mas logo sorri.

— Passo aqui às 7:00 pra te pegar. - Disse ele indo em direção ao seu carro e entrando no mesmo.

Cecília On— Não respondi apenas assenti, os pensamentos rodavam na minha cabeça, onde tu ta se metendo Cecília? Não caí nessa é sempre assim, não sei porque, mas meu subconsciente me alertava. Entrei no quarto me olhando no espelho  vendo meu reflexo e a cara de abestalhada que estava, as mãos ainda sob os lábios sem acreditar em tudo o que estava vivendo. Tomei um banho quente e relaxei, sonhei com uma família e eles estavam muito felizes juntos.

Logo o dia amanhece, e a pequena Dulce acorda onde encontra sua tia dormindo na cadeira ao lado da sua cama.

— Titia, titia...

— Oi meu amor... - Disse sonolenta. - Como está se sentindo?

— Melhor titia... Cadê meu papi e a Cecí?

— Foram pra casa descansar princesa, já já eles estão aqui.

— Titia?

— Oi.- Falei sentando na cama junto com ela que logo veio para meu colo.

— To confusa.

— Com o que? Ta se sentindo mal?

— Não tia, quer dizer não sei, eu acho que sonhei com a Ceci e o papai se dando bem.- Fez bico.- Queria que fosse realidade. 

— É mesmo? A titia vai te contar um segredo, mais não pode contar pra ninguém. Tá?

— Simpiririm, prometo que juro.

— Seu papai e a Cecí estão se dando bem sim, não foi só um sonho não.

— É mesmo? Verdade verdadeira? - Ela ficou toda feliz e sorridente.

— Uhum, eles se acertaram. Graças a você, né sua sapequinha?

— Eu sou demais. - Gargalhou.- Será que agora eu vou ter uma mamãe de verdade de novo?

— Não sei meu amor ai não depende da gente e sim deles dois, ou só do seu pai agora pra decidir.

— E se nós duas déssemos uma forcinha?

— Não sei não, acho melhor deixar isso com os dois.

— Ah vai titia, por favorzinho... - Diz ela com um biquinho fofo.

— Aí Dulce Maria, desse jeito a titia não resiste.

— E se essa for à intenção?

— Tá bom menininha, vamos ser as cupidas do seu pai e da Cecí.

— Iuuuuuupii.

— O  você quer fazer?

— Segredo.

— E como vou poder te ajudar em?

— A é mesmo. - Sorriu.- Chega mais pra cá é assim...

Gustavo On— Dormi como um bebê a noite  toda graças a Cecília estava me sentindo tão bem, nunca senti uma paz tão grande. Me levantei, tomei um banho e me vesti, ficando pronto para ir ao hospital. Desci as escadas e Silvestre veio ao meu encontro.

— Senhor Gustavo, não vai comer nada?

— Não Silvestre, obrigado. Estou indo pro hospital quero ver minha filha, mas antes quero fazer uma surpresa pra ela. Quero comprar um presente.

— Perfeitamente senhor, boa sorte então.

— Obrigado. - Sorri e saí indo em direção a garagem. Passaria na casa da Cecí, assim ela poderia me ajudar e me dar idéias do que comprar para a Dulce.

Entrei no carro escolhendo um cd aleatório e logo Pitty começou a cantar espetacularmente, mandei uma mensagem rápida pra Cecília dizendo que não poderia esperar muito, pois estava apressado ela não me respondeu, mas quando cheguei na frente de sua casa ela estava mais bela do que havia deixado antes, confesso que não sei como ela consegue isso estava vestida com uma saia longa estampada, uma regata branca, levemente maquiada e um sorriso largo no rosto que a embelezava até se ela estivesse fazendo faxina.

— Bom dia princesa.

— Que sorriso bobo é esse em? - Sorriu.

— É meu melhor sorriso o mais conhecido como galanteador de corações.