O que tem por trás de uma carinha de anjo? escrita por Alessandra


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Será que é tudo mesmo só sorrisos?



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— Ui, me desculpe aí senhor galanteador. - Disse rindo.

— Diz isso, mais eu roubei seu coração. Não é?

— Convencido. - Mostrei a língua a ele.  - Vamos?

— Vamos sim, mas antes quero passar em alguma loja. Quero comprar um presente pra Dulce e preciso da sua ajuda.

Cecília On— Estávamos conversando aleatoriamente quando os acordes de "Na Sua Estante" começaram e claro que a gente começou a cantar junto, paramos em um sinal vermelho quando o refrão começou eu cantei olhando pra ele... Eu estava aqui o tempo todo só você não viu...

— Eu vi sim e continuo vendo aliás quero agradecer a Deus pela escultura que Ele fez você é muito linda, eu sei que to de castigo, mas pelo amor de Deus, colabora comigo me dá um beijo de bom dia?

— Gustavo o que a gente combinou?

— Eu sei, eu sei. Mais só um, vai...

— Não sei não... - Disse fingindo.

— Por favor.

— Você venceu. - Me aproximei e dei um beijo nele que se aproveitou demais até de mim, saímos do transe quando várias buzinas soaram nos alertando que o sinal já havia aberto.

— O que pensa em comprar pra Dulce? – Perguntei olhando para as paisagens que passavam por nós, tentando esconder minha reação o Gustavo mexia muito comigo.

— Ainda não sei... Brinquedos ela tem muitos, queria dar algo diferente.

— Diferente como?

— Sabe quando a gente brigou eu vi a Dulce com um retrato seu, ela tem você como uma figura feminina muito forte. Pra ser mais exato uma figura materna, queria fazer algo que te lembrasse a ela, ou se você quisesse algo que vocês duas usassem. Não sei direito. - Pensou.

— Entendi, tipo algo que iremos ter sempre conosco. Não é?

— Exatamente... E eu sei direitinho o que comprar.

— O que?

— Uma jóia, que carrega um coração. Metade dele ficará com você e a outra com a Dulce.

— Ai que lindo. - Disse sem palavras.

— E você não vai ter um também?

— Não preciso de um.

— Posso saber porque?

— Porque eu levo vocês sempre em meu coração.

— Você e esse seu dom de deixar as pessoas emocionadas, Gustavo. - Sorri.

— Eu amo você. - Sorriu de volta.

— Eu, eu... Nem sei o que dizer.

— Não precisa dizer o mesmo, não se sinta nessa obrigação só porque eu falei. Se você um dia tiver vontade de dizer serei o homem mais feliz do mundo e enquanto não chega esse dia esperarei pacientemente.

— Existo sim e eu estou bem aqui na sua frente. - Estacionei o carro em frente a uma loja. Quando Teresa era viva, costumava vir aqui para presente-lá com jóias, ela amava. Tanto que hoje todas estão guardadas em uma caixinha. Pra serem entregues a Dulce quando ela fizer 15 anos, espero que demore muuuuito tempo. - Sorri.

— Você sente muita falta dela né?

— A Teresa era esplêndida Ceci, tudo que fazia era com carinho, atenção, cuidado e com muito amor. Sofri bastante porque é um caminho sem volta nós éramos muito jovens quando o acidente aconteceu, fiquei muito mal, passei meses em tratamento psicológico.

— Eu sei bem como é, a dor da perda é incurável.

— E como é... - Disse olhando ao céu, e respirei fundo.

— Mais vamos deixar essa conversa triste de lado, não é mesmo? Temos que ir ao hospital ver a nossa pequena, que uma hora dessas já deve estar acordada.

Cecília Pov— O Gustavo segurou minha mão ao entrarmos na loja até tentei puxar de volta, mas sem sucesso, chegamos no balcão de atendimento onde uma senhora nos atendeu.

— Bom dia, em que posso ajudá-los, mas olhando pra vocês nem preciso perguntar, vão casar? - Sorriu simpática.

— É... - Olhei pro Gustavo sem jeito e o mesmo não me deixou responder.

— Bem casar agora não, mais quem sabe mais pra frente. - Ele me olhou e piscou pra mim.

— Formam um belo casal... Mais o que vocês precisam?

— Aquelas correntes fofinhas de coração, delicadinhas. - Falou sorrindo.

— Tenho uma ideal aqui pra vocês. Falou abrindo a amostra.

— Mas Gustavo e a foto?

— Nós vamos numa gráfica rapidinho e conseguimos ajeitar. Relaxe meu amor já tenho tudo planejado. - Sorriu depositando um beijo em meu nariz.

— Como eu disse, você não existe. - Sorri. - Vou ligar pra Estefânia pra ver se está tudo bem. - Peguei meu celular na bolsa e disquei o número, não demorando para que a mesma atendesse.

— Bom dia Estefânia.

— Oi Cecí, bom dia.

— Como estão às coisas por aí? A Dulce está bem?

— Sim sim, ela melhorou e aliás não para de perguntar por você e o Gustavo.

— Estamos chegando, só tivemos um pequeno imprevisto. - Menti.

— Mas está tudo bem com vocês?

— Tudo ótimo. - Sorri

— Cecília,  Cecília.

— Pode confiar, não iremos demorar pra chegar.

— Está bem, juízo vocês dois.  Beijinhos. - Estefânia encerrou a ligação.

Cecília Pov— Quando estava voltando para onde o Gustavo estava reparei que o mesmo estava ao telefone e parecia nervoso, pois andava de um lado para outro.

— Não Nicole, você não entende minha filha está doente, não quero conversar agora, não Nicole, a gente tem que resolver uma coisa, não da pra ser por telefone, na sua casa? Desfile de moda no exterior? Quando? A gente vê isso, ok, eu também te amo. - Tentou disfarçar sussurrando, mas já era tarde demais.

— Podia continuar conversando com ela Gustavo. - Falei triste.

— Por favor Cecília não começa,  a conversa com ela não foi nada boa estou com a minha cabeça explodindo.

— Desculpa, percebi principalmente pelo eu te amo no final da ligação. - Falei dando as costas enquanto ele finalizava a compra. Fui andando em direção ao carro onde me encostei esperando-o.

Ele se aproximou e entregou a linda caixinha a mim, onde estava a correntinha. Entrei em silêncio no carro, onde fui o percurso todo assim, não tinha argumentos para usar e nem queria escutar...

— Desculpa Cecília.

— Não me peça desculpas eu sei que você gosta dela, ela tem nome, é linda, se sustenta, tem família. - Fungou. - Só peço que não continue a me dar esperanças, pois sei que não tenho chance alguma.- Suspirei encostando a cabeça no vidro do carro, o que mais doeu foi perceber que ele não falou mais nada, segurei as lágrimas respirando fundo como sempre fazia.


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