Os Mistérios de Santa Rosa. escrita por Caçadora Literaria


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um, pelo primeiro ter sido bem pequeno! Até as nota finais!



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Estava de volta a Santa Rosa mas tudo estava sem cor e sem vida, aquela pequena vila não tinha o mesmo aconchego de antes,caminho pelas ruas até chegar na igreja, quando entro lá todos apontam para mim e riem de mim e alguns falam que meus pais morreram por minha culpa então acordo em um sobressalto assustada com o rosto molhado de lágrimas, olho em volta e vejo que ainda estou na casa de vovó Catarina, torço para que a morte dos meus pais não tenham sido nada menos que um pesadelo como aquele. Levanto com certo dificuldade por me sentir meio fraca e caminho para o banheiro onde meu banho estava pronto e me dispo do vestido, crinolina e espartilho e entro na banheiro e começo a me banhar pensando no pesadelo.

Ao sair da banheira e me secar visto as peças de baixo e com a ajuda de Santana o espartilho e a crinolina mas quando ela ia me vestir com o vestido vejo que ele era todo preto com alguns detalhes em renda, o sapato era cinza e a olho sem entender porque esse vestido tão melancólico , na verdade eu não queria acreditar que o que havia acontecido antes do meu desmaio tinha realmente acontecido, após estar devidamente vestida sento na arrumadeira enquanto ela penteia meus cabelos me olhando com pena.

–Santana...não precisa me olhar assim, eu sei que sou órfã mas já está sendo difícil demais, ter alguém me olhando desse jeito só piora - falo enquanto ela prende meu cabelo em um coque perfeito me deixando com um ar sério.

–Me desculpe querida, mas eu não consigo, tem certeza que quer ir morar naquela sua casa enorme sozinha? - ela me olha colocando um brinco e um colar de pérola, era de mamãe..

–Isso vai ser uma maneira de tomar as rédeas do nome da minha família, faço isso por eles - digo mais para mim mesma do que para ela suspirando olhando meu reflexo no espelho.

–Ok meu bem, mas saiba que se precisar de um lugar essas portas sempre estarão abertas para você - ela sorri fraco e faz uma reverência saindo do meu quarto.

Assim que me vejo sozinha levanto e abro o armário e vejo que mais nada meu se encontra naquele quarto, tudo já devia estar guardado e dentro da carruagem, então eu desço para a sala de jantar onde vovó desolada me esperava sendo consolada pela minha prima Sofia.

–Anna, que bom que acordou! Estávamos a esperando para o café da manhã - fala minha vó tentando parecer bem.

–Bom dia vovó e Sofia, a senhora vai conosco? - pergunto sentando assim como Sofia que tinha seus cabelos ruivos presos igual o meu e usava um vestido azul petróleo escuro que mais parecia um preto e os sapatos pretos.

–Eu gostaria de ir mas não tenho condições de ir minha querida...não tenho forças para ver meu filho e nora sendo enterrados - fala ela com a voz embargada.

–Tudo bem vovó, eu a Anna te representamos lá na hora - fala Sofia pegando a mão de Catarina.
–Obrigada minhas meninas! Vocês são as minhas razões para continuar sorrindo - fala vovó Catarina abrindo um pequeno sorriso.

–De nada vovó - sorrio fraco e tomo meu café e algumas torradas, não estava com muita fome assim como Sofia.

Após terminamos o café com vovó nos despedimos dela e de Santana que nos abraça forte e se despede com acenos assim como Catarina a medida que a carruagem vai andando em direção a estação de trem, todo o trajeto tanto da carruagem quanto o do trem foram silenciosos e pesados com o clima da morte pairando sobre nós.

Alguma horas depois finalmente chegamos a Vila de Santa Rosa e tudo que eu queria era correr para casa e encontrar meus pais me esperando e os abraçar com toda força do mundo, mas o aperto em meu coração e olhos marejados me mostravam que isso não era possível, com a ajuda do cocheiro da família Ariel colocamos as malas na carruagem que nos espera e ele nos leva para casa primeiro na de Sofia que se despede com um abraço apertado e por fim a minha casa que parecia tão enorme e fria sem a presença calorosa dos meus amados pais, ao sair da carruagem as três pessoas que sempre me apoiaram estava lá a dama de companhia Amanda, o mordomo Alfredo e a governanta Marisa.

–Annabel querida! Como você cresceu, soubemos do acidente e sentimos muito - fala Amanda se aproximando e me abraçando.

–Amanda...você não imagina o quanto dói, chegar aqui e não os ver - falo a soltando e abraço Alfredo e Marisa que me olhavam com carinho.

–Estamos aqui para ajuda-lá querida, no que precisar - fala Marisa segurando minhas mãos.

–Irei mandar preparar um chá - fala Alfredo entrando e logo depois Amanda entra ajudando Ariel com as minhas coisas e Marisa entra comigo, a cada passo que dava mais meu coração se despedaçava ao me lembrar deles em todos os cômodos daquela casa fria e sem vida.

Entro no meu quarto e tomo o chá que já estava lá na companhia de Amanda e Marisa, elas me informaram tudo que aconteceu na vila recentemente e no período que estive com a minha avó, mas o que mais me assustava era meus pais terem deixado uma carta e um testamento prontos antes de viajar para me buscar, será que não foi um acidente? Enquanto essas perguntas rondavam a minha mente Ariel chega e avisa que a carruagem estava pronta para me levar a vila, precisava organizar o funeral e a missa para os meus pais.

A carruagem me leva de volta a vila e todos olham curiosos não iriam me reconhecer de chapéu e devido ao fato de eu estar bem diferente de quando era mais nova, ao mesmo tempo que estar de volta me revigora me destruía.


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Notas finais do capítulo

Por isso é hoje! Espero que gostem! Até o próximo!

Bjs da Caçadora!



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