Living in the North escrita por Saulo Poliseli


Capítulo 11
Capítulo 11 - Elize Bennet


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é foda e vai ter meio que um plot twist nele. Quer dizer, não sei se é bem um plot twist, mas é uma revelação/acontecimento importante. Espero que gostem.

Boa leitura!



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Lizzie estava exausta e com o corpo todo molhado de suor, sentia ondas de calor por todo seu corpo e seus músculos doíam e latejavam. Apertou o botão pra desligar a esteira e saiu de cima da mesma, descendo as escadas para ir ao andar térreo da academia. Pegou sua pequena toalha de rosto que estava sobre os ombros e passou sobre sua testa que escorria suor. Ao terminar de descer a escada, deu meia volta pra direita e foi em direção ao fundos da academia, passando por todo tipo de aparelho para musculação.

Abriu uma porta com um grande adesivo rosa com um desenho representando que era permitido somente a entrada de pessoas do sexo feminino. A garota abriu um pequeno armário igual aos escolares, pegou sua mochila e a levou para dentro de um box do banheiro, retirou de dentro da mochila uma esponja, sabonete e shampoo. Então ligou o chuveiro do box e começou a tomar um banho.

Dez minutos mais tarde, saiu do banheiro com a mochila, com seus produtos lá dentro, nas costas. Havia trocado a sua roupa esportiva por uma casual. Atravessou toda a academia cumprimentando alguns companheiros de hobby e também o personal trainer que estava trabalhando naquele momento. Geralmente as academias tinham mais de um personal trainer durante o dia, mas cada um fazia um horário específico e era bem raro ver mais de um na academia no mesmo horário.

Lizzie prendeu seus cabelos em um rabo de cavalo, como de costume, enquanto caminhava pelas calçadas de North Hopeville. Seus cabelos ainda eram loiros, pois, afinal, eles eram naturais. A inglesa ganhara alguns quilos desde que entrara na cidade, mas esse peso era de massa muscular. Antes ela tinha o corpo comum, com o índice de massa corporal ideal, em outras palavras, não era nem magra e nem gorda, mas agora o seu corpo era bem definido e bonito. Com pequenos músculos nos bíceps, os seios estavam do mesmo tamanho, porém, estavam mais rijos, sua barriga estava bem definida e magra, porém, não tinha "tanquinho", e suas coxas estavam grossas e bastante fortes. Sua tatuagem de caveira colorida na coxa esquerda ainda estava lá.

Ela entrou em um supermercado e começou a pegar coisas que estavam faltando na sua casa, colocando tudo em cestas feitas de plástico. A cidade não tinha sacolas plásticas e por isso quando alguém fazia compras em supermercados e farmácias principalmente, tinha que usar cestas de plástico para levar os produtos e mercadorias para sua casa, mas depois o consumidor levava as cestas de volta para o estabelecimento.

— Bom dia, querida – disse uma voz masculina. Lizzie tomou um pequeno susto, mas sorriu quando viu a pessoa e sentiu os lábios dela tocarem os seus. Era Jackson, o desenhista.

— Bom dia, amor – cumprimentou a inglesa. – Tá comprando o que?

— Só legumes e verduras. E você? – quis saber o rapaz.

Lizzie respondeu uma pequena lista de alimentos e alguns utensílios básico para casa.

Depois do casal terem pegado tudo o que estava precisando, ambos pagaram o caixa e se retiraram do supermercado, chamaram um cocheiro e pediram para que os levassem até a casa de Lizzie, que ficava mais próxima do que a casa do Jackson.

— Ah, os desenhos que você me pediu já estão prontos – informou Jackson, enquanto entrava na sala de estar da inglesa.

— Estão? Tem como trazê-los pra mim amanhã? – perguntou ela. – Tenho que fazer algumas coisas e não posso ir pra sua casa hoje, querido.

— Tudo bem. Sem problema – concordou o desenhista.

Os desenhos que Lizzie havia pedido eram um da bandeira da Inglaterra e um outro da bandeira do Reino Unido, mas eram desenhos pintados com spray e também era usado resquícios das pontas dos lápis coloridos, que eram colocados sobre a folha para colorir o desenho.

Lizzie teve a ajuda do namorado para colocar as compras nos lugares certos. Depois disso os dois ficaram conversando e assistindo TV até anoitecer, quando Jackson foi embora para sua casa, levando suas compras com ele. A inglesa foi pro banheiro para tomar outro banho, mas esse foi mais pra passar uma água no corpo e se refrescar, portanto, foi mais rápido, e ela não lavou os cabelos.

Vestiu a mesma roupa que havia colocado na academia, foi para o quintal dos fundos e viu que havia escurecido completamente. Parou alguns segundos para contemplar o céu estrelato e sentir a grama sobre seus pés e entre seus dedos. Podia sentar em uma cadeira de balanço que tinha ali no quintal, tomar café ou chá e ler livros até sentir sono e ir para sua cama e encerrar seu dia, mas em vez disso preferiu sair. Então, foi ao seu quarto, passou um perfume que seu namorado dera de presente em seu aniversário há menos de uma semana atrás, um batom vermelho nos lábios e pouca maquiagem no rosto, calçou uma sapatilha e saiu da sua casa.

Estava caminhando pelas calçadas de North Hopeville e avistou James passando com sua Harley pela rua. Ela gritou e assobiou para o amigo, que ouviu e levantou seu braço esquerdo com a mão aberta para dar um pequeno aceno para Lizzie. Sorriu e continuou caminhando.

A inglesa parou para pegar um chiclete em um de seus bolsos e para usar seu celular para ligar para seu namorado, Jackson. Quando estava mastigando o chiclete e digitando os números, ouviu um barulho estranho. Desligou a tela do celular mas permaneceu com ele na mão, caminhou em direção do barulho e entrou em um beco estreito e viu uma luz saindo do chão, se abaixou e viu que era janela de um porão, e também viu que tinha duas mortas-vivas caminhando pelo local.

Lizzie perdeu o fôlego ao ver aquela cena. Respirou fundo e se controlou para não gritar ou entrar em desespero. Se levantou e se virou, quando ia sair do beco viu um vulto na sua frente com algo em sua mão direita. Antes que o vulto se aproximasse, a inglesa pensou rápido e jogou seu celular na direção do vulto, mas teve o azar de acertar no peito e não na testa.

Ela viu que o vulto se aproximou dela e com isso pôde ver que era um homem, tentou gritar por socorro mas não conseguiu, sentia medo e sua voz não saía. O homem se aproximou mais e deu um golpe na direção de Lizzie, que teve reflexo para se abaixar e agilidade para golpear a virilha do homem misterioso. Ele caiu no chão gemendo de dor, Lizzie aproveitou esse tempo para pegar o que o homem carregava na mão direita, um pedaço de ferro, e golpeou a cabeça do indivíduo, que desmaiou no mesmo instante.

Lizzie correu até onde estava seu celular do chão para pegá-lo e ligar para a polícia. Por sorte ele só tinha trincado a tela, mas ainda estava funcionando.

— Polícia, qual é a emergência? – perguntou uma voz feminina.

— Estou na rua quarenta e dois, no quarteirão noventa e dois – informou Lizzie. – Encontrei um homem suspeito de manter mordedores em sua casa. Ele me descobriu mas consegui nocauteá-lo. Venham aqui depressa! – completou, falando muito rápido e de forma desesperada. Mas a atendente conseguiu compreender e disse:

— Certo! Estou enviando alguns policiais pro local – informou a voz feminina. – Fique onde está, mas se afaste um pouco do suspeito. Em breve os policiais chegarão.

Foi dito e feito. Depois de aproximadamente cinco minutos chegaram três policiais no local montados acima de motos barulhentas e rápidas, e um deles era James.

— O que aconteceu aqui? – perguntou ele.

Lizzie repetiu o que disse para atendente, e também disse do pequeno combate que teve com o homem. James foi até a amiga e tentou acalmá-la, enquanto pediu para que os outros dois policiais entrassem na casa para verificar. O homem que atacou Ariel, Tom e Lizzie não se mexeu em milimetro sequer e continuou inconsciente no beco.

Os dois policiais saíram da casa e voltaram pro local em que James e Lizzie estavam. Eles assentiram e disseram que realmente tinha dois infectados dentro da casa, mais especificamente, no porão. Também disseram que encontraram dois corpos escondidos no porão, um deles era de um garoto de vinte e um anos aparentes e o outro corpo estava irreconhecível, pois o mesmo havia sido consumido completamente pelos mordedores, só havia sobrado os ossos e nenhum pouco da carne.

A primeira pessoa que Lizzie pensou foi em Ariel, que estava sumida há mais de cinco anos, mas a inglesa não disse nada sobre isso, nem mesmo para James. Porém, depois de algumas semanas do acontecimento, biólogos e cientistas descobriram, através de pesquisas de DNA, que os ossos que sobraram do corpo era realmente de Ariel. O homem foi julgado e condenado à morte, e a polícia descobriu que o homem mantinha as duas mortas-vivas na sua casa porque elas eram sua mãe e irmã.

Lizzie ganhou honrarias dos políticos e militares, e também uma boa quantia de dinheiro. Mas isso não era suficiente para trazer Ariel e Tom de volta a vida.


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Lizzie deu uma de detetive e descobriu o mistério do homem que atacou a Ariel e o Tom.

Imagino a Clarice, dona da personagem Lizzie, ficar com medo ou algo do tipo, depois de ler o trecho que a personagem ouviu barulhos estranhos, porque a narrativa conta que Ariel e Tom ouviram barulhos estranhos também e depois ambos morreram.



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