Rune abr Fricai - Os Versos do Amigo escrita por Dan Achard


Capítulo 2
Ismira


Notas iniciais do capítulo

Então... Aí vai o finalmente início da história, onde apresento alguns dos vários detalhes da história que vai se seguir e vocês conhecerão Ismira, a filha do nosso velho amigo Roran e de sua amada Katrina. Espero que gostem e boa leitura ^^



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Ismira atirou-se em sua cama exageradamente grande e descansou os membros no colchão macio, refletindo sobre os acontecimentos do dia. Passara as últimas oito horas revendo e cumprimentando nobres de todas as raças da Alagaësia, que chegaram aos montes naquela manhã para as provas que seriam realizadas no dia seguinte nos Jogos Triviais. Ela detestava as formalidades monótonas e frustrantes que eram incumbidas aos membros da nobreza, porém seu pai insistia que “a boa imagem é um item indispensável a um bom líder”, e ela era obrigada a passar por esse tipo de situação ao menos quatro ou cinco vezes todos os meses para agradá-lo.

Desde o ataque sofrido pela cidade de Ceunon, há duas semanas, a rainha Nasuada decidiu-se por adiar os Jogos até obter mais informações sobre a identidade dos assassinos. Contudo, devido às pressões advindas, sobretudo, de urgals e anões, os jogos iriam iniciar-se no dia posterior à chegada dos numerosos visitantes ao Vale Palancar, apesar de a canoagem ter sido cancelada e os competidores de Ceunon recusarem-se a sair da proteção de seus muros para disputar. O lorde e demais nobres da cidade também não estariam presentes e ele exigiu um destacamento de trezentos homens do Exército Imperial e trinta feiticeiros da Vanyalí Varden, a associação de magos do Império, para reforçar a segurança do lugar. Nasuada argumentara que dez feiticeiros e cem soldados bastariam, contudo o lorde se recusara a aceitar a oferta e a rainha teve de ceder.

Os preparativos para os Jogos tiveram de ser apressados no vale a fim de que não houvesse atrasos ou inconveniências nas provas que seriam realizadas ou na improvisada cerimônia de inauguração, que seria realizada ao pôr do sol daquele dia às margens do rio Anora. Seu pai, lorde Roran Martelo Forte, ordenara que fossem construídos bancos e mesas que comportassem todos os presentes na cerimônia e também que fossem preparados os mais variados pratos, visto que haveria membros de todas as raças presentes na celebração.

Poucos minutos antes de ela dirigir-se a seu quarto, Roran a puxara para um canto, onde não seria ouvido pelos visitantes em seu castelo.

— Ismira, por favor, em nome de todos os deuses que vivam em qualquer lugar e que pertençam a qualquer religião, não repita o episódio de seu aniversário de quinze anos! – advertira-a ele.

Ela ria quando se lembrava do ocorrido. Há quase três anos, em seu aniversário de quinze anos, seus pais decidiram realizar uma festa comemorativa não só por sua idade, mas pela vitória de Albriech, um amigo de longa data da família, nos jogos daquele ano. Ao avistar um grupo de elfos que haviam sido convidados deliciando-se com taças da famosa bebida élfica, o faelnírv, decidiu prová-la, curiosa sobre qual seria o sabor da bebida dos seres de orelhas pontudas. Contudo, a garrafa que passaram para ela continha encantamentos adicionais que causavam euforia acentuada em elfos e, em humanos, “pequenos efeitos colaterais”. A verdade era que esses efeitos eram transformações físicas nada agradáveis, como pelos por todo o corpo, presas afiados e uma necessidade perturbadora de uivar como um lobo todas as vezes que encarava a lua. Após algumas horas, seu corpo voltou ao normal, porém ainda sentia impulso de uivar quando encarava o enorme olho esbranquiçado no céu, que observava a tudo de forma impassível. Depois disso, ficou famosa entre as raças como “Ismira Mulher-Lobo”, algo que incomodava demasiadamente seu pai. “No que você estava pensando?!” questionara-a o lorde. “Ismira, você não pode impor a si mesma tamanha humilhação! Você é uma dama e deve agir como tal!”. Sua mãe fora mais compreensiva, porém não lhe agradou toda a repercussão do incidente. “Ismira, você sabe tão bem quanto eu que, apesar de não gostarmos, há certos comportamentos que nos são obrigatórios pelo bem de nossa reputação e da de seu pai, e um deles é agir com cautela e não chamar atenção indevida”. Para Ismira, tudo não passava de mais uma história que contaria a seus filhos um dia e o primeiro título que ela adquirira por intermédio próprio, e não devido à posição do pai na nobreza, por mais constrangedor que fosse ser lembrada por um descuido e não por um ato nobre.

A jovem mulher sentou-se na cama quando ouviu alguém se aproximando da porta de seus aposentos.

— Lady Ismira? Lorde Roran manda chamá-la aos portões, a inauguração dos Jogos está para começar. – chamou-lhe uma voz, que Ismira reconheceu como uma de suas criadas favoritas, Geldana. A senhora baixinha e de faces rechonchudas adorava contar-lhe histórias sobre sua infância em Kuasta, uma exótica cidade no litoral da Alagaësia.

— Obrigada, Geldana. Já estou indo. – respondeu a jovem, levantando-se e ajustando as mangas de seu comprido vestido verde-folha. Ismira não gostava de vestidos pomposos, porém sabia que seria necessário vestir-se dignamente para uma tão importante celebração.

Além disso, reencontraria seu velho amigo Ki’dáin naquela noite, um amistoso anão alguns anos mais velho que ela. O homenzinho, quando criança, explorava os túneis de Tronjheim com Ismira todas as vezes que seu pai era convidado pelo rei Orik à colossal cidade-montanha. A garota descobrira, com o passar dos anos, que crescia mais rapidamente que o amigo, e logo se viu quarenta e cinco centímetros mais alta que ele na última vez em que o vira, há cerca de dois anos. Na ocasião, o anão fora escolhido pelo dragão no ovo que jazia com os anões há quase seis anos, depois de ser trocado pelo ovo dos urgals após dez anos de insucesso com os candidatos a Cavaleiros de Dragão de ambas as raças. Desde que Mustethun, o dragão de escamas marrons, escolhera Ki’dáin como seu “parceiro de coração e mente”, como o anão explicara a ela, dragão e anão foram escoltados a Ellesméra, a capital dos elfos, para serem instruídos pela rainha e Cavaleira Arya e pelo dragão Fírnen acerca dos usos da magia e das demais habilidades competentes a um Cavaleiro e seu dragão. Ambos ficaram por todo esse tempo na capital élfica, e essa seria a primeira vez em que sairiam da enorme floresta encantada em meses. Ismira estava ansiosa por rever o amigo e conhecer Mustethun como um adulto, já que a única vez em que o vira fora no dia de seu nascimento.

Abrindo a porta do quarto, Ismira seguiu Geldana pelos corredores em direção aos portões exteriores do majestoso castelo de Carvahall, construído por seu pai tantos anos atrás.

***

Espectadores de todas as raças se aglomeravam ao redor do grande espaço gramado que fora reservado aos dragões que estariam presentes naquela ocasião. Apesar de número considerável de elfos que chegara mais cedo, a rainha Arya e os dois Cavaleiros que treinara nos dois últimos anos chegariam um pouco atrasados à celebração, devido a motivos que não quisera revelar. Naquele momento, todos aguardavam a chegada das enormes criaturas com asas e seus respectivos parceiros.

Um ressoar de trombeta se fez ouvir em meio aos burburinhos da multidão, silenciando a todos e erguendo centenas de olhares em direção aos céus, em busca de sinais dos tão aguardados novos Cavaleiros e seus dragões. O som do bater de asas veio primeiro e, à medida que os últimos raios de luz solar iam desaparecendo no horizonte, três majestosas criaturas de escamas resplandecentes surgiram no alto entre os picos das montanhas da Espinha.

O primeiro e maior deles era, sem dúvidas, Fírnen, com suas escamas esmeralda refletindo o tom alaranjado do pôr-do-sol. Ismira já o vira antes inúmeras vezes, como quando visitara Ilirea com seu pai quando ele foi convocado para uma reunião importante com diversos líderes da Alagaësia. Era um enorme dragão, tão grande quanto uma das grandes mansões do Vale Palancar, fazendo Ismira tremer só de olhar o tamanho de suas presas afiadas.

Após ele, um dragão visivelmente menor que o primeiro o seguia de perto. Tratava-se de um dragão com escamas de cor verde-água de tamanho resplendor que tudo ao seu redor parecia perder a cor. O brilho de suas escamas trouxe a Ismira lembranças calorosas, como a vez em que passara a tarde conversando com seu pai sobre coisas fúteis em uma das praias de Surda, quando o lorde fora convidado a um banquete pela Lady Alarice, senhora de Dauth e amiga de Martelo Forte desde que atracara sua embarcação na cidade com os moradores da antiga Carvahall há tantos anos. Ou a vez em que brincara com seus irmãos, Ricni e Beoward, em uma das belas piscinas dos anões na cidade de Tarnag, durante um dos Jogos Triviais. Sentiu dificuldade em desviar os olhos do majestoso dragão, porém estava mais ansiosa em ver aquele que seguia logo atrás.

Inicialmente, Ismira não conseguiu distinguir muito além dos picos da Espinha e alguns feixes de luz que eram refletidos pelas escamas do dragão, mas logo avistou sua enorme cabeça e suas asas que batiam relativamente mais rápido que as de Fírnen. Era pouco menor que o dragão à sua frente, porém tinha patas mais largas e os músculos das asas eram mais proeminentes. Suas escamas eram da cor de cobre, como os cabelos da moça, e ela jurava ter visto uma figura sentada no dorso da poderosa fera. Mesmo de longe, Ismira pôde notar que o dragão olhava fixamente para a multidão, como se medisse o valor nutritivo de cada bípede minúsculo e qual seria seu sabor. Achou imensamente cômica a perspectiva de imaginar um dragão pondo preços e medidas em cada um dos presentes na cerimônia. Seu humor era peculiar, estava ciente disso – já ouvira tal declaração inúmeras vezes antes.

Os dragões se aproximaram da área de pouso e, com algumas voltas no céu, desceram lentamente à medida que todos os presentes gritavam a plenos pulmões ao verem que o futuro finalmente dera seus primeiros passos. Fírnen pousou pesadamente no chão a poucos metros de Ismira, o que fez seus dentes baterem. Os outros dois pararam próximos um do outro, e seus respectivos Cavaleiros desamarraram as correias das selas e saltaram de seus parceiros. Arya fez o mesmo, porém saltou de metros em metros na pata dianteira esquerda de Fírnen, a fim de não se estatelar no chão devido à monstruosa altura do dragão.

Naquele momento, os principais líderes de todas as raças, inclusive a rainha Nasuada, o rei Orrin, o rei de Teirm – o rei Risthart - e os principais conselheiros de cada reino, aproximaram-se da rainha dos elfos e a cumprimentaram formalmente. Logo, os dois novos Cavaleiros se apresentaram a cada líder, dizendo seus nomes e aprendendo novos nomes. Podia ver estampado no rosto de alguns dos homens, anões e elfos que ainda era difícil aceitarem um urgal – o cavaleiro do dragão verde-água – como Cavaleiro, porém guardavam suas opiniões pessoais para si próprios em favor da paz na Alagaësia.

Terminadas as formalidades com os soberanos, os Cavaleiros passaram a se dirigir aos nobres menores, como Ismira e seus pais. Quando Ki’dáin e Mustethun aproximaram-se de onde Ismira estivera esperando pacientemente, o amigo abriu um sorriso e curvou-se, tomando a mão da moça e beijando-a delicadamente.

— É um prazer revê-la, Lady Ismira. – disse o anão com sua familiar voz rouca.

— Ora, pare de bobagem! – respondeu Ismira, puxando o anão para um abraço. – Você sabe tão bem quanto eu o que acho de formalidades.

— Claro, claro. – disse o anão, alargando o sorriso. - Mas como lorde Roran sempre diz...

— Uma boa imagem é um item indispensável a um bom líder. – interveio Roran, sorrindo para o anão. – Ou a uma figura pública, como é o seu caso.

— Lorde Roran, eu e Mustethun agradecemos profundamente que o senhor tenha-nos permitido pousar no Vale Palancar. Faz anos que não venho aqui. – disse Ki’dáin, fazendo uma breve mesura para o homem meio metro mais alto.

— E eu tive escolha? – respondeu Martelo Forte, rindo da expressão aflita que o anão fez em seguida. – Vocês serão sempre bem-vindos, como sabe. Ainda não arriscaria meu braço perto da boca de um dragão, mas foi um deles quem me ajudou a resgatar Katrina, tantos anos atrás, do cárcere.

— Não estrague a ocasião com más lembranças, querido. – comentou Katrina, segurando o braço do esposo. – É um prazer revê-lo, Ki’dáin. E é ótimo conhecê-lo, Mustethun.

O dragão de escamas acobreadas piscou o enorme olho castanho. Ki’dáin lançou um sorriso para o amigo.

— Ele disse que gosta dos cabelos de vossas senhorias. – disse o homenzinho, encarando Ismira e Katrina. Ambas deram risadinhas e disseram agradar-lhes igualmente as escamas do dragão. Ele zumbiu baixinho, claramente satisfeito.

Após cumprimentar Ricni e Beoward, ele dirigiu-se ao próximo nobre de uma fileira quase interminável que deveria cumprimentar e conhecer. Ismira imaginou o quanto aquilo seria estressante e prometeu a si mesma nunca concorrer a Cavaleira na vida.

Então, o urgal e seu majestoso dragão se aproximaram da família. O urgal tinha cerca de dois metros e vinte de altura – quase um Kull, ela sabia, porém tinha braços menores e aparência menos feroz que os “abençoados” da raça – e seus chifres retorcidos eram mais sofisticados que os dos demais urgals. Ismira não entendia o porquê disso, mas imaginava que tanto sua aparência “menos feia” quanto a altura adicional de Ki’dáin – ele aparentava ter crescido quinze centímetros em dois anos! – eram possíveis graças aos dragões que andavam com eles. O urgal parou em frente a seu pai e levantou o queixo, mostrando seu largo pescoço.

— É bom revê-lo, Martelo Forte. – disse o urgal com um sotaque pesado.

— Bom revê-lo também, Naatruk. – respondeu Roran, acenando. O pai conhecera o urgal há alguns anos quando fora convidado para um banquete na Espinha, realizado por Nar Garzvhog, um dos mais poderosos guerreiros Kull que combateram durante a Guerra da Conquista. Na época, a criatura monstruosamente grande ainda não era um Cavaleiro, então era óbvia a satisfação do urgal ao reapresentar-se como tal.

O urgal encarou intensamente com seus olhos amarelados Katrina e seus três filhos e cumprimentou-os, fazendo uma grotesca mesura – algo que Ismira nunca vira ser feito por urgal algum no mundo. Todos responderam educadamente, apesar de Ismira ter certeza de que, além de seu pai, era a única a se sentir perfeitamente confortável com a situação.

— Suas escamas são muito belas. – disse Ismira ao dragão, que a encarava com seu grande olho da cor de um lago. O dragão piscou e chacoalhou o pescoço fazendo vários pontos esverdeados refletidos de suas escamas dançarem sobre o rosto da jovem.

— Adsha está satisfeita com seu elogio. – disse o urgal, caminhando em direção aos próximos nobres.

Por fim, a rainha Arya dirigiu-se até onde estava o Conde do Vale Palancar, junto com seu dragão esmeralda, caminhando de forma graciosa, como sempre.

— Rainha Arya – disse Martelo Forte, fazendo uma reverência.

— É ótimo poder visitá-lo novamente, lorde Martelo Forte. Vejo que expandiu as muralhas externas. – comentou a Cavaleira, olhando ao redor.

— Conforto para o povo nunca é demais, Majestade. – respondeu Roran, ao que Arya assentiu.

— Também estou feliz em revê-las, Katrina, Ismira, e a vocês, Ricni e Beoward. – disse a rainha, sorrindo.

— É uma honra tê-la em nosso lar, Majestade. – disse Katrina, sorrindo igualmente. Ismira e seus irmãos também sorriram para a rainha, fazendo mesuras.

A elfa assentiu e examinou mais uma vez tudo o que os cercava. Por fim, comentou:

— Imagino que Eragon-elda ficaria surpreso ao ver que o lugar onde crescera mudou tanto.

— Sim – concordou Roran, com um tom melancólico na voz.

Eragon, o primo de seu pai e seu tio de criação, era o assunto mais comentado quando se tratava da vitória conquistada sobre o antigo tirano da Alagaësia, Galbatorix. Fora o grande herói que apunhalara o rei e partira de seu país natal para terras estranhas a fim de cumprir seu dever como Líder da nova geração de Cavaleiros. Ismira conversava com ele por um espelho no gabinete do pai raras vezes. A última vez em que se falaram, por exemplo, fora há mais de três anos, e a jovem mulher já sentia saudades das risadas do tio e de sua aparentemente infindável paciência em ouvi-la reclamar dos defeitos do pai.

A rainha élfica trocou mais algumas palavras com o lorde e saiu em direção à corte de sua raça, sentando-se a uma das várias mesas que ficavam próximas do círculo de grama onde os dragões iriam acomodar-se durante a festividade.

Depois disso, Ismira correu os olhos pela multidão à procura de sua amiga de infância, Hope. As duas eram amigas inseparáveis desde meninas – suas famílias eram próximas demais para que algo assim não ocorresse. Ela gostava da determinação e coragem da amiga, herdadas de seu pai, que se mesclavam com doçura e delicadeza pouco comuns às demais moças do Império, herdadas de Elain, sua mãe. Logo avistou os cachos cor de areia da jovem entre um grupo de rapazes, que pareciam encantados com as feições da moça. Com um sorrisinho travesso, aproximou-se da amiga a passos largos.

— Divertindo-se? – perguntou-a Ismira, falando alto o suficiente para que os quatro rapazes a ouvissem.

Hope enrubesceu e baixou o olhar, como se envergonhada com a situação. Apesar de sua coragem em outras situações, a moça era terrivelmente tímida quando se tratava de relacionamentos, o que provavelmente era o motivo de ainda estar sozinha naquele momento. Ela era muito formosa, então certamente muitos rapazes teriam desejo de casar-se com ela, porém seu irritante constrangimento com situações como aquela atrapalhavam até o mais bravo dos pretendentes. Ismira sentia compaixão pela amiga, porém sempre insistia que a jovem mulher deveria ser mais autoconfiante caso não quisesse viver solteira pelo resto da vida.

— Sinto muito, rapazes, sei que deve haver inúmeras façanhas que gostariam de compartilhar com essa moça, mas precisarei levá-la comigo agora. – disse Ismira, arrastando sua amiga dali pelo braço.

— Obrigada. – agradeceu Hope, depois que já estavam a uma boa distância do grupo indignado de rapazes que ficaram para trás.

— Eu deveria tê-la deixado lá o resto da noite pra ver se você finalmente decide deixar que alguém a corteje. Você se tornou tímida demais com qualquer homem desde que fez dezesseis!  - resmungou a moça de cabelos acobreados.

— E você sabe que de nada adiantaria. Eu não posso simplesmente mudar totalmente minha personalidade, e até agora nenhum desses jovens provou-se ideal para mim. – respondeu a amiga alguns centímetros mais alta que Ismira.

— Que seja! Tudo o que eu quero agora é achar uma mesa para me sentar longe de nobres ou quaisquer pessoas com quem eu não possa agir naturalmente.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Sei que não aconteceu praticamente nada de interessante nesse capítulo - a não ser algumas descrições e detalhamentos -, mas em breve vocês terão ação e aventuras. Podem ter sentido a falta do Eragon e da Saphira, mas esses xodós aparecerão em breve também, não se preocupem! Comentem o que acharam da Ismira, do Ki'dáin, do Naatruk, Mustethun, Adsha, Hope e de todo o resto. Não economizem críticas, todas são muito bem vindas e desejadas! Agradeço por lerem esse capítulo e não percam o próximo: Distante Outra Vez, na próxima sexta! May your swords stay sharp!



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