Rune abr Fricai - Os Versos do Amigo escrita por Dan Achard


Capítulo 1
Prólogo: O Retorno do Mal


Notas iniciais do capítulo

So... Essa é minha primeira fic no site, mas não a primeira que eu escrevi. Esse prólogo tá bem curtinho mesmo - eu só quis introduzir os conceitos gerais que vão ser necessários para a continuidade da fic -, mas o próximo vai estar bem maior. Também é minha primeira fic sobre o Ciclo (acabei de terminar de ler e simplesmente amei *0*) e espero que gostem. Enfim, boa leitura e comentem! Estou aberto a críticas e espero que vocês, leitores, me ajudem no prosseguimento e evolução desta fic. Regards!



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O céu estava estrelado naquela noite. A primavera dera indícios de seu fim e o povo de Ceunon já se preparava para os Jogos Triviais daquele ano. Os Jogos Triviais consistiam em competições realizadas a cada três anos, durante a semana de solstício de verão, em que membros de todas as raças da Alagaësia eram instigados a participar para demonstrar suas melhores habilidades e, assim, promover harmonia entre os povos e conceder condecorações aos vencedores. Os Jogos daquele ano seriam realizados nas terras do Império – as raças revezavam-se quanto ao local das disputas. Desde o estabelecimento dos tais, foram realizadas quatro celebrações, sendo esta a quinta delas e segunda nas terras do Império.

A cidade estava movimentada. A primeira das competições, de canoagem, seria realizada no lago próximo de Ceunon, e muitos dos comerciantes locais adornavam suas lojas e negócios desde já – ninguém sabia quando o primeiro visitante chegaria. As casas, construídas à base de madeira e com cabeças de dragão entalhadas em cada telhado, foram repintadas e suas portas eram iluminadas por diversas lâmpadas sem chamas, tecnologia ensinada pelos elfos aos feiticeiros de todas as raças após a queda de Galbatorix. Crianças gritavam e corriam pelas ruas, disputando seus próprios jogos, e seus pais debatiam em varandas quais seriam as melhores apostas para as disputas daquele ano. Alguns dos moradores também preparavam animais e mantimentos para viagem - após a primeira prova, viajariam para o próximo local de competições, o Vale Palancar.

O som de gritos eufóricos dos mais jovens e das discussões acaloradas e cheias de argumentos dos mais velhos mesclava-se ao retinir de metal nas forjas. Muitos dos mais habilidosos ferreiros fortaleciam canoas para as competições com peças metálicas resistentes, a fim de suportarem o peso dos urgals competidores. Os homens ainda receavam em abrir suas lojas e pousadas às criaturas de crânio adornado por chifres, porém havia certa aceitação deles, visto que os urgals se provaram exímios concorrentes e, desde o primeiro jogo, nenhum incidente envolvendo ataques e invasões entre as duas raças foi constatado.

A noite prosseguiria com seus preparativos até o amanhecer, como de praxe, não fosse por um grito arrepiante vindo de algum lugar ao norte da cidade. Nesse momento, todas as conversas cessaram, todo o som das forjas parou e até as crianças pareciam apreensivas. O único som que se ouvia era o grito estrangulado que, aos poucos, foi dando lugar a gemidos e logo parou. As pessoas nas ruas se entreolharam, desconfiadas, e logo uma dúzia de soldados decidiu investigar qual fora a origem do som horrendo que interrompera toda atividade na cidade. Com passos apressados, os doze homens desapareceram por entre as casas em direção ao local de onde viera o grito.

Passaram-se alguns minutos antes que algum outro som se fizesse ouvido. Mais gritos. Desta vez, todos reconheceram as vozes dos doze soldados que acabaram de partir para investigação. Um pavor se apoderou dos demais moradores da cidade. Crianças corriam para suas casas ao passo que homens apanhavam qualquer objeto que servisse como arma para deter o que quer que fosse. Era estranho temer algo que não fosse perder os Jogos Triviais após quase duas décadas de paz desde a queda de Galbatorix e o povo não planejava ceder a qualquer ameaça.

Os soldados que no momento do alvoroço estavam reunidos na parte sul da cidade logo marcharam em direção ao local de onde vieram os gritos, instruindo os moradores a entrarem em suas residências e defenderem-se de qualquer ataque. Muitos dos soldados estavam sem partes da armadura. Por mais que a rainha Nasuada insistisse para que todos estivessem bem equipados o tempo todo, os anos de paz acabaram tornando-os negligentes quanto à própria segurança. Contudo, tal fato mostrou-se uma falha que poderia custar suas vidas naquela noite.

Quando a vanguarda de homens saiu da cidade pelo portão ao norte, dois vultos indistintos surgiram do céu e varreram a fileira, derrubando todos os homens expostos e raptando três deles, que tiveram seus berros abafados pelo som de asas coriáceas batendo e ganhando altura para o que quer que fosse. Ouviu-se um sibilar à esquerda do portão, e cinco vultos encapuzados surgiram das sombras, esfaqueando os homens caídos e desaparecendo nas sombras à direita. Os soldados das fileiras posteriores gritaram e pararam, acuados, porém a única coisa que aconteceu a seguir foi o ouvir das asas distanciando-se da cidade até ser abafado pelo som dos gemidos de dor dos homens caídos enquanto estes partiam para o vazio.

Os restantes esperaram três quartos de hora antes de se moverem, quando se certificaram de que era seguro fazer outra coisa que não fosse agarrar-se a suas armas e esperar um ataque repentino. Quando estavam certos de que o ataque cessara, removeram os corpos dos mortos no ataque e acionaram o alarme da cidade. Os vigias do portão norte estavam desaparecidos, assim como os doze homens que originalmente foram ao local, e um temor sobreveio aos mais velhos dos guerreiros. “Eles voltaram”, sussurravam entre si, “eles voltaram e desta vez não são apenas quatro”.


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Notas finais do capítulo

Enfim, gostaram? Espero que sim, mas sejam sinceros comigo e comentem onde eu preciso melhorar e o que ficou bom! O retorno vai ser o que me impelirá a continuar escrevendo e vocês são todos participantes do processo.
Como viram, foi só algo pra explicar as bases do próximo capítulo, onde darei início às aventuras que estão por vir. Comentem também o que esperam para o futuro dessa história e o que acham que virá a seguir, quem sabe vocês acertam?
Next Chapter: Ismira
That's all folks!



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