A Vilã Revelada escrita por Eadryiel


Capítulo 13
A Batalha Final


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo
Dei tudo de mim escrevendo ele e sinceramente gostei do resultado. Eu demorei um pouco mais para postar ( eu tento manter uma média de 1 cap por semana) mas é pq eu tava com problemas pra fz a batalha.
Espero que gostem



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Um forte sentimento de derrota toma conta de meu corpo. A mínima esperança provém do fato de que Gadosen já se aproxima. Alguns soldados o esperam na Ponte Infernal, creio que esta tarde ele já chegue ao meu Castelo. Mas como pude perder uma aliada tão poderosa? Como enfrentarei Astaroth sozinha?

Repentinamente lembro-me dos aliados que já fiz. O Gorgos Vermelho é uma criatura poderosa. Ele possui um exército próprio de Gons e Gorgons, criaturas pequenas e extremamente rápidas. Por muitos séculos elas protegem o Calabouço em que vivem.

Há também Gaicoz, O Guerreiro Lendário. Lembro-me de suas palavras “Nunca fui derrubado durante uma batalha”. Não posso chamar aquilo de vitória, porém saber que consegui derrubá-lo em nossa disputa me traz orgulho. Ele também possui um exercito pessoal. Espadachins, atiradores e até mesmo magos fantasmas rondam seu território. Estes dois seriam muito uteis neste momento.

“E por que você não os chama?” perguntou Lass.

“Quer saber, você tem razão.”

Como pude ser tão burra. Toda ajuda é bem vinda, ainda mais de fortes guerreiros que possuem exércitos muito bem treinados. Um novo ânimo me atinge e fico mais focada em minha missão. Rapidamente abro um Portal para o Calabouço a fim de recrutar novamente o Gorgos.

Ao atravessá-lo posso sentir a brisa quente e pesada atingindo minha pele. O forte cheiro de enxofre no ar. O chão negro contrastando com as várias rachaduras incandescentes se misturam com o vulcão. Olho em volta para a paisagem avermelhada. Está todo quieto. Quieto demais.

Adentro na enorme caverna. A escuridão sendo levemente cortada pela vermelhidão das rachaduras que cobrem as paredes e chão. Calor. O local continua estranhamente calmo. O único som presente é de minha respiração e dos leves passos que dou. Mais calor. Procuro em volta, onde estão os Gons e Gorgons deste lugar? Muito calor.

Mas que calor insuportável! Como esses dragões conseguem viver neste local? Tudo ainda está muito quieto. Ando cada vez mais fundo pelo Calabouço e ainda não cruzei com nenhuma alma viva. A escuridão aumenta junto com o calor. Sinto os pingos de suor escorrerem e uma leve tontura me atinge. Por que não há ninguém aqui?

Finalmente chego ao local mais quente dessa caverna. Um fedor pútrido invade o ar. Num reflexo tampo minhas narinas. Isto é pior do que o cheiro daquele Circo Maldito do Inferno. O calor parece piorar o cheiro e neste momento me sinto totalmente zonza. Vejo um vulto no canto do lugar. Um amontoado de coisas que não consigo identificar.

Rapidamente me aproximo. Cada vez o cheiro piora mais e meu corpo se esforça para não cambalear. Muito calor. O ar quente e pesado junto com este cheiro horrível parece me impedir de pensar. Me aproximo o máximo que o cheiro permite, porém ainda estou há cerca de um metro de distancia. Tento focar meu olhar na coisa à minha frente. Isto são escamas?

Definitivamente são enormes escamas, porém estão num tom marrom escuro e se decompondo. Eu ando para a direita lentamente. Calor, meu cérebro só me diz isso. Posso ver um aglomerado de escamas menores envolvendo algo. Espere, isso são dentes?

— Oh não... – sussurro.

Como...O que...Ahn? Não pode ser. Não há como. Nenhuma pessoa saiu viva do Calabouço. Nem eu mesma consegui atingir fatalmente o Gorgos. Como ele pode estar agora neste estado? Morto, sua cabeça pendendo ao chão, quase totalmente separada do corpo? Devo dizer metade do que um dia foi um corpo. Um crânio sem olhos, sangue já negro formando sua sepultura, a barriga aberta mostrando sua carcaça.

Sinto que vou desmaiar se continuar neste local. O calor aumenta a cada segundo, piorando cada vez mais o cheiro. “Como?” meu cérebro só ecoa estas palavras. O suor molha minha armadura e escorre pelo meu rosto, o cabelo encharcado tampa minha visão e tudo gira ao meu redor.

Quando me dou conta estou em meu Castelo respirando fundo o ar que ainda parece ter o cheiro da morte. O portal atrás de mim se desfaz rapidamente enquanto a brisa gelada do local bate forte contra meu corpo. “Como?” Quem poderia ter matado o Gorgos, criatura temida em toda a Vermécia, que possui séculos de reputação medonha?

Não sei quanto tempo se passa, mas consigo recobrar meus sentidos. Minha pele voltou à temperatura fria de sempre e o cabelo já está seco. Mesmo assim ainda consigo sentir o cheiro pútrido impregnado em mim. Balanço a cabeça negativamente tentando voltar a raciocinar. “Ok, foco. Gaicoz, sim, vou chamá-lo”.

Outro portal é formado, desta vez para um local mais frio do que o anterior. Posso ver os enormes portões escancarados que cercam o Castelo em estilo oriental. Lembro-me da ultima vez que vim aqui, o mesmo céu negro, os mesmos portões abertos como que desafiando quem for louco o suficiente para entrar. Mas algo está errado.

Não sinto a aura pesada, negra, cheia de dor, ódio e sede de vingança. Dou passos inaudíveis em direção à enorme entrada. Onde estão os vultos de guerreiros que antes transitavam aqui? Algo está muito errado.

Atravesso rapidamente os portões, apertando o passo em direção à entrada do Castelo. Estou tensa, apenas esperando quando alguma criatura me surpreenderá e ficará em meu caminho. O pátio vazio tem um tom mórbido. A construção parece ruir cada vez mais, como se estivesse abandonada há séculos. E nenhum guerreiro me impediu de entrar.

Eu até penso em arrastar a porta esbranquiçada para adentrar, porém, sinto que no momento em que tocar o Castelo ele vai desmoronar. Com certeza Gaicoz não está aqui. Ele carrega uma forte aura de vingança e dor, e definitivamente eu não a sinto. Nunca seria permitido que alguém invadisse sua propriedade desta forma. Em respeito pelo Lendário Guerreiro eu me retiro através de um portal.

Tudo está muito estranho. Primeiro o Gorgos está morto em seu próprio Calabouço. Depois o castelo de Gaicoz que é um local temido por séculos, talvez milênios, desde a existência do Samurai Fantasma está abandonado. O que aconteceu lá?

“Use a gema” aconselhou Lass.

“Você é um gênio”

Lass está certo, com a gema que Elena me deu posso ver o que aconteceu com meus antigos aliados. Ando poucos passos até meu trono, pego o objeto que está jogado no chão ao lado dele. Passo os dedos rapidamente pela esfera e foco no Calabouço. Volto as projeções até o momento em que o local parece ter vida novamente.

A sala é tomada pelo reflexo alaranjado do vulcão. É possível ver a entrada da caverna com vários Gons e Gorgons transitando normalmente. Avanço as imagens, creio que alguns dias. Tudo normal. Mais alguns dias. Pessoas? O que elas estão pensando ao se aproximar desta forma do Calabouço?

O pior de tudo, não são pessoas quaisquer, são três adolescentes. Espere, eu conheço esses humanos. Elesis, Lire e Arme. Elas devem ser loucas de se aproximar deste local. Que ousadia! Como elas começam a atacar os filhotes de forma tão violenta? Sigo o caminho percorrido por elas através da caverna.

Cada vez mais dragões são atingidos impiedosamente por suas armas. Cortes e mais cortes, o sangue sendo espalhado, ganidos de dor preenchem o ambiente. O Gorgos ruge ferozmente dentro da caverna. E as garotas adentram cada vez mais deixando um rastro de destruição.

Como elas podem fazer algo assim? Esta criatura é feroz e possui uma reputação violenta, porém ela nunca atacou fora de seu Calabouço. Somente os tolos inconsequentes que invadiam aquele local eram erradicados. Qual o motivo de tamanha brutalidade?

Passo rapidamente a luta das garotas contra o Gorgos. Não estou com cabeça para assistir mais mortes e derramamento de sangue sem sentido. Mesmo a imagem estando acelerada pude ver perfeitamente quando a espada atingiu o pescoço do Dragão que tentava defender seu território.

Em um baque surdo pude ver seu corpo despencar ao chão. Sangue denso cobrindo o chão e as garotas se aproximando da criatura agora indefesa que não tinha forças nem para se debater. Algumas palavras foram trocadas e pude ver o golpe de misericórdia da ruiva. Elas se viraram e continuaram seu caminho, como se não houvessem acabado de matar centenas, milhares de criaturas inocentes, que não apresentaram ameaça alguma.

A gema se apagou e as projeções sumiram enquanto eu era atingida por uma terrível dor de cabeça. Como elas ousam? Matar criaturas a troco de nada? Sei que já fiz coisas terríveis em minha vida, mas elas parecem querer imitar meu exemplo.

Mudei as imagens que apareciam na gema, desta vez esta mostrou-me o Castelo de Gaicoz. Imponente e sombrio como sempre, rodeado de criaturas fantasmas. Avancei as cenas e tudo estava normal, sem alterações. Até que em algum momento vejo Ronan adentrando o pátio de forma imponente.

Não poderia imaginar outra coisa, ele foi brutalmente atacado pelos soldados e magos até que não conseguia mais se defender. “Pobre Ronan, foi enfrentar o Guerreiro errado”. E logo ao fundo vejo um grupo de crianças se aproximando dos portões.

A ousadia deles é tanta a ponto de enfrentar o Guerreiro Lendário? Eles buscam a morte? Quando percebo, eles já estão dizimando os soldados fantasmas e a maga proferindo um encantamento para que a alma deles volte ao Hades. Um por um os soldados vão caindo.

Estes jovens anseiam a batalha, mesmo que para isso tenham de enfrentar aqueles que estão quietos em seus cantos. Gaicoz raramente sai de seus domínios e quando o faz é para se vingar de alguém que o desafiou. Agora ele está tendo o território invadido por jovens que só querem batalhar.

Avanço as imagens. Aquele druida ataca sem piedade junto das três garotas. Ronan está mais à frente, talvez querendo enfrentar a própria lenda. E isso acaba por acontecer. O Samurai Fantasma batalha contra estes jovens.

A luta é intensa. Vários golpes são desferidos e a maioria acaba por acertar o ar. As defesas de ambos os lados são poderosas, fazendo com que ninguém seja atingido. Faço as imagens avançarem mais rápido. Esta batalha foi longa, creio que durou horas. Os jovens possuíam partes de sua armadura quase inteiras, mas todos com cortes de lâmina. Gaicoz também parecia cansado.

Por fim a batalha acaba. Em um golpe covarde, nas costas do inimigo, Ronan o atinge no ombro, fazendo-o largar a katana. Sem nenhum respeito com o adversário, os jovens o atingem, derrubando-o e mandando sua alma novamente ao Submundo.

A noite chega e eu ainda estou repassando os fatos. Então esses jovens realmente mataram meus aliados? Sinto uma enorme fúria tomando conta de meu corpo. Estou sentada em meu trono ainda segurando esta gema ridícula. Estes pivetes vão pagar caro por se meter em meu caminho. Como eles ousam interferir em meus planos?

Mandarei a alma deles ao Submundo junto com Astaroth. Serão torturados e punidos assim como estou sendo agora. Eles não sabem a dor que sinto, o ódio e sede de vingança que tenho. Se eles me impedirem de acertar as contas com Astaroth, pois então eles sentirão a minha vingança. Eles se arrependerão de terem cruzado meu caminho.

— Senhora... – um guarda da escuridão me tira de meus pensamentos.

— Diga.

— Gadosen retornou ao Submundo.

— O QUE?!

— A Grand Chase o enfrentou na Ponte Infernal e ele foi derrotado. – disse mecanicamente.

— Argh! – grito em fúria enquanto jogo a gema na parede.

O barulho de vidro se estilhaçando ecoa pela sala escura. Esta foi a gota d’água. Como ousam enfrentar meus aliados? Como ousam batalhar contra o General do Submundo? Essas crianças querem batalhas, matar inocentes e causar o caos. Eles não escaparão de minha fúria.

—------

Maldita gema. Por que você quebrou logo agora? Estou há dias sentada nesse Castelo apenas aguardando a chegada de meus adversários. Eu juro que os exterminarei, nem que tenha de sair de Hades novamente para isso.

— Senhora... – falou o Guarda da Escuridão adentrando na sala.

— Diga.

— A Grand Chase se aproxima a um raio de 500 metros.

— Reposicione todos os Guardas. Quero que cansem eles, porém não os mate. Eu mesma farei isso.

Nisto o guarda saiu da sala. Ouvi ao fundo o som de centenas de soldados se movimentando. Essas crianças demorarão bastante para atravessar as dezenas de andares de meu Castelo. Sento em meu trono, já com as adagas em mãos e as kunais preparadas.

“Eu vi suas memórias, não quero sentir esta tristeza”

“Entendo Lass, mas eles se meteram com a pessoa errada. Não se preocupe, não farei uma criança carregar este meu fardo tão pesado.”

Após vários, infindáveis, horas, vejo o grupo adentrar pela imponente passajem que leva à sala de meu trono. Posso ouvir suas respirações pesadas e suas armas empunhadas. Está escuro e não consigo ver as expressões em seus rostos. Cerca de 30 metros nos separam.

— Finalmente... Nos encontramos, Cazeaje! – gritou a ruiva ofegante.

— O que foi? – respondi ainda sentada em meu trono - Você tem problemas comigo? Algum ressentimento? – não me aguentei, ri malignamente. Aquela garota que me culpa pelo sumiço do pai, deixe-a sofrer, isso me alegra.

— Por que você está tentando começar uma guerra em Vermécia? – Perguntou a elfa. Quem ouvisse seu tom de voz não imaginaria que esta matou impiedosamente centenas de filhotes inocentes.

— Guerra, eu? Não, não... – respondi em um tom sínico - Não são vocês os responsáveis por ela?

— Do que você está falando? – continue se fingindo de inocente, maga, isso só aumenta meu ódio.

— A guerra acontece porque os humanos a desejam e a realizam. Não sei porque vocês vem me culpar por ela.

— Não! Nós queremos paz! – retrucou.

— Humanos... Vocês não acham que a paz que vocês desejam é algo egoísta?

— Como querer paz pode ser algo egoísta? – questionou Lire.

— A paz para os humanos é o extermínio de outras raças, dos monstros... – respondi irritada e logo mudei meu tom para sarcástica - Vocês nunca pensaram nisso? Sério mesmo?

— Nós... Bem... Não, se as outras raças também buscarem a paz...

— E quanto a todas as criaturas inocentes de Vermécia? Acha que elas não buscavam a paz? A única língua que vocês entendem é a guerra. – ri sadicamente - Se vocês querem tanto a paz, lutem por ela!

— Bom, isso agora é uma batalha certo? Ao combate, então! – bradou Ronan.

Todos andam rapidamente em direção ao centro da sala, empunhando suas armas. Levanto-me de meu trono e dou lentos passos. A ruiva corre em minha direção, vejo em seu olhar que ela está determinada. A menos de um metro sua espada gira verticalmente no ar.

— CORTE PROFUNDO! – O grito preenche o ambiente sombrio e luzes avermelhadas emanam de sua lâmina. Desvio rapidamente para a direita, sentindo em meus cabelos o ar se movimentando. Corro poucos metros onde os guerreiros estão reunidos e pulos acima deles, jogando kunais. Aterrisso olhando para os rostos da Grand Chase. 

— CORTE IMPACTANTE! – Uma forte onda azulada foi em direção ao grupo e é dissipada ao se encontrar com algumas flechas da elfa. Ao olhar para os jovens vejo que algumas kunais arranharam os braços de Jin e de Ryan.

Todos apontam suas armas ofensivamente em minha direção e algumas flechas entram em meu campo de visão. No momento em que seria atingida me movo para as costas dos guerreiros. Sou surpreendida com a arma de Elesis se chocando contra minha armadura. Me viro e aparo seus golpes com minhas adagas.

— ESTACAS DE GELO! – Senti as pontas afiadas me levantarem do solo e jogarem para trás, a única coisa que me alegrou foi que Elesis também foi atingida. Cai de costas ao chão.

— Foi de propósito, sua maguinha de araque. – gritou a Espadachim enquanto se levantava do chão e andava furiosa em direção à companheira. Aproveito a distração para usar a Penumbra.

— Achei que a Líder conseguiria desviar de um gelinho. – respondeu Arme zombeteira.

— Não me provoque sua...

— Caladas! – cortou Ronan – Onde está Cazeaje?

Maldito Ronan, por que você presta tanta atenção em mim? Mas já é tarde, já espalhei armadilhas ao redor de todos vocês. Ando silenciosamente até a elfa, que me irrita com suas flechas. Apareço em sua frente.

— FÚRIA FATAL! – Uso meu punho direito para acertá-la no abdômen, fazendo-a cambalear para trás. Ela fica presa em uma armadilha. Os outros dão um passo em minha direção, assustados pelo meu golpe repentino e também acabam presos.

Esta é a situação planejada. Olhando-os assim, com essa expressão assustada e presos como ratos, dá até um pouco de pena. Eu teria pena se não tivesse visto com meus próprios olhos as atrocidades que eles fizeram com o Gorgos, Gaicoz, Elena e Gadosen. Francamente eles já me atrapalharam demais.

— GOLPE FINAL! – eu pulo e jogo fortes ondas de energia com as adagas. Todos foram atingidos em cheio, arranhando as armaduras e fazendo-os ajoelhar com dores.

Quando meus pés encostam-se ao chão sou surpreendida por um lobo me atacando. Tento desviar para os lados, porém sinto suas garras arranhando minha armadura. Caio de costas ao chão tentando sair dali, porém a força do animal é muito grande. Jogo kunais em seu pescoço e uso golpes das adagas porém ele parece não sentir.

— RAJADA DE VENTO! - Finalmente a criatura sai de cima de mim. No mesmo momento sinto uma energia muito forte vindo em minha direção e iluminando todo o salão escuro. Num reflexo eu pulo por cima do raio e sou recebida por flechas da Arqueira.

Ao sentir o chão sob meus pés vejo o Lutador me atacar com socos e chutes. Aparo a maioria com minhas adagas, conseguindo feri-lo nos braços. Ele grita alguma técnica que eu não consigo entender, somente sinto uma dor lancinante em meu queixo. Cambaleio para trás enquanto escuto a voz de Ronan próxima a mim.

— PERFURAR LUMINOSO! – Sinto a ponta da lâmina atingindo minhas costas, sinto o sangue quente escorrendo. O ar me falta e minha mente se desconcentra da batalha.

Logo pude ver as imagens como flashes mudos passando rapidamente. A lâmina da ruiva me perfurando, flechas, sangue, magias, lâminas, dor. No momento eu não consegui pensar em nada, somente a voz de Lass ecoou em minha mente. Mesmo assim eu não entendi o que ele me disse, mas não estava preocupada. Cazeaje não seria derrotada tão facilmente.

“Lass, não quero que carregue meu fardo, levarei comigo suas memórias, seja feliz”

Ao falar isso me desprendi do corpo dele. Senti-me livre novamente, leve como o ar. O meu poder, que estava bloqueado pelo sangue Haro, voltou a correr pelo meu espírito. Pude sentir a criatura que havia sido forjado em armadura por Elena. Consegui ver seu grande poder e fúria e, neste momento, tive uma ideia.

Usei minha energia mágica para me juntar à esta criatura poderosa. Durante o processo vi os guerreiros de costas, olhando o corpo inconsciente de Lass. Senti o corpo sendo formado, como se estivesse crescendo. O chão rochoso e frio apoiava minhas enormes patas, enquanto eu me fundia à criatura.

Ao terminar este processo, que durou instantes, rugi ferozmente expondo toda minha raiva e frustração àquelas crianças. Todas se viraram assustadas em minha direção.

— Fiquem diante da minha verdadeira forma e poder, e se desesperem! – minha voz gutural preencheu todo o ambiente causando um temor nos jovens.

Que maravilha vê-los confusos beirando ao desespero. Meu objetivo agora é derrota-los um por um. Nesta batalha alguém será levado ao Submundo. É isso, não há como voltar atrás. Agora eu, Cazeaje, enfreitarei o meu Destino, seja ele qual for.


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem o que acharam desse capítulo. O próximo já vai ser o último e eu vou postar na semana que vem.
Eu tentei fazer o leitor ter uma pequena raiva da Grand Chase, principalmente no inicio do capitulo, comente pf, e m digam se eu consegui.



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