Legolas e Tauriel - Primeiras impressões. escrita por Jane Austen


Capítulo 2
O tempo trouxe o seu coração para mim.


Notas iniciais do capítulo

''...porque o amor é uma
virtude mútua de dois que se amam e que, de algum modo, faz de ambos um só.''
(São Tomás de Aquino)

"Amar é dar-se. É dar algo de si para fazer feliz o outro. Realmente os esposos se amam, quando um procura a felicidade do outro."
Ricardo de Garibaldi
Lares autênticos não se improvisam

Chegando com o próximo...♥
Pensamentos estão em itálico e aspas, esse capítulo está cheio de memoria e reflexões da Tauriel em momentos dela com o Legolas no filme, seria ela refletindo nisso... ^.^ (Vale a pena relembrar ♥)
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725683/chapter/2

Tauriel aproximava-se de um lugar para ela já tão conhecido, a sala do trono. Buscava por seu rei, veio até ele silenciosamente havia guardas ao redor. Ela fez uma pequena reverência e aproximou-se:

— Meu senhor Thranduil...

— Diga Tauriel. – Disse o rei voltando-se para ela, impassível e da mesma forma imponente de sempre.

— Eu decidi sair do reino e ir ao encontro do Legolas, penso que ele possa encontrar muitos orcs em seu caminho. E eu desejo ser–lhe uma ajuda adequada, me seria também uma boa maneira de dedicar-me mais e de esquecer... – Disse ela hesitando um pouco, seu olhar estava triste voltou-o para o chão. De alguma maneira o rei que era sempre tão indecifrável em certos momentos e de personalidade complexa, na qual parecia ter um caráter indiferente a certas coisas, ali demonstrava muita compaixão em seu olhar naquela ocasião, ele fitava-a demoradamente, enquanto a jovem elfa ainda olhava para o chão.

— Saiam por um momento. – Disse o rei voltando-se para seus guardas. Tauriel observou-os saindo, e voltou seu olhar para o rei que estava diante do trono, de costas para ela agora ele caminhou até outra direção, depois se voltando para ela continuou:

— Eu lhe disse para não dar esperanças ao Legolas quando não existiam. Eu lhe alertei sobre o afeto que ele nutria por você. Eu não tinha certeza sobre como ele à via, exceto sobre a grande preocupação dele com você. Esse é um dos motivos que o levou a se afastar daqui.  – Ele dizia isso tranquilamente enquanto se dirigia para outro lado da sala. A força de suas palavras a atingiram como um soco no estômago. Imediatamente ela percebeu como tinha sido egoísta em seus sentimentos em relação ao Legolas que há tanto tempo esteve tão próximo a ela.

— Então quer dizer que... Ele decidiu ir por minha causa? – Seus olhos encheram-se de lágrimas, embora demonstrasse uma força ao dizer tais palavras.

— É claro que essa viagem se faria necessária em algum momento. Mas ele não podia mais vê-la sofrer. Eu o tenho observado, tenho o visto sacrificar-se por você, arriscar-se ao seu lado não importa os perigos que enfrentasse para ajudá-la, inclusive desafiando a mim, seu rei e... Seu pai, o amor que ele tem por você é muito grande. Ele acompanhou-a e a protegeu em todas às suas obstinações. Será que isso não conta para você? Mas agora, vendo por fim que você não o retribuía, decidiu partir, ele está sofrendo. Eu dei-lhe uma direção onde sei que ele terá uma missão fundamental.

— Senhor peço sua autorização, para ir até onde ele está eu preciso ir... -  Disse ela com os olhos marejados, e o coração palpitando. O rei que havia pronunciado suas últimas palavras em tom de seriedade, nesse momento, tornou-se sereno na feição.

— Faça como você preferir Tauriel. – Disse voltando-se para ela. A elfa fez uma pequena reverência e retirou-se dali. Apressada, pegou tudo o que precisaria e retirou-se, tomando a mesma direção que sabia que Legolas tinha tomado.

***

Tauriel cavalgava na maior velocidade possível ao cavalo que estava, era final de tarde, e queria avançar o máximo que podia antes do anoitecer. Adentrava na densa floresta, serpenteando colinas, próximas a vastas montanhas. Ela possuía uma determinada determinação, refletiu em todos os momentos anteriores que estivera com Legolas e nas palavras do rei Thranduil.

Ela pôs-se a refletir sobre tudo que ocorrera até ali, e começou a se lembrar do momento em que decidiu sair do reino para caçar os orcs que perseguiam seus prisioneiros. Legolas a encontrou rapidamente, o senso de encontrar rastros dele, era mais apurado do que ninguém. Assim que o viu, ela recebeu o olhar atencioso e o sorriso sincero de quem realmente estava preocupado, também recebeu uma pequena correção, fruto de quem deseja ajudar o outro. Por mais que não desejasse segui-la no momento, ele concordou com suas palavras, e ao seu lado decidiu seguir para ajudá-la mesmo indo contra as ordens do rei. Ela suspirou tristemente, por não ter dado a devida importância ao ato dele naquele momento.

Depois se lembrou de que o povo da cidade do lago, após a destruição causada pelo dragão, estava aos poucos recolhendo o que restava para seguir adiante. Quando o rei mandou um de seus guardas procurarem-no e levá-lo de volta. Ele logo de inicio quis levá-la consigo, porém foi avisado sobre as ordens de seu pai, de que Tauriel fora banida. Ela lembrou-se da tristeza que sentiu ao saber que havia sido banida do reino, sentindo-se sozinha, imaginando o que faria para onde iria sem poder retornar para seu reino e para seu povo. Mas Legolas logo deixou claro sua posição:

—”Pode dizer ao meu pai que: Se não tem lugar para Tauriel, também não tem lugar para mim.”

Ela surpreendeu-se, tentou persuadi-lo a obedecer a seu rei, ele, entretanto apenas disse-lhe que seu rei não ordenava em seu coração. E continuaram sua jornada. Ela sentiu um estranho alívio por tê-lo consigo, ele estava assumindo estar ao lado dela, diante de seu pai e de todo o reino, era uma honraria especial dedicada a ela, que não foi naquele momento reconhecida como merecia. Suspirou profundamente dolorida pensando nisso. O príncipe do reino da floresta das trevas escolheu ajudá-la, e ficar ao seu lado em todas as circunstâncias, ele nunca a abandonou. Como não havia meditado sobre tudo isso antes? Enquanto seu cavalo cavalgava rapidamente muitos pensamentos sobre isso estavam em sua mente.

Mais um deles enterneceu-a profundamente, sobre sua honra e coragem, e sobre o amor que ele sentia, o rei estava certo, não era apenas uma simples amizade ou simpatia.

“Como fui descuidada com os sentimentos dele”. – Pensou ela sentido uma pequena dor em sua alma, enquanto seu cavalo ainda corria bastante, uma lágrima solitária correu por sua face, viu o caminho à sua frente um pouco embaçado, tratou de limpar os olhos e continuou, apressou ainda mais seu cavalo ela queria chegar rapidamente onde ele estava, precisava dizer-lhe muitas coisas que não pôde durante as batalhas, e nem após sofrer o choque da morte do Kili. Quando pretendia ir ao morro do corvo, fazendo aquilo que acreditava ser certo ao ajudar os anões, tentou persuadir Thranduil a ir ajudá-los, entretanto obteve uma resposta contrária do rei, e ao enfrentá-lo ouviu algumas coisas que a impressionaram, entre elas sobre o amor:               

 ___ “O que você sabe sobre o amor? Você estaria pronta para morrer por aquele que ama?”— Disse-lhe o rei com a espada apontada para ela. Ao lembrar-se disso, ela compreendeu algo que na hora não teve tempo suficiente para refletir. Legolas respeitosamente retirou a espada do rei que estava apontada para ela, e diante de todos ali, ele mais uma vez se colocava à frente dela para defendê-la, protegendo-a inclusive de seu próprio pai, honrando-a e demonstrando um amor profundo e grande devoção, de um homem nobre que dá a vida por aquela que ama.          

  __“Se você a ferir, terá que me matar”.— Disse ele naquela ocasião.

Palavras firmes, corajosas, provenientes de uma virtude heroica daquele que mostra seu verdadeiro amor, bem como o rei lhe havia indagado. Tauriel chorou recordando-se disso, diante de todos e de seu pai ele sacrificava-se pronto para morrer por ela, e salvá-la, suas palavras soaram tão fortes, heroicas, e mais uma vez ele fez tudo o que podia de forma generosa para ficar ao seu lado.                   

Diante disso o rei silenciou-se, em profundo respeito e amor por seu filho, vendo a coragem, determinação e honra de seu amor por ela.

E desse modo ele seguiu com ela. Por um minuto, enquanto as lembranças lhe vinham fortes à mente, ela sorria lembrando-se da fortaleza e coragem dele, suspirou encantada, como se aquilo tudo finalmente estivesse lhe fazendo sentido ao coração. Como se somente agora fosse capaz de perceber. 

No momento em que o Legolas aproximou-se, olhando-a profundamente e dizendo-lhe com determinação: __ “Eu irei com você”.

Sentiu alívio, esperança e confiança nele, e correu até o lugar onde estava o anão para socorrê-lo, com a ajuda daquele que tanto amor lhe demonstrava sem pedir nada em troca. Mas isso lhe passou totalmente despercebido. Tauriel pensando nisso, sentiu um aperto no coração, mais uma vez se dava conta, de que o olhar dele ao se aproximar era cheio de amor, coragem e sacrifício, e de que ela só pensou em si mesma, e no que sentia, no anão, pensou em tudo menos no Legolas, ela não havia considerado o coração amável do príncipe elfo. Finalmente ela lembrou-se de cada detalhe, durante a batalha, ele correu rapidamente para salvá-la do orc que matou Kili.

E ela apenas correu para o corpo frio do anão, queria chorar por seu amor, mais uma vez deixando Legolas sozinho ali preocupado.

Enquanto sentia-se em choque pela tristeza e chorava sobre Kili, recebeu os olhares compassivos dele e inclusive do rei.

“Eu agi de forma totalmente incompreensível com ele, Legolas espere por mim.” — Pensou ela, sentindo um peso ao se dar conta disso tudo, apressou ainda mais o cavalo, mas a essa altura a noite já vinha caindo e tudo que ela desejava era reencontrá-lo logo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Em algum momento ela iria respirar, se ver sozinha, e refletir sobre tudo né... Antes tarde que nunca! ♥
Até o próximo!