Os dois olhavam se mortalmente, tendo uma aura negra em volta. As pessoas iam se aproximando em silencio, quase que já sabiam que ia acontecer espectáculo com aqueles dois.

Sasuke desviou o olhar para a rosada, ela estava assustada e confusa, mas ele apenas pensava no porquê de ela estar ali com ele. Sabia que tinha sido ele que a levou àquele sitio e sabia bem para quê.

O quanto mais pensava nisto mais estava a ficar chateado, furioso na verdade.

Aproximou-se, nao tirando os olhos dela e puxou-a para si, voltou a olhar para o ruivo, sempre com um sorriso na cara, o quanto ele queria partir aquela boca, arrancar-lhe aquele riso.

—O que é que fizeste com ela?

—Nao te preocupes, eu nao sou como tu, eu estava a ser um cavalheiro e ia levá-la a casa..-disse, sarcástico.

—A casa dela nao é para este lado- deu mais um passo em frente, pondo-a atrás dele.

—Hué? e como é que tu sabes isso?para tua informação eu queria lhe mostrar uma coisa que é muito importante para mim- ele fez cara de coitadinho e Sasuke reparou que Sakura estava a cair naquelas falinhas.

—Tss, tu sabes as bem nao sabes..idiota. -Cuspiu aquelas palavras secas e virou se de costas começando a andar, agarrando no  braço dela. As pessoas abriram logo caminho para eles os dois passaram. Ela ainda olhou para Sasori preocupada, viu algo que ela achou estranho, as pessoas formaram - se atrás dele, quase mostrando que ele era um líder para eles. E sempre com um sorriso na cara.

Sasuke andava com passos pesados, por onde passavam as pessoas desviavam logo o olhar.

Ele virou para um beco entre dois prédios e encostou-a na parede. Se o olhar matasse ela tinha se tornado a rainha dos mortos ali mesmo. Ele transbordava raiva por todo o lado:

—O que é que estavas a fazer com ele?

—He..eu

—Como é que o conheces?

—Espera eu

—O que é que eu te tinha dito de seres assim para estranhos?Ele sabe onde tu vives?

Ele estava tao enervado que queria as respostas antes de ter de perguntar. Ela levantou as mãos em sinal de desistência de como quando a policia aparece.Ele ficou por momentos a tentar perceber o que ela estava a fazer

—Já posso falar? – perguntou aborrecida.

—Fala.

—Eu trabalho com ele, ah três anos, é dai que o conheço, e hoje saímos cedo do trabalho e viemos passear, mais nada.-Ah medida que ela falava ele ia acalmando, ela nao estava a mentir de isso ele sabia, mas a imagem de o ver ao lado dela ficou preso na frente dos seus olhos, aquilo incomodou-o bastante..-De qualquer maneira o que ah entre vocês os dois? Nao se parecem dar nada bem.

—Nao tens nada a ver com isso – ele respondeu frio, ela suspirou dando-se por vencida, se ele nao queria dizer que nao diga.-Ele sabe onde tu vives?-insistiu.

—Eu acho que nao. Eu nunca lhe disse e ele nunca foi lá por isso.

—Óptimo, amanha tens de ir trabalhar?

—Humm? Nao, hoje tive o dia todo amanha acho que nao tenho turno.

—Anda.

Ele começou a andar e ela logo o seguiu. Mais uma vez ela fixava-o enquanto andavam, era a unica altura em que conseguia olhar para a cara dele sem ficar presa no olhar dele, ou ficar petrificada com os vibes de morte que ele mandava. Desta vez reparou em algo, ele tinha dois piercings um de cada lado da boca por baixo do labio de baixo. E assim que pensou das outras vezes ele nao os estava a usar mas sim ele tinha os furos. Nao tinha pensado naquilo antes, olhou em volta da cara para ver algo que pudesse ter escapado e sim, ele tinha um furo tambem numa das sobrancelhas. Rio baixinho e desviou o olhar.

Pararam em frente a que parecia ser um bar, ele disse para ela esperar dois minutos ah porta e para nao olhar para ninguém e que nao saísse dali. Ela sorrio e acenou com a cabeça. Tinha sempre piada vê-lo a ser mandão.

Encostou-se ah parede e olhou para o ceu: estava limpo.

Passavam algumas pessoas pela rua mas poucas, algumas entravam e saiam daquele sitio, e sempre que abriam a porta a musica alta ecoava pela rua.

Pouco tempo depois Sasuke sai, trazia uma expressão de cansaço. Ela reparou que havia alguém atrás dele.

Era um rapaz loiro, tinha o braço ah volta dos ombros dele e falava alegremente. Parou assim que ela se desencostou da parede. Analisou-a com calma e mostrou um largo sorriso:

—Ah-ham..estou a ver que estás bem acompanhado.

—Cála-te idiota-respondeu tirando-o de cima dele.

Inclinou-se para a rosada e estendeu a mao:

—Naruto.

O sorriso dele era contagiante ela nao pode evitar e sorrio também, dando-lhe a mão:

—Sakura, prazer.

—Como é que uma pequenina tao querida está com um tipo destes?-perguntou apontando para o moreno atrás de si que logo lhe bateu na cabeça

—Nao é nada disso, nao te estavas para ir embora?!-respondeu chateado.

O loiro estranhou. Olhou para o seu amigo, ele nao agia assim, voltou a olhar para a rosada: mostrava ser uma pessoa simples, notava se que estava perdida naquele sitio, dava para ver na cara dela. Fez um enorme sorriso matreiro e começou a andar, ao passar pela rosada ele sussurra-lhe: -Tem paciência com ele.

Sasuke de imediato afasta-a dele:

—Eu ouvi isso.-Respondeu, de novo com o olhar de morte.

A rosada riu e o loiro continuou a andar

Voltou-se para Sasuke:

—Onde é que vamos agora?

—Para casa.

—Aff finalmente – suspirou – estou a precisar de um banho e uma bela noite de sonho..

Ele nao respondeu, ele nao a ia levar para casa dela, era para a dele, nao  ia ter o risto de alguém os seguisse e assim que ela ficasse sozinha lá vinha aquele ruivo, armando se em coitadinho.

**

Algum tempo depois Sasuke pára em frente a um grande e bonito prédio, ela olhou para ele confusa. Deu um passo em direcção ah entrada e reparou que ela nao. Virou-se para ela, estava com uma expressão adorável mas chateada.

—Onde é que vamos, Sasuke?

Ele suspirou:

—Para casa, anda, já está a ficar frio.

Ela cruzou os braços.

—Eu quero ir para minha casa, nao precisas de vir comigo, diz me como ir ter ah estrada principal que eu depois arranjo-me .

—Nao faças uma birra agora – respondeu frio – já está a ficar tarde a tua casa ainda é longe, vais  passar aqui a noite.- ia para dar mais um passo em frente quando ela o chama. Ficaram os dois em silencio, ele nao tinha paciência para aquele tipo de coisas, e do que é que ela tinha medo? Deixou entrar na casa dela duas vezes e nunca fez alarido com nada, agora estava a amedrontar-se?

Virou se para ela e pegou-lhe na mao:

—Deixas te me estar na tua casa, estou a retribuir o favor, mais nada.