Sakura trabalhava como empregada num pequeno cafe ah entrada do centro da cidade. Já se tinha passado umas semanas desde o encontro dos dois, ambos ja se tinham esquecido daquela longa noite.

 -Sakura-chan, nao queres sair hoje connosco?- perguntou a chefe.

Todos os em pregados naquele cafe eram proximos, tinham uma relaçao muito de familia e até o Diretor era uma pessoa muito amavel.. A chefe dela era uma mulher poucos anos mais velha que ela e era muito amiga da filha do Diretor, sempre a ajudou e desde logo de inicio que simpatizou com a rosada.

 -Eu nao gosto muito de sair chefe..

—Hamm va-lá dás sempre a mesma desculpa..

—Chefe eu estou a trabalhar, nao podemos falar disto no fim? Tenho pessoas ah espera – disse mostrando pouca paciencia.

O dia continuou calmamente, no final quando a rosada acabava de arrumar a loiça a chefe dela voltou a convidá-la, mais insistente.

Havia alguns dias durante o ano em que os quatro empregados mais a chefe saiam para se divertir, normalmente calhavam em dias que havia festivais ou entao iam a um bar para beberem e jogarem cartas. O tipico mas ela nunca tinha bebido nem sequer saido, era uma pessoa de estar em casa e adorava isso.

Mas desta vez a mulher conseguiu convence-la, até foi com ela ate sua casa para a ajudar com a roupa e a maquilhagem..

Escusado dizer que ela estava bastante perturbada com tudo aquilo.

A sua roupa voava pelo quarto sem parar, o seu cabelo estava a ir para todo o lado e sentia peso na pele da cara.

Antes de se aperceber estava pronta. Umas simples calças de ganga pretas de cintura subida com uma camisa rosa-bebe curta e larga com um casaco beje comprido.  

—Awn! Estas tao querida!! Es tao adoravel!

—Eu sinto-me apertada em todo o lado.. porque nao posso ir com leggins?

—Vamos a um bar.. nao quero que sejas expulsa antes de entrares ahah..

—*suspiro* Chefe eu nao me sinto com vontade de ir ..

—Nao tenhas medo.. vamos estar todos juntos e nao tens realmente de beber como nós.

—Mas nao quero ser a unica..

—Humm.. nós depois vemos..vamos embora!

****

Os outros ficaram bastante admirados ao verem a rosada assim, especialmente um ruivo que passava sempre despercebido mas que sempre tinha os olhos nela.

Foram procurando um sitio para comerem, ela estava maravilhada o quanto a cidade era iluminada e bonita de noite, quantas pessoas, até crianças brincavam e passeavam pelas ruas.

—Ves Sakura-chan, isto é bastante agradável ah noite.

—Pois é nao fazia ideia..

—Mas nao te deixes enganar, o perigo espreita nas sombras.-Disse a chefe sussurrando-lhe ao ouvido, ela arrepiou-se e ralhou para a mulher, que nao consegui conter o riso.

Passaram no MecDonalds para começarem a encher a barriga, ela ficou admirada com a quantidade de comida que eles pediam.. sentaram-se todos em grupo numa mesa mais ao canto,ela ficou ao pé da janela, quase que parecia que ia never, talvez este ano o natal iria ser com neve..

Eles riam e contavam historias bastantes embaraçosas, ela olhava e sorria mas maior parte das vezes a sua atençao apagava e perdia-se em pensamentos banais. Distraida nao reparou num grupo de pessoas que se sentaram na mesa ao lado da dela.. No meio da confusao dos amigos ela vê uma cara que lhe era familiar.

 Ele ficou supreendido quando o seu olhar prendeu com o dela.

«Sasuke?!»

«Sakura?»

Ficaram assim por instantes que pareceram anos, os amigos dele chamaram a atençao dele, o que fez com que ela acorda-se..

—Sakura-chan? Esta bem?

—Sim sim, eu acho que comi demais..

A chefe encostou-se a ela:

—Eu bem reparei naquele olhar hihihi..ele e giro..

A rosada corou tanto que teve de baixar a cabeça para esconder a vergonha que transbordava pelas orelhas.

—Haha nao pensei que fosse assim tao serio desculpa.

—Nao, eu nao sei porque fiquei assim..eu nao o conheço.

«oh god nao acredito que ele está ali, bem ao menos ele parece estar bem...porque raio fiquei tao nervosa ah pouco.*suspiro*»

Sakura decidio virara a sua atençao para a janela ate os amigos acabarem de comer, sorrindo de tempo em tempo para nao estranharem, nao queria que todos parecem de falar e falassem para ela.

Levantaram-se todos sairam do estabelecimento e foram para o bar.A chefe falava com ela pelo caminho o que a distraio do moreno.

Chegada ao bar, sentaram-se e nao pensaram noutra coisa, começaram a beber e a jogar.

Ela nao ia negar estava-se a divertir bastante, eles faziam com que qualquer jogo fosse mais divertido do que realmente era.

O tempo foi passando um a um começavam a ficar com a cara vermelhinha, Sakura tambem estava a beber mas muito menos que eles.

Levantou-se pra ir ah casa de banho e sentiu-se ligeiramente tonta, achou estranho ah primeira mas passou assim que começou a andar. Ao dar a curva para a casa de banho um rapaz esbarrou com o ombro dela fazendo a perder equilibrio, arrajando suporte na parede, ficou a encará-la ah espera de um pedido de desculpas:

—Entao?

—Ts, Desculpe..

—Umf...hum?-Ele passou a olhar de cima a baixo para a rosada, ela começou a andar imediatamente para dentro da casa de banho antes de qualquer outra palavra ou olhar.

Ficou lá um tempo e espreitou antes de sair, nao ali estava ninguem. Ao voltar para onde os amigos estavam, ficou perdida, nao sabia de que lado era a mesa e nao conseguia ver nada com tanta gente a mexer se de um lado para o outro. Andou devagar, passando entre as pessoas e sem se aperceber foi ter ah rua.

Olhou para a pequena porta e era impossivel ela conseguir voltar a entrar, decidio entao que já chegava por uma noite, pegou no telemvl e mandou mensagem ah sua chefe dizendo que ia para casa, no dia seguinte ela depois explicava, mas agora estava frio e estava cansada.

Começou a afastar-se do bar quando ouviu uma voz baixa atras dela.

Olhou e viu o rapaz que esbarrou com ela ah pouco, ingnorou e continuou a andar mas ele agarrou-lhe no braço.

—Olha, eu queria pedir te desculpas por ah pouco.

Ela relaxou um bocado pela simpatia, estava ah espera que ele fosse arrumar confusao com ela mas afinal nao.

—Nao faz mal, eu nao estava a ver por onde ia.

Ele continuou a sorrir para ela e o silencio tornou-se bastante constrangedor, ela ia para se virar quando ele se pos ah frente dela:

—Já vais embora?

—Sim, vou – respondeu direta

—Porque nao ficas connosco mais um bocado?- ele encostou-se a ela virando-a em direçao aos amigos dele.

Ficou sem reaçao, estava assustada demais para responder, olhava para os lados para ver se via mais alguem mas nada ,estava sozinha, se começasse a correr em direçao ao bar secalhar conseguia pedir ajuda. Sim, era a unica coisa que podia fazer.

Quando ela ia dar o impulso para correr ele agarrou com força no braço dela.

—Nao te preocupes, se quiseres no fim podemos te levar a casa, vamos so nos divertir, esta bem?

«o que é que eu faço?o que é que eu faço agora?!»

Ela sentiu a mao que lhe agarrava no braço a largá-la de repente.

Olhou para trás e viu o rapaz no chao com as maos na cara, havia sangue a pingar por entre os dedos. Mais uma vez uma mao agarrou-a no braço com força, e puxou-a .

 Os outros rapazes que ali estavam aproximavam-se zangados, ela estava confusa eles estavam a olhar na direçao dela mas nao para ela, para a pessoa que a agarrava, para a pessoa que estava atrás dela. A mao largou-a e ela vê o corpo a por-se ah frente dela, protegendo-a.

 Quando conseguiu finalmente olhar para cima, viu cabelo preto, cabelo que a fez sentir um dejavu, era ele.

«é ele..»

 Embora ainda não tivesse visto a cara, ela sabia. Os rapazes estavam a falar bastante alto, mas nada entrava na cabeça da rosada. Viu umas luzes a piscar ah distancia que a distraio, era os guardas que estavam no bar, vinham ai. Suspirou aliviada por finalmente tudo aquilo ia acabar. Foi tudo tao depressa, tudo num simples piscar de olhos.

 Ela ia para avançar para os guardas quando ele agarra na mao dela e começa a correr na direcção oposta.

—E-espera! O que estas a fazer??!

Ele puxou-a sem parar de correr por entre a ruas da cidade: largas, estreitas; com pessoas, sem pessoas, apenas correu, ele parecia saber para onde estava a ir mas ela sentia que estava a ser levada por um furacao.

Pararam, mais tarde, ofegantes, ao pé de um riu, ele sem largar a mao dela foi para debaixo de uma ponte sentou-se num pequeno banco, fazendo-a sentar-se tambem.

Nenhum deles conseguia por a respiraçao em ordem para conseguir dizer palavras, mas nao importava para ela, ela tinha que dizer alguma coisa..mas o quê..?