Meu anjo. escrita por LaMiss


Capítulo 5
Visitas noturnas.


Notas iniciais do capítulo

Oi ! Este capitulo é cheio de emoções... espero que gostem ! Beijuuss



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Eu cliquei sobre o botão tirar o som do comando e prestei atenção ao barulho. Eu reconheci imediatamente o barulho da porta da garagem. Ele já chegou ! Eu apaguei todas as luzes e a televisão o mais depressa possível. Já era a quarta que vez que eu ouvia estes barulhos vindos da garagem. Claro que eu sabia que era o Castiel. Ao mesmo tempo somos os únicos que moramos aqui. Mas cada vez que eu descia as escadas o senhor já tinha desaparecido. Era por causa disso que eu hoje decidi de ficar acordada para o ver e para com que ele não me volte a dizer ao pequeno-almoço: { Deves ter alucinado}. Eu escondi-me atrás do sofá e esperei que ele subisse. Alguns minutos mais tarde eu ouvi uns passos na cozinha e o barulho das chaves a cairem na mesa. Eu ouvi-o a dirigir-se para a sala e quando ele acendeu a luz, eu levantei-me.

— Ah ah !, gritei eu enquanto lhe apontava o dedo.

— F***-se !, Disse o Castiel depois de ter dado um salto. És doida ou que ?!

Ele continuou a insultar-me e acabou por se acalmar. Eu cruzei os braços sobre o meu peito.

— Agora já não podes negar. Então ?

— Então o quê ?

— Explica-me onde é que estavas ?

— Não tens nada a ver com isso, disse ele enquanto metia o seu casaco no sofá.

— Oh não Cast , disse eu quando vi que ele já estava a subir as escadas. Somos dois a viver nesta casa. Então eu tenho o direito de saber onde é que foste.

— Nós somos dois a viver aqui, mas é cada um a sua vida. Tu fazes o que queres desde que me deixes em paz e para mim é a mesma coisa.

— Por isso mesmo !, gritei eu. Tu estás a perturbar o meu sono !

— E tu achas que não me perturbas a andar assim pela casa ?!

Ele apontou o dedo na minha direção e eu olhei para a minha roupa. Eu fechei imediatamente o meu casaco de dormir. Infelizmente ou felizmente quando eu olhei para cima ele já se tinha ido embora.

Eu suspirei e olhei para o relógio que estava na parede. 3h. E depois subi para ir dormir. O Castiel tinha consigo se escapar outra vez...

***

Claro que quando nos deitamos às 3 da manha, não podemos pensar que vamos acordar como uma linda flor... Eu analisei o meu reflexo no espelho da casa de banho e ri interiormente por causa da cara que tinha. Espero que a desculpa que tenhas para sair tão tarde seja boa senhor Kane ! Eu acendi o chuveiro de comecei a tirar a roupa enquanto esperava pela água quente. Depois, uma vez que a água já estava a temperatura que eu gosto, eu entrei no duche e fechei a cortina. A água quente fez-me um bem desgraçado então eu aproveitei para ficar um tempo debaixo dela.

— Está aí alguém ?, perguntei de repente.

— Sim, disse o Castiel que também parecia estar na mesma sala que eu.

— Cast ? O que raios é que estás a fazer aqui ?

— Venho tomar um duche.

— Tu não ias passear o Dragon ?

— Não me apetece.

Frases curtas. Voz ensonada. Eu sorri e tirei só a cabeça para fora da cortina para ver a sua cara de menino cheio de sono. Eu fiquei surpresa quando vi o que ele estava fazendo.

— O que é que estás a fazer ?, perguntei quando reparei que ele tava a tirar a sua roupa.

— Vou tomar um duche.

— Mas já estou eu aqui !

— Não faz mal.

Rapidamente eu desliguei a água e agarrei na toalha que eu tinha posto ao meu lado. Eu enrolei-me nela e sai. Impulsivamente eu dei um estalo ao Castiel.

— Isto talvez te acorde !

O ruivo meteu uma mão na sua bochecha vermelha mas não disse nada. Eu agarrei então nas minha coisas e fui na direção do meu quarto para me vestir. Um quarto de hora mais tarde eu já estava vestida, penteada e maquilada. Eu desci as escadas e vi o Castiel na cozinha.

— Podias pedir desculpa, disse o meu amigo enquanto bebia o seu café.

— Porque ?

— Tu deste-me um estalo.

— Eu já estava na casa de banho.

— Eu não te bati quando tu entraste na minha casa de banho no entanto eu também já lá estava.

— Talvez porque eu não queria ir ter contigo. Seu perverso, disse eu, e ainda por cima a tua casa de banho já está reparada agora.

— Tu estavas a pedi-las.

— Eu ?, abri muito os olhos. Eu não fiz nada !

— Não.. E passeares pela casa quase nua é inocente talvez ?

Chama-se camisas de noite. São roupas para dormir, insisti. E alguma vez eu disse-te alguma coisa de passeares pela casa de cueca ?

Eu sentei-me à frente dele e comecei a comer os meus cereais. Visivelmente ele estava à procura de uma resposta. Ele calou-se e eu aproveitei deste silêncio para comer em paz.

— Tu podias vestir outra coisa para dormir, disse o Castiel.

— Mas eu não tenho mais nada. E eu não suporto dormir com pijamas grossos, expliquei.

— Admite Lily, ele sorriu e inclinou-se para mim, tu és uma provocadora.

— Retira já o que disseste !

— Sais com o Nathaniel ao fim de alguns dias...

— Não tem nada a ver !

— Tu andas por casa quase nua à minha frente... Continuou ele ignorando o que eu dizia.

— É mentira !

— Nós criticamos a Amber, mas tu não és melhor.

— Vai-te a f**** Castiel !

— Com prazer

Eu olhei para ele com raiva enquanto ele sorria, depois eu levantei-me bruscamente. Eu meti a minha taça no lava-louças e sai da cozinha. Quando tive a certeza que ele já não me conseguia ver, eu corri para as escadas e subi o mais depressa possível. Eu bati com a porta atrás de mim e apoiei-me nesta mesma. Eu respirei profundamente até a minha raiva desaparecer. Eu levantei a cabeça para impedir que as lágrimas caíssem. Como é que ele pode me insultar ? Ele não conhece nada sobre mim ! Onde é que ele tinha estado estes dez anos ?! Quando eu precisei dele !?

— Lily ?

— Vai-te embora !, gritei a través da porta.

— Nós temos de ir.

— Eu não vou às aulas. Eu suponho que uma p*** por liceu já chegue !

Quando eu disse a ultima frase a minha voz ficou fraca e as minhas pernas também. Aguenta Lily, não o deixes perceber em que estado é que estás.

— Eu peço desculpa, okay ?, gritou ele desta vez.

Eu não respondi. Eu esperei no silêncio para ouvir o barulho dos seus passos. Nada. Será que ele já se foi embora ? Eu tentei ouvir melhor e ouvi um suspiro. Ele ainda está aqui...

— Eu não te queria chamar esse nome.

A sua voz estava mais doce.

— Eu... Ouve uma coisa que se passou mal ontem e eu descarreguei em ti, continuou o rapaz. Eu não pensei no que estava a dizer. Eu... Eu peço desculpa...

Eu limpei uma lágrima que me tinha escapado com a minha mão. Ele parecia ser sincero. Eu bati com a cabeça na porta e fechei os olhos. E abri a porta. O Castiel estava no corredor contra a parede e sentado. Nós trocamos um olhar rápido e eu continuei o meu caminho sem uma palavra.

— Tens cá uma cara !, disse a Iris quando eu me assentei ao lado dela em português. ( claro que nós chegamos atrasados ).

— Obrigado Iris, eu estou bem e tu ?

— Desculpa. Mas deitaste-te tarde ou que ?

— Quase. O Castiel saiu outra vez.

— Outra vez !

Ela não se apercebeu que ela não tinha falado baixo. O que valeu que o professor olhou para a gente. Eu abanei a cabeça a minha amiga.

— Mas desta vez eu decidi de esperar por ele, continuei.

— Ele chegou a que horas ?

— Três da manha, murmurei. Mas ao menos eu dormi bem estas últimas quatro horas. Eu detesto estar sozinha, sobretudo numa casa assim tão grande.

— Imagina que alguém entra e viola-te enquanto dormes, imaginou a Iris.

Não me parece que preciso da tua ajuda para imaginar esses filmes, interrompi quando vi que ela ja estava pronta para dizer outra coisa idiota.

— Mas sabes de onde é que ele vem ?

— O senhor recusa de me dizer. É claro que eu quis o seguir mas ele leva a moto dele.

— Achas que seria possível que ele viesse ao liceu ?

— O Castiel ?, disse eu surpresa. Ele já quase nem consegue vir às aulas quanto mais vir fazer horas suplementares! Mas porque ?

— Lembraste da moça que estava a correr atrás do Kiki?, começou ela. Ela agora diz que existe um fantasma no liceu.

—E tu acreditas ?

— No fantasma ? Claro que não. Mas numa visita noturna porque não ?

Nós continuamos a falar deste misterioso fantasma e da possibilidade que seja o Castiel. Falámos desde o início da manhã até a hora de comer. Para ser franca, era a Iris que não suportava o facto de eu não acreditar nela. Era como se ela tivesse a missão de me convencer que era ele. E finalmente quando ela fartou-se de a minha indiferença, ela mandou-me ir falar com o Nathaniel. Então eu fui ao grêmio assim que foi possível para ter provas.

— Olá, disse eu enquanto passava a cabeça na porta.

— Olá, suspirou o loiro.

Este último estava apoiado na mesa com uma mão na cara.

— Tens um ar desesperado, constatei.

— Tu já deves ter ouvido falar do fantasma do liceu.

— A Iris falou-me disso durante toda a manhã. Aliás foi ela que me disse para vir aqui , acho que tu tens provas ou uma coisa assim...

Eu aproximei-me e fui me assentar ao lado dele. O Nathaniel virou-se e foi buscar uma coisa atrás dele.

— Uma moça achou estas bocados de plástico ontem, explicou-me o loiro, e este caderno com bocados de cigarro esta manhã.

— Então não é um fantasma.

— Ela tem consciência disso mas ela quer mesmo descobrir quem é que assombra o nosso liceu a noite.

— Tens alguma ideia de quem seja a pessoa ?, perguntei.

Parece que a minha pergunta lhe fez ficar estranho. Ele virou-me as costas, e começou a guardar alguns papéis antes de dizer que não, gaguejando. O que é que me estás a esconder Nathaniel... Eu olhei uma última vez para os elementos achados no corredor. Eu parei nos cigarros. O Castiel fumava. Mas de certeza que ele não é o único. E depois o que é que ele viria aqui fazer? Eu abanei a cabeça para capturar estas suposições idiotas. Mas e se a Iris tivesse razão ? Depois de tudo, tu não sabes onde ele vai à noite Lynn...

— Ok, tu talvez tenhas razão, suspirei enquanto me assentava ao pé da Iris em história.

— Falaste com o Nathaniel ?

— E ele mostrou-me as "provas", completei fazendo umas aspas em provas.

— E o que é que vais fazer neste caso ? Tens alguma coisa preparada para hoje a noite ?, perguntou a Iris.

***

— Tu não estás a exagerar Iris?

— Nos filmes eles estão todos vestidos assim.

Eu olhei para cima na escuridão. Nós estávamos à frente da porta do liceu. Claro que eu tinha proposto á minha amiga de nos esconder nas casas de banho até que a escola estivesse completamente vazia, mas a ruiva quis ir para a casa dela "vestir a roupa exacta", assim foram estas palavras, assim foi feito eu tive de vestir uma blusa preta e as calças também, e a Iris a mesma coisa. Eu tive de insistir bastante para com que ela aceitasse que não era preciso por um chapéu. Uma vez mudadas, a Iris foi na sua bicicleta e eu na do seu irmão para voltarmos a Sweet Amoris no objetivo de apanhar o nosso fantasma que normalmente é o Castiel...

— Afasta-te, disse eu quando vi que ela não conseguia abrir a porta.

Eu tirei um gancho do meu cabelo e, como para o cadeado da Amber, eu meti na maçaneta da porta. Depois de dois, três movimentos de braços a porta abriu-se.

— Como é que consegues fazer isso ?, disse a ruiva muito impressionada.

— É uma longas história.

Eu empurrei a porta e nós entramos na pequena sala do guarda. A Iris ligou então a sua lanterna e atravessamos a sala até a próxima porta que ia dar ao corredor. Felizmente esta não estava trancada. Nós varremos com a luz da lanterna o corredor.

— O que fazemos agora ?, disse eu falando muito baixinho.

— Vamos para o centro do liceu. Foi ai que acharam o caderno e o cigarro.

Eu abanei a cabeça dizendo que sim e fomos nessa direção. Era bastante estranho de voltar para o liceu à noite. Eu tinha consciência que eu estava a passar nos mesmos corredores que esta manhã embora não parecesse. Tudo era calmo. Frio. Se nós estivéssemos num filme de terror, seria o lugar ideal para o Jason aparecer com a sua arma. De repente nós ouvimos um barulho vindo de trás de a gente. Nós viramo-nos bruscamente e reparei que eu tinha agarrado a mão da Iris. Nós olhamos uma para a outra e finalmente a Iris decidiu de apontar com a luz à nossa frente.

— Ai os meus olhos, queixou-se uma voz.

Eu baixei o braço da minha amiga e nós pudemos reconhecer que era a moça que deu origem a nossa vinda aqui.

— O que estás aqui a fazer ?, quis eu saber.

— Eu ia vos perguntar a mesma coisa.

—Nós estamos à procura de alguém, disse a Iris. Como é que tu entraste aqui ?

— Eu esperei que toda a gente se fosse embora.

— Tu queres fotografar o fantasma ?, disse eu reparando que ela tinha uma máquina fotográfica.

— Sim. Toda a gente acha que eu estou maluca, explicou a moça, mas com uma foto eu terei a prova que há alguém neste liceu a noite.

De repente uma porta bateu atrás da gente no fundo do corredor e nós as três saltamos de medo. Eu engoli em seco e as outras duas limitaram-se a apontar a luz para o fundo do corredor. Nós fomos lentamente para o sitio do barulho quando vimos uma sombra a vir na nossa direção. Eu tinha pele de galinha e a mão da Iris na minha, tremia. A estudante tirou então a sua máquina fotográfica e ligou o flash. Este mesmo iluminou o lugar durante alguns segundos.

— Castiel ?, disse eu quando reconheci o ruivo.

— F***-se o que é que vocês estão a fazer aqui ?

Ele levou a mão dele a cara. Nós abaixamos as lanternas e ele aproximou-se.

Então eras tu ?, perguntou a moça da máquina fotográfica.

— Eu sabia !, exclamou- se a minha amiga.

— Quer dizer , porque ?, disse eu desconfiada.

— Eu acho que fomos apanhados, interrompeu alguém saindo da sombra.

A pessoa aproximou-se e meteu-se ao lado do Castiel. Era um aluno do liceu que eu nunca tinha visto. Senão eu teria me lembrado logo dos olhos dele. Um verde e outro castanho quase dourado. Difícil de não ficar encantada com o seu olhar.

— Lysandre ?

— Boa Noite Iris.

— O que você faz aqui Lynn ?, disse o Castiel.

— Foi a Iris que me trouxe, disse eu defendendo-me.

Esta última bateu-me no ombro como se tivesse contra. Ela também não me tinha forçado. Mesmo depois do nosso interrogatório intenso os rapazes recusam de nos dizer o que eles faziam aqui. Portanto nós saímos todos, até que a Iris e a outra moça fossem embora, eu não disse uma única palavra.

— Elas já se foram embora. Agora vai me dizer o que é que faz aqui ?, insisti.

Ele olhou para o seu amigo, para ver se este estava de acordo. E este último abanou a cabeça para dizer que sim.

— A cave é a sala ideal para as repetições ,disse ele com um suspiro.

— Repetições ? Vocês têm um grupo ?

— Sim , respondeu o Lysandre.

— Mas porque que vocês só vêem a estas horas ao liceu?

— O Lysandre é como eu , ele quase nunca vai as aulas, disse o ruivo. Mas quando o Senhor não vai às aulas, ele também não vem as repetições. Foi por isso que nós discutimos ontem e... Eu discuti contigo hoje de manhã.

Ele baixou a cabeça e deu um pontapé numa pedra. Eu fiz o mesmo.

— Mas como é que vocês conseguem entrar ?, continuei.

— O Nathaniel deu-nos uma chave dupla, disse o Lysandre. Ele é o único que sabe do nosso pequeno segredo. Portanto se tu pudesses não dizer nada...

— Não se preocupem isso ficará entre eu e vocês, disse eu sorrindo.

— Nesse caso , estou muito contente de te ter conhecido Lynn. Já a muito tempo que ouço falar de ti!

— Para me queixar , claro, disse o rebelde.

— E peço imensa desculpa também por eu acho que meti medo à tua amiga no outro dia.

— Oh, não faz mal, e depois também não é bem uma amiga. Na realidade eu nem sequer conheço o seu nome.

Eu ri. O Lysandre, embora ele tivesse um ar de alguém de discreto, ele era charmoso e bonito. Sem contar com o seu estilo, era muito parecido com o meu. Ele parecia ser tão diferente do Castiel que era esquisito eles serem amigos. Mas a amizade deles era tão cúmplice que era indiscutível. Só estava à alguns minutos na companhia deles mas este último saltou-me aos olhos. Lysandre... Agora que eu pensava este nome não me era estranho. O Cast de certeza que me falou dele quando éramos pequenos. Eu tinha falado com a Iris para que eu fosse para casa com o Castiel. Não era só para fazer perguntas em privado mas também porque eu queria ir para casa de moto. A bicicleta é legal mas...

 


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Notas finais do capítulo

E então ? Ficou legal ? Espero que sim ! Bem... até ao próximo capítulo, enquanto isso beijoos e boas leituras.



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