Meu anjo. escrita por LaMiss


Capítulo 3
Que o jogo comece.


Notas iniciais do capítulo

Olá ! Mais um capítulo, este já foi mais fácil de escrever, espero que gostem !! Normalmente os capítulos saíram todas as semanas na sexta às 20h beijos e boa leitura.



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Bip...bip...bip...bang !

Eu olhei para o monitor digital do velho despertador que eu tinha achado no sótão. 8h30. Eu suspirei e já estava arrependida de ter prometido de ter acordado cedo, embora fosse Sábado, tinha de ir fazer as compras. Mas se tu não queres comer pizza pela terceira vez consecutiva não tens escolha Lynn... Com dificuldade eu levantei-me da cama. Eu não parava de abrir a boca e atravessei o corredor para ir para a casa de banho. A Casa de banho estava ocupada pelo o barulho do duche.

— Eu pensava que era a MINHA casa de banho ?, perguntei enquanto empurrava a porta.

— E é verdade, confirmou o Castiel a gritar para cobrir o som da água.

—Então o que é que estás a fazer aqui ?

— A minha banheira está quebrada.

— É por isso que eu ouço água a escorrer todos os dias?, fazendo a ligação que ele vinha aqui todos os dias tomar banho.

— És inteligente, anã. Já liguei para o moço da água mas ele não pode vir antes de terça, explicou o Castiel. Agora se me pudesses deixar em paz...

— Só te dou 5min , preveni.

E para que ele percebesse bem a mensagem eu abri a água do lavatório. Quase instantaneamente o meu amigo começou a gritar. Eu ri e desci para tomar o pequeno almoço. Eu abri o frigorífico e pude constatar que o Castiel tinha voltado a por a garrafa de suco de laranja na porta do refrigerador e ainda por cima ela estava vazia. Grrr... Sem ter escolha eu optei por um café e cereais de chocolate.

— Bom dia menina , disse uma senhora de idade entrando na cozinha.

— Bom Dia...

— Julia, completou a senhora. Eu sou a senhora das limpezas do menino Kane.

— Você vai alimentar o cão?, perguntei reparando que ela tinha a tigela dele na mão.

— Exacto , sorriu ela. A senhora Kane falou-me da sua alergia.

— Sim o Castiel também me falou disso. Mas eu já não tenho essa alergia. O Dragon pode vagabundar pela casa.

— Ok menina.

— Julia ?, chamei antes que ela descesse á cave.

— Sim ?

— Chame-me de Lynn, sorri.

Ela abanou a cabeça e desceu para a cave. Depois, o ruivo veio comer, eu subi para a casa de banho. 9horas tocaram na sala e eu já estava pronta.

Hum... Cast ?, eu incomodei-o quando ele estava na internet e ele nem reclamou ! Uau !

— Lily ?

Era idiota mas eu tive um momento de hesitação quando ouvi o meu diminutivo sair da sua boca.

— Tenho duas perguntas, disse eu. A primeira : não tens nenhum carro ? Porque a moto é legal mas para ir às compras, não é la muito pratica. E , se sim podes ser o meu condutor ?

Como eu só tinha 16 anos e o Castiel 17 , visto que ele nasceu alguns meses antes de mim , eu sabia que ele já devia ter a carta de condução. Os seus país tinham conseguido que ele a tivesse antes dos 18. Ainda bem xD !

— E porque que achas que eu tenho a carta de condução?

— A tua mãe disse-me antes que eu viesse. Por causa disto mesmo caso eu quisesse ir às compras, respondi com um sorriso.

—Hum... Eu não tenho carro mas podemos levar o carro da Julia, aceitou o Cast mas não sem um longo tempo de hesitação.

Fazer as compras com o Castiel era como fazê-las com uma criança. Ele não sabia cozinhar, era por causa disso que a alimentação dele era só massas, pizzas e outros fast food. Claro que a Julia de vez em quando fazia-lhe algumas comidas, mas visto que ela tinha de se desenrascar com o que tava no refrigerador... Decidi comprar : Frutas, legumes, etc... Enquanto o senhor que "não quer saber de nada" , vagabundava pelos corredores dos jogos, dvd's e etc. Ele admitiu que ele tinha perdido o hábito de estar num espaço assim tão grande, ele preferia a comida entregada em casa. Só quando era para comprar filmes ou álbuns de musica é que ele saía de casa. A prova sobre o meu nariz , ele era um verdadeiro bebê... Nós fomos para a caixa.

— Hoje sou eu que cozinho !, disse num tom entusiasmado enquanto fechava a bagagem.

— E ter o risco de ter uma intoxicação alimentar ?

— É o que vamos ver. Eu aposto o contrário, tu ainda vais repetir...

***

O despertador tocou, eu bati nele. Era segunda de manhã e eram 7h15. Uma primeira semana completa. Ainda ensonada agarrei numas roupas ao calhas e fui-me vestir. No corredor enquanto descia eu cruzei-me com o Dragon. Este mesmo veio-me dizer bom dia, lambendo-me a mão. Um pouco surpreendida eu pensei no que o Castiel me tinha dito sobre o perfume do Nathaniel. Afinal ele esta a dizer a verdade ? Mas depois a minha barriga fez um barulho então eu desci.

— O que é que estás a comer ?, perguntei ao Castiel vendo que ele não estava a comer os seus cereais habituais.

Uma coisa que achei no refrigerador.

— Diz-me isso não é o meu fondant de chocolate ?

Como prometido fui eu que tive de fazer o jantar sábado e domingo. O Castiel, para ser do contra não me disse nada durante as refeições mesmo quando ele se servia mais de que 1 vez. O seu orgulho tinha levado-o a recusar a minha sobremesa : o meu fondant de chocolate.

— Talvez...

Tens cara de quem está a apreciar parece-me, reparando que ele ja tinha engolido mais de metade.


— Bom , mais ou menos é só porque eu tenho fome.

— Va admite.

Eu tirei uma colher pequena da gaveta e vim assentar-me a frente dele para poder comer com ele o seu pequeno almoço.

— Admitir o que ?, disse ele.

— Que tu adoraste as minhas comidas este fim de semana.

Eu fiz o sorriso mais charmoso e mais bonito à espera que ele admiti-se mas invés disso ele contentou-se de recuar e de sair da cozinha.

— Vamos embora daqui a dez minutos , gritou ele da sala.

Calma Lily , ele vai acabar por desistir... Eu meti a última colher do bolo na minha boca e meti a louça no lava-louças. Uma vez que tinha acabado de fazer isso eu pus o meu casaco e fui ter com o Castiel a garagem. O motor da moto já estava a funcionar. Nós estávamos em meio novembro e as temperaturas eram negativas, e assim que cheguei fui logo a correr para dentro da escola. Na minha precipitação, eu ia caindo por causa de um cão e de uma aluna que estava correr atrás dele.

— Kiki !, gritou ela mas foi em vão.

— Olá, disse a Iris.

— Olá, viste aquela garota ?, perguntei.

— Sim, o Kiki fugiu outra vez. É o cão da diretora. Disse ela reparando o meu ar de incompreensão.

— Ele faz isso várias vezes ?

— Várias vezes não , mas de vez em quando sim. Acho que ela fica com ele no seu escritório. Uma vez também tive de correr atrás dele.

— Coitada , eu não gostava de estar no seu lugar.

— É verdade. Mas basta só atirares a atenção dele.

— E bem tu devias ir-lhe dizer porque ela não está a conseguir.

— Tens razão, estou a ir.

A Iris foi então a procura da rapariga. Enquanto isso eu fui para o meu cacifo.

— Lily-Fofa !, chamou-me o Ken, a choramingar.

Eu suspirei e olhei para cima. Que mal fiz eu a deus...?

— Sim Ken ?, perguntei virando-me e fazendo o meu maior sorriso.

— E-eu venho... te dizer... Adeus, soluçou o Ken.

— Vais-te embora do liceu ?

— O meu pai quer que eu vaia para uma escola militar para que eu aprenda a ser um homem. Ele sabe que a Amber roubou-me o dinheiro.

— Ken peço desculpa..

— Oh Lily tu vais me fazer falta, gemeu o rapaz e saltou para cima de mim.

— Sim Ken, enquanto batia-lhe sobre as costas devagar, tu também, Tu também...

— É verdade ?, disse ele todo contente.

Não...

— Claro que sim !

Ele abraçou-me uma última vez e só voltou a largar-me quando lhe disse que podíamos falar por celular. Mas claro que sim... Um último sorriso hipócrita e ele foi-se embora de vez. SIM SIM SIM !!! Eu tive de aguentar para não saltar de alegria. Uma parte de mim detestava ser assim tão má para este moço ; mas a outra queria saltar de alegria. A campainha tocou.

— Ela ainda está atrás do cão?, perguntei quando vi a minha amiga na sala de matemática.

— Eh.. Sim , suspirou ela.

— O que é que foi ? Não pareces estar contente...
— É o que o Nathaniel distribuiu que me faz ficar assim.

Ela deu-me uma folha para eu ler.

Caros alunos, alunas, por causa de falta de dinheiro, toda a direção do liceu Sweet Amoris e mesmo eu tenho imensa pena em vos dizer que a semana de férias da neve prevista para os alunos do 11º ano A,D e E para o mês de Fevereiro foi cancelada.
Pedindo imensa desculpa, Nathaniel Leclerc, delegado principal.

— Eu não sabia.

— Não queremos saber de qualquer das maneiras já foi cancelado. Já faz 1 mês que eu estava a preparar as minhas coisas, queixo se a ruiva. Eu queria tanto ir !

— Devemos poder fazer qualquer coisa, não ?

— Mas o quê? O liceu não tem dinheiro é esse o problema. Se pudéssemos achar uma maneira de ele ter...

— É isso !, gritei. Oh Iris tu és genial.

— Hum hum !, fez o nosso professor, eu espero não vos estar a interromper...

A Iris ficou toda vermelha e olhou para o caderno. E à frente do olhar do nosso professor, eu tive de fazer a mesma coisa. Depois não falamos mais durante a aula toda. A minha amiga tinha achado a solução. Só faltava achar uma maneira de o liceu ganhar dinheiro, e para isso eu tinha uma ideia. Mas para isso era preciso que o Nathaniel aceitasse.

— Nathaniel !, gritei interpelando-o nos corredores quando saía do refeitório.

— Olha, olá Lynn. Em que posso te ajudar ?

— Sou mais eu que posso ajudar a fazer qualquer coisa , contradisse. Para as férias da neve.

— A sério ? Estou impaciente de saber como.

— Organiza uma festa para o Natal.

— E como é que isso pode ajudar a ganhar dinheiro para o liceu ?

— Vende bilhetes.

— E para o resto ? A decoração , a animação tudo isso custa dinheiro.

— Não se tu utilizares as coisas do liceu , repliquei. O clube de jardinagem podia fazer algumas decorações florais, o clube de musica tratava da animação. E depois podíamos organizar uma venda de bolos.

Ele coçou a parte de trás da cabeça dele enquanto pensava na minha proposta.

— Da onde é que vêem essas ideias todas ?, quis saber o loiro.

— Um dos meus colegas financiava todas estas atividades extras-escolares. Natal, São Valentin , o primeiro dia da primavera, todas essas ocasiões eram boas para ganhar dinheiro para a escola.

— O problema é que o Natal é daqui a um mês, ele fez uma cara esquisita. Nós teremos tempo suficiente ?

— Nós ?

— É a tua ideia, sorriu ele. É normal que tu participes.

— Então do que estamos á espera ?

Nós apertamo-nos as mãos e eu acompanhei o delegado até ao escritório da diretora para lhe dizer a nossa ideia. Se , ou talvez quando, ela nos der o seu acordo, nós só teremos um mês para preparar tudo. O nosso tempo estava contado...


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Notas finais do capítulo

Foi muito mais curto que o normal, mas por isso é que já escrevi outro que vai sair já já beijoss e boa leitura ! O que acham da Lynn e do Cast ? Não se preocupem Lysandrettes o Lys entra na fanfic, está quase ;) bjoss



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