No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 26
The great escape... of the death?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
Aqui quem fala é a Unhas Roxas de volta no seu computador que é temperamental! Gente minha BFF (Breathe) já esplicou o motivo da demora, mas agora queria falar uma outra coisa, sei que muitos esperam que pela demora eu poste um capitulo magnifico e UAU!!!, mas justamente por que eu fiquei sem PC que eu não tive muito tempo para escrever! AS POSTAGENS VÃO VOLTAR AO NORMAL DEPOIS DA PRIMEIRA SEMANA DE FEVEREIRO, MAS ATÉ LÁ PODE SER QUE EU POSTE ALGUMA COISA.
Sem enrolar vocês mais ainda, Boa Leitura!
Bjux Unhas Roxas



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P.O.V. Percy

     -Como? -Perguntei desesperado.

     -Sim, vocês tem cinco dias para chegarem ao Olimpo. Lá os deuses vão decidir o destino do garoto, -Hermes parecia não se importar com o fato de Robert estar presente. -Não decidiram nada oficialmente, mas vocês já sabem a opção mais rápida.

     -Não! Eles não podem sair matando qualquer um só por que nasceu filho da pessoa errada! -Eu disse. -Vejam por exemplo Calipso é filha de Atlas, mas é super legal. -Fingi que não vi Annabeth ficar com as orelhas vermelhas.

     -Ainda não há nada decidido, Perseu. E Calipso é imortal, seu amigo é um... um... "semititã". De qualquer modo tenho que ir, tenho mais 32 entregas para fazer. Então, nos vemos no Olimpo em cinco dias.

     Hermes foi embora nos deixando no profundo silêncio, interrompido as vezes pelos soluços de Anna que haviam acabado de recomeçar. Nós tinhamos que achar uma solução,eutinha que achar uma solução. Mas qual? Todos sempre contavam comigo e eu geralmente não tinha uma solução imediata.

     Olhei para o relógio no painel do carro, eram quase quinze para as cinco, calculei que só começaria a escurecer depois das seis, se eu dirigisse na mesma velocidade que o Lou dirigia talvez alcançássemos uma cidadezinha e poderíamos passar a noite.

     -Precisamos dirigir direto até Nova York, se pararmos para descansar nunca vamos conseguir. -Falou Thalia.

     -Na verdade não, -falou Robert. -Podemos parar para descansar cinco horas por dia durante esses cinco dias e dirigir direto sem para no resto do tempo, nos revezando.

     -Eu voto para fazermos o que ele disse, é filho de Cronos, o Titã do tempo.

     -Sabemos quem ele é. -Falou Thalia irritada, por ter sido contrariada.

     -O que eu quis dizer foi: qual as chances dele estar errado?

     Annabeth concordou comigo, Anna não parou de chorar para responder então respondi por ela, com certeza ela precisava de um descanso mesmo que fossem só cinco horas. Decidimos parar na próxima cidade que encontrássemos.

     Eu dirigi duas horas depois de escurecer até achar os primeiro indícios de uma cidade. Lou tinha acordado, mas estava muito chapado e não falava coisa com coisa, tentou me fazer deixá-lo dirigir também. Ele só parou quando começou a jogar cantadas pra cima de Thalia e ela deu um choque nele.

     Demoramos mais do que deveríamos discutindo sobre que hotel nós deveríamos ficar, a decisão era entre uma pousada quase cheia e um hotelzinho vazio. Lou, Thalia e Anna achavam que era melhor ficar no hotel, pois teríamos menos pessoas nos incomodando; eu, Annabeth e Robert preferíamos a pousada, mas acabamos ficando no hotelzinho por causa de Nico que até agora não havia acordado.

     Estacionei e fui com Lou até a recepção. Havia uma menina que deveria ter uns quinze anos, morena com profundos olhos cor de mel, ela nos atendeu sorrindo. Pedimos três quartos e ela fez nosso check-in sem nem perguntar o por que de três quartos para apenas duas pessoas. Voltamos para o carro para buscarmos os outros.

     -Hey, conseguimos três quartos.

     -Ok, vamos dividir assim, Percy e Annabeth em um, Robert e Lou em outro, e eu, Anna e Nico em outro. –Falou Thalia.

    Todos concordamos com Thalia e fomos para nossos quartos, eu e Lou tivemos que carregar Nico até o quarto. De lá Lou e Robert foram para o quarto deles e eu fui para o meu sozinho pois Annabeth falou que iria depois.

P.O.V. Anna

    Vi Annabeth mandar Percy embora e fechar a porta do quarto atrás dela. Ela não tinha uma cara triste, mas não estava sorrindo tentando me animar, assim como Thalia não fazia. As duas se sentaram ao meu lado na cama de casal.

     -Ele vai ficar bem. –Disse Annabeth. –Hermes não é médico.

     -Mas sabemos de um deus que é. –Completou Thalia.

     -Meu pai não vai ajudar, pelo menos não em menos de cinco dias. E se o veneno não puder ser retirado do corpo dele? Ele... ele... Eu não consigo nem pensar nessa possibilidade!

     -Todos vão fazer o possível para salvá-lo, e vão conseguir.

     -Sabem, eu faria de tudo para que ele melhorasse. –Mais uma lagrima escorreu por meu rosto. Ficamos em silêncio por mais alguns minutos, eu não queria admitir, mas eu juro que estaria me matando se as duas não estivessem ali.

     -Bem, tenho um namoradão me esperando. Boa noite. –Annabeth sorriu fracamente quando Thalia fez uma careta, Annie saiu e fechou a porta.

     -E nós não vamos ser de grande ajuda se ficarmos desperdiçando as poucas cinco horas de sono que podemos ter em lágrimas, não é? Vou tomar um banho rápido. –Thalia foi em direção ao banheiro com sua mochila junto.

     Nico fora posto ao meu lado, na cama de casal. Ele estava de bermuda e sem blusa, mas seu peito estava coberto pelas ataduras que enrolavam seu corpo. Assim que ele acordasse deveríamos trocá-la, mas ele não deixaria, faria tudo sozinho a seu jeito apesar de com certeza ficar uma porcaria, eu pensei com um fraco sorriso olhando o dormir sereno.

     Me lembrei de suas últimas palavras, “eu te amo”. Sabia que era verdade, e o que eu sentia era o mesmo. “Quando você acordar, meu amor, vamos achar uma solução. Que se dane um Titã qualquer e a droga da profecia, você vai ficar bem e então poderemos descansar, juntos.” Pensei comigo mesma.

     Depois de tomar meu banho, adormeci ao seu lado passando minha mão por seu cabelo.

P.O.V. Nico

     Acordei me sentindo tonto e com uma dor de cabeça horrível, além é claro de uma dor que penetrava todos os meus músculos e fazia parecer que eu não poderia me mexer.

     Anna havia adormecido com sua delicada mão sobre mim, afastei a gentilmente e me levantei fazendo muito esforço. O zumbido não havia desaparecido só estava mais fraco, significava que eu não morreria, pelo menos não no dia que se seguia.

     Talvez Anna tivesse achado um meio de afastar os efeitos do veneno por algum tempo, talvez o efeito demore mesmo. O que eu sabia com certeza era que morreria se não fizesse alguma coisa para me livrar totalmente do veneno.

     Eu não iria encontrá-lo voltando ao Olimpo, mas precisava estar lá, e também precisava viver. O que fazer... Se saísse procurando antídotos para veneno de escorpião, não chegaria ao Olimpo e Cronos certamente se libertaria de sua prisão. Se voltasse a Nova York poderia impedir o Titã, mas então seria tarde de mais para mim.

     Passei um bom tempo olhando pela janela do quarto, Anna e Thalia dormiam pois ainda não era nem cinco horas da manhã. Decidir entre sua vida e a de milhões de pessoas é uma escolha bem difícil.

     Tomei um susto quando senti uma mão segurar a minha, mas mesmo sem olhar percebi que era Anna –até por que Thalia ainda roncava- (N/Thalia: É culpa da sinusite!). Da li a poucos minutos senti Anna me puxar para dentro do banheiro, a acompanhei.

     -No que estava pensando quando você acordou e não me chamou? –Anna logo me perguntou me abraçando. Ela fez isso e doeu meu corpo inteiro. –Me desculpe.

     -Não se preocupe com isso.

     -Então com que mais vou me preocupar se não com meu namorado.

     -Anna, eu...

     -Eu sei, de verdade. Pensei no que faríamos quando você acordasse até o sono me nocautear e vencer definitivamente aquela batalha.

     -E no que pensou, por que eu não consigo decidir sobre o que fazer.

     Ela sorriu para mim com um olhar triste.

     -Bom, pelo menos agora eu sei que não sou a única.

     Passamos mais algum tempo decidindo sobre o que fazer dentro do banheiro. Ao final, quando a decisão estava tomada, tive que admitir que não teríamos outra opção. Saímos do pequeno espaço, voltando ao quarto, de mãos dadas sabendo que daquela maneira seria o melhor.

Narrador observador.

     Thalia acordou nem um pouco feliz com o despertador anunciando cinco e meia da manhã, hora de pegar a estrada. Ela se espreguiçou demoradamente e se levantou para acordar Anna.

     -Anna! Acorda, temos que voltar para... Aqueles filhos da mãe! Ahhhh! –Ela gritou ao ver a cama de casal vazia e arrumada com um papel em cima.

     Thalia, não fique chateada conosco muito tempo, sei que vão entender (Nico discorda). Precisamos fazer isso, voltar para NY não faria com que o veneno em Nico desaparecesse, vamos fazer o que for preciso para encontrar a cura. Continuem sem nós, mesmo que não tenhamos sucesso chegaremos ao Olimpo ao mesmo tempo que vocês. Amamos vocês, Anna e Nico.

     Thalia trocou de roupa rapidamente e correu para o quarto mais próximo, que era o de Percy e Annabeth. Ela bateu na porta varias vezes e Annabeth veio atender só algum tempo depois. Mal a loira abriu a porta do quarto Thalia saiu entrando com suas coisas.

     -Eles se foram!

     -Quem? –Perguntou Percy da cama coberto pelos lençóis.

     -Nico e Anna, e ainda tivera a audácia de deixar um bilhetinho! Olha. –Thalia entregou o bilhete a Annabeth, que leu e releu algumas vezes antes de passa-lo a Percy.

     -Como sabe que é realmente deles? –Perguntou Percy.

     -Olha a folha, caveirinhas, só pode ser do Nico, e olha a letra e a caneta com que foi escrita, rosa com glitter e corações nos ‘is’, só pode ser da Anna. –Falou Thalia.

     -Bom, eu meio que já esperava isso. –Revelou Annabeth. –Precisamos deixá-los ir, e pelo que disseram vão ao Olimpo também. Temos que continuar logo, pelo que Robert disse só podemos descansar cinco horas por dia.

     Thalia deixou Annie e Percy se trocando e arrumando suas coisas e foi chamar/avisar aos outros dois. Os cinco conseguiram deixar o pequeno hotel sem problemas antes das seis horas.

     Thalia e Robert vinham discutindo ferozmente o que Nico teria que fazer para se livrar do veneno, nenhum dos dois defendia um modo seguro ou fácil. Annabeth dirigia e Percy ia sentado no banco da frente ao seu lado, os dois conversavam baixo. Lou babava dormindo no banco de trás.

     Eles não pararam para tomar café da manhã, comeram o que Thalia havia pego do hotel, todos a exceção de Annabeth comeram e depois Thalia dirigiu para que ela comesse seu sanduiche de presunto e o suco de caixinha.

     Thalia definitivamente dirigia pior do que Lou, talvez fosse por que ela nunca tivesse feito isso! “De que foi a ideia de deixá-la dirigir?” Todos se perguntavam.

     Eles pararam as duas da tarde em uma cidade da Pensilvânia chamada Monroeville, para abastecer e almoçar.

     -Gente, eu me enganei. –Disse Robert quando todos sentaram para almoçar.

     -Não seria novidade.

     -Cala a boca Thalia, se continuarmos nesse ritmo e não tivermos nenhum problema vamos conseguir chegar um dia antes do previsto em Nova York.

     -Já que tocaram no assunto. –Disse Lou. –Por que, de verdade, estão indo para Nova York? É o Acampamento?

     -Não. Vamos até o Olimpo, temos uma profecia a cumprir. –Disse Percy como se fosse uma coisa muito comum, e na vida dele realmente era.

     -Irado! Eu, de verdade, estou voltando pra lá pra encontrar meus meios-irmãos nós nos encontramos de ano em ano lá. Bem, mas o motivo de vocês parece mais interessante, podem falar?

     Os cinco almoçaram e conversaram durante alguns minutos e depois voltaram para o furgão para voltar para a estrada. Quando você pensa em semi-deuses dirigindo, você pensa em uma direção rápida e com ação, mas não foi o que aconteceu a aqueles semi deuses, assim que voltaram para a rota principal bateram de frente com um engarrafamento.

     Depois de muitas horas no engarrafamento Louis encontrou um desvio para uma rota alternativa e começou  a seguir por ele. Todos ficaram felizes de voltar a andar a noventa por hora, mas a má noticia era que por aquela rota não se via nada além de mato e alguns bois pastando.

     Não poderiam dirigir a noite toda, não é? Pensou errado, enquanto três dormiam na parte de trás outros dois ficavam acordados na frente dirigindo, e assim eles iam se revesando.

     Durante os próximos quatro dias eles se revesaram e paravam para descansar apenas cinco horas. A viajem seguia bem, e era isso que preocupava a todos.

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P.O.V. Nico di Ângelo. Um dia para chegar ao Olimpo.

     Anna estava dormindo abraçada a mim com sua cabeça sobre meu peito, aquilo fazia meu corpo todo doer, ainda mais naquela hora, eu sabia que morreria dentro de menos de 24 horas, mas se fossem nossas últimas horas juntos preferia que fosse daquele jeito.

    Era quase de manhã e eu não havia conseguido dormir, na verdade não dormia desde que deixamos os outros. Esse dia que se levantava me deprimia ainda mais, nele estaria escrito minha morte e a de Robert e a de milhões de pessoas que sofreriam a fúria de Cronos.

     Anna iria acordar em poucos minutos e nós dois iríamos pegar um avião e voar até Nova York. Sim, foi o que você ouviu, vamos até lá voando, Zeus poderia querer me matar, mas precisavam de mim para saber quem era o mais forte e além disso, Apolo não deixaria seu pai matar sua amada filhinha.

     Distraído olhando pela janela de nosso quarto de luxo no melhor hotel cinco estrelas de Seattle, levei um susto ao ouvir aquela risadinha. Só havia uma pessoa que conseguia fazer aquele som irritante, alguém que eu não queria ver agora. A risadinha de novo.

     Minha amada abriu os olhos e se espreguiçou, me deu um beijo. No lugar da risada irritante viera uma gargalhada, pior ainda que a risada, tive certeza que ela estava ali. Olhei para Anna, ela se cobriu com o lençol meio assustada pela gargalhada, e eu disse:

     -Por que não aparece e se apresenta à minha namorada?

     -Acho que você muda de gostos muito rápido, Niquinho.

     Uma garota, com jeito de mulher, muito pálida saiu das sombras com um sorriso macabro, seus cabelos lisos negros pareciam não ter fim, ela usava um vestido comprido de mangas compridas preto com um decote profundo na frente. Ela não era exatamente bonita, mas tinha alguma coisa nela que a fazia ter algo a mais.

     -O que quer aqui?

     -Continua apressado... Você não disse para eu me apresentar? –E então, dirigindo-se, a Anna disse: -Olá queridinha, sou Melinoe deusa dos fantasmas(N/A: ignorem a descrição dela feita no livro Arquivos Semideuses), ex-... digamos assim, amante do seu namorado.

     -Como?! –Anna exclamou muito, muito surpresa.

     -Er... É... Anna, eu... Ahnnn sabe eu e Melinoe, nós...

     -Qual é, Nico, você já foi melhor com as palavras. –Falou a deusa com ar perverso.

     -Você já entendeu, não é? –Olhei suplicante para Anna, “por favor que ela não me faça explicar com detalhes!” Pensei.

     -Já, sim. –Ela falou com os dentes cerrados e olhar mortífero.

     -Mas então. –A garota se jogou na minha cama sentando próxima a mim. –Não vim aqui para discutirmos nossas relações passadas, apesar de você ter me magoado bastante quando me deixou para voltar para as missões do acampamento.

     -Diga o que quer. –Eu disse inflexível.

     -Salvar sua vidinha ingrata. –Ela disse olhando nos meus olhos com raiva em sua voz.

     -Como? –Perguntei antes que Anna começasse a falar.

     -Você, filhinho de Hades, fez tudo o que humanos fariam, mas não esta pensando como um semideus. A garota, -ela indicou Anna com a cabeça- não poderia saber, é claro, mas você? Nem parece o mesmo com quem eu... durmia. –Ela disse cruel olhando para a filha de Apolo.

     “Vou deixá-los com apenas estas palavras, já que é proibido deuses ajudarem os mortais, ainda mais deuses menores como eu. Espero que entenda o que eu quis dizer, e se entendeu... nos vemos em breve Niquinho.”

     A deusa caminhou de costas para o lugar de onde ela veio desaparecendo em completa escuridão. Me deixando com mais problemas: 1°) O que eu ainda não tinha pensado para me salvar? 2°) Anna, minha atual namorada que deve estar querendo me matar.


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