VOCÊ Y EU - ANTES DE TUDO! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 6
Capítulo 6 - "Os Presentes"




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725055/chapter/6

NA FACULDADE DE VICTORIA...

Victória estava sentada num canto da faculdade pensando no que ouvirá dos pais falando, não estava feliz nesse dia. O professor de desenho artístico passava pelo corredor naquele momento quando viu Vitória sentada silenciosa.

O professor Jorge Luiz sempre que podia conversava com a jovem, pois percebia nela um talento sem igual, Vitória era discreta e quase sempre estava solitária nos corredores da faculdade ou estudando na biblioteca. Olhou para ela com doçura e se lembrou que tinha a mesma idade de sua filha mas nova e foi a tela.

JORGE L. — Oi Vitória está tudo bem? - Sorriu gostava de sorrir para ela.

Ela se assustou no mesmo momento.

JORGE L.— Desculpa, não queria te assustar.

VICTORIA— Não tem problema eu estava distraída.

JORGE L.— Aconteceu alguma coisa? Como vão os desenhos? - Ele se sentou ao lado dela.

VICTORIA— Eu não estou tendo tempo pra fazer. - Olhou as mãos.

JORGE L.— Mas devia, você tem que encontrar um tempo. - Olhou para ela com carinho tirou o cabelo do rosto colocou atrás da orelha. - Você é Vitória a aluna mais talentosa que eu tive nos últimos 15 anos eu sei que você tem problemas sérios e que as coisas não são fáceis para você, mas quero que se lembre do que vou dizer agora. – Ela o olhou. - Você será uma das maiores estilistas deste país talvez até a maior, mas para que isso aconteça você precisa ser firme confiar em você e não mudar de ideia quando tiver certeza de que aquilo é o que você quer.

Ele sorriu como se previsse o futuro para ela e ela o olhava atenta.

VICTORIA — Eles estavam prontos todos prontos eu fiz rapidinho eles, mas... É melhor deixar pra lá eu vou refazer eles hoje. - Sorriu fraco pra ele.

JORGE L.— Me deixe ver e te digo se precisar refazer. Estão aí na sua pasta?

Jorge Luiz era um homem de cinqüenta e poucos anos parcialmente grisalho, olhos castanhos e um sorriso educado e Gentil.

VICTORIA— Eu não os tenho mais. - Sentiu o coração acelerar e limpou o cantinho dos olhos. - Eu só tenho um. - Abriu a pasta e pegou o papel todo amassado. -Eu vou refazer e na sua aula vão estar todos prontos.

Ele olhou com calma e seus olhos brilharam.

JORGE L.— Meu Deus Vitória. - Olhou para ela e olhou de novo desenho. -Meu Deus é perfeito simplesmente perfeito Vitória.

VICTORIA— Ele é simples mais pode ser usado em qualquer lugar tanto com salto alto quanto rasteirinha, um passeio no shopping talvez. - Era um longo simples na cor laranja. - Uma mulher moderna pode usar sem problema algum, sem medo de errar.

Ouvi atento a explicação dela sobre o modelo.

JORGE L.— Está perfeito Vitória e o conceito excelente. – Sorriu. - Eu disse que você é a melhor, uma rainha só não sabe disso ainda. – Entregou o desenho pra ela. - Te espero na minha aula amanhã.

Levantou e saiu sorrindo sem dizer mais nada porque ele já tinha dito tudo que tinha pra dizer e ele desejava que Victória tivesse ouvido suas palavras, porque ele tinha dito a verdade. Ela continuou a olhar o desenho, se ele achou esse lindo é porque não viu os outros que o pai havia rasgado na sua loucura de beber.

NO HOSPITAL...

Heriberto atendeu durante todo dia pensando em Victória e quando ele foi almoçar descobriu que seu carro estava todo arranhado o carro inteiro, Bia tinha passado por ali com certeza para destruir qualquer vestígio de felicidade dele ou por ter a deixado sozinha.

Heriberto passou as mãos no cabelo e suspirou teve vontade de matar, mas entendeu que aquele era o modo dela dizer que ainda gostava dele.

HERIBERTO— desgraçada, você vai me pagar.

...

Victória terminou suas aulas e seguiu direto para o trabalho da mãe como haviam combinado faltava umas três horas ainda pra ela terminar a faxina na casa e Victória sempre foi bem vinda na casa dos patrões dela.

VICTORIA— Mãe, eu posso desenhar aqui antes da gente ir? Eu prometo não fazer barulho.

TEREZA— Pode, pode Victória.

Victória foi até a mãe e a abraçou forte bem forte, a mãe sorriu carregando aspirador de pó.

TEREZA— Minha filha, vai fazer seus desenhos?

Victória deu um de seus sorrisos mais lindo pra mãe e sentou na mesa e desenhou até a hora que elas forma embora. Eram cinco desenhos, ela fez sete, Teresa foi com a filha até a loja onde ela queria comprar o livro e deixou ela escolher, pagou, saiu e foram juntas para casa as luzes estavam acesas quando as duas chegaram.

Quando entraram, João estava dormindo bêbado no sofá, Teresa fez a janta e jantou com Victória conversando, era bom quando João estava dormindo e ela podia dar mais atenção a filha quando chegava em casa. O que era raro porque João sempre encontrava um jeito de não permitir que as duas conversassem assim como gostavam.

TEREZA— E o rapaz? – Riu. - Você sabia que ele tá ai na porta?

Victória arregalou os olhos.

VICTORIA— O que? Não, mãe!

TEREZA— Acabou de parar um carro aí na frente, Victória estou vendo daqui é o dele, vai lá falar com ele. - Riu para filha.

VICTORIA— Não mãe se o pai acorda? Não mesmo manda ele ir embora!

TEREZA— Meu amor eu já terminei de jantar eu vou levar seu pai para cama vou trancar a porta você vai lá fora falar com ele não demora e se seu pai acordar eu dou um jeito. - Sorrio para filha. - Combinado?

VICTORIA— Eu não tenho nada pra falar com ele.

TEREZA — Vitória, então, vai lá fora e beija ele só. Se você beijar ele vai saber se você gosta dele.

VICTORIA— Mãeeee.

TEREZA— Minha filha, o tempo é curto vai ficar perdendo tempo Vitória? Bonita do jeito que você é, anda vai logo lá dá uns beijos nele que ele é bonito pra caramba, mas espera vou levar seu pai para dentro.

Victória foi até o banheiro e escovou os dentes e esperou a mãe, Teresa ajudou João a se levantar resmungando e o levou para o quarto piscando para filha. Trancou a porta. Olhou o estado de João e se sentiu triste tudo o que mais queria era que o marido ficasse bem, Victória saiu e o encarou.

HERIBERTO — Oi, Vitória não tenho muito tempo estou de plantão pensei que você fosse me deixar aqui à noite toda. - Olhou para ela e piscou. - entra no carro.

VICTORIA— Não, o que eu vou fazer aí nesse carro o que você quer?

HERIBERTO— Conversar, você quer que eu saia do carro para a gente conversar? É melhor aqui dentro, estou com pressa e só vim te trazer um convite! - Sorriu olhando para ela esperando para saber o que ela queria.

VICTORIA— Não é de bom tom entrar aí com você e se me virem? Não posso!

Ele saiu do carro com uma caixa de chocolate a mão, se aproximou dela e sorrindo entregou.

HERIBERTO— São para você, Victória eu acho que você tem cara que gosta de chocolate. Eu estou de plantão, então, eu não posso demorar, só passei aqui para dizer para você que eu queria que fosse numa festa na minha casa. Se você ficar mais tranquila e quiser levar sua mãe uma amiga eu passo para pegar vocês, vai ser daqui a dois dias.

Victória olhou os chocolates e resolveu aceitar.

VICTORIA— Meu pai não vai me deixar ir.

HERIBERTO— Por isso que eu pensei em convidar todo mundo será que ele não vai? A minha mãe disse que pode vir aqui convidar a sua mãe e pode convidar o seu pai também e aí vocês vão todos.

VICTORIA— Meu pai não vai querer, me desculpe mais eu não vou poder ir.

HERIBERTO— Eu queria muito que você fosse, Victória muito! Eu queria que conhecesse o meu pai e minha mãe também. - Ele segurou a mão dela com carinho e beijou.

VICTORIA— Eu nunca fui a uma festa. – Confessou.

Ele a olhou.

HERIBERTO— Então, você ia adorar essa porque meu pai gosta que minha mãe faça festas bem lindas bem coloridas e cheias de gente. – Sorriu. - Eu adoro festa Vitória e você também vai gostar quando for comigo.

Ela sorriu imaginando ir à festa mais logo voltou a ficar seria.

VICTORIA— Eu preciso entrar se ele der minha falta já viu. Não quero que você se machuque, então, não volte.

Heriberto a puxou para ele e a beijou com todo desejo que sentia por ela segurando seu corpo contra ele, os lábios buscavam os dela e toda sua doçura apertou o corpo de Victória com os braços rodeando o corpo magro que ela tinha, sentindo o perfume do cabelo dela querendo mais.

Victória sentiu o corpo gelar com o beijo, mas não negou deixou ser beijada por ele e o apertou em seus braços aproveitando aqueles momentos que eram únicos e rápidos, Heriberto desceu as mãos alisando as costas dela e beijando mais profundamente com a língua invadindo a boca de Vitória e sentindo o doce gosto que ela tinha.

Quando o beijo terminou ele a olhou e sorriu.

HERIBERTO— Você precisa aceitar meu pedido de namoro não é correto ficar beijando alguém que você não namora.

Victória ofegava o olhando ainda abraçada a ele.

VICTORIA— Não é correto me roubar beijos assim! Abusado! -Se afastou um pouco.

Ele sorriu e olhou para ela.

HERIBERTO— Você é perfeita, Vitória e linda eu não vou desistir. Mas agora preciso ir. Eu trouxe um presente para você, mas quero saber se você vai querer se você ficar com medo de aceitar eu vou levar embora, mas eu comprei para você.

VICTORIA— Que presente? - Se soltou dele já tinha os chocolates na mão e tinha mais? Curiosa como era esperou.

Ele foi até o carro pegou uma sacola grande entregou a ela, são blocos de desenho com canetas especiais para você desenhar, quando peguei seu material vi que sua faculdade era de moda e tinha cadernos de moda entre suas coisas. A segunda caixa é um celular, eu salvei meu número nele para você poder me ligar se precisar, mas se você não quiser aceitar eu vou entender.

VICTORIA— Você é louco, isso sim. - Ele riu.

HERIBERTO— Eu sou, sim, Victória, louco por você!

VICTORIA— Não fale assim!

HERIBERTO— Mas eu sou. - A beijou e foi pro carro. - Eu não vou desistir, Vick, assim que vou te chamar agora, minha Vick!

E sorrindo entrou no carro e foi embora, Victória riu realmente ele era um louco e quando se deu conta estava com as duas sacola na mão e o chocolate.

VICTORIA— Merda e agora? - Victória entrou em casa morrendo de medo e correu pro quarto se trancando.

Sentou na cama e a primeira coisa que viu foi seu material de arte ficou encantada era o que precisava sorriu olhando as mais variadas cores de caneta.

VICTORIA— Você vai me meter em encrenca. - Falou pra si mesma olhando o telefone.

Comeu o chocolate, uns dois de uma vez só e olhou o celular era sofisticado e ela ficou olhando e se perguntando como fazia pra usar toda essa tecnologia. Victória depois de muito ficar ali olhando tudo guardou e escondeu o celular dentro da mochila amanhã devolveria tudo.

Foi para o banho e logo voltou pra dormir...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "VOCÊ Y EU - ANTES DE TUDO!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.