NO TRABALHO DE VICTORIA...

Heriberto desceu do carro e entrou no atelier. Pierre o atendeu sorrindo e Pepino gritou lá de dentro.

PEPINO - Isso não é certo, eu não aceito cadê o meu babado. - Heriberto sorriu ao ouvir. - Aí Victória eu estou morrendo, me segura. - Victória dentro da sala ria muito mais foi até ele.

Heriberto estava com o rosto marcado e com um curativo pequeno na maça do rosto, mas foi até Victória, ele não sabia como reagir e por isso ficou parado olhando para ela. Ela segurava pepino rindo.

VICTORIA - Pare com isso, aquele babado era horrível! - Tentava o convencer.

PEPINO - O meu deus minhas pernas eu não sinto as minhas pernas!

Ele ficou ali olhando ela trabalhar por alguns minutos e por fim foi visto por ela, ela soltou pepino e o olhou.

HERIBERTO - Boa tarde! Tudo bem Pepino?

Estava bonito, todo arrumado e perfumado. A camisa azul, bermuda branca e sapatos mocassins... Um casaco azul amarrado no pescoço, Pepino o olhou e levou a mão ao peito.

PEPINO - Isso é miragem? - Caiu sentado no banco, fazendo todos rirem.

VICTORIA - O que faz aqui? - Victória se aproximou dele.

HERIBERTO - Precisamos conversar! - Ele suspirou triste com a forma como ela tinha falado.

VICTORIA - Eu estou trabalhando!

HERIBERTO - Cinco minutos, Victória! - Ela suspirou e olhou Pierre.

Saiu com ele para o lado de fora, cruzou os braços e esperou ele falar.

HERIBERTO - Victória eu quero me desculpar, eu não queria agredir seu pai, mas ele te xingou, me ofendeu, gritou com sua mãe. - Passou a mão nos cabelos.

VICTORIA - Pare de me pedir desculpa, eu sei como ele é e sei também como você o deixou. - Falou sem mirar ele.

Ele abaixou os olhos,odiava ser agressivo e estava envergonhado com tudo que havia passado entre ele e o pai dela.

VICTORIA - Eu preciso entrar, minha mãe foi levar o meu pai bêbado pra casa porque ele não aguentava ficar de pé e estava todo sujo de sangue. - Era difícil pra ela lembrar do pai daquele modo, parecia um reles mendigo.

HERIBERTO - Eu sinto muito. - Ele foi até ela beijou o rosto dela e suspirou. - Eu vou embora, bom trabalho, meu amor!

Ela o olhou virar e o segurou, odiava se sentir assim dividida, o segurou pelo braço e o beijou rápido, mas beijou.

VICTORIA - Eu amo você! -Ele tocou o rosto dela.

HERIBERTO - Eu também amo você! - Ela deu um selinho nele e sorriu.

VICTORIA - Eu saio as seis!

HERIBERTO – Eu venho te buscar. - A abraçou forte.

VICTORIA - Eu te espero! - Heriberto sorriu e foi embora depois de dar um selinho nela.

As horas passaram e logo Victória saiu do trabalho e espero ele na frente do ateliê com seus amigos, ligou mais ele não atendeu, então resolveu esperar por uns minutos. Heriberto parou o carro e sorriu.

HERIBERTO - Vamos todos, eu levo vocês em casa. - Pepino morava longe.

PEPINO - Arrasou, boy do babado amiga! Mais já aviso deixa a Antonieta em casa e depois eu. - Heriberto sempre ria dele com as suas piadas. - Victória rainha. - Gritou assustando a todos assim que entraram no carro. Ela o olhou. - Teu boy é um arraso, agora pode ir!

Heriberto deu partida e seguiu com o carro, Pepino não parou de falar até que eles o deixaram em sua casa, Heriberto ria e descobria porque eles eram os melhores amigos de Victória. Deixaram Antonieta em casa e seguiram para a casa de Victória.

VICTORIA - Amor, pára o carro!

Ele parou o carro, ela o olhou e avançou nele o beijando e sentando sobre ele. Parou o Beijo e o olhou, deu um tapa na cara dele.

VICTORIA - Nunca mais brigue com meu pai! - Ele olhou assustado e depois sorriu. - Não ria Heriberto! Estou falando sério se brigar com ele novamente nunca mais vai dormi comigo e nem me tocar!

HERIBERTO - Eu te amo e prometo que vou me controlar!

VICTORIA - Ótimo, agora me beija!

Ele a segurou pela cintura e a puxou mais para ele, beijando com saudade. Nem parecia que a tinha visto e beijado tanto na noite anterior, os beijos intensos e cheios de amor.

HERIBERTO - Eu não posso viver sem você!

VICTORIA - Nem eu sem você! - Acariciou os braços dele. - Por isso não quero que brigue com ele.

HERIBERTO - Eu perdi o controle porque ele avançou e me deu um soco, mas não quero mais falar disso. – Suspirou. - Victória, dorme na minha casa hoje? - Dava beijinhos curtos no pescoço dela.

VICTORIA - Você quer abusar de mim! - Falou manhosa.

HERIBERTO - Eu preciso dormir juntinho!

VICTORIA - Minha mãe não vai querer deixar eu dormir com você.

HERIBERTO - Vai sim!

VICTORIA - Não vai, Heriberto, não depois de hoje!

HERIBERTO - Me deixe entrar e falar com ela? - Saiu do colo dele e sentou no banco. - Vai deixar? Me deixa tentar? Ela ta ai? Ou você não quer dormir comigo?

VICTORIA - Vamos lá, eu quero claro que quero! Vamos entrar.

Heriberto sorriu e foi com ela em casa, Tereza estava sentada. Victória entrou e beijou a mãe.

VICTORIA - Como está?

TEREZA - Oi filha? Estou bem! – Sorriu. - Oi meu genro como está? - Beijou ele com ternura.

HERIBERTO - Estou bem, dona Tereza.

VICTORIA - Que horas chegou, mãe? - A analisou.

TEREZA - Já faz tempo filha, vocês vão jantar? - Victória olhou para Heriberto.

VICTORIA – Não!

HERIBERTO - Eu quero pedir uma coisa dona Tereza. - Vick mordeu os lábios. - Vick pode dormir la em casa? - Tereza olhou para ela.

TEREZA - Você quer ir filha? - O rosto tranqüilo.

VICTORIA - Sim, eu quero!

TEREZA - Então pode, mas nada de faltar aula. Heriberto não quero Victória em nenhuma balada e nem na rua estou deixando ela ir para sua casa.

VICTORIA - Mãe, vou direto pra casa dele, pra gente dormir juntinho. - Falou sorrindo e o abraçando.

TEREZA – Sei. - Tereza olhou os dois. - Espero que se comportem. Esse negócio de dormir junto tem consequência sempre.

VICTORIA - Não tem, mãe. - Sentou perto dela. - A senhora está mesmo bem? Se for o caso a gente fica aqui.

TEREZA - Meu amor, eu prefiro ficar sozinha! - Tereza a olhou. - Vá namorar e ser feliz, eu preciso resolver umas coisas na minha cabeça.

Victória estranhou mais a beijou e foi até o quarto pegou suas coisas e voltou.

TEREZA - Cuide de minha filha em Heriberto, quero Victória feliz e sei que você sabe como deixá- la feliz. - Victória ficou vermelha.

HERIBERTO - Pode deixar, dona Tereza, eu cuido, pegou o biquíni? - Ele a olhou.

VICTORIA - Não está aqui, esta na sua casa.

HERIBERTO - Então vamos! Boa noite dona Tereza. - Beijou a sogra, Tereza retribuiu e depois beijou Vick.

VICTORIA - Mãe, eu te amo não esquece.

TEREZA - Eu também te amo, filha! Não se preocupe eu estou bem.

Victória e Heriberto foram para casa dele e ao chegar conversaram com Beth na sala por um tempo depois cumprimentaram Luciano que chegou bastante nervoso com problemas na empresa e quis se recolher. Heriberto e Victória ficaram na sala conversando por mais alguns minutos até que foram para o quarto.

HERIBERTO - Amor, Pepino é uma comedia. - Ela riu. - Fico impressionado como ele dá tantos gritinhos. - Ele riu, ele a olhou. - Vamos tomar banho? - Os olhos buscaram os dela.

VICTORIA - Banho juntos? - O olhou.

HERIBERTO – Sim! Eu preciso de um bom banho quente, você não? - Falou de modo natural.

VICTORIA - Por que queria o biquíni? - Mudou de assunto. - Eu pensei que fossemos tomar um banho de piscina! Mas ta frio.

HERIBERTO - Mas podemos ir um pouco se você quiser. Você quer?

VICTORIA - Só se me ensinar a nadar! - Ficou frente a ele.

HERIBERTO – Ensino, vai se vestir então.

VICTORIA - Você está com dor? - Se lembrou do ocorrido.

HERIBERTO – Não, estou bem amor. Estou melhor ainda que você veio dormir aqui. - Ele a puxou e beijou.

VICTORIA - Você é tarado!

Brincou e o soltou indo para o banheiro com seu biquíni, ele riu e foi pegar uma sunga, pegou uma branca, Victoria voltou só vestida em seu biquíni segurando pra ele amarrar, ele amarrou e beijou as costas dela e foi se trocar.

Ela pegou uma das camisa social dele e vestiu e o esperou, quando voltou estava de chinelo e sunga branca com uma toalha, ela o olhou sorrindo.

HERIBERTO - Vamos? - Ele deu a mão a ela e desceram, ela olhou a piscina e desistiu.

VICTORIA - Amor não, esta gelado.

HERIBERTO – Victória... - Ele riu. - Vamos sentar então no divã? - Deu a mão a ela e se sentou no divã.

Da janela Luciano observava os dois, estava arrumado e terminava de aprontar suas coisas, não tinha dito onde ia.

BETH – Amor! Aonde vai grandão?

LUCIANO - Elizabeth é melhor que você não saiba!

BETH - Porque está me chamando assim? Luciano porque está vestido assim pra matar? -Abraçou o corpo dele por trás.

LUCIANO - Eu preciso resolver uma coisa. - Ele se virou para ela e a beijou na testa, depois se soltou.

Ele estava furioso, mas não podia demonstrar na frente dela. Era um homem calmo, mas não deixaria que ninguém fizesse mal a sua família ou a qualquer pessoa que ele amasse, tinha visto rosto do filho que tinha conversado com ele por cinco minutos, apenas cinco minutos foram suficientes para apenas cinco minutos foram suficiente para que ele descobrisse onde o pai de Victória morava e quem ele era.

Luciano já estava pronto ele teria uma conversa de homem para homem, ninguém batia no filho dele e ficava por isso mesmo, dois grandes amigos tinha dito a ele que Heriberto tinha sido preso naquela manhã, mas ele esperou que o filho contasse a verdade.

LUCIANO - Eu acho que vou demorar, não me espere acordada!

BETH - Pelo amor de deus não vá matar ninguém. - Falou afoita.

Ele a olhou, não disse nada foi até ela e a beijou nos lábios.

LUCIANO - Boa noite!

BETH - Eu te amo!

LUCIANO - Eu te amo mais, amo mais que tudo!

BETH - Então não vai. - O olhou nos olhos dele.

LUCIANO - Ninguém bate no meu filho! - Os olhos eram fogo e sangue.

Ela o abraçou e o deixou ir, sabia que era impossível impedir que ele fosse. Luciano entrou no carro acompanhado de dois seguranças e foi até a casa de João.