VOCÊ Y EU - ANTES DE TUDO! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 15
Capitulo 15 - "A Decisão"




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ALGUMAS HORAS DEPOIS.

Tereza chegou em casa já eram quase nove da noite, estava cansada tinha trabalhado muito, entrou e viu João sentado no sofá estava com cara de que tinha bebido muito, mas mesmo assim foi até e o beijou.

TEREZA - Boa noite, João está tudo bem?

Victória no quarto sentia sua pele arder, mas levantou e foi para um banho rápido se olhou tinha os braços e as pernas vermelhas a água doía mais ela tomou e logo saiu colocando um pijama de mangas longas e deitando em sua cama ficou ali chorando abraçada ao seu urso.

JOÃO - Onde estava?

TEREZA - Eu estava trabalhando! - Ela olhou e parou em frente a ele.

JOÃO - Você nunca chega essa hora! - A voz embargada pela cachaça.

TEREZA - Você não jantou? - Ela sentiu o coração apertar e olhou em volta na casa onde estava sua filha. - Onde está, Vitória?

JOÃO - Victória já está dormindo! - Moveu-se afastando-se dele um pouco.

TEREZA - Ela jantou? Está bem?

JOÃO - Deixe a garota em paz!

TEREZA - Eu vou falar com ela depois conversamos nós dois. - Ela fez menção de ir ao quarto.

JOÃO - Vai acordar ela pra que, Tereza? - Sentiu receio do que Tereza poderia fazer se visse o jeito que ele deixou a filha.

TEREZA - Eu não vi minha filha hoje, eu quero falar com ela! Quero saber se ela está bem, como foi o dia dela. Eu não durmo sem falar com minha filha. Me espera que eu já volto. - Ele suspirou.

Teresa foi até o quarto da filha estranhou porque ela nunca dormia antes dela chegar, abriu a porta do quarto lentamente pensando como tinha sido dia de sua princesa. Entrou e foi até a ela estava calor e mesmo assim, Victória usava pijama de manga. Se sentou na cama beijou a filha.

TEREZA - Amor, você está bem? Passou a mão pelo corpo dela com carinho completamente coberto. - Mamãe chegou Vick, você jantou? Por que já está deitada minha princesa?

Vick se controlou para que a mãe não percebesse que o simples toque dela doía.

VICTORIA - Eu comi bastante na casa de Heriberto, estou bem. - Tentou soar convincente.

TEREZA - Foi tudo bem lá, meu amor? Você está com uma carinha, aconteceu alguma coisa? Heriberto fez alguma coisa que você não gostou? - Beijou a filha.

VICTORIA - Só estou cansada, foi tudo lindo, ele me ama. - Sorriu de lado. - Se moveu um pouco na cama mais sentiu dor.

TEREZA - Então, tudo bem, meu amor pode dormir amanhã conversamos.

Vitória não estava bem e Teresa sabia disso, mas não adiantava insistir com a filha naquele momento por isso, a beijou e saiu do quarto fechando a porta. Se João estava em silêncio era porque algo devia saber e sentindo o coração acelerar, Teresa parou diante dele na sala.

Ele a olhou, sentia-se culpado, os olhos estavam querendo chorar e abaixou o olhar e tomou mais uma dose.

TEREZA - O que foi que você fez com ela? - Tereza estava Furiosa olhando para ele e sentindo o coração acelerar cada vez mais. - Por que Victória está deitada de coberta e com cara de que não está feliz? O que você disse a minha filha?

JOÃO - Eu não disse nada aquela vagabunda da sua filha!

TEREZA - Não chama minha filha de vagabunda. – Gritou. – O que você fez com ela? Você bateu na minha filha?

JOÃO - É o que ela é, e se ela está lá agora do jeito que ta é porque a culpa é sua. - Gritou ficando de pé.

TEREZA - De que jeito, João o que foi que você fez? Desgraçado. - Tereza avançou nele aos socos e pontapés com ódio acertando onde pegou.

João a segurou mesmo embriagado a jogou no sofá sem piedade alguma.

JOÃO - Não me faça bater em você também! - Teresa se levantou sem medo algum dele procurando algo que pudesse arremessar na cabeça dele, xingava todos os palavrões que se lembrou.

TEREZA - Nunca mais se atreva a tocar na minha filha, seu animal por que bateu na menina? Vou matar você, eu vou matar você! - Avançou novamente sobre ele deu um chute no meio das pernas. - Victória não fez nada, Victória é uma menina maravilhosa e você bateu nela?

Pegou a garrafa de Cachaça e arremessou na parede espatifando toda.

TEREZA - Esse demônio dessa cachaça é que está acabando com você!

João encolheu o corpo em dor e no seu acesso de fúria revidou dando um tapa na cara dela, bufou de dor e raiva ao mesmo tempo que inferno de vida era essa? Tereza chorou na mesma hora.

TEREZA - Você precisa parar de beber ou vai destruir essa família.

Victória que ouvia a briga saiu do quarto andou devagar estava sentindo dor parou ao ver os dois.

VICTORIA - Mãe, para com isso! - Segurava na parede.

TEREZA - Sai daqui, Vitória me deixa sozinha com seu pai. - Falava chorando. - Saia, filha, vai deitar.

VICTORIA - Não, mãe, vem comigo! - Ela já chorava.

TEREZA - Calma, meu amor, calma vai, eu já vou! - A voz de Tereza embargada de tanta dor e ódio que sentia. - Foi até João e empurrou com força para fora de casa.

JOÃO - Vai com a sua filha essa vagabunda!

TEREZA - Sai daqui, seu maldito, vai dormir no inferno! - Empurrava ele com o ódio para fora de casa. - Na minha cama você não vai dormir!

JOÃO - Essa é a minha casa. - ele a pegou pelos dois braços, com força e sacudiu ela, mas já estava sem forças.

TEREZA - É minha casa também e me solta! - Ela o empurrou com força e ele desequilibrou. - Sai daqui, sai, vai para o seu botequim, vai para aquela desgraça que lá que é a sua casa.

Empurrou ele de novo para porta queria que ele sumisse dali, ele empurrou ela não deixaria que ela o colocasse pra fora.

JOÃO - Quenga, meretriz! - Teresa sentou a mão na cara dele.

TEREZA - Não fale assim de mim! Eu sou sua mulher, não sou uma vagabunda. - João com o tapa caiu no chão já estava zonzo.

JOÃO - Quando eu levantar daqui, Tereza te prepara que você vai apanhar mais que a sua filha. - Tereza deu um chute nele, empurrou as pernas dele para fora fechando a porta e chorando desesperada ao encostar na porta do lado de dentro.

TEREZA - Vai ao inferno, João curar essa sua bebedeira! - Gritou chorando com ódio dele.

Ele chutou a porta ainda caído no chão, sentou escorando na porta.

JOÃO – Malditas! - Gritou esbravejando.

Tereza abriu os braços para filha e apertou Victória contra ela.

TEREZA - Me perdoa, meu amor, eu não estava aqui! Mamãe nunca teria deixado ele bater em você. - acariciando os cabelos da filha.

Victória chorava agarrada a mãe, não era à primeira vez que ele fazia isso com ela, mas sempre era pior que da vez passada.

TEREZA - Vamos pro quarto, meu amor, vem. - Puxou a filha e caminhou com ela até o quarto de Victória.

O tapa que João tinha de dado deixaria uma marca roxa no rosto de Tereza, tamanha força e violência que ele tinha usado na aplicação do golpe. Mas ela não pensava em si só pensava na filha em como Victória devia ter sofrido apanhando do pai se sentindo indefesa sem a presença dela naquela casa.

E naquele momento Teresa sentiu que precisava mudar as coisas ou sua família pereceria.

VICTORIA - Mãe, fica aqui comigo? - Olhou a mãe que colocava a coberta sobre seu corpo. - Tranca a porta e vem deitar. - Estava com medo do que o pai poderia fazer se ele voltasse.

TEREZA - Tudo bem, meu amor, eu vou dormir aqui com você, mas primeiro, eu vou meu quarto, vou pegar uma roupa para dormir, preciso de um banho.

A voz de Tereza sumia estava embargada pela raiva pela revolta e pela dor, João nunca tinha batido nela.

VICTORIA - Não demora, quer que eu vou com a senhora? - Os olhos chorosos olhando a mãe quando seu celular apitou indicando uma mensagem.

TEREZA - Não, meu amor, eu já vou voltar. - Tereza foi até a porta para ouvir se João ainda estava lá.

João estava dormindo no chão ao lado da porta, depois voltou ao quarto pegou uma camisola e foi para o quarto da filha, Victória abriu a mensagem de seu celular.

"Amor esta tudo bem?"

Não respondeu a mensagem de Heriberto somente visualizou, só queria a mãe, aproveitou que ela estava no banho e foi até a cozinha trazendo o saco de gelo com ela, voltou e ouviu o celular tocar de novo e o pegou.

"Boa noite, estou indo dormir amanhã nos falamos", " Te amo. Você é perfeita."

Tereza terminou o rápido banho e olhou seu rosto no espelho, estava lá a marca da violência vermelha e que ficaria roxo em breve mostrando a todos que ela não tinha um amor e sim um agressor em casa, as lágrimas rolaram e sofreu por imaginar que a bebida estava destruindo seu casamento sua vida e sua família.

"Te amo"

Victoria o respondeu e voltou a guardar o celular sobre a mesa, enquanto Tereza pensava em como Vitória estava envergonhada, como queria apagar da filha aquele dia. Saiu do banheiro em silêncio.

VICTORIA - Vem aqui, mãe. - Chamou com carinho.

Tereza se sentou perto dela com as lágrimas ainda rolando, Victória levou o gelo até o rosto da mãe e limpava as lágrimas dela.

TEREZA - Eu estou bem amor, precisamos passar remédio em você? Onde seu pai te bateu?

VICTORIA - Não foi nada, mãe! - Tirou as mãos dela de seu pijama pra que a mãe não levantasse e continuou a colocar o gelo em seu rosto.

TEREZA - Me deixe ver Vick! Me deixe ver o que bêbado do seu pai fez. - Tereza queria abrir o pijama.

VICTORIA - Não, mãe!

TEREZA – Filha... Eu preciso ver, me deixa ver, Victória! - Falou firme como mãe.

Vick suspirou e tirou a blusa cobrindo os seios , tinha vergões nos braços e nas costas que certamente ficariam roxos pela força usada.

TEREZA - Meu Deus... - Tereza chorou mais puxando o corpo da filha e beijando as marcas. - Seu pai está louco, minha princesa, meu amor. - Puxou Vick para seu colo apertando ela.

VICTORIA - Não chora, mãe. - Abraçou a mãe e beijou seu rosto. - Vai passar.

TEREZA - Minha filha, me perdoa, eu não estava aqui para te proteger.

Victória vestiu sua blusa do pijama e se acomodou na cama puxando a mãe para deitar e a abraçou em seu corpo era filha querendo proteger a mãe e mãe querendo proteger a filha. Assim as duas adormeceram.

AMANHECEU...

Tereza quase não dormiu e por isso estava de pé as sete da manhã saindo do quarto indo até a cozinha fazer o café, tocou o rosto doía, Mas não mais do que doía ver as marcas de Vitória. João acordou com os primeiros raios de sol tinha dormido a noite toda no chão duro e ao abrir os olhos seu corpo doía.

Ele sentou e sentiu dor entre as pernas, lembrou da noite passada e passou as mãos no rosto em completo desespero e levantou entrando dentro de casa. Entrou e foi direto para a cozinha e viu Tereza, Tereza estava fazendo café, assim que o viu virou e exibiu seu rosto marcado. Ele se desesperou.

JOÃO – Tereza... - Tentou se aproximar, ela o olhou com raiva.

TEREZA - Eu e minha filha vamos embora. - Falou firme sentindo o coração partir.

A patroa da casa onde ela trabalhava já tinha oferecido algumas vezes a pequena casa de empregados que tinha no quintal e que se em algum momento precisasse estaria disponível para ela, não queria se mudar do Bairro, mas até encontrar algo melhor podia aceitar a proposta, era inclusive mais perto da faculdade de Victória.

JOÃO - Você não vai a lugar algum, Tereza vamos conversar!

TEREZA - Como você conversou com nossa filha ou do modo como conversou comigo? - Falou firme estava decidida e não voltaria atrás não podia perdoar por ter batido em Victória. - Você bateu na minha filha e marcou ela inteira sem motivo algum.

JOÃO - Eu disse que não quero ela com aquele riquinho, Tereza, eu te avisei. Vocês não me escutam.

TEREZA - Não importa mais o que você quer eu e Victória vamos embora, e você não se atreva a vir atrás de nós. - As mãos de Tereza tremiam e ela voltou a fazer o café sem olhar para ele.

JOÃO - Tereza pelo amor de deus...

Sabia que ele chegaria bem perto, que ele pediria desculpa e que ele seria gentil como sempre era com ela depois de ter bebido muito e ficar sóbrio.

JOÃO - Eu... Me perdoe! - Se aproximou abraçando o corpo dela. - Tereza, eu amo você.

TEREZA - Seu amor está doendo bem aqui no meu rosto. - Ela suspirou triste. - Estampado para todos verem.

Ele a virou e beijou aonde havia batido com cuidado, beijou todo o rosto dela até chegar em sua boca.

TEREZA - Para João. -Ela virou o rosto. - Eu te disse tantas vezes, eu falei com você para não tocar a nossa filha. Eu apanhei muito de meu pai e prometi que meus filhos nunca viveriam isso. – Suspirou. - Você nunca tinha tocado em mim, você sempre me respeitou e agora até em mim você bateu.

JOÃO - Me perdoa, mulher, eu estava bêbado e você me agrediu primeiro!

TEREZA - Eu devia ter cortado o seu pau. - Falou soltando se dele. - Não vai mais tocar em mim, nem para me agredir e nem para me amar! - O encarou.

JOÃO - Então, vai pro inferno com sua filha da puta!

TEREZA - Vai você para o inferno!

Tereza virou de costas e foi até o quarto onde chamou Victória e começou arrumar as suas bolsas com pressa, mandou Victória pegar também só o que era importante, e depois ela passaria ali para buscar todas as outras coisas que faltavam.

Vick pegou todos seus matérias da faculdade estava sonolenta e sentia o corpo doer ainda, mas fez uma pequena mala e logo estava pronta. Tereza fez duas malas com coisas que ela sabia que eram fundamentais para filha e com coisas dela já tinha ligado para patroa que tinha enviado um motorista que estava esperando na porta para levá-los até a casa dela.

Fez Vitória sair na frente entrar logo no carro, depois levou uma de suas malas e colocou no carro também. Quando voltou para buscar a última deu de cara com o João.

JOÃO - Você não pode ir!

TEREZA - Sai da minha frente! - Tentou passar por ele, mas ele a segurou.

JOÃO - Não, você é minha mulher.

TEREZA - Agora não sou mais. Me larga.

Ele a soltou era orgulhoso demais, mesmo estando errado pegou a mala que estava ali na sala e jogou pra fora da casa, Tereza se enfureceu e saiu, mas ele ainda estava na porta.

TEREZA - Sai da minha frente, João. - Ele saiu e ela saiu nervosa pegando a mala entrando no carro.

Teresa pediu que o motorista as levasse embora e abraçou Victória sentindo o coração da filha acelerado.

TEREZA - Está tudo bem, meu amor, eu já estou aqui!

Vick olhou sua mão, assim que o carro andou estava inchada e era o que mais doía naquele momento, mas não falou nada.

VICTORIA - Pra onde vamos, mãe?

TEREZA - Vamos morar na casa de minha patroa, vamos ficar lá até encontrar uma nova casa para a gente, ela me disse que podemos ficar lá sem nenhum problema seu pai precisa de um tempo minha filha para ver que está fazendo tudo errado.

Ela se ajeitou nos braços da mãe pra ficar um pouco mais confortável, o caminho foi rápido não havia transito e elas chegaram rapidinho. Ao chegar na casa Victória desceu e tudo que ia fazer usava a mão esquerda, arrumava suas coisas quando sentou pra atender a ligação de Heriberto.

HERIBERTO - Oi, minha vida, tudo bem? Como você está? - Ele estava sorridente a volta dele muitas vozes, barulhos de sirene, sons de ambulância bombeiros.

VICTORIA - Oi amor, estou bem! Só queria um abraço agora. - Falou se sentindo triste.

HERIBERTO - O que houve, minha vida? - Falou tenso.- Aconteceu alguma coisa? Onde você está?

VICTORIA - Depois eu passo o endereço pra você de onde estou. Como está o plantão?

HERIBERTO - Como assim, amor, onde você está? Você se mudou? - Ele perguntou nervoso que novidade era aquela? Sentiu o coração gelar. - Victória por que se mudou, o que está acontecendo?

VICTORIA - Estamos perto da faculdade, a patroa da minha mãe deixou a gente ficar aqui.

HERIBERTO - Mas o que houve minha vida? Eu não posso ir ai.

VICTORIA - Quando nós vermos eu te conto, não fica preocupado.

HERIBERTO - Me diz o que faço para te ajudar, eu só saio depois de 48h. - A cabeça dele parecia que ia explodir de preocupação o que estava acontecendo com ela e ele ainda não sabia.

VICTORIA - Amanhã depois que descansar, você vem e nos conversamos, não quero que fique de cabeça quente em seu trabalho.

HERIBERTO - Eu te amo, Victória! Se você quiser podem morar na minha casa, ou onde quiserem, vamos conversar melhor depois. Você vai ficar bem ai?

VICTORIA - Sim, eu preciso ir agora minha mãe esta chamando. Te amo.

HERIBERTO – Vai... Eu também amo.

Victória foi até sua mãe e a ajudou no que podia, Heriberto desligou e ligou imediatamente para mãe.

HERIBERTO - Alô, mamãe?

BETH - Oi, bebê de mãe, tudo bem?

HERIBERTO - Mãe, não sei o que houve com a Victória, mas ela mudou de casa e alguma coisa aconteceu preciso que você faça um favor. - Beth largou o que fazia e o ouviu.

BETH - Diga, meu filho?

HERIBERTO - Quero que encontre uma casa perto da nossa e a alugue, acho que Tereza se separou e elas não tem pra onde ir estão na casa da patroa dela. Mãe não posso deixar que minha noiva passe por isso. Encontre uma casa não precisa ser nada muito grande porque ela não vai aceitar, eu queria poder resolver isso pessoalmente, mas eu estou preso no hospital.

BETH - Meu filho, calma! Primeiro me deixe conversar com Tereza depois eu te ligo e aviso o que aconteceu pode ser, meu filho? Porque eu não vou alugar uma casa, eu sei que elas não vão querer!

HERIBERTO - Mamãe não posso deixar Victória na rua, aconteceu alguma coisa grave ela não pode me dizer o que é. - Passou a mão pelos cabelos ao ouvir o seu nome sendo chamado no microfone do hospital.

BETH - Se acalma, eu vou resolver para você depois conversamos vai trabalhar tranquilo.

HERIBERTO – Mãe? - Esperou o que ela respondesse.

BETH - Oi, meu filho?

HERIBERTO - Te amo obrigado, eu preciso ir. - Ela sorriu.

BETH - Eu te amo! Te ligo assim que puder. - Desligou e imediatamente ligou para Tereza.

TEREZA - Oi Beth, tudo bem? - Sorriu era bom ouvir uma voz amiga.

BETH - Vai logo soltando o que aconteceu e me dando seu endereço que estou indo te encontrar.

TEREZA - Beth, eu não quero que se incomode está tudo bem! Como você soube?

BETH - Como não quer que me preocupe, Tereza? Por favor me de seu endereço que meu motorista está esperando.

TEREZA - Estou na avenida flores novas 412 las Dianas.

BETH - Ótimo, em quinze minutos estou aí.

Desligou para não ouvir protestos dela e nada do tipo, passou o endereço para o motorista e seguiram, não pegou trânsito e logo tocou a campainha e esperou que alguém viesse.

BETH - Tereza, o que foi isso?

TEREZA - Entre Beth. - Ela deu passagem a ela e caminharam juntas.

Beth entrou e observou a casa era um lar e nunca iria conseguir que ela fosse para uma mansão, deixou a bolsa sobre a mesa e a olhou.

TEREZA - Você quer um café? Não repare a bagunça, eu acabei de chegar. - Ela se sentou em uma cadeira e Beth se sentou em sua frente.

BETH - Eu quero que me conte o que aconteceu, onde está Victória?

TEREZA - Eu pedi que ela fosse para faculdade era melhor, assim penso melhor como vão ficar as coisas e resolvo tudo por aqui. Eu me separei hoje de manhã, meu marido é alcoólatra! - Os olhos dela ficaram tristes e ela suspirou quase chorando.

BETH - Ele te bateu? Óbvio que sim. - Sentou mais perto dela.

TEREZA - Sim, ele me bateu porque eu o questionei, ele nunca tinha feito isso até ontem. - Abaixou a cabeça e respirou fundo.

BETH - Tete, ele bateu em Victória também?

TEREZA - Eu não vou dar esse exemplo a Victória de que temos que conviver com violência eu não quero isso para minha filha! Foi por isso que ele me bateu porque eu questionei por ter batido em Vitória. Quando cheguei em casa ontem minha filha estava deitada toda coberta com pijama. Victória não dorme sem me esperar.

Beth segurou as mãos dela.

TEREZA - Por isso estranhei e fui conversar com ela, mãe conhece, né Beth? Minha filha estava destruída e eu sabia que ela tinha passado a tarde com vocês e que não era isso que deixaria ela daquele jeito. - Começou a chorar lágrimas finas caindo de seus olhos. - Então, eu deduzi que ele tinha batido nela e nós discutimos e eu o agredi e ele me agrediu.

BETH - Nos passamos o dia tão bem, Tete faltou você lá! Para de noite acontecer isso.

TEREZA - Eu estava trabalhando ontem, trabalhei até às oito e levei uma hora para chegar em casa.

BETH - Meu filho deixou ela em sua casa era quase sete se a gente soube não teria levado ela. - Abraçou Tereza dando um pouquinho de conforto.

TEREZA - Não é culpa de vocês é culpa minha, eu devia saber que ia chegar a esse momento, o pai dela não está bem há muito tempo e não é um homem ruim Beth, mas está tomado pela bebida, eu não posso me queixar dele em nada mais, só nisso.

BETH - Vamos a delegacia, isso não pode ficar assim, Tereza ele te agrediu, vou ligar pro grandão ele vai nos ajudar.

TEREZA - Não vou à delegacia! - Ela suspirou e sentiu as mãos tremendo. - Eu o amo, Beth!

BETH - Como não Tereza?

TEREZA - Mesmo com todas essas coisas, eu amo, é errado amá-lo?

BETH - Eu deveria te dar um tapa na cara. - Levantou e andou de um lado para o outro. - Você pode amar mais não ser trouxa mulher. - A olhou. – Desculpe. - Tereza riu.

TEREZA - Você é uma boa amiga!

BETH - Você não tem medo que ele venha aqui e te rompa a cara pra você voltar pra casa? - Pergunto com receio voltando a sentar ao lado dela.

TEREZA - Eu tenho certeza que ele virá, mas não vai fazer nada mas contra mim, quando ele vier virá sóbrio pedindo para voltar e com aquelas desculpas que você sabe que homem tem! João sempre soube como pedir desculpas.

BETH - Ele é bom de cama, né? Quantos anos vocês são casados?

TEREZA - Sim ele é maravilhoso! Ele sempre foi o melhor na cama, e nem parece o mesmo homem, estamos casados a vinte anos. E a vinte anos ele me deseja como se fosse o primeiro dia de nosso casamento, mas a cinco anos ele começou a beber e tudo piorou.

BETH - Você já procurou saber o por que, Tete ele bebe tanto assim?

TEREZA - Ele não diz! Achei que fosse outra mulher, outra família, Mas do jeito que me come não acho que exista outra. – Suspirou. - Que me comia.

BETH - Quero que vá para minha casa, você e Victória!

TEREZA - Eu agradeço, Beth, mas não posso aceitar de modo algum posso aceitar.

BETH - Tereza, meu filho está desesperado com vocês duas, ele me ligou doído do hospital me fazendo correr até aqui! Me pediu que eu arrumasse uma casa pra vocês de qualquer jeito. - Tereza sorriu. - Dois dias, Tete só pra que ele fique tranquilo, vamos?

TEREZA - Agora tenho mais certeza de que ele deve mesmo casar com minha filha, cuidara dela quando eu não puder mais!

BETH - Ele ama sua filha e posso garantir que não vai demorar para eles casarem. – Sorriu. - Vamos para minha casa só por esse final de semana? Passamos ele bem e segunda você volta pra cá.

O telefone de Tereza tocou indicando um número desconhecido, ela atendeu e descobriu que Victória estava na enfermaria da faculdade com o braço imobilizado e que alguém teria que ir buscar ela.

TEREZA - Eu já estou indo!

BETH - O que foi, Tete?

TEREZA - Victória está com braço imobilizado na enfermaria da faculdade, vamos, eu preciso ir agora.

BETH – Vamos, mas vocês vão pra minha casa! Não aceito não como resposta Tereza Sandoval. - Levantou pegando a bolsa.

TEREZA - Tudo bem resolvemos isso assim que eu falar com Victória, sim minha amiga?

BETH - Depois peço pra pegar as suas coisas.

TEREZA - Muito obrigada! - Segurou no braço de Beth e sorriu.

Beth sorriu para ela e foram para o carro e logo estavam na faculdade não era longe, desceram juntas e foram para dentro encontrando Vick deitada esperando por elas. Tereza estava afoita e ao ver a filha foi ate ela rapidamente, beijou desesperada preocupada com ela.

TEREZA - Minha vida...

VICTORIA - Aí mãe... - Estava dolorida.

TEREZA - Você está bem? Desculpa, vamos para casa, meu amor. - Beth olhou Victória e imaginou o porque de mangas tão largas.

Victória sentou e desceu da cama, Tereza ajudou a filha agradeceu a enfermeira e saíram juntas.

ENFERMEIRA - Ela tem que tomar esse remédio pra dor, o tombo não foi grave, mas ela sentirá dor. - Falou a enfermeira entregando a receita que Beth pegou e Victória olhou a mãe.

Tereza olhou para a filha. Por que Victória tinha mentido?

BETH - Obrigada nos iremos cuidar dela senhorita. - Sorriu e guardou na bolsa.

TEREZA - Sim muito obrigada! Tereza apoio a filha e juntas caminharam ate o Carro.

PEPINO - Victória rainha você está bem? - Pepino se plantou frente às três desesperado e Victória sorriu pra ele.

VICTORIA - Estou pepino, não se preocupe.

PEPINO - Aí rainha. - Abraçou ela forte e Victória sentiu dor.

VICTORIA - Assim você termina de me quebrar, cadê minhas coisas?

PEPINO - Antonieta levou e disse que trás segunda. Só deixou sua bolsa.

VICTORIA - Obrigada.

PEPINO - Me liga, manda mensagem, sinal de fumaça, mas não me deixa sem saber de você minha rainha eu vou fazer os seus desenhos. - Victória sorriu.

VICTORIA - Não precisa já tem muito com os seus, eu me viro. Agora eu preciso ir. - Pepino enlaçou o braço dela.

PEPINO - Eu te acompanho. - Ela aceitou e andaram até o carro onde ele a abraçou com mais calma e se foi...

Tereza aconchegou Victória em seu peito e começou a conversar com ela.

TEREZA - Você ligou para Heriberto, Vitória? - Negou com a cabeça.

VICTORIA - Não mãe!

TEREZA - Como ele sabia do que aconteceu? Não estou brigando com você só quero saber porque você deixou ele nervoso, ele deixou a mãe nervosa e agora...

VICTORIA - Ele me ligou e eu não disse nada, nada. - Olhou a mãe. -Eu não disse.

TEREZA - Agora Beth quer que a gente vá ficar lá no fim de semana, eu não quero ir minha filha, mas disse que a decisão era sua, se você se sentir mais segura lá, eu irei para lá. - Beijou cabelo da filha e não queria que ela sofresse mais nada.

VICTORIA - Heriberto não está lá. - Se aconchegou nos braços da mãe.

BETH - Não mais chega amanhã cedo. - Beth respondeu. - Victória você e sua mãe não tem escolhas vão e pronto! Ou você quer que seu namorado infarte? - Vick a olhou e negou com a cabeça.

VICTORIA - Nós vamos, mamãe...

TEREZA - Tudo bem, minha filha, só esse fim de semana depois vamos seguir nossa vida. - Apertou a filha e suspirou.

VICTORIA - Sim só esse fim de semana. – Sorriu.

Logo estavam na casa de Beth e ela pediu os remédios e pediu que Tereza fosse em casa buscar suas roupas, enquanto isso ligou para o filho. Heriberto atendeu afoito.

BETH - Ta respirando, meu filho?

HERIBERTO - Oi, mãe estava numa emergência.

BETH - Certo vou ser rápida, Vick seu amor e a mãe estão aqui em casa é só por esse fim de semana então quando chegar aqui amanhã sua garota estará no quarto ao lado do seu. - Sorriu esperando a resposta dele.

HERIBERTO – Mãe. - Respirou forte. – Obrigada, você é uma Deusa obrigada!

BETH - Me deve uma caixa de chocolate tailandesa. – Brincou.

HERIBERTO - Cuida dela mamãe, te darei três mãe. - Riu feliz.

BETH - Eu estou cuidando mais as notícias não são boas conversamos amanhã pessoalmente te amo.

HERIBERTO - Te amo também, mãe e cuida da minha pequena, obrigada mais uma vez por tudo. Diz pro meu pai que aquela consulta que ele pediu esta marcada. - Heriberto falou sem saber que Luciano não tinha contado a Beth sobre a consulta. - Ele pode fazer amanhã às duas da tarde.

BETH - Que consulta, garoto?

HERIBERTO - Papai pediu uma consulta com o urologista você não sabia? E pediu uma avaliação do coração dele também o cardiologista.

BETH - Seu pai esta doente? - Levantou da cadeira.

HERIBERTO - Eu disse que podia examiná-lo, mas ele disse que não que queria ser examinado por outro médico que não fosse eu. Não sei, mamãe acho que não, ele está bem.

BETH - Tchau, Heriberto vou ligar pro seu pai. - Desligou na cara dele e ligou pro marido que não atendeu.

Beth ficou doida com o que o filho acabará de dizer e pra completar o marido não a atendia, jogou o telefone longe passando as mãos no cabelo...


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