O Conde escrita por Manta do Deserto


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Tcharã !!
E então demorei muito?
shaushausahus

Estou com um calafrio desde que terminei esse aqui, e estou com uma terrivel impressão de que vou ser linchada quando todas vcs terminarem de ler xD
err hehehe
Dei xa eu preparar minah armadura aqui
rsrsrs



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TenTen POV

 

Tínhamos vindo para o campo na esperança de nos livrarmos da cidade e pelo visto a cidade não fora capaz de se livrar de nós. O castelo estava cheio de gente com um caráter horrível, bom... pelo menos as moças, todas tolas, indefesas e incapazes de agirem por si mesmas, mas que lá em seus interiores não eram nada mais que cobras em pele de gente. Graças aos céus, ao menos os rapazes pareciam mais agradáveis, ao menos eles não nos lançavam olhares de nojo e reprovação toda vez que nos viam – mesmo que de longe.

Acho que nunca tinha visto Ino tão aliviada com o término da limpeza dos quartos restantes. E agora, eu estava indo para uma área reservada atrás do castelo, onde seria possível lavar os lençóis recém trocados. No entanto, eu tinha que me encontrar com um trio de damas. Elas se achavam orgulhosas? Bem, eu era mais e não me deixaria humilhar pelos olhares delas. Levantei o queixo e estiquei o pescoço, olhando-as exatamente como elas olhavam as demais serviçais e elas pareceram ficar indignadas com a ousadia. Eu sorriso de canto, divertindo-me.

Eu já estava terminando de descer os degraus quando senti tropeçar em alguma coisa. Perdi o equilíbrio e já ia cair e espalhar os lençóis no chão, mas senti-me ser segurada e firmada no chão. Não pude deixar de ficar vermelha ao ver que fora Neji quem me segurara, nos últimos dias eu ficava assim toda vez que ele estava por perto.

--Tudo bem? - ele perguntou-me segurando meus ombros, mas eu não tive tempo de responder. Uma voz irritante começou a falar antes de mim.

--Oh, querida – disse uma dama ruiva se abanando com um leque e fazendo cara de falsa preocupação. Para falar a verdade tudo nos gestos dela para comigo me soava falso – Deveria olhar por onde anda, poderia ter derrubado alguém – ela fez um gesto com a mão indicando os convidados que seguiam os corredores a fim de irem para seus quartos.

Eu estava pronta para dar uma boa resposta para aquela menina mimada, mas Neji se pós em minha frente, encarando a ruiva.

--Sinto muito, não vai acontecer de novo milady – ele desculpou-se por mim fazendo uma reverencia.

A ruiva olhou-o por um bom tempo, como se decidindo se aceitava as desculpas ou não. Ela tocou-lhe o rosto, e eu senti-me tremer de raiva, eu só não soube dizer exatamente o por quê. E ele também não se mexeu, ficou apenas a encarando, sério, até que ela abaixou a mão.

--Só porque foi você quem garantiu Neji – e dando um sorrizinho que me irritou, virou-se e seguiu subindo a escada.

Quando Neji se virou para me olhar ele deve ter notado o olhar raivoso que eu lhe lancei, mas não me demorei o fitando e logo segui para o lugar onde estava indo anteriormente. Ele chamou-me, eu não o atendi e ele me seguiu, chamando meu nome. Quando eu já estava perto do meu destino ele segurou meu braço e tirou o cesto de minhas mãos, olhando-me e eu continuava com a mesma intensidade no olhar que antes.

--O que foi TenTen? - ele me perguntou, segurando meu braço.

--O que deu em você? O que foi aquilo lá atrás? - eu puxei meu braço, soltando-me – Acaso és um amante de uma nobre dama e mantém isso em segredo?

--Aquilo não foi nada, ela só quis provocar – ele continuou por perto enquanto eu tirava os lençóis do cesto e os molhava -. E mesmo que eu tivesse uma amante pode acreditar que não seria ela!

Eu o fitei, acrescentando num murmúrio:

--Nunca achei que você se misturasse tão fácil...

--O que você quer dizer com...

--O que foi aquele carinho?! - eu explodi, deixando a raiva sair de mim. Eu apertava meus dedos contra as palmas das mãos – O que foi... - eu não consegui terminar. Apenas o observava à minha frente, abrindo e fechando a boca sem conseguir dizer nada.

--Escute – ele começou a falar com calma e se aproximou novamente -. Entenda que aquilo não foi nada. Entenda que Karin não é flor que se cheire e que se eu tivesse deixado você falar por si mesma sabe-se lá o pai dela lhe faria quando soubesse que a filha fora afrontada por uma serviçal – ele prendeu meu rosto entre as mãos calorosas -. Eu não podia deixar que te machucassem – ele aproximou seu rosto do meu, as atitudes dele já estavam me deixando assustada. Ele parecia quase desesperado de pensar no que poderia ter acontecido se eu tivesse respondido.

Senti o hálito quente em meu rosto, senti-o acariciar meu rosto com os polegares até que ele juntou nossos lábios. Um beijo. Um beijo gentil que fez com que uma pequena chama em meu corpo se ascendesse. Um pequeno gesto que me fez sentir bem nos braços de um homem que era sério e frio, mas que ao mesmo tempo ocultava um carinho que poucas pessoas viam. Eu tentei intensificar o beijo que ele começara, mas Neji se afastou antes que eu fizesse qualquer coisa.

--Perdão – ele murmurou com a voz rouca e deixou-me lá sem ter ideia se havia feito alguma coisa errada para que ele fosse embora.

 

 

Sakura POV

 

Enquanto TenTen cuidava dos lençóis eu havia ficado com Ino, ela não me parecia muito bem e achei que não seria muito seguro deixá-la cuidando da organização sozinha. Após a arrumação dos quartos dos fomos cuidar da limpeza do salão para a festa que haveria ao anoitecer e tínhamos que ser rápidas, as horas pareciam voar dentro daquele castelo.

Enquanto eu e as outras moças terminávamos de limpar o chão, vi Ino andando cambaleante – para falar com os rapazes que traziam as grandes mesas para o salão e as tapeçarias que enfeitariam as paredes – e se apoiar em uma das pilastras, escondendo o rosto em uma das mãos. Eu larguei o que estava fazendo e fui até ela.

--Ino o que foi? - perguntei tocando um dos ombros dela e ela me olhou, dando um sorriso que não surtiu o efeito desejado – E não me diga que não é nada. Você esta assim desde hoje de manhã.

Ela deu um suspiro, como se aquilo resolvesse o problema da tontura.

--É cedo para dizer, Sakura. Não posso afirmar nada agora.

--Como assim? Do que você esta falando? - eu segurava um dos cotovelos dela. A tontura parecia ter voltado.

--Ah! Ai estão vocês duas – ouvi Tsunade aliviada de ter nos encontrado.

Mas ela mal começou a ditar as ordens e eu tive de segurar Ino para que ela não caísse no chão desmaiada.

De imediato Tsunade mandou um dos rapazes levar Ino para o quarto dela. Eu os segui, Tsunade e uma moça loira que devia ser pouco mais novo do que eu, Shion, a prima de Ino, também foram para o quarto.

--Onde está Gaara? - perguntou Tsunade ao rapaz.

--No estábulo... com os cavaliços, senhora – menino gaguejou.

--Então o que está esperando rapaz?! Traga-o aqui! Já! - a senhora ordenou e o rapaz saiu correndo do quarto.

Shion havia trazido um pano com um cheiro de ervas fortes e pós em frente ao nariz de Ino. Ela logo acordou, mas ainda estava mal, olhava em volta – ainda deitada – como se estivesse perdida. Tsunade suspirou e olhou-me.

--Sakura, podes se encarregar das meninas lá fora? Ficarei aqui para cuidar de Ino com Shion.

Eu, sinceramente, preferia ficar ali e ajudar Ino à encarar todas aquelas famílias no jardim. Já era tarde e eles provavelmente deviam estar participando de alguns jogos, mas ainda assim parecia que sempre nos reprovavam com o olhar. No entanto, eu não podia recusar o pedido de Tsunade. Meneei a cabeça e dei uma última olhada em Ino antes de sair.

Lá fora, disse os rapazes como as mesas ficariam dispostas no salão e ajudei as moças a pendurarem as tapeçarias com o símbolo da família do conde nas paredes e o tecido descia até tocar o chão. Terminado o serviço, pedi para que começassem a preparar as tinas para os banhos. Logo o sol já estaria escondido e se eu não conhecesse bem aquelas senhoras, logo estariam reclamando por não terem seus banhos prontos.

Fui para os fundos do castelo tentar encontrar TenTen, mas assim que saí os gritos animados no jardim me chamaram a atenção e eu não resisti para ver do que se tratava.

Alguns convidados – os mais velhos – já se retiravam para seus aposentos para se arrumarem, deixando que os jovens se divertissem mais um pouco formando uma roda e gritando afoitos para os lutadores no centro da roda. Me espantei ao ver que meu conde lutava com um rapaz de cabelos claros que parecia ser bem mais forte. Espere. Eu disse meu conde? Sacudi a cabeça para afastar o pensamento possessivo. Como eu podia estar pensando isso se dias antes ele me machucara e nem sequer se dera o trabalho de se desculpar apropriadamente? Como eu podia pensar assim se eu era apenas uma criada e ele um conde? Parecia que agora isso não importava muito, afinal eu só queria que ele ganhasse aquela disputa.

Tremi e levei as mãos para perto do peito, assustada, quando vi o conde levando um forte golpe no peito e cair no chão só para se levantar e voltar a luta. Por Deus, por favor ajude-o!

 

 

Sasuke POV

 

Nós mal havíamos tirado as camisas para não estraga-las durante a luta e eu já era surpreendido com um soco no estômago que me fez cuspir um pouco de sangue. Mas o que diabos foi aquilo?! Suiguetsu nem parecia o rapaz que fora considerado o mais fraco do reino inteiro a vários anos, agora ele parecia um guerreiro lutando contra o pior inimigo. De fato ele estava bem mais forte do que eu um dia fui.

Apesar disso eu havia treinado tempo o suficiente com Neji e Kiba para não passar vergonha durante aquela disputa que, em minha opinião, Suiguetsu estava levando à sério de mais.

Quando ele investiu contra mim novamente eu segurei seu braço, girando o corpo e fazendo-o cair no chão, mas ele ainda viu tempo de se impulsionar para trás, tentando acertar-me com os pés. Tão logo voltamos a postura de ataque e já estávamos distribuindo socos um no outro. Num momento, Suiguetsu conseguiu um pouco de distancia e me acertou com o cotovelo no peito e antes que eu caísse ainda recebi um chute no mesmo lugar. Eu arfei ao cair. O que ele queria afinal? Me matar?

Aquilo era só um jogo, uma diversão passageira e ele teria que aprender a jogar. Levantei-me e quando olhei para frente vi que, um pouco afastada da roda feita pelos convidados, estava aquela serva. Àquela a quem eu devia desculpas, àquela que, sem saber, só de me olhar lutar, me dera forças.

Quando meu adversário tentou me atacar por trás, com um soco, eu me abaixei lhe dei uma cotovelada na costela, no entanto acho que não fora forte o suficiente – ele não caíra no chão, apenas pusera a mão no machucado -, mas aproveitando a chance disparei contra ele, acertando-lhe com o punho vezes consecutivas na barriga, sem dar-lhe tempo de se proteger ou revidar. Acertei-lhe o queixo, no rosto e quando vi que ele estava atordoado o suficiente, abaixei-me e lhe puxei as pernas, fazendo-o cair.

Levantei o queixo, mostrando o orgulho por ter vencido. Fui ajudar Suiguetsu a se levantar, mas quando estendi a mão ele simplesmente a afastou, levantou-se sozinho juntando a próxima camisa e me parabenizou – sem vontade alguma. Eu ia perguntar-lhe algo, mas antes que isso acontecesse vi-me cercado de moças anciosas para dar meu prêmio. Quando lembrei-me do beijo prometido ao vencedor, meu olhos logo se voltaram para um par de esmeraldas que se afastava aos poucos.

Eu não podia deixá-la ir assim. Abri caminho entre aquelas jovens, que me olharam confusas, e andei apressadamente até a única que me interessava no momento.

--Espere – eu pedi segurando-a pelo pulso.

Ela se virou se sobressalto, puxando o pulso para junto do corpo. Ela tem medo de mim..., fiquei sem saber o que fazer, mas... mas ela era tão linda... mesmo me olhando espantada, ela não se mexia, tamanho era o medo que eu causava nela.

Suspirando, tentei me aproximar novamente e ela fez menção de se afastar, só que parecia que algo a prendia no lugar. Levantei minha mão e acariciei aquela pele alva e macia do rosto dela. Foi um toque suave, mas senti que ela ficou tensa e a respiração tornou-se pesada enquanto eu aproximava meu corpo do dela. Eu levantei-lhe o queixo para que ela olhasse para mim e só vi apreensão, como se implorassem para que eu a soltasse, mas eu não conseguia. Estava hipnotizado por ela.

--Perdão – eu sussurrei – Perdão por tudo, moça – murmurei quanto aproximava meus lábios dos dela. Quando eles se encostaram, o mais leve e simples do toques, eu senti o gosto de sal. Sal das lágrimas que descia dos olhos dela. Eu não levei aquilo adiante, pois senti-me ser tocado na costa e virei-me.

Fiquei estático ao ver a bela dama que sorria para mim. E por um momento esqueci completamente daquela a quem eu quase beijara.

--Karin...? - murmurei fitando-a. Escutei um barulho às minhas costas, mas não dei atenção.

--Como vai, amor? - Karin perguntou sensualmente enquanto passava as mãos pelo meu peito ainda despido da camisa e se aproximava de mim sorrindo. Até que beijou-me demoradamente e eu escutei os rapazes gritando provocações para mim.


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Notas finais do capítulo

*usando a armadura e com um baita escudo na frente da cara *
E então? Que tal?
Críticas? ( achoq ue vai ter várias xD )
Sugestões?
Dúvidas eu não aceito mais pq se não vc vao saber o fim da história

Kisses amores ;***
Até o próximo cap *---* Ahh! E não esqueçam de recomendar a fic se vcs acharem que ela e a autora merecem