O Conde escrita por Manta do Deserto


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora é que eu finalmente fiquei de férias essa semana e tava sem inspiração >—_
Deculpa o cap curtinho, foi só o que eu consegui escrever de ontem pra hoje T-T
Mas eu prometo que o próximo vai sair bem melhor ta
Kisses
Espero que esse tenha ficado bonzinho >—



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Sakura POV

 

Depois de alguns dias eu estava finalmente voltando para o castelo, mas se havia alguma coisa capaz de me deixar mais agoniada do que isso era querer saber por quê TenTen chegava tarde em casa todas as noites desde quando fora se desculpar com Neji. Isso não era nada apropriado, principalmente para ela, que sempre ia dormir com um sorriso bobo no rosto. Eu não queria sequer pensar no que ela andava fazendo, mas eu não conseguia deixar a curiosidade sob controle.

Agora mesmo, enquanto cavalgávamos, ela estava com um olhar distante e com um sorriso nos lábios. O que talvez fosse pior era que sempre que eu tocava no assunto ela conseguia mudá-lo. Ela por acaso não confiava mais em mim? Fiquei triste só de imaginar essa possibilidade.

Mais a frente nós paramos os cavalos, TenTen parou de sorrir e nós nos entre-olhamos. A nossa frente estava o castelo, mas não parecia o mesmo monumento de quase vinte dias atrás.

O muro que o rodeava estava coberto por plantas brancas e vermelhas. O portão estava direito, provavelmente fora trocado. Quando atravessamos os portões haviam cavalariços prontos para pegar os cavalos e do lado de dentro do castelo era possível escutar várias pessoas falando ao mesmo tempo. TenTen já ia abrir a porta da frente quando Kiba nos puxou pelo braço.

--Serviçais entram pelos fundos agora – ele avisou e nos levou até a porta da cozinha.

Mal nos saímos da entrada principal e eu consegui ver uma grande carruagem vermelha e dourada parando na porta principal. Consegui me soltar de Kiba, alegando que ai pegar alguma coisa nos estábulos, mas me escondi a trás de um carvalho próximo. Era uma pena que ele não me fornecesse uma visão favorável da pessoa que desceu. A única coisa que se poderia perceber era que apenas um homem alto e imponente, trajando roupas escuras e com uma espada na cintura, tinha descido e ele parecia uma pessoa bem orgulhosa. Bem típico de pessoas da classe dele.

Resmunguei baixinho antes de entrar na cozinha. Nesta, outro susto: várias mulheres andando de um lado para o outro ao comando de Guren para preparar a comida, lavar os pratos e bebidas e servir a refeição mais tarde.

--Ainda bem que chegaram meninas – Guren veio até nós, cumprimentando-nos -. Precisamos de ajuda com as hospedes – ela avisou. Kiba paracia ter sumido do lugar.

--Mas o que esta acontecendo afinal? - TenTen perguntou.

--Já é temporada de verão, minha querida – ela virou-se para falar rapidamente com uma jovem -. E condessa Mikoto abriu a temporada aqui – ela fez um gesto de quem não havia gostado muito -. Serão longos dias com essas donzelas irritantes falando e reclamando do campo a toda hora. Tsunade vai precisar de toda a paciência possível para suportá-las.

Uma senhora se aproximou para perguntar a Guren como o porco deveria ser preparado e ela teve de nos deixar para continuar com o próprio serviço.

No salão principal haviam várias famílias sentadas à mesas, conversando. O que eles estão esperando aqui? O dejejum provavelmente seria servido lá fora, no jardim. Eu e TenTen ficamos esperando mais ao fundo, num canto onde não poderiamos ser vistas.

Já estávamos ficando cansadas de ficar em pé esperando e ainda tínhamos que ajudar no castelo com essas visitas. Íamos nos retirar quando notamos que o salão ficou silencioso, nós nos viramos e todos olhavam para o topo da escadaria. E lá estava ele... parado e grandioso no topo da escadaria.

Ele estava diferente do que eu conseguia me lembrar, deveria ter se esforçado muito para voltar a ter os músculos bem trabalhados que eram valorizados nas roupas que estava trajando. O cabelo estava cortado e tinha as pontas arrepiadas – principalmente atrás da cabeça -, a barba havia sido tirada e de algum jeito eu não fiquei temerosa como das vezes que aconteciam depois daquela noite.

E ainda havia aquela máscara negra e com as pontas possuindo detalhes dourados que estava usando, que lhe cobria o rosto até a ponta do nariz e cujo lado direto se prolongava até o fim de seu rosto, deixando apenas os olhos negros aparecendo.

--Saudações, meus caros amigos – ele começou a falar, agradeceu pela presença de todos, os convidando para irem ao jardim e desculpando-se pela demora.

O salão, que até então estava em silêncio, voltou a ativa e logo várias das pessoas que estavam presentes foram cumprimentar seu anfitrião. Eles pareciam até bem animados de ver o jovem conde. Mas eu e TenTen não podiamos mais perder tempo ali.

--Esperem vocês duas! - Ino nos chamou antes que pudessemos chegar a porta da cozinha – Venham ajudar lá em cima, nos quartos. Ainda não conseguimos terminar de arrumar todos eles e precisam ficar prontos até o dejejum acabar – ela parecia meio desesperada, falava sem tomar fôlego.

--Ino, calma! - TenTen disse e a segurou pelos ombros -. Fique tranquila. Por onde nós começamos?

--Venham comigo – ela pegou outro corredor que nos levaria até o andar de cima.

Ino andava com os passos tão largos e rápidos que quase corria. E logo nos vimos arrumando os restante dos quartos com os novos serviçais, agora sabiamos por que Kiba havia sumido depois de nos deixar na cozinha.

 

 

Sasuke POV

 

Por incrível que pareça as coisas pareciam estar seguindo bem. Exceto por Tsunade, pois eu não via a hora dela começar a perder a calma com aquelas donzelas. Sinceramente, nenhuma delas me interessava, mamãe não podia ter feito uma seleção pior do que aquela. Era certo que a maioria dos pais eram grandes amigos da família, mas suas filhas eram tão tolas quanto crianças. Ao menos com os rapazes era possível conversar sobre assuntos que, pelo menos, não me deixavam tão entediado do que quando as moças chegavam para conversar.

Eu já estava achando estranho a ausência de minha mãe. Geralmente ela era a primeira a descer e cumprimentar os convidados, mas dessa vez isso não aconteceu. Lembro-me de também ter perguntado sobre isso à Tsunade, mas ela ficou nervosa e mudou de assunto.

--E então Sasuke, esta disposto a me enfrentar na prova de força? - Suiguetsu perguntou-me. Ele fora meu grande amigo em épocas passadas e parecia continuar me considerando assim. Também éramos grandes rivais, queríamos sempre estar nos exibindo o que, a maioria das vezes, nos custava escutar horas de sermões.

--Agora e sempre, Suiguetsu. Mas isso terá que esperar até mais tarde – eu respondi depois de mastigar uma uva -. Não quero que as moças fiquem assustadas.

--Tenho certeza de que ficarem assustadas será a última coisa que vai acontecer – ele apontou para um grupo de moças que cochichava a poucos metros de onde estávamos. Elas não paravam de olhar e dar risadinhas, provavelmente sobre mim -. Acho que elas ficariam apenas mais excitadas com uma demonstração de masculinidade – ele enrijeceu os músculos do braço e gruniu como se fosse um bárbaro – Será que você esta com medo, Sasuke? - ele me provocou e ou o olhei com o canto do olho.

--De quem? De você? Não me faça rir – eu me recostei na cadeira inclinando-a um pouco para trás, fazendo-a ficar apoiada apenas nas pernas traseiras e pus as mãos atrás da cabeça -. Posso não estar em completa forma, mas ainda consigo ganhar de você. E será tão fácil como derrubar um inimigo do cavalo – eu o provoquei.

Ele gargalhou e apoiou uma das mãos na mesa.

--Aposto que esta blefando – ele sorriu confiante –. Que tal um prêmio para o vencedor?

--Agora você começou a falar meu idioma, companheiro – eu sorri de canto. Suiguetsu sabia como conseguir alguma coisa de mim, bastava que me ofereceeusse um desafio com um bom prêmio.

Ele sorriu e acho que senti um pouco de deboche. Afinal de contas o que aconteceu com ele? Suiguetsu subiu na mesa e chamou a atenção de todos.

--Caros amigos, fiz um desafio a nosso conde – ele começou e apontou para mim -. Ele deve provar seu valor mostrando toda a força que tem – e apontou para si – e eu serei seu adversário como sendo o lutador mais forte já reconhecido.

Os homens pareciam ter gostado do jogo, era uma boa diversão para nós, mas as donzelas pareciam ainda estar desinteressadas. Foi quando Suiguetsu olhou para uma roda de moças, malicioso e acrescentou, descendo da mesa e indo até elas:

--Mas é claro que com o desafio um prêmio não pode deixar de ser dado – ele segurou a mão de uma das moças e a girou lentamente, fazendo com que fosse ouvidos algumas risadinhas -. Ao vencedor, a oportunidade de escolher uma dama – ele aproximou a moça de si e acrescentou com a voz rouca – e tomar os lábios dela nos seus.

Com fim dessa encenação ele beijou as mãos da moça sem deixar de fitá-la. Muitos dos jovens vibraram com a expectativa de beijar uma das damas, visto que Suiguetsu depois estendeu o desafio a todos os rapazes que quisessem se exibir naquele dia. Jovens excitados são a pior coisa do mundo...

--O que acha Sasuke? Aceita o desafio? - vi-o cruzar os braços e olhar para mim.

Eu o encarei e também vi que todos estavam com os olhos em mim, como se pedissem mentalmente que eu dissesse “sim”. No entanto um beijo não era exatamente o que eu tinha em mente, o que ele estava pensando? Que eu ainda tinha doze anos? Eu já estava pronto para dizer “não”, mas se eu fizesse isso seria taxado de covarde e isso não seria bom.

Eu suspirei, não seria nada ruim participar daquilo e não seria eu a acabar com a diversão dos rapazes. Levantei-me segurei o pulso de Suiguetsu como que selando o desafio e ele fez o mesmo comigo.

--E só você dizer onde e quando – eu respondi.

Logo eu escutei os jovens baterem nas mesas e começarem a falar alto até que as únicas coisas que se podiam ouvir eram o meu nome e o de Suiguetsu, como se eles já tivessem apostado em quem ganharia.

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Notas finais do capítulo

Dúvidas? Críticas? Sugestões?
Serão sempre bem vindas