Segunda Chance escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 21
20 - Cuidados




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Alguns meses depois...

Quando decide que queria ser mãe, comecei a imaginar como seria a minha vida tendo alguém que dependesse de mim, mas jamais pensei que meus sonhos chegariam algum dia aos pés da realidade que estava vivendo agora.

Ter um filho era algo mágico. Era estar em um estado de graça pleno e absoluto. Era como se tivesse me transformado em outra pessoa, e isso me deixava encantada.

Toda vez que olhava Rafael brincando com o pai, agradecia a Deus por ter colocado esse menino maravilhoso em nossa vida.

Nossa rotina teve que ser ajustada para podermos acompanhar Rafael em suas atividades diárias, principalmente seu primeiro dia de aula no maternal, já que ele havia feito três anos alguns dias antes de o conhecermos no orfanato, fazendo com que ele fosse para a escola no novo período letivo que se aproximava.

Rafael fez questão de escolher todo o seu material escolar do pequeno príncipe, o que não foi nenhuma surpresa para nós.

Assim que terminamos as compras fomos para a casa dos meus pais onde almoçaríamos.

—Tio Daniel. - Rafael disse feliz assim que meu irmão abriu a porta.

—Olha só se não é o meu sobrinho favorito. - meu irmão disse contente antes de pegar meu filho no colo e enche-lo de beijos.

—A sua irmã mais velha não ganha beijos também?- questionei e ele sorriu antes de me dá um beijo.

—Entrem, a mamãe está terminando o almoço.- ele disse nos convidando para entrar.

— Amor, porque você não vai até o meu antigo quarto, dar um banho no Rafael antes do almoço?! Vou ajudar a mamãe na cozinha.- pedi e ele concordou antes de pegar nosso filho do colo do tio.

—Claro.- Felipe disse e me deu um beijo suave.

—Tentem não molhar o banheiro todo.- pedi aos dois que riram.

—Eu tento amor, mas nosso filho sempre espira água para todos os lados quando toma banho.- ele se defendeu e sorri antes de dar um beijo em nosso filho e outro em Felipe.

—Tudo bem, apenas tentem controlar a bagunça, seus meninos levados.- disse e o dois riram enquanto Felipe levava o filho no colo para o meu antigo quarto.

—Quem é mais criança? Seu marido ou o seu filho?- meu irmão questionou e sorri.

—Acho que nós três.- segredei e ele sorriu.

—Vou ajudar o Felipe com o Rafa, antes que aqueles dois inundem a casa toda.- meu irmão disse e agradeci antes de ir ajudar a minha mãe na cozinha.

—Precisa de ajuda mãe?- questionei entrando na cozinha e minha mãe sorriu suave.

—Toda a ajuda é bem vinda filha.- ela disse e sorri enquanto fazia um coque desajeitado em meu cabelo antes de ajudar a minha mãe a preparar o almoço.

—E então, como está sendo a vida de mãe?- minha mãe questionou enquanto ela colocava a carne no fogo para assar, e eu cortava alguns legumes para colocar na salada.

—Maravilhosa. Apesar de ainda ficar em duvida se estou fazendo o que é certo.

—Os pais nunca sabem querida, só vamos saber se fizemos tudo certo quando nossos filhos crescem e se tornam boas pessoas.

—Eu sei mãe, mas tenho medo de estar fazendo tudo errado, e não suportaria saber que estraguei a vida do meu filho.- disse apavorada e ela sorriu suave antes de vir se sentar na mesa da cozinha de frente para mim.

—Quando descobri que estava grávida de você fiquei muito feliz, mas também fiquei apavorada. Afinal, não tinha a menor ideia de como cuidaria de uma pessoinha tão frágil que dependeria de mim para tudo. Mas seu pai me disse que eu não estava sozinha, que nós dois tínhamos o principal para sermos bons pais. – mamãe disse suave enquanto segurava minha mão e olhava em meus olhos.

—Que seria?

—Nós dois nos amávamos e apesar de ainda não conhecer o fruto do nosso amor pessoalmente, já o amávamos mais que tudo. E isso é o melhor ingrediente para se cuidar de um filho. Filha, apenas confiei em você mesma. Sei que no final se sairá uma excelente mãe.

—Obrigada mãe pelos conselhos. -disse suave e ela sorriu com amor para mim.

Depois que terminei de ajudar a minha mãe na cozinha fui ver o que meus garotos estavam aprontando no meu antigo quarto.

—Onde estão seu pai e seu tio, filho?- questionei assim que entrei no quarto e vi meu filho deitado na cama entretido com algum desenho que passava em seu tablet.

—O titio foi tomar banho para almoçar e o papai está fazendo o mesmo.- Rafael disse suave enquanto desviava sua atenção do desenho para me ver.

—A mamãe vai tomar um banho, e vamos almoçar em seguida.- prometi e lhe dei um beijo na testa antes de entrar no banheiro.

Tranquei a porta do banheiro, antes de começar a tirar minha roupa com cuidado para não fazer nenhum barulho, e em seguida empurrei a porta do box antes de entrar.

—Então, você se deixa ser agarrado no chuveiro sem ao menos estar enxergando direito, senhor Felipe?- questionei depois que abracei Felipe por trás e ele me puxou para a sua frente.

—Já disse para você que não sou tão cego assim. E além do mais, que tipo de marido eu seria se não reconhecesse o perfume da minha mulher?- ele questionou e sorri antes de lhe dá um beijo.

—Nosso filho está no quarto amor, então tente se comportar.- Felipe sussurrou tentando ser forte assim que o beijei de uma forma avassaladora.

—Eu sei, porque acha que ainda não agarrei você.- disse me separando dele a contra gosto e Felipe sorriu suave enquanto voltávamos a tomar nosso banho.

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—Vovô.- Rafael disse feliz assim que entrou na sala e viu meu pai.

—Mais que surpresa boa.- meu pai disse amoroso antes de pegar meu filho no colo.

—Estávamos comprando os matérias escolares do Rafa e resolvemos almoçar com vocês.- disse suave e meu pai sorriu com amor.

—Que bom querida, sinto falta de vocês.

—O almoço já está pronto.- mamãe disse e fomos todos para a mesa.

O almoço estava realmente uma delicia, Rafael comeu tudo e ainda repetiu, o que agradou a minha mãe. Após o almoço levamos nosso pequeno para dormir um pouco no meu antigo quarto e acabamos os três pegando no sono, mas quando acordamos estava caindo um maior toró lá fora.

E apesar de querermos ir para casa, meus pais nos proibiram de dirigir durante uma chuva tão forte, ainda mais com uma criança pequena. Então, tivemos que dormir na casa dos meus pais.

—Mamãe?- Rafael me chamou no meio da noite com a voz chorosa e falha.

—O que houve amor?- sussurrei ainda sonolenta e logo ele começou a ofegar em busca de ar.

—Rafael.- disse desesperada enquanto meu filho puxava o ar sem conseguir. – Apenas, tente respirar com calma filho.

—O que está havendo?- Felipe questionou ainda sonolento enquanto ligava a luz do abajur.

—Eu não sei.- sussurrei já chorando de desespero por ver que meu filho não conseguia respirar.

—O inalador.- Felipe disse  antes de levantar rápido da cama, e correr para a bolsa de Rafael que sempre levávamos conosco.

Na pressa em socorrer o nosso filho, Felipe acabou esbarrando no meu criado mudo, afinal ele estava sem óculos.

—Tudo bem amor, é só respirar. - ele disse enquanto colocava o inalador na boca de Rafael e apertava o aparelho liberando assim o remédio. Felipe repetiu esse processo três vezes enquanto eu segurava meu filho no colo em meio as lagrimas e tremores.

—Melhor filho?- meu marido questionou suave assim que Rafael começou a respirar de forma regular.

—Um pouco papai.

—Que bom.- ele disse antes de olhar para mim.- Amor, está tudo bem. Nosso filho está bem, não precisa mais chorar.

—Sou a pior mãe do mundo. Não consegui socorrer meu filho.- sussurrei chorosa e Rafael me olhou confuso.

—Não é não mamãe. A senhola é a melho mãe do mundo.- ele sussurrou antes de respirar fundo por um tempo.- Ficou me dando colinho enquanto eu ficava ser lespilar, me fazendo acledita que tudo ia fica bem.

—E ficou filho.- Felipe disse amoroso.

—Eu te amo mamãe.- Rafael disse amoroso antes de beijar minha bochecha.

—Eu também te amo minha vida.- disse amorosa antes de abraçá-lo com força.

Fiquei agarrada ao meu filho a noite toda, pois não conseguia dormir, achando que se fechasse os olhos ele poderia passar mal de novo.

—Ele está bem meu amor, tente dormir um pouco.- Felipe sussurrou com carinho.

—Se você não estivesse aqui, ele poderia ter...- solucei angustiada e Felipe me interrompeu.

—Não pense isso. Você só ficou nervosa, era a primeira vez que via um ataque de asma na vida.

—E você também, mas teve frieza necessária para saber exatamente o que fazer para socorrer nosso filho.

—Anos e anos de sofrimento com crises alérgicas te fazem ser frio por fora nesses momentos, mas por dentro estava tão desesperado quanto você.

—E se eu não souber o que fazer na hora?

—Vou estar ao seu lado para ajudá-la, até se sentir confiante.- ele sussurrou com amor e agradeci.

—Você se machucou quando esbarrou no criado mudo?- questionei me lembrando do incidente.

—Acredita que nem senti. Só me preocupei com nosso menino. Agora, vamos tentar descansar um pouco. Promete?

—Prometo.- sussurrei suave antes de desejar boa noite para meu marido e fechei os olhos me entregando ao sono.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo gente, e tenho uma triste noticia para vocês... A partir desse capitulo entramos na reta final da fic.
Espero que estejam gostando da historia.
Beijos e até amanhã.