Segunda Chance escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 20
19 - Sendo pai


Notas iniciais do capítulo

Com vocês mais um capitulo fofo com a nossa família preferida.



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Dias atuais...

Acordei com uma leve claridade que vinha da janela, sonolenta olhei para o lado e sorri emocionada quando vi Rafael dormindo todo aconchegado ao pai, com cuidado para não acordar os dois sai da cama e fui em direção ao banheiro para fazer minha higiene matinal, antes de descer para preparar um mega café da manhã para os meus garotos.

Assim que estava terminando de colocar a mesa ouvi Felipe e Rafael descendo as escadas.

—Puxa, quanta coisa.- Rafael disse sorrindo assim que se aproximou da mesa com o pai.

—É mesmo, sua mãe se superou. E conhecendo o jeito dela para a cozinha como eu conheço, deve estar tudo uma delicia.- Felipe disse amoroso antes de me dar um beijo de bom dia.

—O que houve com as suas lentes?- questionei confusa assim que ele se separou de mim e percebi que o mesmo estava usando seus óculos.

—Foi culpa minha.-Rafael disse sem graça e olhei para ele confusa.

—Não foi culpa sua filho, foi um acidente.- Felipe disse suave enquanto olhava para o nosso filho.

—O que houve?

—Rafael pediu para ver as minhas lentes e acabou derrubando o suporte e elas foram para o chão.- Felipe explicou sem importância.

—Meu bem, está tudo bem.- disse enquanto pegava-o no colo para olhar em seus olhos.- Não precisa se preocupar, seu pai não ficou chateado, e além do mais acho seu pai muito mais lindo de óculos.

—O papai disse isso.- ele sussurrou sorrindo e lhe dei um beijo em sua bochecha.

—Viu filho, disse que não precisa se preocupar. Agora, vamos tomar seu café.- Felipe disse ajudando Rafael a se sentar.

Felipe e eu paparicamos nosso filho de todas as maneiras possíveis, lhe demos varias coisas para que ele experimenta-se sabendo assim as suas preferências.

Após o café da manhã, meu marido foi assistir um pouco de desenho com Rafael enquanto eu trabalhava, afinal meu chefe só havia me dando três dias de folga por causa da adoção do meu filho. E apesar dele insistir que me daria mais dias neguei, afinal já havia tirado muitos dias de folga quando estava quase me divorciando e não queria abusar de sua bondade.

Assim que conclui meu trabalho, fui fazer o almoço, pois após o mesmo iríamos levar Rafael para uma consulta com o pediatra de Alice.

Almoçamos em perfeita harmonia, e fui muito elogiada pelo meu filho e pelo meu marido. Após o almoço Rafael já estava quase dormindo em cima da mesa, então decide deixá-lo dormir um pouco antes de irmos para a consulta.

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—O Dr. Alcântara irá atendê-los agora.- a assistente disse assim que se aproximou de nós.

—Obrigada.- disse suave enquanto levantamos da cadeira e a acompanhávamos em direção a sala do medico.

—Bom dia senhores, sentem-se.- o medico disse assim que entramos em sua sala.- O que houve com esse lindo garotinho?

—Bom doutor, como lhe expliquei pelo telefone, acabamos de adotar o Rafael, e ele tem asma, então gostaríamos que o senhor fizesse um check up nele.- Felipe informou e o medico concordou.

—Claro, vai tomar um pouco de tempo e talvez ele fique aborrecido, mas vou tentar ao máximo não demorar.- ele prometeu e agradecemos.

—Mamãe, não gosto de agulhas.- Rafael disse no colo do pai com os olhos cheios de lagrimas enquanto olhava para mim.

—Não se preocupe querido, seus pais poderão ficar com você, e prometo que não iremos demorar.- Dr. Alcântara prometeu com carinho enquanto olhava para nosso filho.

Em seguida uma enfermeira nos acompanhou até o laboratório onde seriam realizados os exames, Rafael se comportou muito bem sem reclamar de ser medido ou apalpado para os procedimentos, mas assim que ele percebeu que teria que tirar sangue, o mesmo começou a chorar em meu colo não deixando a enfermeira se aproximar dele.

Tentei a todo custo tranquilizá-lo o que não surtiu efeito.

—Está tudo bem filho, não precisa ficar com medo.- Felipe disse suave assim que se ajoelhou ao lado da cadeira em que estava sentada com Rafael  em meu colo, tentando acalmá-lo.

—Agulha não. Não deixa papai.- ele soluçou entre lagrimas e fiquei sem saber o que fazer naquele momento.

—Está tudo bem amor, não precisa ter medo. Vai ficar tudo bem.

—Não vai não.- ele soluçou suave.

—Vai sim. Vai ser apenas uma picadinha e pronto, você nem vai sentir dor.- meu marido assegurou enquanto enxugava algumas lagrimas que ainda estavam no rosto do meu filho. – Você confia em mim?

—Confio.- Rafael sussurrou suave.

—Esse é o meu garotinho.- ele disse suave antes de dá um beijo na teste de Rafael e depois se dirigir ao enfermeiro.

—Pode demonstrar em mim, antes de fazer o procedimento nele?- Felipe pediu e o enfermeiro concordou antes de indicar que meu marido se deita-se em uma cadeira.

Rafael acompanhou todo o procedimento com bastante atenção, e ficou encantado com o pai ao perceber o quanto ele tinha sido corajoso em enfrentar a agulha.

—Viu amor, não doeu nada.- Felipe disse suave antes de voltar para o nosso lado. – E então, você vai deixar o enfermeiro fazer o trabalho dele?

—Vou papai, mas o senho segula minha mão?- Rafael pediu oferecendo sua mãozinha para Felipe que sorriu.

—Sempre filho.- ele sussurrou antes de segurar a sua mão e pedir para o enfermeiro tirar o sangue de Rafael.

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Tivemos que esperar por volta de uma hora até que todos os exames estivessem prontos, mas foi uma espera que valeu a pena, afinal o medico nos garantiu baseado com os resultados dos exames que Rafael estava bem de saúde e que não possuía nenhuma doença hereditária dos seus pais biológicos.

Após passarmos boa parte da tarde no hospital decidimos jantar na casa dos pais de Felipe, pois Rafael estava doido para brincar com a prima que havia lhe prometido mostrar a enorme piscina que seus avôs possuíam no jardim.

Rafael ficou muito triste por que eu não o deixei tomar banho na piscina, afinal já estava quase anoitecendo, mas prometi a ele que viríamos mais cedo outro dia para que ele pudesse curtir a piscina.

Assim que o jantar estava pronto, Charlotte chamou todos para a mesa, jantamos em perfeita harmonia e assim que estávamos na sobremesa, Hugo pediu alguns minutos de nossa atenção.

—Estou muito feliz por ter a minha família toda reunida entorno da mesa essa noite. E estou muito mais feliz em comunicá-los a minha decisão de deixar o posto de embaixador.- Hugo disse e todos olhamos para ele confusos, afinal ele adorava seu trabalho.

—Pai, o senhor ama seu trabalho. Por que decidiu se aposentar?- Felipe questionou confuso e Hugo sorriu amoroso para o filho.

—Por que quero ficar mais com meus netos e aproveitar o tempo que tenho com meus filhos. Perdi tantos momentos seus e de Arthur por que estava trabalhando, e não quero perder nenhum momento dos meus netos, não me perdoaria.

—Pai, o senhor foi o melhor pai do mundo. Não tenho nada do que reclamar.- Arthur disse suave e Felipe concordou.

—É tão bom saber que pensam isso de mim, mas sei que fiquei em falta com vocês em alguns momentos, mas agora quero ser apenas pai de vocês e avô de Alice e Rafael, é tudo que desejo agora.

—Se é o que deseja, só temos que apoiá-lo.- Felipe disse suave e seu pai agradeceu com um sorriso.

—Agora, que tal se fossemos para a sobremesa? E meu caçulinha, adoraria saber porque está usando seus óculos?- Charlotte questionou suave fazendo Felipe corar enquanto todos riam dele.

Assim que terminamos a refeição Charlotte sugeriu que todos fossem para a sala de estar, onde havia um grande e elegante piano.

—O que é isso vovó?- Rafael questionou confuso assim que viu o piano.

—Isso meu neto querido, é um piano.- Charlotte explicou enquanto segurava a mão do meu filho e o levava em direção ao piano.

Em seguida ela levantou a tampa que protegia as teclas e logo começou a dedilhar algumas de forma harmoniosa, deixando meu filho admirado com o som.

—Sabia que sua mãe toca piano?- ela questionou e meu filho olhou para mim confuso.

—É veldade mamãe?

—É filho. Sua mãe toca muito bem, só não sei porque ela faz isso tão raramente.- Felipe disse e olhei feio para ele.

—Porque quase não tenho tempo para tocar.- disse e meu marido revirou os olhos.

—Toca pla mim mamãe.- Rafael me pediu com carinho e sorri concordando antes de me sentar em frente ao piano e chamá-lo para se sentar ao meu lado.

Meu filho ficou encantado com o som do piano e me fez prometer ensiná-lo a tocar, e como a mãe coruja que eu era, não neguei seu pedido.


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