Segunda Chance escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 12
11 - Embaixada


Notas iniciais do capítulo

E chegou o dia de um dos capítulos mais aguardados da Fic.
Espero que gostem desse capitulo.

Musica do capitulo:

https://www.youtube.com/watch?v=h9ZGKALMMuc



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5 anos atrás...

Estava uma pilha de nervos enquanto esperava Paul, o segurança de Felipe, que ficou de me buscar em casa para o baile da embaixada.

—Querida se acalme. - minha mãe disse enquanto eu andava de um lado para o outro.

—Será que aconteceu alguma coisa? Será que Felipe decidiu me desconvidar?- questionei preocupada e mamãe revirou os olhos.

—Quem irá perder é ele, por que você está linda. - minha mãe segredou e agradeci.

—Por que você não senta querida, e tente se acalmar. Não faz nem meia hora que Felipe ligou dizendo que o tal de Paulo estava vindo. - meu pai disse suave e sorri.

—É Paul, pai.

—Esse mesmo. - ele disse e sorri mais antes de me sentar ao seu lado. -Filha?

—Sim pai.

—Você gosta do Felipe?- ele questionou de repente e pisquei confusa.

—Por que o senhor acha isso?- questionei nervosa.

—Não me responda com outra pergunta Valentina Torres.

—Eu não sei pai.- disse com sinceridade e ele me olhou serio.

—Você não sabe. Vejamos. Você apresentou o Felipe para a sua família, sendo que você nunca havia feito isso antes. Você apresentou a sua avó a ele, dividiu seus bolinhos de chuva com ele. E ainda dividiu o seu sofá com ele. São muitas provas que atestam seus sentimentos por ele. - meu pai disse serio e o encarei incrédula.

—Espera, você dividiu o sofá da vovó com o Felipe?- meu irmão questionou chocado.

—Isso é um interrogatório pai?- questionei ignorando as reclamações de Daniel.

—Não querida, estou apenas tentando fazê-la enxergar seus sentimentos. Afinal, um rapaz como aquele não irá ficar solteiro por muito tempo. - ele disse e logo ouvi a campainha tocar, me salvando de mais um minuto de questionamentos do meu pai.

—Querida, é o Paul.- mamãe disse assim que abriu a porta.

—Tenho que ir pai. - disse lhe dando um beijo rápido, pois queria fugir dessa conversa constrangedora.

—Tau querida, e pense no que lhe disse. - papai disse e revirei os olhos antes de sair de casa.

A viagem foi silenciosa, tentei até puxar conversa com Paul, mas ele me ignorou totalmente, o que achei uma grande falta de educação.

—Que bom que veio. - Felipe disse amável assim que abriu a porta do carro e me ofereceu sua mão para que eu saísse.

—E eu ia perder a oportunidade de ver você, e ainda de participar de uma festa da embaixada. - segredei e ele sorriu um sorriso no qual suas covinhas apareciam.

—Obrigado por trazê-la Paul.- Felipe agradeceu e Paul concordou antes de sair com o carro.

—Ele não é muito de falar. - comentei e ele concordou enquanto me conduzia para as escadas que davam acesso a entrada principal da embaixada.

—Você está deslumbrante. - ele me elogiou enquanto subíamos os degraus e agradeci.

—Você também está muito bonito. - disse e ele corou enquanto agradecia.

—Ah finalmente iremos conhecê-la.- ouvi uma mulher muito bem vestida dizer assim que nos aproximamos da entrada.

—Valentina, esses são meus pais, Hugo e Charlotte.- Felipe disse indicando cada um deles.

—É um prazer vê-la novamente. Tornou-se uma bela mulher Valentina. - Hugo disse amável e agradeci sorrindo.

Não me lembrava muito da família de Felipe, afinal nas raras vezes em que eles vinham ao Brasil eu era pequena e nunca podia acompanhar minha amiga em suas visitas aos parentes. Tudo que sabia deles era através de Laura.

Assim que o pai de Felipe sorriu, pode perceber de quem ele havia herdado as suas covinhas. Na realidade ele se parecia muito com o pai.

—Estou encantada em conhecê-la. Você me parece uma mulher extraordinária. Entendo agora o fascínio de Felipe por você. -Charlotte disse amável e agradeci pelo elogio.

—Ela é realmente extraordinária mãe. - Felipe disse suave ao meu lado.

—Esse é o meu irmão mais velho Arthur. Está é minha cunhada Crystal e minha sobrinha Alice.- ele disse apresentando a todos.

—Valentina e eu já nos conhecemos. Ela estava na casa de tia Sophia, quando fui fazer uma visita.- Arthur disse sorrindo gentil.- E um prazer revê-la.

— Igualmente. - disse suave para Arthur antes de me dirigir a sua esposa e filha.- É um prazer conhecê-las.

—Filho, por que você não leva a Valentina para dentro. - Hugo sugeriu enquanto olhava para a fila que se formava atrás de nós.

—Mas tenho que ficar na entrada com vocês, para recepcionar os convidados como sempre. - ele disse confuso e sua mãe sorriu.

—Hoje não meu querido, você está dispensado das suas obrigações diplomáticas. - Hugo disse e Felipe sorriu agradecido para os pais.

—Aproveitem a festa. - Charlotte desejou enquanto entravamos.

Assim que entramos no salão arfei encantada.

Nunca havia visto um lugar tão lindamente decorado, e ainda por cima cheio de gente muito bem vestida. Parecia um cenário dos filmes de princesa da Disney.

—Então, esse é o seu mundo?- questionei incrédula enquanto ainda olhava tudo ao meu redor.

—Sim, mas ele não me define. Cresci no meio de todo esse luxo e protocolo, mas você conviveu comigo e acabou de conhecer minha família, então acho que percebeu que apesar de tudo isso, somos pessoas muito simples. - Felipe disse enquanto andávamos pelo salão cheio de gente.

—Isso é verdade.

—E então, gostaria de dançar comigo?- ele questionou assim que começou uma nova musica e o olhei em pânico.

—Não sei dançar esse tipo de musica. - disse apavorada e ele sorriu.

—Todo mundo sabe dançar Frank Sinatra.- ele disse enquanto me levava para o meio do salão.

—Você e todas as outras pessoas daqui, o que não me inclui.

—Apenas relaxe, e me deixe conduzi-la.- ele explicou suave e concordei.

Em seguida, Felipe apoiou sua mão esquerda nas minhas costas, e com a direita ele segurou a minha mão, enquanto eu fazia o mesmo com ele.

—Olhe nos meus olhos e esqueça todos ao seu redor. Se concentre apenas em mim. Pronta?

—Sim.- sussurrei nervosa enquanto olhava em seus olhos, e logo começamos a girar pelo salão de forma elegante.

Apesar de todo o medo que tinha de pisar no pé de Felipe ou tropeçar em meu vestido, me surpreendi por conseguir flutuar pelo salão. Mas meu momento de deslumbramento foi quebrado, assim que olhei para os olhos azuis escuros de Felipe, que me olhava de uma forma diferente enquanto cantarolava baixinho a musica.

E naquele pequeno instante, vislumbrei a verdade dentro dos seus olhos, assim como senti a convicção com que ele cantava certas partes da musica.

Felipe me amava.

E eu o amava de volta.

E essa constatação me apavorou.

—Eu preciso respirar.- sussurrei interrompendo nossa dança enquanto saia as pressas do salão.

Como fui deixar isso acontecer? Isso não podia ter acontecido.

Como fui me apaixonar sem ao menos perceber?!

—Valentina?- ouvi Felipe me chamar enquanto andava sem rumo pelo vasto gramado da embaixada.

Tentei me afastar ao máximo dele o que foi em vão, já que ele não demorou muito para me alcançar.

—Por que você está fugindo desse jeito?- ele questionou confuso assim que me virou para vê-lo.

—Me solta preciso ir para casa.- disse desesperada para ficar longe dele.

—O que aconteceu? Você estava se divertido.

—Isso não devia ter acontecido. - disse seria e ele me olhou confuso.

—Isso o que?

—Nós dois não devíamos ter nos apaixonado. Você mesmo disse que não misturava trabalho com a sua vida pessoal, o que é ótimo porque eu também não. E agora, o que vamos fazer? Você é o primo da minha melhor amiga, pelo amor de Deus, isso é errado. É quase como uma traição com a Laura. Eu disse para ela que essa historia de laboratório não ia dá certo. Ela vai me matar quando souber que estou apaixonada por você, e tudo que não quero é perder a minha amizade de anos com a sua prima, por causa de uma paix...- comecei a falar sem parar de tão nervosa que estava, Felipe até tentou acompanhar a minha enxurrada de palavras, mas ele acabou desistindo e me silenciou com um beijo.

Um beijo maravilhoso.

Um beijo daqueles que tira seu ar, seu chão, seu raciocínio e te faz esquecer seu próprio nome.

—Porque você me beijou?- questionei sem ar e fraca por causa do beijo.

 Algo que nunca havia acontecido comigo.

—Porque você não me deixava falar. - ele sussurrou igualmente sem ar e sorrimos.

—Desculpe, quando fico nervosa começo a falar sem parar.

—Sei disso. Mas, eu amo você do jeitinho que é. Não quero que mude nada. - Felipe disse amoroso enquanto acariciava meu rosto de leve.

—Então, você me ama de verdade?- questionei entre lagrimas e ele sorriu.

—Sim. Amo você desde a primeira vez que a vi. E me apaixonei cada vez mais por você quando comecei a conhecê-la, fiquei encantado pela pessoa maravilhosa que você é.

—Eu também te amo. Me apaixonei por você sem ao menos perceber. Divide tantas coisas com você. Dividi meu sofá preferido com você. - lembrei e ele sorriu. - Você me fez questionar meus próprios ideais de felicidade.

—E isso é ruim?- Felipe questionou preocupado e sorri carinhosa enquanto acariciava seu rosto com amor.

—Não, você foi à melhor coisa que aconteceu na minha vida. E vou ser eternamente grata por você ter cruzado o meu caminho. E agora que percebi que o amo, vou amá-lo até o fim dos meus dias. - sussurrei olhando em seus olhos e Felipe sorriu em meio a lagrimas antes de nos beijarmos.

Ficamos nos beijando por horas, só nos separávamos quando o ar nos fazia falta. Mas assim que havíamos recuperado o fôlego voltávamos a nos beijar.

—Você está tremendo. - Felipe sussurrou preocupado assim que se separou de mim.

—Estou bem. - assegurei a ele.

—Acho melhor entrarmos, antes que esfrie mais. Não quero que você pegue um resfriado. - ele disse enquanto tirava seu paletó e o oferecia a mim.

—Mas eu queria ficar com você aqui. - pedi enquanto colocava seu paletó.

—Eu também querida, mas temos tempo.- ele sussurrou e me deu um ultimo beijo antes de voltarmos para o salão.

—É impressão minha, ou o salão está um pouco vazio?- questionei enquanto andávamos de mãos dadas pelo local.

—Não é impressão sua, acho que perdemos a noção do tempo lá fora.- ele sussurrou e logo sua mãe veio até nós.

—Graças a Deus. Estava quase tendo um ataque por não vê-los aqui.- Charlotte disse preocupada. – Onde vocês estavam?

—Fui mostrar o jardim para Valentina e acabamos perdendo a noção do tempo.

—Desculpe se deixamos a senhora preocupada.- disse suave.

—Meu bem, nada aconteceria com nosso filho ou com a sua amiga aqui. Eles estão seguros.- o pai de Felipe disse suave assim que se aproximou de nós.

—Sei disso, mas sou mãe.- ela disse amorosa e sorrimos.

—Sei disso meu bem. Você é a melhor mãe do mundo.- o pai de Felipe disse suave antes de beijar a bochecha de sua esposa com carinho.

—Acho que está na hora de deixarmos os dois a sós.- Felipe sugeriu e concordei enquanto seus pais começavam a se olhar de uma forma apaixonada.

—Está tudo bem? Fiquei preocupada quando vi que vocês saíram as pressas do salão.- Crystal questionou preocupada assim que nos sentamos na mesa em que ela e o marido estavam.

—Sim, só precisávamos esclarecer algumas coisas. - Felipe disse e sorriu assim que me viu.

—Vocês dois estavam ficando lá fora, não é?- Arthur questionou malicioso e olhei para Felipe, afinal se ele não confirmasse nada, eu também não diria nada.

—Nós não estávamos ficando Arthur. Estávamos namorando, afinal Valentina não é mulher para se ficar.- Felipe disse e o olhei sem saber o que dizer.

—Eu disse para você que os dois deviam estar se beijando lá fora. Está me devendo, amor.- Arthur disse para a esposa que revirou os olhos.

—Sei disso. Agora, vamos deixá-los a sós.- ela disse antes de arrastar o marido para longe.

—Então, Sr. Felipe Montenegro, quer dizer que estamos namorando?- questionei para ele assim que seu irmão e sua cunhada nos deixaram a sós.

—Sei que deveria ter perguntado a você, mas achei que depois do jardim... - ele sussurrou sem graça e corou um pouco. - Me desculpe se interpretei errado.

—Se eu não fosse aceitar ser sua namorada, jamais teria deixado você me beijar. - esclareci suave e ele sorriu esperançoso.

—Então, isso quer dizer que você quer namorar comigo?

—Sim.- sussurrei sorrindo antes de me inclinar para beijá-lo, afinal não havia mais nenhuma figura diplomática ali.

Pois se houvesse, nosso beijo seria considerado uma quebra de protocolo.

E ali, sendo beijada pelo homem que eu amava, soube que aquele momento era o começo de uma linda historia de amor.


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Notas finais do capítulo

Vestido usado por Valentina:

http://www.polyvore.com/segunda_chance_capitulo_11/set?id=213198622