Algumas semanas atrás, talvez houvesse cedido a esses pensamentos.

Porém, agora, não se perdoaria se o fizesse. Não se renderia assim.

Deixando com que seus instintos o monitorassem, Daichi adiantou-se à entrada, bloqueando a porta com o par de vigas de aço acopladas a ela, e espiou pela diminuta janela o suficiente para que visse o que já sabia. Em seguida, rapidamente apanhou sua mochila, reuniu o que precisava e apressou-se até os fundos. Suga havia mencionado uma espécie de rota de fuga estratégica e escondida da torre: felizmente, conseguiu encontrá-la.

Assim que esteve em contato com o ar livre, Daichi correu, torcendo para que tardassem a notar sua escapatória.

Alcançou a orla da floresta. Quando a penetrava, foi agarrado pelo pulso e puxado com violência.  

Instintivamente, seu punho se projetou, desferindo contra a superfície mais próxima do perseguidor. Mas algo o impediu de continuar.

— Daichi! Não precisava disso! — queixou-se o homem atingido, pressionando a têmpora esmurrada, uma aliança brilhando no dedo.

Sawamura petrificou-se.

— Ennoshita?

No vilarejo, havia apenas uma pessoa que estivera do seu lado, que acreditara nele, um amigo fiel de quem gostaria de ter se despedido antes de partir. Não esperava vê-lo novamente.

Mas ali estava ele.