Mente de Coordenadora Pokémon escrita por Kevin


Capítulo 8
Evidencias de uma resistência escondida




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Passos pequenos e sincronizados. De um lado para o outro os dois corpos iam em simultâneo, com pés ritmados como quem procura criar sons no assoalho. Balanços idênticos e quase se podia dizer que a respiração de ambos também estava sincronizada.

Anos de prática eram necessários para que tudo ficasse naquele nível de alinhamento. Anos de prática eram necessários para um sincronismo como aquele, humanos viveriam tentando sincronizar-se, mas nada chegaria naquele nível.

Muito treinamento puxado e algumas técnicas permitiriam pokémon se alinharem naquele nível. Um ser o espelho do outro, refletindo o movimento um do outro. Mas, aquele não era o caso. Afinal eram humano e pokémon, coordenador e pokémon fazendo os mesmos movimentos. Quem estava copiando quem, ninguém sabia, mas respondiam aos pedidos do público.

A dificuldade naquele sincronismo estava em realizar justamente o que o publico estava pedindo e não o que estava planejado. Piruetas, breaks, sapateados, o que era pedido pelo publico agitado em volta, naquele salão.

 

— Ele é um coordenador? -

 

Mirian assistia a apresentação que estava sendo feita na recepção do hotel Hannay onde deveria encontrar Beta para sua consulta. Mas, o local estava repleto de pessoas animadas e livres para acompanhar aquela demonstração de um dos coordenadores que os representavam.

Os comentários eram que ele venceria e que aquela era uma apresentação suprema.

 

A recepção do hotel Hannay era como um salão de festas. Talvez devido a apresentação inesperada que encontraram a recepção está parecendo uma festa.

 

— O que achou de seu concorrente? -

 

Uma pessoa se aproximou de Mirian e Hina. As duas reconheceram a voz e viraram-se animadas, mas deram de cara com uma pessoa que não reconheciam. Olharam de um lado para o outro e de volta para a pessoa que não reconheciam.

 

— Beta? - Mirian questionou piscando os olhos e olhando para Hina em seguia a fim de consultar Hina.

 

— Você está… Diferente. - Hina comentou começando a identificar as semelhanças do amigo que estava com novo visual.

 

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Meu nome é Mirian Miller e me tornei uma Coordenadora Pokémon para conquistar uma taça em homenagem a minha mãe que está doente. No entanto, fui tão mal em minha jornada que acabei presa, através de uma armação, acusada de ser caçadora ilegal e falsificadora. Depois de sair da prisão, fui desafiada a conquistar uma vaga no Grande Festival para assim descobrir o verdadeiro passado da minha mãe e as pessoas que armaram para que eu fosse presa.

Agora estou indo em direção a Saffron, onde um festival está acontecendo e muitos problemas me esperam!

 

Mente de Coordenadora Pokémon
Episódio 08: Evidencias de uma resistência escondida

 

O corpo havia se arrepiado diante o frio que fazia devido ao ar-condicionado colocado no máximo. Com apenas de roupas íntimas, de peças que não combinavam, Mirian olhava envergonhada para o chão, para evitar o olhar de Hina, que nem lhe dava muita bola distraída com o luxuoso quarto onde estavam, e Beta que por mais profissional e homossexual que fosse, ainda era homem na concepção de Mirian.

Beta era um homem que gostava de homens e que gostava de viver como mulher, assim escolhendo, e as vezes exigindo, ser tratado por ela. Uma profissional brilhante e renomada que era especialista em nutrição pokémon e seus parceiros humanos. Quando Mirian a conheceu ela conseguia associar perfeitamente o lado feminino aflorado da profissional além de ser difícil enxergá-la como homem. Mas, naquele dia era tudo diferente, as roupas delicadas e femininas estavam bem unissex, em um couro preto e o cabelo loiro e liso combinado a um rosto com uma leve maquiagem agora estava modificado para um cabelo arrepiado de cor preta e um rosto limpo de qualquer outro artifício.

Se ele ainda era homossexual não restava dúvida pela forma de gesticular, o olhar e voz. Sem contar o prédio onde se encontravam, o Hannay, o único prédio a aceitar somente a comunidade LGBT durante o Festival dos milhões. Mas, ficar seminua na frente de Beta, com ele a tocando não era confortável.

 

— Já estou acabando queridinha. Não precisa se preocupar que não tenho interesse nesse seu corpinho magro e nada chamativo. - Beta riu. - Meu gosto físico deve ser o mesmo que o seu, ou de qualquer mulher. -

 

Mirian ruborizou-se naquele momento tomou um susto ao sentir em sua barriga o relógio gelado de Beta. Ela olhou rapidamente o relógio azul-escuro com pulseira de couro negra.

Beta se afastou e foi até a mesinha onde estava seu notebook e fazia algumas anotações. Levou a mão ao pulso e de repente levantou os olhos alarmada.

 

— Hina querida, preciso muito de seus préstimos. - Disse Beta recebendo a atenção da menina. - Vá até a sala de apresentações e procure pelo meu relógio de pulseira de couro e visor azul de cristal. Devo ter perdido por lá. -

 

Mirian levantou a cabeça sem entender e foi olhar para Beta e questionar aquela informação, mas Hina já saia antes mesmo que ela pudesse dizer algo, deixando apenas a visão de Beta trancando a porta do quarto e apontando para o relógio que permanecia no pulso.

 

— Você tem uns dez a quinze minutos para me explicar o que fez nesses últimos 5 meses antes que Hina se de conta de que não vai achar o objeto e resolva voltar ao quarto. -

 

Mirian franziu o cenho, tentando mostrar estranheza ou mesmo que nada falaria sobre aquilo. Mas, sua tentativa não era muito boa, não era boa em mentir e já havia decidido não mentir sobre nada desde o início de sua jornada.

Beta caminhou pelo quarto sendo observada por Mirian. O quarto era espaçoso e luxuoso, tinha uma cama enorme, e pufs, e era dividido em dois ambientes. O segundo ambiente onde estavam possuía espelhos, sofá, mesa e espelhos por diversas partes. Quando a nutricionista sentou-se olhou para o computador calmamente.

 

— Passei uma dieta bem específica para sua Audino e toda a análise que fiz nela mostrou-me que ela seguiu duramente uma dieta, bem como seu pato selvagem, mas não foi a minha. Pelo estado atual dos dois eu diria que eles seguiram a dieta de um centro pokémon por pelo menos quatro meses. – Beta começou a dizer. - Ainda tem o fato de Audino sequer sair da pokebola com você, o que me indica que os conflitos que vocês tinham e superaram foram novamente retomados e de uma forma nada compreensível. - Beta passou a olhar Mirian que começava a vestir-se. - Você também parece ter feito uma dieta, mas não a do centro pokémon. Parece-me regada a pouca comida, com uma qualidade baixa e regada a surras que ocasionaram lesões por todo o corpo que não deixam marcas permanentes e as vezes nem por muitos dias, mas definitivamente deixam marcas para olhares mais cuidadosos. -

 

— Beta, nós não falaremos sobre isso. - Disse Mirian por fim, a baixa voz. Ela não queria contar sobre sua prisão e muito menos relembrar o que passou lá. - Peço desculpas por não seguir sua dieta e desaparecer, mas... -

 

— Então prepare o talão de cheques. Nós temos um acordo de prestação de serviço gratuito porque o caso de sua Audino era formidável. Mas, você não cumprir sua parte como seguir a dieta, perder consultas e não apresentar-me seus novos pokémon são quebra de contrato. - Beta disse calmamente. – Mas, somos amigas, você pode me explicar o motivo dessas falhas e posso ser razoável e não cobrar a multa de nosso contrato. -

 

Mirian havia acabado de se vestir e olhou por alguns instantes para Beta. Ela adorava um jogo de chantagem, da primeira vez Mirian se recusou a ceder, mesmo precisando, agora não iria só por causa de dinheiro.

 

— Não se incomode em se levantar, trago o dinheiro da multa em dois dias. Só preciso contatar meu agente. -

 

Disse Mirian caminhando para a porta, mas teve seu caminho por Beta que rapidamente se colocou em seu caminho a encarando nos olhos. Por um instante Mirian teve vontade de gritar, mas sabia que estava transparecendo que algo estava muito errado e os gritos não seriam mais do que extravasar o que estava sentindo.

Durante todo o caminho para o Hannay teve a impressão de ainda estar na prisão, de estar sendo vigiada e que a qualquer momento pudesse ser surpreendida por alguém.

 

— Vou esperar você tirar essa coisa que está te nublando. - Disse Beta saindo do caminho dela. - Afinal, se você se prestou a vir a consulta e voltou aos palcos deve ter interesse em estar nas melhores condições. -

 

— Sinto muito. - Disse Mirian suspirando. - Eu ... Essa cidade... Está me trazendo lembranças ruins. -

 

Não havia mentira nenhuma naquilo. Quando se aproximou da cidade sonhou com a prisão, a caminhada pela floresta a fez lembrar dos momentos na solitária da prisão, estar perdida lembrava os momentos que os corredores ficavam todos iguais e sempre atrasava-se para a revista ou alguma outra coisa e sem contar que ser roubada era algo bem comum na prisão, não havia muitos pertences pessoais que conseguia manter. Tinha certeza de não se lembrar de nada da sua noite de sono, mas não duvidava de ter sonhado com algo relacionado e apenas por milagre não lembrar.

 

— Pelo menos isso não mudou sua integridade de não ceder à chantagem, mas podia ter mudado sua personalidade pokémon, né? –

 

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Personalidade pokémon. Era uma teoria que as pessoas ligadas ao mundo pokémon tinham. Diziam que as pessoas ligadas ao mundo pokémon precisavam ter uma personalidade pokémon que o fazia destacar-se naquele mundo. Uma personalidade que os fazia serem reconhecidos pelos demais.

Treinadores, coordenadores, Mestres pokémon e qualquer outro que trabalhava ao lado de um pokémon era diferente de um humano que não estava. Ter personalidade e ser totalmente ativo não era o suficiente para manter a personalidade no mundo pokémon.

 

Na prisão as pessoas diziam que ter personalidade era próprio do ser humano. Mas, para que um pokémon o reconhecesse era necessário que ele sentisse a personalidade que nasce ao estar ao lado de um pokémon.

Todo ser humano transforma seu novo ser a cada nova experiência, seja feliz ou traumática essas coisas mudam, permanentemente as pessoas. Eu estou ao lado dos pokémon, já consegui uma ligação direta com a Audino, mas ainda não despertei essa mudança, essa personalidade. Talvez nem todos consigam. Ou talvez eu seja imune. Afinal, lutei para não deixar a prisão me mudar e consegui.

 

Mirian seguira almoçar na academia de pokémon lutadores sem Hina. Não se deu conta que deixou a menina para trás até já estar na academia e ser questionada por Allan sobre a pessoa que estava guiando-a pela cidade. Pensou em voltar e buscar a menina, mas acabou por desistir quando uma pequena apresentação de artes marciais começou e a colocou naquele transe.

Mais cedo assistira uma apresentação que parecia tão simples, mas que aos poucos foi se tornando extremamente complicada e percebeu, era uma apresentação especial e que só estava mostrando dentro do hotel porque era um deles.

 

— Drun é realmente muito bom. Vê-lo comandar seu pokémon realmente faz a gente pensar. - Comentou Allan. - Ele poderia vencer a Senhorita Sabrina se não fosse a desvantagem de tipo e o fato dele não ser uma pessoa muito racional. -

 

Mirian pouco dava atenção as falas de Allan. Enquanto os treinadores enganados na noite passada almoçavam, observavam uma demonstração batalha de pokémon lutadores que impressionava.

Ambos pokémon lutadores agiam como humanos treinados nas artes marciais, mas o mais impressionante, suas mãos brilhavam deixando rastros luminosos. Era como se tivessem poderes especiais daqueles somente vistos em filmes.

Quando o almoço finalmente terminou, assim como a batalha, a maioria dos membros do dojo conversavam os as visitas, pedindo desculpas pelo dia anterior. Allan parecia monitorar o que ocorria, como se estivesse ali para ter certeza que tudo ocorreria conforme a Senhorita Sabrina havia pedido.

 

— Como foi sua estadia no ginásio psíquico? -

 

Careca, musculoso e aparentemente de bem com a vida. Drun era uma pessoa que chamava a atenção Mirian de uma bem estranha. Ele exalava aquela essência de herói do seu corpo, mas, ao mesmo tempo, parecia o tempo todo a fim de brigar.

 

— Encontrei amigos lá. Foi bom ter ido passar a noite lá. - Disse Mirian que de repente viu a cara de convencido de que Drun fez ao entender que estava certo. - Você batalha muito bem com seu pokémon, deve ser invencível. -

 

— Infelizmente não. Invencível não existe, eu vivo só para enfrentar os mais fortes e assim vai. Não quero ser o mais forte! - Drun parou olhando Mirian que parecia não entender. - Dizem que eu teria a capacidade de vencer Sabrina e tornar este o ginásio oficial de Saffron, mas eu não quero esse emprego de líder de ginásio. Quero apenas enfrentar os mais fortes, no ginásio terei de enfrentar os fracos também. -

 

— Eu não entendo. - Diz Mirian. - Mas, acho que tem a ver com sua filosofia ou personalidade pokémon. -

 

Drun deu um sorriso para Mirian, como se concordasse com ela. Ele não sabia exatamente sobre o que ela estava falando sobre personalidade pokémon, mas tinha certeza que ele tinha.

Drun tinha ligação com seus pokémon e antes de treinador adorava lutar e isso fazia com que ele tivesse uma predileção por pokémon lutadores. Pokémon que adoravam lutar e dedicavam-se, assim como ele, a enfrentar os mais fortes que encontravam. Mas, isso deu a ele uma coisa a mais, se a pessoa não era forte para ser enfrentada, deveria ser protegida.

 

— Aquele brilho são os meus punhos da justiça. Minha personalidade emanando em meus pokémon. - Disse Drun que se aproximou um pouco mais de Mirian e murmurou. - Qualquer um pode manifestar aquela energia se descobrir quem é e pelo que lutar. Mas, não se estiver tentando resistir. Se resistir… pode ser prejudicial a você. -

 

Drun afastou-se para ir falar com outros convidados enquanto deixava Mirian questionando-se sobre como resistir poderia ser prejudicial.

 

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O hotel Hannay realmente era um hotel muito peculiar. Parecia acontecer um carnaval dentro dele, como se ali estivesse um festival a parte do que acontecia no restante de Saffron. Durante todo o ano era um hotel para executivos e seus preços afastavam qualquer pessoa que não tivesse uma conta bancária na casa dos milhões, mas nos dias do festival o quanto possuía não importava muito, apenas importava que você fosse da comunidade.

Imenso, tomava todo o quarteirão e sua fachada era toda espelhada. Havia bandeiras de várias regiões penduradas em sua fachada e havia um destaque para uma bandeira arco-íris, pendurada apenas para o festival.

 

— Eu sei o que está se perguntando. - A voz era quase que num total descaso. - Por que um hotel decide atender apenas a um nicho do mercado durante um evento que poderia arrecadar milhões? -

 

Mirian olhou para o lado dando atenção a Allan que resolvera acompanhá-la de volta até o Hannay para falar novamente com Beta. Pedir desculpas e tentar convencer sua amiga de que ainda queria ir para o palco. Entendia a posição de Beta, mas não falaria sobre a prisão ou os motivos para voltar aos palcos.

Resistiu muito na prisão para deixar as pessoas o dobrarem ou a mudarem. Não entendia como resistir

tinha certeza ainda como resistir poderia ser ruim, mas tentaria agora que estava mais calma e decidida a convencer a nutricionista de que nada revelaria e que teria de aceitar que sua privacidade teria de ser preservada.

 

— Você é convencido assim mesmo ou lê mentes? -

 

Allan sorriu como se já houvesse respondido a pergunta feita por Mirian deixando a menina confusa. Parados do outro lado da rua, enquanto aguardavam a oportunidade de atravessar, Allan parecia interessado em papear, coisa que não havia feito durante todo o percurso.

 

— O dono do hotel não é gay. Mas, sua filha era. Talvez o pai tivesse aceitado bem a situação não fosse ter descoberto a opção da filha no meio do casamento dela. - Allan ponderou. - Cinco anos depois a filha morreu num ataque homofóbico que ocorreu em Jotho em meio a um festival. Desde então ele baixa os preços de seus quartos, contrata seguranças adicionais e só aceita hospedagem da comunidade LGBT durante o festival, a fim de protegê-los ao menos nesses dias. -

 

Mirian franziu o cenho pensando sobre a proteção citada, mas então lembrou-se que a fachada estava sendo limpa pela parte da manhã e escutara comentários sobre terem sido colocados para fora de algum estabelecimento devido. Parecia que viver suas escolhas era difícil para todos que estavam naquele hotel.

 

— O jornal reportou que algumas pessoas foram parar no hospital na noite passada, após serem agredidas por nenhum motivo aparente, por pessoas encapuzadas. - Comentou Allan começando a atravessar rua. - Mas, tivemos relatos de que alguns clientes deste hotel foram vistos entrando com algumas ataduras. Vim averiguar. -

 

Allan percebeu que Mirian não o seguia. Imaginou que ela estivesse se perguntando o porquê ele averiguaria aquilo. Pensou em falar com ela, mas viu que ela correu para acompanhar a travessia, mas que passou por ele rapidamente. Aquilo foi inesperado acompanhou-a com olhos e a viu chegar do outro lado da rua.

 

— O que? - Allan parou de andar surpreso com a cena.

 

Mirian havia corrido até o outro lado e agora levantava uma pessoa pela gola da camisa, sacudindo-o e gritando coisas desconexas com ele. Allan parecia perplexo. A garota parecia frágil e indefesa, mesmo que não fosse não havia como ela levantar alguém daquele tamanho e muito menos sendo Blue.

 

— Me fala! - Mirian gritava agarrando a gola da Blusa de Blue, erguendo e pressionando-o contra a parede espelhada do hotel! - Eu te vi com a Dove! O que estava fazendo com ela? O que ela queria com você? O que ela queria? -


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Notas finais do capítulo

Devem ter percebido o episódio menor, mas acabou que precisei fazer uma pequena redução nele para o próximo episódio.



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