O Anjo Infernal escrita por Tailer Henrick


Capítulo 2
Capitulo 2 – Condenado




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Edgar acordou ainda meio zonzo, em um lugar completamente branco com apenas uma pequena casa de madeira:

— O que aconteceu? Onde estou?- Ele se perguntava assustado enquanto caminhava em direção à estranha casa de madeira, que parecia mais velha que qualquer coisa no mundo.

Quando entrou, ficou realmente abismado com o que via, pois seu interior era como um grande salão que lembrava aqueles palácios antigos que ele via em seriados americanos.

Um homem de cabelos branco, um pouco mais baixo que Edgar que media 1,70, usando um terno branco e sapatos pretos, olhos castanho, estava sentado um uma das pontas de uma gigantesca mesa que havia no centro do salão. Ao ver Edgar ele se levantou e foi em sua direção:

— Bem-vindo Edgar. Estou feliz que você tenha conseguido chegar a zona de espera dos mortos com total sucesso!

— Você tá me "zuando", né cara? Que tipo de pegadinha é essa? Cadê as câmeras?- dizia Edgar com raiva.

— Acalme-se senhor Banks, eu sei que é difícil de compreender. Deixe-me explicar do começo. O senhor esta em uma das varias zonas de espera para as almas dos mortos. O senhor foi morto por algum animal não identificado no dia 13 de setembro de 2013, e logo receberá sua sentença: descansar no céu ou passar o resto da eternidade no inferno.

— Mas que merd... – Edgar é interrompido por um som vindo de uma gaveta; um tipo de alarme.

O homem vai até uma gaveta perto da mesa e de lá tira uma prancheta:

— segundo o relatório de suas ações quando vivo, sua sentença será ir para o inferno pela eternidade. Sinto muito.

E então, depois de terminar a frase, o homem desaparece como fumaça, deixando Edgar totalmente sozinho. Sem tempo para pensar no que acabara de escutar, embaixo de seus pés se abre um alçapão, que o faz cair em escuridão total.

Mas não demorou muito para que ele visse o fim, logo o escuro buraco começou a se iluminar com uma luz avermelhada.

Edgar percebeu que já não estava mais caindo de um buraco, estava em um lugar muito mais assustador. Uma caverna gigantesca com um lago com um liquido vermelho, que se assemelhava a lava fervente; labaredas de fogo e fumaça por todos os lados; milhares de pessoas estavam dentro daquela caverna fazendo trabalho escravo enquanto agonizavam de dor fazendo uma sinfonia de grito insuportável para qualquer pessoa que tentasse ouvir e eram observados e coordenados por criaturas grotescas com chicotes ou capacetes.

No meio de um lago, Edgar percebeu que havia uma pessoa sentada em uma espécie de trono, mas não conseguia enxerga-la direito com tanta fumaça que havia em sua volta.

Então ela se levantou e começou a caminhar na direção de Edgar até parar em sua frente:

— Bem vindo Edgar, a sua nova moradia pelo resto da eternidade. – dizia o homem.

Edgar ficou surpreso com o fato de o homem saber seu nome e intrigado em como um homem de terno vermelho, com uma cartola e um tapa-olho tampando o olho direito onde havia uma cicatriz sentava em um trono praticamente no meio de um lago de lava fervente.

O homem começou a dar uma leve risada da cara de Edgar e acenou para que ele o seguisse. Enquanto andavam, ele começou a falar:

—Vamos lá, primeiramente, me chame de Daniel, apesar de muitos me conhecerem com Capeta ou Lúcifer, não se tem mais o impacto nas pessoas como antigamente e como não estou mais no céu não tenho obrigação de continuar com qualquer nome que não me agrade. Tudo que eu tenho para te falar não é do meu agrado, mas ainda tenho que seguir certas regras criadas por Ele pelo bem do equilíbrio cósmico – Daniel falava de Deus, com grande insatisfação por ainda seguir alguma regra que não o beneficiava.

—Daniel? Que nome estranho pra você... Não tem um melhor não? Sei lá, algo novo, sem deixar a essência de poder do seu antigo eu. Algo como... Lúcio.

— Quem você pensa que é para achar pode chegar aqui e mudar o meu nome...

— Está decidido então! Lúcio. Muito mais a sua cara que Daniel.

— Por que só eu tenho que lidar com esse tipinho de gente? Enfim... Não concordo com tudo que vou lhe dizer, mas são as regras, e até eu tenho que seguir algumas delas.

Enquanto andavam, Edgar percebia que as pessoas que estavam ali imploravam por ajuda, e aquele homem passava por ela como se não houvesse ninguém ali.

— Você sabia que Ele vê todos os vivos e todos os mortos, mas não consegue ver os meus servos por aqui, inclusive eu? Sabe como é privacidade é primordial para mim, então criei uma coisa para que ninguém me veja, só por precaução, mas ela está em fase de teste no mercado negro porque não dura o quanto devia... E como ele não vigia tanto as almas por aqui...

— Espera! O que eu tenho a ver com tudo isso?

— Alguém pegou esse poção e a usou, e desconfio que tenha sido um dos servos meio instáveis das planícies, porque nem Deus previa sua morte tão cedo.

“Então eu vou poder voltar à vida?” Edgar pensou por um momento, mesmo achando que tudo aquilo poderia ser uma brincadeira muito bem elaborada dos colegas de sua classe, mas decidiu não falar nada.

—Claro que não! Uma vez morto sempre morto - disse Lúcio interrompendo seu raciocínio.

— Você estava lendo minha mente?

— É claro... Fica mais fácil de falar com você se não precisar ouvir sua voz.

— Mas se não posso voltar, de que me adianta saber a causa da minha “morte”? – Edgar fazia sinal de aspas com as mãos

— E quem disse que você sabe moleque? Enfim... Por causa do ocorrido, o conselho dos mortos junto com o purgatório decidiu lhe dar uma chance de pelo menos ir para o céu e se redimir pela péssima pessoa que você foi quando estava vivo. Se você fizer sua missão, que será: Encontrar quatro almas que não encontraram o caminha para o além, ou para cá, descobri o por que elas não encontraram e enviá-las em um mês, poderá ir para o céu.

— UM MÊS? COMO EU VOU ENCONTRAR TODOS EM TÃO POUCO TEMPO?

— Isso é problema seu, mas me enviaram alguns papeis com algumas informações que podem te ajudar...

—Mas como foi levá-las para o além ou pra cá? O que é o além?

—Nossa como você gosta de fazer perguntas... Moleque chato.

Lúcio foi até uma gaveta do lado de seu trono e de lá pegou algumas folhas um pouco queimada e entregou a Edgar.

—Bom já tem tudo o que precisa agora suma daqui e só volte quando tiver falhado.

Então Lúcio, as almas implorando por ajuda, a lava, tudo começou a se distorcer e desaparecer, e Edgar voltou à escuridão.


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Notas finais do capítulo

espero que vocês tenham gostado do capitulo (com um tamanho bem mais decente que o primeiro)
se acharem algum erros de ortografia me avisem nos comentários



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