O Anjo Infernal escrita por Tailer Henrick


Capítulo 3
Capitulo 3 – devagar vai




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Edgar se deparou com uma estrada ao acordar. De um lado, a cidade com seus prédios todos iluminados na escuridão da noite. Do outro, uma das praias mais famosas da cidade:

— Já esta de noite? Não era nem meio dia quando sai do colégio. Como vou achar essas almas numa cidade tão grande?

Começou a andar em direção à praia, que não tinha nada mais que pudesse fazer a não ser procurar as tais almas.

Quando chegou a praia percebeu que todas as pessoas que estavam lá estavam com uma aparência estranha, como se ele pudesse ver através delas. Muitas estavam com roupas completamente inadequadas para se estar em uma praia como jaquetas de couro ou vestidos dos anos cinquenta.

Um cara alto, de cabelos brancos, sem camisa deixando os músculos do tronco a mostra e uma calça roxa logo percebeu a presença de Edgar quando ele começou a se aproximar das pessoas da praia:

— E ai Brow, “vamo” pegar umas ondas, ou umas gatinhas. Bem vindo a um dos paraísos dessa cidade, perdendo só pra a Praia do Norte. - disse o cara sorrindo e colocando o braço em volta do ombro de Edgar.

— Em que praia estamos? Quem é você? Quem você pensa que é pra vir com essa intimidade pra cima de mim?

— calma mano... A gente tá na praia do leste, e eu me chamo Joey e...

— Na verdade se chama Josefino, mais ele acha o próprio nome feio, então criou esse apelido besta. – diz uma mulher ruiva interrompendo Joey e o deixando com raiva por contar seu verdadeiro nome.

— E você quem é? – pergunta Edgar intrigado com a moça que usa uma blusa vermelha de alça e um short jeans.

— Essa é Jullie, minha namorada!

— Te digo isso a mais de cem anos: não sou sua, muito menos namorada!

— Como assim mais de cem anos? Quantos anos vocês tem?

— Bom... Eu tinha 19 anos quando morri de... Do que eu morri mesmo amor?

— 1º eu não sou seu amor. 2º ninguém sabe como você morreu, ou como alguma alma aqui morreu... Por isso estamos presos. E calma garoto, é uma forma de dizer. Faz cinco anos mais ou menos que eu morri pelo tempo que estou vagando pela cidade, mas já fazia um tempinho que eu estava morta quando comecei a contar. Eu tinha 21 quanto morri, só sei que foi em algum tipo de acidente grave que me deixou desse jeito, mas já me acostumei... E graças a essa “dica”, estou mais pra lá do que pra cá.

Sem entender muito bem, Edgar analisou Jullie, mas não viu nada de diferente em seu corpo.

— Que dica? Não vejo nada diferente em você.

— É que eu uso uma poção de normalização. É ilegal, mas ninguém precisa me ver como realmente sou. Sou um fantasma incompleto, ou seja, vim sem um pedaço da alma. Que no caso são minhas pernas.

— Isso é algo que eu realmente não quero ver. Mas tenho que cumprir a tal missão. Bom já que o único jeito é fazer essa droga, vamos termina ela logo... Alguém achou uns papeis com uns nomes e umas fotos?

— Seriam esses saindo do bolso da sua calça, parça?

— Esses mesmo, valeu. Alguém conhece um tal de Dante?

— Você deve estar procurando o Antônio... Não entendo por que ninguém quer assumir o próprio nome. Isso pode ajudar a ir pro além. – dizia Jullie cruzando os braços.

— Mais onde esta esse cara? E como alguém vai pro além?

— Você não vai achar ele aqui não Brow, ele foi pra Praia do Norte há dias... E o além é um troço misterioso que ninguém manja tá ligado?

— QUE DROGA! Vou demora horas só pra chagar lá...

— Horas? Gato... Os fantasmas não se movem como os humanos... Nos movemos muito mais devagar. Coisas que demorariam alguns minutos levamos varias horas para fazer estando mortos. E é melhor ir logo porque já está amanhecendo.

— Não brinca?! Não tem um jeito da gente se mover mais rápido pela cidade?

— Tem sim. Existem passagens subterrâneas que nos ajudam a chegar aos lugares mais rápidos... Mais os poucos que conseguiram achar alguma das entradas pros tuneis nunca mais foram vistos.

— Ou seja, não tem como eu ir mais rápido.

— E é melhor você tomar cuidado com os humanos, alguns têm muito mais facilidade para nos ver que outros.

— Então tenho que atravessar a cidade cheia de pessoas sem ser visto... Muito fácil. – Edgar usava seu sarcasmo quase involuntariamente.

— E não é?! Temos que ir Josefino antes que os humanos cheguem, e você também deveria ir Edgar.

— Já disse pra você não me chagar de Josefino Jullie!

Então Edgar deixa Joey e Jullie discutindo e parte para dentro da cidade em busca de Dante e as outras almas que terá que ajudar.

No meu ponto de vista de narrador, isso não vai ser uma boa ideia... Mas como ninguém quer saber minha opinião vamos continuar apenas contando os fatos da fatídica aventura do Escolhido para salvar o mundo de uma catástrofe eminente.


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Notas finais do capítulo

algum erro ortográfico? me avisa nos comentários
me contem o que estão achando e o que esperam da historia
até a próxima ;)



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