Boy Love Boy escrita por Ikary3000


Capítulo 28
28º Capítulo - De Frente com o mal




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Eu estava muito feliz por ter voltado para casa, Bruno estava mais ainda, a única coisa que eu queria é ficar ao lado dele e difícil de acreditar que muitas coisas estão mudando, talvez agora tudo vá dar certo.

Fui à lanchonete encontrar a minha mãe, eu estava sentado numa mesa que fica no fundo da lanchonete para não chamar muito a atenção, por incrível que parece eu achei estranho ate agora eu ainda não ter encontrado com Rodrigo, mas como ele ainda não sabe que eu voltei e quando souber ele vai querer fazer alguma coisa.

Minha mãe demorou um pouco para chegar a lanchonete, eu achei estranho, geralmente ela é sempre pontual.

— Bom dia mãe.

Minha mãe me abraçou.

— Bom dia Gabriel, eu estou feliz que você tem voltado, quando você ligou para mim que tinha voltado, eu fique sem palavra na hora. Seu pai queria saber o que aconteceu, mas eu disse outra coisa para ele.

— Mãe, o mais importante é que Rodrigo, não pode saber que eu voltei.

Ela fez aquela cara de sempre, ela queria entender o que estava acontecendo, mas eu não sei se teria coragem de contar para ela a verdade, o que realmente estava acontecendo, mas acho que essa é hora de eu contar.

— Mãe, isto é uma longa historia. Mas seria bom você saber o que aconteceu, bem quando o Rodrigo veio ficar aquele tempo em casa, eu e ele tivemos um pequeno caso. Eu gostava muito do Rodrigo e depois que ele foi embora eu sofri muito, mas quando eu consegui superar as marcas que ele havia deixado, ele apareceu e começou aquela confusão entre eu e Bruno.

Eu não sei como tive coragem de contar isto para ela.

Ela me olhava com aquele olhar vidrado.

— Entendo meu filho, mas por que você não contou antes, quem sabe talvez as coisas tivesse sido diferente.

— Eu não sei se seria diferente, você viu como o pai me tratou, vai saber o que ele pode ser capaz de fazer quando souber que eu e você estamos nós encontrando.

— Pode ficar calmo, meu filho seu pai nunca vai saber.

— O que eu nunca vou ficar sabendo?

Escutei uma voz familiar, eu olhei para trás e vi quem estava parado, era o meu pai.

— Então esse é o encontro que suas amigas estavam promovendo. Encontrar com a aberração.

— Não fale assim do seu filho.

— Ele não é meu filho e nunca foi. Você acha que eu tenho um filho viado.

Meu pai segurou a minha mãe pelo braço e estava machucando ela.

— Solta ela.

— Gabriel. Tudo bem deixa que eu e seu pai nos aceitarmos.

— Mãe, eu não vou o deixar fazer o que ele quer. Sabe. Eu já cansei de tudo isso. Naquele dia eu não falei nada para você, mas hoje você vai escutar mesmo. Eu não sei qual é o seu problema. Será que é difícil acreditar no que eu sou e daí eu sou gay mesmo, eu não estou ligando para o que você vai fazer ou dizer, mas se você fiz alguma coisa contra a minha mãe, eu não posso garantir nada.

Dei um soco no pai, que caiu em cima de algumas mesas.

— Criou coragem.

— Eu sempre vive de acordo com a suas regras, sempre fui o filho perfeito, mas na hora que eu precisei de ajuda, você simplesmente me expulsou de casa como se eu fosse um lixo qualquer.

O meu pai olhava vidrado para mim, talvez era a raiva que estava em seu peito, eu fiz ele escutar tudo o que estava em meu peito, eu sentia aquele peso que eu carregava sendo lentamente ficando leve, esse era o momento para mostrar quem eu realmente sou.

— Você vai ficar de qual lado? Eu que sou seu marido ou esse garoto?

Olhei para minha e fiz sinal para ela ficar com o meu pai, eu não queria que ele brigasse por minha causa.

— Querido, eu vou ficar do seu lado. Mas isso não signifique que vou deixar de ver o meu filho. Ele não é nosso filho de sangue, mas foi criado como se fosse.

— Faça como você quiser, eu não posso impedir suas escolhas. Mas depois não vai se arrepender das suas escolhas.

O meu pai saiu da lanchonete, mas eu sentia que ele não estaria contente. Mas eu fico feliz que tudo tenha dado certo por enquanto.

Minha mãe me abraçava de felicidade, mas eu olhei para o outro lado da rua e lá estava ele parado me olhando vidrado.

Rodrigo.

Acordei de repente no meio da noite, eu estava deitado ao lado de Bruno, ele dormia tranquilamente, olhei no relógio ainda era uma hora da manhã, eu estava com aquela sensação de algo iria acontecer.

Lembrei de como Rodrigo me olhava ontem a tarde, ele estava com olhar vidrado de raiva, eu não sei o que ele esta planejando, mas talvez ele tem algumas coisas a ver com o fato do meu pai aparecer ontem na lanchonete.

— Aconteceu alguma coisa Gabriel, acorda essa hora?

— Eu estou sem sono. Desculpa me ter acordado você.

 Voltei para a cama e deitei. Bruno me abraçou fortemente e eu pude sentir o seu calor, eu me sentia protegido entre o seu braço, é algo tão confortável, perto de Bruno, todos os meus medos se dissipavam, era como se ali eu tivesse em uma fortaleza.

Mais um dia corrido em casa, todo mundo já estava de pé. Bruno estava com aquela cara de sono, talvez ele tenha ficado preocupado à noite e não consegui dormir direito por minha causa.

— Ontem, eu fui ver a minha mãe e o meu pai apareceu na hora e aconteceu uma confusão na lanchonete.

— Mas como o seu pai sabia que você iriam se encontrar lá?

— Eu não sei Bruno, talvez alguém tenha falado para eu e ela estávamos na lanchonete.

Bruno olhou com aquele olhar de talvez ele saiba que foi, mas eu também já sabia de quem poderia se tratar.

Rodrigo desde quando ele voltou, já mostrou que tem objetivo de separar eu e Bruno. Mas eu não vou deixar isto acontecer, vou mostrar para ele que o laço que nós unimos é mais forte que as coisas que ele pode fazer.

— Bem, eu vou indo trabalhar, ate mais tarde Bruno.

Beije Bruno antes de sair e fui trabalhar.

Como sempre o meu serviço esta aquela mesma coisa, mas eu me divertia muito com as confusões que eles faziam, o pessoal ficou super feliz em me ver de novo.

No caminho de casa, eu estava pensando em muitas coisas, eu estava querendo achar uma forma de conseguir tentar resolver as coisas com o meu pai, apesar de tudo o que ele fez e me disse ele ainda é meu pai.

— Gabriel. Gabriel. Gabriel. Gabriel o sonhador.

— O que você quer aqui?

Eu virei para trás e ali estava ele, com aquele jeito arrogante de falar e com aquele olhar sinistro de alguma coisa vai acontecer.

— Nossa é desse jeito que você fala comigo. Eu pensei que você tivesse um pingo de consideração com a única pessoa que te ama realmente.

— Rodrigo, quando você vai entender que as coisas mudaram, eu não sou mais aquele garotinho que você conheceu, eu mudei nesses últimos anos.

— Tem coisa que o tempo muda, mas outra não. Você só fingir o que o realmente quer, eu conheço você Gabriel, tão intimamente, quanto você mesmo se conhece. Sei da suas historias, sei das coisas que você andou fazendo nesse tempo que eu estive fora. Mas será que não esta na hora de acabar com esse seu teatrinho.

— Isso não é teatrinho. Você pode ter escutado tudo o que eu fiz, mas eu fiz aquilo por que eu não queria me sentir sozinho, eu queria ter alguma coisa para em apegar e esquecer as marcas que você deixou. Eu achava que eu não teria salvação, eu passei muito tempo esperando você voltar, foi quando eu finalmente encontrei uma luz no final do túnel, eu conheci Bruno e vi que eu poderia recomeçar tudo e concertar os meus erros. Eu amo Bruno, por que ele me mostrou como realmente e o mundo, ele me livrou daquela prisão que você me havia aprisionado.

— Você vai mudar de idéia, acho que você precisa passar um tempo para entender, que eu sou a única pessoa que pode te libertar dessa sua gaiola.

O que aconteceu foi tudo rápido, eu senti alguém me segurar por trás, me seguraram com força e colocaram algumas coisas na minha cara e simplesmente apaguei.


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