Namorado de Aluguel escrita por Ciin Smoak


Capítulo 23
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas lindas da minha vida, eu voltei viu? kkkkkkkk
Me perdoem pela demora, eu prometi que postaria rápido, mas fiquei enrolada com o epílogo da minha outra fic, agora que ela está oficialmente acabada vou poder me dedicar totalmente a Namorado de aluguel e a partir de agora teremos um cap novo todo sábado ok? Isso mesmo, guardem uma horinha do sábado na agenda de vocês pra fic ta!!!



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A mãe do Jace bebia um cappuccino enquanto eu bebericava um chá. O clima estava estranho, muito estranho, a presença dela não era desagradável, muito pelo contrário, mas eu estava tão nervosa que poderia vomitar a qualquer momento.

—Então querida, você e o meu filho se conheceram no dia do baile certo? –Tive que me segurar pra não cuspir o chá na cara da mulher e respirei fundo antes de responder. –Sim, nos conhecemos lá. Eu o vi parado dentro do carro quando o meu namorado me largou. –Sra. Lightwood apenas assentiu e eu pude perceber que ela já sabia da história toda.

Isso também significava que ela sabia sobre as minhas mentiras, certo? Desde o momento em que passei por aquela porta estava esperando o olhar de desgosto que ela me lançaria quando percebesse que a “namorada” do seu filho era uma mentirosa, mas ela nada mais fazia do que me lançar um olhar fraterno e cheio de carinho.

—Sei que as coisas entre você e meu menino não começaram do jeito certo, você mentiu e se fosse em uma outra situação eu não aprovaria que meu filho namorasse uma pessoa assim, mas ele já havia me falado antes sobre você e a conhecendo pessoalmente agora posso ver que Jace estava certo quando disse que você era especial. Desde que Camille e Raphael fizeram aquilo, eu e Robert achamos que nunca mais veríamos o nosso filho sorrir, ele evitava ficar conosco nas refeições, passava a maior parte do tempo no quarto e quando sorria era claro como água que não passava de uma farsa, ele estava fingindo que estava bem, mas só estava enganando a sim mesmo porque eu via e sofria todos os dias o vendo daquela forma, já estava perdendo as esperanças até que algo aconteceu.

Eu estava tão concentrada em suas palavras que não percebi que já havia engolido todo o chá, ela parou por um momento e me serviu novamente, depois disso voltou a sua posição elegante e eu vi seus olhos brilharem.

—Você Clary, você aconteceu. Lembro-me como se fosse ontem, Jace saiu de casa e levou Isabelle pro baile, ele parecia o mesmo de sempre, calado e com um olhar perdido e consegue imaginar a minha surpresa quando o meu filho chegou em casa, subiu as escadas correndo e alguns minutos depois apareceu me pedindo pra dar um nó na sua gravata. Eu não estava entendendo nada, mas fiquei feliz quando vi que um pouquinho daquele brilho natural que ele sempre teve nos olhos estava ali, bem no fundo, quase que escondido, mas eu conseguia enxergar. Os dias foram passando e passando e o brilho parecia aumentar, logo o meu filho estampava dois sóis no rosto e eu poderia chorar de emoção ao vê-lo assim novamente.

Eu mal conseguia respirar, saber que eu tinha esse efeito sobre o Jace estava conseguindo me atordoar tremendamente, ela parou apenas para tomar um gole do seu café e continuou:

—Eu logo desconfiei que ele estivesse apaixonado e no dia em que o questionei sobre isso pude respirar aliviada novamente, acho que nunca vou me esquecer do sorriso no rosto do meu filho quando ele me disse “O nome dela é Clary e ela é a garota mais incrível que eu já conheci”, naquele momento mesmo sem a conhecer, eu já te amava como uma filha, porque você fez o meu menino sorrir de novo e eu sempre serei grata por isso. Eu estava ansiosa pra conhecê-la, mas depois de alguns dias o brilho nos olhos dele se apagou de novo e ele nem queria comer, foi pior que da última vez, eu não sabia o que estava acontecendo e sempre que tentava conversar, ele se esquivava. Ontem meu filho finalmente me contou tudo e eu posso entender o sofrimento dele, ele realmente sentiu a sua falta.

Meus olhos estavam marejados e eu me sentia prestes a chorar.

—Senhora Lightwood eu sinto muito mesmo por... –Ela segurou em minha mão e me interrompeu. –Não sinta querida, eu pude entender o sofrimento dele, mas posso entender o seu também e não a culpo de maneira nenhuma por ter se afastado, acho que no seu lugar eu teria feito à mesma coisa. Vocês dois fizeram escolhas que não foram muito sensatas, mas ele te ama e foi atrás de você e se você está aqui, quer dizer que o ama também. –Eu estava cansada de negar, então concordei. –Sim, com todo o meu coração.

Ela sorriu e voltou a afagar a minha mão, a mãe de Jace exalava um conforto maternal e eu me sentia acolhida e feliz.

—Clary?

Olhei pra trás e me deparei com Jace, ele ainda vestia um pijama, mas já havia passado pelo banheiro, pois seu cabelo estava penteado e o rosto ainda trazia algumas gotículas de água. Ele parecia espantado e seu olhar alternava entre o meu rosto, o rosto da sua mãe e as nossas mãos entrelaçadas. Dei um sorriso sem graça e soltei a minha mão.

—Bom dia Jace. –Ele parecia confuso, mas feliz com a cena a sua frente.

—Querido, por que não leva a Clary pra sala de música? Acho que vocês vão poder conversar a vontade lá. –Jace pareceu despertar do transe e concordou com a cabeça, eu me levantei e a mãe dele fez o mesmo, ela me pegou de surpresa quando me puxou para um abraço, mas eu prontamente retribuí. –Obrigada por tudo senhora Lightwood. –Eu sussurrei em seu ouvido e ela me apertou um pouco mais. –Eu que agradeço, agora vá lá e se resolva com o meu garoto.

Nos soltamos e eu caminhei em direção ao loiro, ele sorria genuinamente feliz com a cena a sua frente e pegou a minha mão para me levar a tal sala de música, percebi que ele ficou assustado com o gesto e vi que Jace me olhou de soslaio com medo da minha reação, mas eu apenas retribui o aperto e pude ouvi-lo suspirando aliviado. Caminhamos calmamente por alguns corredores e quando entramos na sala de música a primeira coisa que roubou a minha atenção foi um piano de cauda maravilhoso, eu não sabia tocar nenhuma nota, mas o instrumento era tão lindo que me tirava o fôlego. Jace soltou a minha mão e eu automaticamente senti falta do calor que ele emanava do seu corpo pro meu.

—Então...

—Então...

Nós dois falamos ao mesmo tempo e nos olhamos sem graça, àquela situação inteira era muito surreal.

—Éééééééér, me desculpe por vir tão cedo sem avisar, eu sei que disse que mandaria uma mensagem, mas só depois fui me lembrar que a sua irmã ainda estava com o meu celular. –Jace apenas anuiu com a cabeça e se sentou no sofá bege que ficava no canto da sala dando tapinhas no lugar ao seu lado logo em seguida. Eu o segui e me sentei ao seu lado mantendo uma distancia segura, não confiava em mim mesma quando estava muito perto dele.

—Minha mãe gostou de você sabe? Tipo, muito mesmo. –Eu sorri ao escutar aquilo e me aconcheguei melhor no sofá. –Eu também gostei muito dela, sua mãe é muito legal. –Jace sorriu ao ouvir aquilo e olhou no fundo dos meus olhos. –Eu levei um susto quando te vi lá, mas depois percebi o quanto eu queria... –Ele desviou os olhos dos meus e percebi seu rosto ruborizando levemente, Jace estava com vergonha, mas de que? –O que você queria? Pode me falar Jace. –O loiro voltou a olhar nos meus olhos e tentei encoraja-lo com o meu olhar, ele respirou fundo e em um gesto automático sua mão começou a brincar com a minha. –Eu queria mais daquilo, você tomando café na minha casa, abraçando minha mãe, fazendo parte da família.

Foi a minha vez de respirar fundo, eu não sabia o que dizer, também queria fazer parte daquilo, da família dele. Queria estar com ele, hoje e sempre. Acabei optando por ficar calada e o silêncio se instaurou no recinto por alguns minutos.

Senti Jace aproximando o seu corpo do meu e vi o quanto ele estava tenso, sua voz não passava de um sussurro.

—Clary, me perdoa por não ter ficado do seu lado naquele dia. –Eu sorri pra ele e percebi que a mágoa que estava no meu coração já havia ido embora há muito tempo. –Tudo bem, ele era seu melhor amigo. Me perdoa por ter sido hipócrita, eu não me coloquei no seu lugar. –Ele parecia confuso com a minha reação e eu percebi que ele ainda estava se culpando. –Não, a culpa foi minha, eu deveria ter conversado com você, deveria ter percebido a mentira do Jordan, não deveria ter te deixado sair do meu carro, eu não deveria ter feito muitas coisas. –Me magoava vê-lo sofrendo tanto, a culpa não era dele e agora eu entendia isso. –Hey, nós fomos dois idiotas ok? Mas não quero que você fique se culpando desse jeito, já passou.

Jace sorriu e encostou sua testa na minha.

—Soube que as suas amigas descobriram tudo, eu sinto muito. –Abri um largo sorriso e aproveitei essa proximidade dos nossos corpos. –Não sinta, eu não sinto. Me machucou o jeito que elas descobriram, mas ao contrário do que eu pensava, elas não estão me fazendo falta, na verdade é um alivio poder ser eu mesma, embora eu ainda tenha que acertar muitas contas com a Aline. –Jace me lançou um sorriso triste e eu o encarei confusa. –Me desculpa, eu queria ter estado do seu lado quando isso aconteceu, te ajudando a enfrentar a  Aline e toda a situação. –Parei de brincar com os seus dedos e entrelacei nossas mãos de vez, ele prontamente retribui o aperto. –E mais uma vez, você não precisa se desculpar. Até porque isso era e é uma coisa que eu tenho que encarar sozinha, não posso ficar tendo alguém pra defender pelo resto da vida, tenho que enfrentar as coisas de frente, mas não me importaria se tivesse alguém pra me abraçar no final do dia.

Jace suspirou e me puxou pela cintura colando os nossos corpos o máximo que a nossa posição permitia. –Eu posso ser essa pessoa! –Ele sussurrou no meu ouvido e eu o respondi da mesma forma. –Eu gostaria muito que você fosse essa pessoa.

Jace então me abraçou e Deus como eu senti falta desse abraço, passei os braços pelo seu pescoço e o apertei o máximo que podia, estar com ele me passava uma segurança que eu não sentia em nenhum outro lugar e finalmente meu coração parecia bater no ritmo certo. Ficamos assim por um bom tempo até que ele se afastou e me puxou pro seu colo, eu não hesitei e fui de bom grado e quando estava devidamente sentada em cima dele pude sentir o aperto em minha cintura aumentar consideravelmente.

Voltamos a nos abraçar e Jace suspirou em meus cabelos. –Eu senti tanto a sua falta, você não tem ideia. –Sorri contra o seu pescoço e depositei um beijo lá. –Pode apostar eu sei como você se sentiu, senti sua falta com a mesma intensidade.

Jace voltou a encostar a testa na minha e fechou os olhos por alguns segundos, eu fiquei apreciando cada detalhe do seu rosto e meu coração sofreu um solavanco quando ele abriu os olhos e pude enxergar um amor gigante estampado neles. O loiro me apertou um pouco mais e deixou sua boa a centímetros da minha.

—Não sei o que mais posso lhe dizer, a não ser que eu consigo me imaginar passando o resto da minha vida ao seu lado. Sei que isso parece uma coisa louca, mas nunca tive tanta certeza a respeito de alguma coisa em minha vida. E, se você me der uma chance - se você nos der uma chance -, vou viver o resto da minha vida provando a você que tomei a decisão certa. –Meus olhos ficaram marejados e sorri ao constatar que a frase era do livro A Escolha, do Nicholas Sparks, eu já havia comentado com ele que aquele era um dos meus livros favoritos. Sabia que esse era o jeito dele de se desculpar completamente e de demonstrar a intensidade dos seus sentimentos por mim, então apenas grudei minha boca na sua e completei a frase. -Eu amo você. Não somente por ser quem você é, mas pela maneira que você me faz pensar no que nós podemos ser.

Jace fechou os olhos e eu fiz o mesmo, me entregando assim aos meus outros sentidos, logo senti seus lábios pressionando os meus de uma forma delicada e fiquei extremamente satisfeita com isso, sentia falta dele, de cada pedaço dele, uma falta tão grande que me doía fisicamente. Ele pediu passagem com a língua e eu não hesitei em ceder, estava ansiosa por aquilo.

O aperto em minha cintura aumentou mais ainda e pude sentir suas mãos em contato direto com a minha pele quando a blusa subiu um pouco, eu subi as mãos para os seus cabelos e dei um leve aperto ali, ele correspondeu mordendo o meu lábio inferior e isso fez com que uma carga elétrica gigante percorresse o meu corpo. Apertei sua cintura com as minhas pernas e Jace começou a adentar a minha blusa, quando suas mãos já estavam em cima do feixe do meu sutiã escutamos um pigarro e eu pulei do seu colo rapidamente.

Isabelle nos encarava enquanto segurava o riso, até que não aguentou mais e começou a dar pulinhos de alegria.

—Finalmente, finalmente, finalmente. Obrigada meu Deus, finalmente vocês deixaram de ser duas bestas quadradas e resolveram se acertar, não aguentava mais esse drama de novela mexicana. –Revirei os olhos pra ela e ajeitei a minha blusa, meu coração estava acelerado devido ao susto e isso combinado com a palhaçada da noite anterior, bem digamos que eu poderia mata-la agora.

—Se eu fosse você ficaria calada, ainda mais depois do que me aprontou ontem, a proposito cadê o meu celular? –Ela sorriu mais abertamente ainda e me entregou o telefone, na mesma hora ele vibrou e vi que havia acabado de receber uma mensagem do meu irmão.

—Você sabe que isso vai ter troco né Lightwood?

—Aham, como se você fosse capaz Fray.

Desisti de tentar discutir com ela e abri a mensagem do meu irmão.

“Ei maninha, vou ganhar um dia de folga aqui e sexta feira vou pra casa, vai ser rápido já que domingo cedo eu tenho que voltar, mas pelo menos vai dar pra gente fazer algo legal.”

—Vou deixar o casalzinho sensação aí, nos vemos depois.

Acompanhei com o olhar a morena saindo da sala e sorri maliciosamente, Jace se aproximou de mim e me abraçou pelas costas.

—Que cara é essa?

Não respondi, apenas voltei os olhos pra mensagem no meu celular, não teria problema realizar uma vingança do bem, teria?

Me aguarde Isabelle, me aguarde!


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Notas finais do capítulo

Aleluia Senhooooooor, eu posso ouvir um amém? kkkkkkkkkkk
Finalmente esses dois resolveram se acertar, acho que todos os leitores estão dando pulinhos agora né?
A Clary vai dar o troco na Isabelle? O que será em? Alguém disse Sizzy (não fui eu) por aí? Huuuuuuuuuuuuuum...A fic está oficialmente entrando em reta final minhas amoras, provavelmente ela terá no máximo mais um cinco caps e aí teremos que dizer adeus a Namorado de Aluguel!
Até sábado,
xoxoxoxoxoxoxoxoxo!!!!