Japanese Life escrita por Nicoleta


Capítulo 13
Walking and Talking


Notas iniciais do capítulo

Dei uma sumida e queria dizer que hibernei.
Se houver alguma alma viva por aqui, façam favor de me dizer. Kkk
Comentem para eu saber se alguém ainda acompanha a história e claro, se quiserem dar alguma sugestao ou apenas dizer o que acharam do cap.

Bjs de luz

~Nicky ♡



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 — E então, gostaram? – perguntou o meu avô com um belíssimo sorriso no rosto.

— Foi um ótimo almoço. – retorqui alegre.

— Eu que o diga! – respondeu a minha mãe colocando a mão na barriga. – Estou mais cheia que um balão de hélio.

— Espero que não comece a voar, Tia!! – disse a Momo, enquanto ria.

— Realmente… Cuidado, filha. – disse a avó num tom sério, mas claramente debochando da Mamy.

— Vocês são mesmo engraçados. - acrescentou a minha mãe revirando os olhos, mas não deixando o seu maravilhoso sorriso de lado.

— É… concordo, Mamy. Somos uma família mesmo engraçada. – disse eu, dando-lhe um abraço de lado.

Ela colocou um braço envolta dos meus ombros e deu-me um beijo na testa.

— Pois somos, Bunny, mas eu também não poderia desejar família melhor. – disse a minha Mamy feliz.

A Momo juntou-se a nós e abraçou a minha mãe também.

— Awn, Tia. Que fofa!! – exclamou a Momo, envolvida naquela atmosfera de felicidade que criáramos.

Todos sorrimos. Realmente, não poderia desejar melhor família.

Ok, isto pareceu uma cena saída de um filme e foi um tanto clichê, mas são estas situações que nos aquecem o coração. Depois deste momento de “família super feliz a fazer publicidade à margarina”, decidimos que retornaríamos a casa pelo caminho mais longo, para aproveitar as vistas da cidade e, desta forma, pôr a conversa em dia.

A minha mãe acabou por se desprender daquele abraço e foi para mais perto dos avós, enquanto eu e a Momo caminhávamos lado a lado.

Durante um curto tempo, apenas andamos, olhando à nossa volta e vendo os adultos conversar. Mas após esse pequeno tempo, a Momo decidiu tomar a iniciativa e iniciar uma conversa.

— Hey, Bryan. – chamou-me a minha doce priminha.

— Sim..? – respondi eu, a fim dela continuar o que ia dizer.

— Estás a gostar de estar aqui? – perguntou virando-se para mim, ainda que estivesse a caminhar.

— Uhum. Nagoia é uma cidade fantástica pelo que vi até agora. – disse eu, com a maior espontaneidade e apenas deixando as palavras fluírem.

— Ah sim, é mesmo… - concordou ela, colocando em seguida uma mecha de cabelo atrás da orelha e dando um pequeno suspiro.

Eu olhava-a de relance. Estava claro que me queria perguntar mais coisas. Talvez a Momo não conseguisse encontrar as palavras para expressar o que queria dizer.

Sendo assim, decidi que seria eu a perguntar-lhe o que queria saber. Até porque algumas questões haviam ficado pendentes. Tentei lembrar-me de algumas e a primeira que me viera à cabeça era a tal carta que a Momo havia recebido.

— Hm… Momo, e sobre aquela carta de mais cedo..?

Ela parou de andar e encarou-me um tanto perplexa. Naquele instante parei de caminhar também. A Momo acabou por desviar o olhar de mim e começou a fitar o chão, recomeçando a caminhada.

— O que tem a carta? – perguntou ela com certa rispidez.

— É precisamente o que eu gostaria de saber. – rapidamente lhe respondi. – O que estava escrito nessa carta, Momo?

Ela voltou a suspirar. Deu para entender que aquilo a aborrecia, mas eu iria continuar a insistir, pois queria mesmo saber.

— Bem… Aquela carta era dos meus pais… - começou por dizer.

Eu deixei-a continuar sem interromper.

— E eu li apenas uma parte… Não consegui terminá-la. – disse tristemente. – Esperava boas notícias, mas não me parece que seja isso que vá acontecer.

— Mas não disseste que leste só uma parte? Pode ser que eles apenas tenham começado por dizer a “má notícia” para depois teres uma boa para ler. Não achas? – questionei, virando-me para ela e dando-lhe um fraco sorriso.

Ela retribuiu-o.

— Acho que deves ter razão, Bryan… Talvez me tenha precipitado. – disse a minha priminha, continuando a fitar o chão.

— Hey, Momo – parei e segurei-a pelos ombros, ficando à sua frente – Olha para mim quando estou a conversar contigo. – encarei-a.

Ela levantou o olhar e olhou diretamente nos meus olhos, sorrindo. Eu já sabia o que estava por vir.

— Oh… Mas olhem só, o nosso pequeno Bunny precisa de muita mais atenção do que eu pensava… - disse ela e riu.

Revirei os olhos. Eu sabia que ela aproveitaria para fazer uma dessas brincadeiras mal se animasse.

— Oh… Não fiques assim, Bunny Fofo. A tua maravilhosa priminha irá dar-te toda a atenção que precisares. – continuou, ainda brincando e tocou na ponta do meu nariz com o seu indicador.

Voltei a revirar os olhos. A Momo não perde uma, mas até tem a sua graça. Decidi jogar com a mesma moeda.

— Bem, devo admitir, realmente preciso de muita atenção da minha “maravilhosa” prima. Será que ela faria o favor de me presentear com tal coisa? – aproximei o meu rosto do dela.

— Ah, sim? – ela perguntou ainda debochando.

— Yup. E é por isso que vais ter que continuar a responder a tudo o que te perguntar. – disse e afastei-me dela tirando as minhas mãos dos seus ombros.

— E o que ganho em troca? – falou cruzando os braços.

Voltei a aproximar-me dela e comecei a fazer-lhe cócegas. Não pensei que funcionasse, mas parece que ela não mudou nada desde pequena.

— E se eu não te fizer cócegas em troca? – questionei enquanto ela ria.

Ela não respondeu. Continuei a fazer-lhe cócegas com mais intensidade, esperando que ela se rendesse.

— Ok, ok! Ganhas-te, Bunny! Agora para, por favor! – ela suplicou entre risos.

Vendo a sua reação, finalmente parei. Consegui! Fi-la rir e ainda teria as respostas que quisesse. Que combo!

— Ganhas-te, mas haverá uma desforra, Bryan. – ameaçou, ajeitando o seu bonito vestido.

— Hai, hai. – respondi, permitindo-me rir um pouco.

Quando finalmente paramos de nos comportar que nem duas crianças crescidas, reparamos que a minha mãe e os avós estavam agora sentados a conversar num banco a uma certa distância de nós dois. Olhamos um para o outro e estava claro o que aconteceria a seguir.

Começamos a correr e tentamos ultrapassar-nos um ao outro. Conseguimos assim rapidamente chegar ao nosso destino, o tal banco onde os adultos estavam sentados.

— Então meninos, já terminaram de brincar? – perguntou a minha mãe, feliz por nos ver.

— Acho que sim, Tia. E devo dizer que fui eu que ganhei. – disse a Momo respirando pesadamente.

— Não foste nada. Fui eu quem ganhou, priminha. – disse convencido de que havia mesmo ganho.

— Não me parece, Bryan. – retorquiu a minha prima confiante do que dissera.

— Acho que os dois venceram, queridos. – afirmou a nossa avozinha.

— Com certeza. – completou o avô que também estivera a ouvir a conversa.

Eu e a Momo entreolhámo-nos e concordámos com eles, sentando-nos então no chão.

— Já estão cansados, fofos? – perguntou a minha mãe.

Nós abanámos a cabeça em sinal de sim e a Mamy sorriu, dizendo que continuávamos a ser as mesmas crianças que um dia fomos. A conversa então prosseguiu apenas entre os adultos.

Assim, permiti-me olhar em volta e reparei que estávamos num tipo de parque natural que estava rodeado de cerejeiras e que tinha apenas um caminho alargado para pedestres. A Momo reparou que eu olhava com curiosidade à minha volta e explicou-me sobre aquele lugar. Ela dizia que era imenso e que havia um lago mais à frente. Falou-me da flora daquele sítio e disse que gostava muito de ali vir.

E a conversa acabou por cessar por ali mesmo, pois os avós proclamaram que já estava na hora de ir para casa se quiséssemos chegar antes da hora do jantar. Assim, levantámo-nos e continuámos a caminhar por cerca de 20 minutos.

Entretanto, até chegar-mos a casa, a Momo e eu continuamos com a sessão de “eu pergunto e ela responde”. A minha priminha explicou-me, depois de eu lhe pedir que continuasse a falar de onde tinha parado anteriormente que, no momento, ela morava com os avós, já que os seus pais estavam sempre a viajar e seria difícil ela ficar sempre sozinha na sua casa.

Eu não me recordava muito dos meus tios, já que pouco os vira durante a minha vida, tendo apenas vagas memórias de quando a Momo passava as férias comigo. Mesmo nessa altura não os via muito, quem dirá atualmente.

Embora eu e a Momo sejamos bem próximos desde pequenos, o nosso grau de parentesco é de primos de segundo grau. Acho que a nossa proximidade se justifica pelo facto de nenhum dos irmãos da mãe ter filhos, ou ser casado, e pelo facto de nem eu nem a Momo termos irmãos.

— Chegámos, meninos. Já podem parar com a tagarelice. – falou a minha mãe, enquanto esperava que a avó abrisse a porta de casa.

Eu e a Momo sorrimos ao reparar-mos que realmente já havíamos chegado ao belíssimo lar dos nossos avós.

— Vamos, entrem, crianças. – pediu o meu avô, parecendo um pouco aflito para o fazer também. Nós deixámo-lo passar primeiro e então entrámos todos em casa. Retirámos todos os sapatos e o meu avô rapidamente fugiu dali, dirigindo-se para vá-se lá saber onde, mas a maior probabilidade é de ter ido à “toilette”.

A avó e a Mamy conversavam entre elas enquanto a avó pousava a sua mala, indo seguidamente para a sala. No hall de entrada ficámos só eu e a Momo. Acabamos por subir as escadas e fomos para o quarto dela.

 

...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até ao próximo!

~Nicky



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