Um mês havia se passado depois da morte dos pais da Alice, ela teve que passar por vários interrogatórios como os demais suspeitos. Mas toda vez que estavam perto dos assassinos, mas ele fugia. As coisas entre Alice e Nick pioravam a cada dia ela mal via o homem em casa, e quando via nem falava alguma palavra, se falava era sobre a nova escola e o caso dos pais. Algumas noites ele dizia a ela que ia jantar fora, não perguntava por medo o desprezo, aquilo estava a matando por dentro, por isso resolveu comprar um caderno de couro para desabafar suas dores. Naquela noite foi convidada pelos senhores de idade que já havia simpatizado com a moça para jantar em sua casa, sem pensar duas vezes ela se arruma – Oi...

—Oi Alice entra querida.

—Valeu dona Inês, se não fosse a senhora me sentiria sozinha de novo.

—Fique tranquila, vamos a cozinha, meu marido nos espera.

—Tudo bem,mas trouxe essa sobremesa fiz questão de fazer.

—Obrigada.

Na cozinha ela cumprimento o bom senhor e ali sentaram- Então querida alguma novidade sobre  o caso dos seus pais?

—Ainda não, o Nick me conta que o suposto assassino sempre consegue escapar nos locais, ninguém faz ideia, ele acredita que tem alguém infiltrado no laboratório e ele vive me dizendo que pode ser eu que dou as informações –Ela disse com tristeza que comoveu os senhores.

—O minha querida não fique triste dessa forma, uma menina tão jovem chorar isso não lhe cai bem.

—Eu sei, vocês foram os primeiros vizinhos que me convidaram para jantar, porque na época que morava com meus pais os  vizinhos nunca estavam em casa.

—Entendo você é uma moça maravilhosa percebemos isso nas vezes em que me ajudou no elevador, que trouxe a carteira que havia caído no chão, isso mostrou que é honesta e uma linda menina que considero como neta.

—Obrigada dona Inês.

—Isso é fato Alice, os nossos filhos nem sequer vem nos visitar quase nos coloca numa casa de repouso.

—Talvez se conversasse com eles...

—Sim minha querida, mas é impossível eles nem sequer nos responde ou atende nossas ligações.

—Mas de agora em diante vocês tem a mim e eu a vocês me sinto sozinha do que se possa imaginar.

—O querida ...

—Mesmo no novo colégio onde fiz amigas legais, e sinto presa naquele apartamento mal o Nick olha na minha cara desde...-Alice percebeu que estava falando demais- Melhor eu indo...

—Querida nem jantou conosco, e fique tranquila o tempo fará o ogro mudar- Ela riu.

—Senhora Inês como sabe que botei esse apelido nele?

—Porque eu escutei naquele dia  no elevador.

—Há sim...- Ali jantaram e ficaram um bom tempo...

Enquanto isso ...

Nick  estava de folga  por isso resolveu sair para jantar com os amigos e Catherine para relembrar os velhos tempos.Mas ele havia se esquecido que morava mais alguém em seu apartamento  ele  abriu a porta aos beijos com Catherine ela foi tirando o casaco. Enquanto isso dona Inês resolveu fazer companhia Alice enquanto  seu tutor não chegava –Tem certeza dona Inês que não vai se incomodar em ficar comigo?

—Claro que não querida, meu velho agora vai fazer o de sempre ficar atentado ele é um senhor que ama tecnologia- Ela apontou pra ele.

—Percebi afinal fizemos o trabalho difícil lavei a louça e você guardou os pratos-Riram- Então vamos?

—Claro, vamos sim ...- Alice ao pegar a chave estranhou o fato da porta estar aberta – Dona Inês a porta está aberta será que...

—Calma querida...

—Dona Inês fique aqui fora eu não sei que  está acontecendo, se não for grave eu te chamo.

—Tudo bem qualquer coisa grite – Alice ao entrar reparou que a sala estava escura mas ao ligar as luzes se deparou com a cena do Nick e Catherine aos beijos por algumas razões lágrimas surgiram de seu rosto ela não compreendia do porquê –Foi então que ela foi surpreendida com a Inês colocando as mãos em seu ombro e falou em voz alta –Vamos querida, vem comigo – Foi ai que Nick e Catherine se soltaram – A...Alice. Mas o que...

—Desculpa Nick você não me contou que ia vir pra cá acompanhado eu só ia te esperar como de costume, se me der licença vou pegar as minhas coisas e vou dormir na casa da dona Inês, a senhora se importa?

—Claro que não querida , e francamente CSI Nicholas ,esqueceu que mora com uma garota?

—B...Bem eu ...sinto muito senhora...vou conversar com ela, Catherine vá para o meu quarto e ajeita seu vestido a noite acabou pode ir...

—Mas Nick meu gato isso não foi nada.

—Vá conversamos amanhã, se arrume e feche a porta. Catherine resolveu sair como estava não se arrumaria em quarto algum por causa daquela pirralha sua noite acabou, assim que entrou no elevador arrumou seu vestido e perante ao espelho disse – Te odeio Alice eu vou fazer de tudo pra que seja expulsa desse apartamento pra sempre sua pirralha.

— Alice arrumou sua mochila pegou o material também- Mas quando ia pra fora do quarto Nick aparece com sua camisa desabotoada –Alice...não precisa dormir fora.

—Me dá licença senhor acho que ficou claro que não é o meu pai,só é o meu tutor  e...

—Mas nada, Catherine já foi embora ,eu que te peço desculpas pelo que houve estamos entendidos?

—Acabou? Então tchau Nick você não me deve satisfação só estava querendo transar com sua namorada quem sou eu pra impedir? Até amanhã – Alice ia em direção da porta e Nick resolveu não impedir no fundo sentiu-se mal era como se estivesse traindo uma mulher que amava- O que eu estou pensando ela só é uma garota que...

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Inês percebeu que algo estava errado entre os dois há muito tempo, mas resolveu que conversaria com ela mais tarde ela precisava descansar.

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No dia seguinte  Nick teria que levar Alice para escola  como fazia por isso foi ao vizinho onde estava a menina – Olá a Alice está?

—Sim senhor Nicholas o que fez a ela? –O senhor o marido da Inês.

—Vim busca-la – Ele entrou e foi a direção da  cozinha na qual viu a menina com olhar triste – Dona Inês se não se importa poderia levar essas frutas pra comer no intervalo?

—Claro que sim querida – Foi então que ela olhou em direção da porta –Senhor Nicholas como vai?

—Olá dona Inês vim buscar Alice.

—Se não se importa vou pegar o ônibus da escola hoje.

—Alice estou mandando anda pega sua mochila agora ou...

—Ou que?

—Já chega ,menina para ser infantil eu só esqueci de te avisar sobre ontem não te devo satisfação da minha vida amorosa garota agora trate de arrumar esse cabelo tá parecendo uma bruxa – Nick disse num tom frio e cruel,Inês presenciou tudo agora entendia o motivo da menina ser tão sozinha –Ela viu a menina aos prantos outra vez –Se me der licença dona Inês vou arrumar meu cabelo e obrigada pelas frutas- Ela deu um beijo no rosto da senhora –Claro querida – Assim que ela virou as costas Inês se pôs a falar – Senhor Nicholas como pode tratar essa menina dessa forma?

—Senhora Inês sou tutor dela,e cuido dela como quiser me desculpa estar falando dessa forma mas não estou num ótimo dia.

—Percebi...mas Alice é a melhor garota que já conheci então não precisa falar com ela com tanta frieza isso magoa muito e...Foram interrompidos pela Alice –Vamos ?

—Claro – Assim que pegaram o elevador Alice ficou emburrada ele a encarou –Vai fazer essa cara? –De agora em diante Alice não pronunciaria mais nada ao Nick desde o dia que sem querer ela ficou nua em sua frente as coisas mudaram e ela faria o mesmo. Assim que o elevador abriu a porta Alice apreçou os passos não iria com ele – Nick percebeu que a menina não estava seguindo o caminho do estacionamento –Alice...Alice – Ele percebeu que ela começou a correr –Alice menina...- Ao se dar conta Alice começou a correr  para fora do prédio e agradeceu aos céus pela rua estar cheia de gente foi o tempo suficiente dela por seu casaco com a toca  e entrar em uma outra rua –Enquanto isso Nick se viu que estava perdido Alice havia sumido – Alice resolveu não ir à escola ela tinha que ir embora daquela cidade, e ela faria isso custa o que custar.

 Ela pegou algumas economias e algumas joias naquela noite, não queria mas atrapalhar a vida de um homem que tinha a certeza que a odiava. Nick por sua vez sentiu-se culpado ele ligou para os amigos do laboratório dizendo que teria que faltar pois teria que resolver um assunto.

Alice pegou um táxi iria para a casa da praia onde seus pais a levaram uma vez e sabia que hoje estava abandonada era o lugar perfeito para pensar o que faria.