Letters to the Sender escrita por Anne Hazelnut


Capítulo 3
Capitulo 3 - A Primeira Carta.


Notas iniciais do capítulo

Hihihi. Eu sou linda né? Três capitulos?
Booa Leitura!



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Deixei o Travis falando sozinho. Na verdade eu não sabia muito bem qual era a dele. Por que ele era daquele jeito todo safado e idiota? E ainda usando a Jenny para me menosprezar?! E daí que eu não sou bonita, linda e maravilhosa? Eu mereço respeito! Mas por incrível que pareça, me defender não é o meu forte. Fui direto pro departamento de jornal por que dar conselhos tranquilizava, e eu desejei um bocado que o Hans estivesse ali comigo. Ele era bom em me fazer sentir confortável em certas situações. Destranquei a minha sala e a tranquei. Sentei na minha mesa e uma pilha de cartas estava jogada encima dela. Joguei a mochila longe, e se eu faltasse as outras aulas ninguém ia se importar, porque eu era a ‘ANNIE’ que dá conselhos e  é super correta. Então nada e nem ninguém ia me tirar daquela sala hoje. Sentei na minha cadeira reclinável, e abri a primeira carta que dizia:

Querida Annie, estou com um problemão, me apaixonei pela namorada do meu melhor amigo, e eu acho que ela nem percebe e nem ele, mais já estou no ponto que não consigo evitar olhar pra ela, o que eu faço? Me mudo pra Londres? Me jogo num vulcão em erupção? Ou conto pra ela? Mais lembrando ele é meu melhor amigo. Não quero ser o fura olho da historia!

Anteciosamente Sr.Desesperado

Uau. Minha nossa. Esse cara tava enrascado,acho que a faculdade ideal é psicologia.

Caro Sr. Desesperado. A sua situação é mesmo muito difícil de responder. Mas converse com ele. Se ele é mesmo seu melhor amigo, ele te conhece bem. Se ele ficar bravo, não fale merda porque você esta errado, alias você gostaria que ele se apaixonasse pela sua namorada? E Londres é uma cidade linda, se mude pra lá se as coisas derem errado, e a partir dali seu nome será Larry.

Anteciosamente, sempre sua amiga Annie.

A primeira carta do dia estava concluída, só faltam mais 200 e depois escolher dez para mandar para o jornal da escola. Depois de ler mais de 20 cartas, uma em especial me chamou a atenção. Ela não estava em folha de caderno, ou folha branca. Ela era amarela e por incrível que pareça amarelo é a minha cor favorita. Estava lacrada com o selo de um pássaro, parecia um tordo, mais não era... Eu nem sei se ainda fabricam desses selos postais mas vou pesquisar mais sobre estes selos mais tarde. O papel era tão macio que beijava meus dedos. Tirei o selo cuidadosamente e ouvi a maçaneta girar. Corri e escondi a carta dentro da bolsa.

— Hans? – Perguntei, porque ele era o único que tinha a chave da porta além de mim.

— Hanseníase?  - Congelei. AI meu Deus do CÉU! Como isso é possivel? O que esse cara tem de errado?!

— Como você abriu a porta? E como você sabia que eu estava aqui? Como abriu esta...? – Estava abismada e ele  me olhava achando graça. Pigarreei e fiquei séria - Está me seguindo? Olha que isso da cadeia! – Meu Deus? Eu jurava que tinha trancado a porta!

— Calma Flor...

— A porra da porta Travis, estava trancada! Como?! Pera ai! Que?!

— Lynn a porta estava aberta. Você fumou alguma coisa?– Ele disse tão convincente, que quase acreditei que a porta estava aberta.

— Me desculpe, eu jurava que tinha trancado... E não me lembro de ter fumado nada... –  Ele sorriu. Eu estava totalmente confusa, eu acreditava que tinha trancado a porta, mas  não tinha certeza agora... Será que pensei que tinha trancado? – Como você sabia que eu estava aqui? Você nem conhece a escola, é seu primeiro dia de aula... – Mudei o rumo da conversa imobilizada no mesmo lugar.

— Eu segui as batidas do meu coração e te encontrei Beija-Flor... – Ele me olhou com ternura se aproximando e tocando meu rosto.

— Está blefando né? – Disse evitando seus olhos.

— Sim, é... Mas é claro. Eu só segui você porque vi que ficou chateada pela brincadeira que fiz com a Jennete...

— Ah, já passou... – Ele me olhou um pouco preocupado e depois seus olhos pareciam frios e tristes.– Ei está tudo bem...– Ele me olhou sério. Muito sério... Me senti confortável e ao mesmo tempo desconfortável... Era como se eu estivesse nua e exposta a ele. E ele conhecesse cada detalhe do meu corpo e cada fraqueza, e cada tristeza do meu coração.Parecia que cada osso meu tinha um significado, minha alma... Não sei por que ele me olhava daquele jeito. Eu me sentia presa e vulnerável...

— Por que tá me olhando assim...? – Perguntei baixinho.

— Você é linda Flor – Ele disse muito próximo.

— Não seja ridículo. – Abaixei meus olhos e ele pegou minha mão. Seu toque tinha uma ardência e fazia meu coração arder. Merda. Merda. Só posso estar doente. Que demônio é esse? Ele se aproximou mais ainda e eu sentia sua respiração.

— Você é linda sim... Tenho uma camiseta igual que eu ganhei numa promoção... – Dei risada. Se o Finn ouvisse isso me mataria ou não acreditaria. Olhei para ele e ele olhou para minha boca e... E... Os olhos dele... Porra! Meu senhor! Que olhos são esses?!

— Que diabos estão fazendo?! – Ouvi alguém falando... Mais que saco! – Lynn... Sou eu! Hans... – Pisquei e vi Hans ali presenciando o nosso flerte. Se é que era um flerte

— Anh? Que? Eu to bem e você Travis? – Perguntei e na hora percebi o erro. Merda. O Hans ia ter um ataque de pelanca.

— Travis? – Hans perguntou decepcionado.

— Sim eu sou o Travis, e que porra de nome é esse seu hein? Hans? – Travis perguntou em tom irônico. Isso não vai prestar.

— Hans, calma... Ele só estava brincando – Tentei explicar.

— Quem é você pra falar do meu nome? – Ele disse e olhou para o Travis e depois para mim e ai a vaca foi para o espaço. - Já entendi tudo! – Ele gesticulou.

— Não entendeu nada Hans. Ele não tem culpa...

—Então porque está defendendo ele Lynn? E o que ele faz aqui? Você sabe que não é permitido trazer alunos aqui dentro. – Ele disse irritado. Inferno viu.

— Ei eu não trouxe ele aqui, ele veio sozinho – Tentei explicar mais uma vez em vão.

— Colega, relaxa meu caro amigo Hans, você esta parecendo puta sem dono. A Flor não tem culpa de nada.

— Flor? – Ele tava ficando puto.

—Travis, é melhor você ir embora... Eu me entendo com o Hans – Disse olhando para ele.

— Eu não vou te deixar sozinha com esse idiota. – O senhor da gloria!

— Vai sim. Depois a gente se fala...

— Só se você aceitar tomar um café comigo depois da aula. – Olhei para o Hans e ele parecia querer explodir.

— Travis... Por favor! – Supliquei.

— Tá Beija-Flor – Ele disse contrariado e saiu fechando a porta. Fechei os olhos e esperei a bomba.

— Beija- Flor? O que é isso Lynn? O que ta acontecendo? Você nem o conhece e ele já te dá um apelido? E outra ele não podia entrar aqui!Ninguem pode entrar aqui!

— Hans, eu não tenho culpa tá? Ele entrou e eu não podia explusa-lo daqui. Isso ia dar mais na cara que eu sou a Annie. E ele nem sabe que tem um quadro pergunte a Annie aqui.- Disse já irritada com a ceninha.

— Eu sei, mas e esse lance de Beija-Flor?

— Olha. Só esquece tá? - Me lembrei que o selo da carta era um pássaro, talvez fosse um Beija-Flor.

— Lynn? O que foi? Você esta com cara de quem acabou de ter uma ideia.

— Não nada, está com fome? Já é hora do intervalo – fiz um carinho no cabelinho dele, e ele sorriu.

— Sim estou, vamos? – Ele estendeu o braço e eu assenti.

     O Hans era meu melhor amigo e eu não queria perde-lo. O restante das aulas foi normal. Vi o Travis algumas vezes rodeado de garotas, e vi America falar um bocado de vezes que ele era o namorado dela.

    Depois da aula fiquei esperando Finnick encostada no carro dele. E fiquei torcendo pra ele aparecer logo, antes que o Travis aparecesse.Não é que eu não quisesse ver, até por que ele era gato demais, porém ele me causava problemas. Muitos. Mas não deu certo. O Travis apareceu zangado, entrou na caminhonete dele e bateu a porta. Nem olhou na minha cara. E o pior é que eu me importei. Me importei muito com aquela atitude e eu nem sabia por que. Fiquei esperando ele sair do estacionamento. Mas ele ficou um tempão lá dentro, e o Finn demorava demais. Depois de um tempo parado encarando o volante com raiva ele me olhou. Qual era a dele? Ele ficava comendo as pessoas com os olhos sempre?

— O que foi? – Perguntei e ele saiu do carro e ficou de frente comigo.

— Não fale comigo. – Ele disse e ficou de costas

— Travis, o que houve? – Eu disse. Ele tava engraçado daquele jeito. Não pude evitar dar risada.

— Não fale comigo. – Ele se virou e me olhou sério. -  Não fale comigo, senão o seu namoradinho estressadinho, vai aparecerinho, e vai brigar comigo, e eu vou acertar a fuça delinho! – Ele disse parecendo gay, com voz e tudo, e ainda ergueu a mão e colocou na cintura.

— O Finn ia adorar te ver desse jeito – Respondi rindo. Ele parou no mesmo momento.

— Que isso! Aqui é espada! – Sorri ainda mais.- Mas enfim... Não quero ser a briga entre você e seu namorado.

— Ele não é meu namorado... – Disse. Seus olhos brilharam. Foi meio insano.

— Que bom então... Nosso café está de pé? – Perguntou.


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Notas finais do capítulo

Querem mais? Hahaha.
Comentem!
Ouvindo - Multidão de Sentimentos - Sozo.
— Anne
"Qual é o nome da sua saudade? - Bad do Amor"



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