Meu coração escolheu você escrita por Amor Pitombrina


Capítulo 5
Capítulo 5 ♥


Notas iniciais do capítulo

"Hoje me deu uma vontade danada de compartilhar meu sorriso contigo, deu uma saudade danada de te abraçar, te tocar, de olhar dentro desses teus olhos castanhos e de te deixar sem graça por fazer isso. Eu tô com saudade, só me diz, onde e quando eu posso te encontrar?"



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♥ Quinto Capítulo ♥

— E então doutor, como meu filho está? – perguntou Vitória com a mão formada em oração.

— Preciso conversar com os senhores em particular, me acompanhem até o meu consultório fazendo favor! –exclamou o medico voltando da sala de exames horas depois.

Vitoria e Mario, se entreolharam e fizeram o que o medico pediu, acompanhou-o até o seu consultório. Entrelaçaram a mão e seguiram. Chegaram ao consultório e se sentaram á frente do medico, e não gostaram nada da fisionomia do rosto dele.

— E ai doutor, o que o senhor tem a nos dizer? – pronunciou Mario.

— Quando Felipe chegou aqui no hospital no dia do acidente não conseguimos fazer todos os exames necessários para saber o que fraturou ou não. Logo que ele chegou já sofreu a parada cardiorrespiratória, entrou em coma e ficou esses sete dias na UTI, como vocês mesmo viram.. – Vitoria interrompeu Dr. Paulo.

— Doutor, por favor, diga-nos a verdade logo. – a mãe de Felipe pediu com lagrimas nos olhos.

— Vamos direto ao ponto então. Fazendo agora, todos os exames necessários, notificamos que o Felipe teve uma lesão na coluna cervical, na sétima vértebra. – o medico disse.

— O que isso quer disse doutor? – Mario perguntou.

— Essa lesão pode paralisar os meus inferiores de Felipe. Momentaneamente ou por um longo período. Tudo vai depender de como está essa fratura. – Dr. Paulo para por um momento.

— Não, não pode ser. – Vitoria gritou e começou a chorar agarrando o colarinho de seu marido.

— O senhor quer dizer que meu filho pode ficar paraplégico? – perguntou Mario, que agora se encontrava com os olhos marejados.

— Sinto muito, mas é o que pode acontecer. – respondeu o medico.

— NÃOOOOOOOO – gritou Vitoria, agora entrando ainda mais em desespero.

Dr. Paulo ficou sem saber o que fazer, apenas ficou em silêncio por um longo tempo. Mas logo depois voltou a continuar a falar.

— Vamos fazer mais alguns exames físicos pra ver como está a sensibilidade e os reflexos das pernas de Felipe, e depois vamos fazer uma ressonância magnética para ver o grau da lesão. – o medico disse encarando os pais de Felipe. Mario e Vitoria apenas concordaram movimentando a cabeça não sabia o que falar. E apenas choravam.

— Preciso que os senhores sejam fortes pelo Felipe, ele vai precisar muito da força de vocês. Querem ir fazer os exames físicos agora? – pergunta o medico. Nesse momento Mario segura o rosto de Vitoria com as mãos, olha dentro de seus olhos.

— Amor, vamos precisar ser fortes nesse momento, pelo nosso filho. E vamos rezar para que tudo fique bem. Vamos ligar pra Cris vim nos ajudar também. – Após essas palavras Vitoria uniu seus lábios ao de seu esposo e depositou um selinho e concordou com a cabeça secando suas lágrimas.

— Sim, doutor. Vamos lá agora. – respondeu Vitoria ainda com os olhos marejados.

Saíram os três e seguiram até o quarto de Felipe, que se encontrada deitado olhando para cima. Vitoria vendo aquela cena não se aguenta e começa a chorar novamente.

— Vitoria, por favor, tenta ser forte pelo menos na frente de Felipe. – Mario diz abraçando-a. Sem contrariar o marido, ela enxuga as lágrimas e vão se aproximando de Felipe.

— Felipe, agora vamos fazer alguns exames físicos em você, quero me responda tudo. – dia Dr. Paulo. Felipe concordou com a cabeça.

— Sente isso? – perguntou Dr. Paulo passando um objeto em seus braços. Felipe diz que sim. – Agora levanta os braços. – E assim Felipe fez, com sucesso. – E agora, sente? – o medico passa o objeto nas pernas de Felipe.

— Agora não sinto nada. – diz Felipe um pouco assustado.

— Calma Felipe, vamos por partes. – Dr. Paulo pede a Felipe. – Agora, tente levantar suas pernas. Felipe assim fez, mas dessa vez sem sucesso.

— Não consigo, não consigo levantar minhas pernas. O que tá acontecendo comigo doutor? – Felipe pergunta agora mais assustado ainda. Vitoria que por sua vez observava tudo, começa a chorar novamente.

— Felipe vou lhe explicar, mas preciso que o senhor se acalme. – Felipe tenta se acalmar, e o medico continua. – Felipe, quando o senhor sofreu o acidente provavelmente na hora de sua queda você bateu sua coluna ou o seu pescoço em algum lugar, e com isso sua coluna cervical foi lesionada, para ser mais exato, a sétima vértebra que foi lecionada.

— O senhor tá dizendo que estou paraplégico? – Felipe perguntou com lágrimas nos olhos.

— Não posso te dar essa total certeza, mas tem uma grande possibilidade disso acontecer. Sinto muito. – Dr. Paulo disse se afastando e deixando Vitoria e Mario se aproximarem mais um pouco do seu filho.

— Mãe, pai não pode ser. Não pode! – Felipe dizia toda hora.

— Filho tenha calma, isso é só uma possibilidade. – Mario tentava acalma-lo.

— É filho, vamos ter paciência. – completou Vitoria. Mas os três não aguentaram e começaram a chorar abraçados.

— Senhor Mario, Dona Vitoria, agora temos que levar o Felipe pra fazer a ressonância magnética para ver a gravidade dessa lesão. – o medico interrompeu aquele momento tão triste.

Minuto depois entram dois enfermeiros e leva Felipe para fazer a ressonância. Uma hora depois Felipe volta para seu quarto aonde seus pais lhe aguardada. Ainda com a tristeza estampada em seus olhos, todos preferiram manterem-se calados até Felipe quebrar aquele silêncio.

— E a Jessica, onde ela tá? – Felipe perguntou, querendo a presença de sua namorada ao seu lado. Porque caso viesse confirmar sua paraplegia ele precisaria muito da presença e companhia dela.

— É, é.. – Vitoria começou a gaguejar. – Ela já deva tá chegando. - mentiu para ele. Mas Mario não deixou aquilo assim.

— Chega Vitoria, Felipe já é muito grandinho para ficar escondendo as coisas dele. Precisa saber a verdade. – Mario falava com um pouco de raiva em seus olhos. – Filho, a Jessica não veio se quer um dia visitar você enquanto esteve na UTI.

Felipe fez cara de quem não acreditará no que seu pai tinha acabado de falar. E o silêncio voltou a plainar no quarto. Só sendo quebrado algum tempo depois com a entrada do Dr. Paulo com vários papeis na mão.

— E então, doutor? – pergunta Felipe aflito.

— Não tenho boas noticias. – informa o medico.

— Vai, doutor, fala logo a verdade. Tenho que ser forte. – Felipe diz ao medico.

— Sinto muito lhe informar, mas sua lesão é grave. – o medico explica.

— Isso quer dizer que meu filho está paraplégico? – indaga Vitoria, já com lágrimas nos olhos.

— Sim, momentaneamente o seu filho está paraplégico. Mas como eu disse, momentaneamente, esse quadro pode ser reversível com tratamentos. – responde Dr. Paulo.

— Não, não, não, não pode ser. – grita Vitoria.

— Mãe, tenha calma, vamos agradecer que estou vivo. É uma noticia horrível, realmente não da pra acreditar, mas num tô aqui?! – Felipe fala lhe estendendo a mão.

— Sim, vamos dar graças a Deus não foi pior, porque foi por pouco que não atingiu uma vértebra acima, ai sim poderia ser pior. – completou o medico. – Agora vou deixar vocês a sós para poder conversar. – Disse saindo, mas é interrompido por Mario.

— Doutor, quando meu filho pode ir pra casa? – pergunta.

— Dentro de alguns dias, vamos fazer mais exames e ver sua melhora. Até mais. – respondeu e foi saindo fechando a porta atrás de si.

— Mãe? - Felipe á chama.

— Sim meu filho. – responde olhando em seus olhos.

— E a minha irmã, a Cris, já sabe do meu acidente?

— Sim, claro. Ligamos pra ela no mesmo dia, mas ela só poderá vim no final de semana por conta das provas da faculdade. – respondeu Vitoria. Cris morava em Milão. Aonde fazia faculdade.

— Quero falar com a Jessica. Podem pedir pra ela vim aqui me ver, preciso conversar com ela, preciso contar o que aconteceu comigo. Agora mais do que nunca preciso de sua companhia. – Felipe falou isso com um olhar de tristeza.

— Lógico, vou ligar pra ela agora mesmo. – Vitoria saiu do quarto para fazer a ligação, mas segundo depois já entrou no quarto.

— Ela quer falar com você meu filho. – já estendendo o telefone para Felipe que imediatamente pegou.

— Oi Jessica..Tô bem.. Preciso que você venha no hospital, preciso conversar com você.. Como assim não pode?.. Jessica, eu sofri um acidente.. Preciso de você ao meu lado..Tá bom te aguardo.. – e desligou.

— O que aconteceu meu filho? – pergunta Mario.

— Ela não queria vim, vocês acreditam? Não demonstrou nenhuma preocupação comigo. Como que consigo namorar uma pessoa tão fria assim?! – se perguntou.

— Calma meu filho, tudo vai se resolver. – Mario tentou consola-lo.

E sentado na cama, Felipe aguardava sua namorada.


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Notas finais do capítulo

Até eu chorei escrevendo esse capítulo :(



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