Don't bless me father escrita por Undisclosed Desires


Capítulo 5
Capítulo quatro: Ponto, linha, plano.


Notas iniciais do capítulo

Olá!!
Desculpem a demora e o capítulo curto! É com todo o meu amor!



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Instituto de Ensino Eastern (I.E.E) - 6:50 am - Secretaria.

Clary fora despachada na escola por Mike, que lhe deu uma carona a caminho do trabalho. Foi para a secretaria buscar seus horários pois, afinal, havia passado na tal prova da esnobe Lucifernandes

— Aqui, querida. - Regina lhe disse, entregando papéis. Era uma mulher muito mais simpática. - Esse é o seu quadro de horários, então guarde em algum lugar até você gravá-los. Também tem a senha do seu armário, o D-29 - Mostrou então um pequeno livro azul. - Esse é o guia de normas da escola, você deve carregá-lo sempre, para o caso de alguma infração. Esses são os papéis para pegar os livros didáticos e para os professores assinarem nas aulas de hoje, ok?

— Uh... - Informação demais. - Ok. 

— Sua mãe já pagou pelo uniforme, então é só ir na lojinha aqui ao lado e trocar de roupa, ok?

— Uniforme? - Ela pareceu pasma. 

Regina riu. - Sim. Aqui nós adotamos o uso de uniforme, para mostrar que todos são iguais perante os olhos da escola. Enfim. Não é nada além de um uniforme normativo. 

— Com aquelas meias e saias e camisas sociais? - Se alguém do orfanato visse Clary usando aquilo, ela seria espancada. E ainda chamariam ela de almofadinha. 

—... Blazer e gravata, também. - Completou Regina. - Você vai ficar uma graça. Agora, faça isso logo. As aulas começam às 7:15 e você não vai querer se atrasar para a aula do professor Mongestern. 

— Uh, obrigada, Regina.

— Por nada, criança. 

                                  * * * * * * * * * *

— Eu estou ridícula! - Clary berrou, dentro do vestiário. Usava o uniforme clássico, a saia preta 10 machos (tipo de prega) e viés branco, camisa branca social, gravata preta e um casaco no mesmo estilo da saia - preto com branco. Havia também um segundo Blazer para ocasiões especiais, Tessa explicou. Ele era branco com viés preto e a escola lhe indicaria quando usá-lo. O uniforme vinha com instruções também: O cabelo deveria estar sempre preso em um rabo de cavalo, a saia não deveria ser dobrada, as meias deveriam estar sempre esticadas, etc. 

Clary fez um rabo de cavalo bem apertado, pegou a mochila e rumou para fora do vestiário. Pegou o papel de horários. Sua primeira aula seria de química, na sala 13. Onde diabos fica a sala treze? Respirando fundo, ela seguiu pelo corredor, rezando para encontrar a sala sem se atrasar. Os corredores estavam lotados de alunos em uniformes como o dela. Seus amigos do orfanato dariam uma surra nela se a vissem assim - e depois ririam. Talvez ela se desse uma surra no fim do dia. 

Estava tão concentrada em surras que só sentiu a dor forte e caiu quando esbarrou numa parede. Ouviu risadas ao redor no corredor e apertou os olhos antes de abri-los. Olhou para cima. Paredes não usavam roupas. Era um garoto - muito alto. Ele tinha o cabelo descolorido, comprido, com as pontas pretas. 

— Ugh... Desculpe. - Ela disse, pegando sua mochila e o papel dos horários. O desconhecido abriu um sorriso gentil. 

— Ah, querida, perdoe-me. Deixe-me te ajudar! - Estendeu a mão para ela, que aceitou de pronto. Ele começou a puxar e ela apoiou seu peso na mão dele, até que então ela estava no chão novamente. Porque ele tinha a soltado. O desconhecido começou a rir. - Seja bem-vinda. - E pulou sobre ela, seguindo seu caminho. 

— Babaca! — Ela silvou e levantou-se, ajeitando a saia. Olhou ao redor, constatando que todos estavam rumando para suas respectivas salas, e seguiu seu caminho. Passou pela sala 10, virou o corredor e encontrou as três seguintes. Adentrou a última, com o número 13 bem grande na parede ao lado. As fileiras eram duplas e os alunos já haviam tomado conta da maioria dela. O professor não havia chegado ainda e ela encontrou um rosto conhecido no meio dos alunos. Corou e olhou para o chão, sentando-se na segunda cadeira da fileira mais próxima à janela, cuja cadeira do lado também estava vazia. Pôs a mochila no chão e aguardou, olhando para frente. 

Por favor, que ele não venha falar comigo. Por favor, que ele não venha falar comigo. Por favor, que ele não...

— Hum, oi? - Jace disse, jogando o material por cima da carteira ao lado dela. Ele deslizou pela cadeira, sorrindo amigavelmente para ela. 

Ótimo! Obrigada, Deus! 

— Oi. - Ela respondeu, sem virar o rosto para ele. Começou a mexer na unha, como se estivesse vendo um problema nela.

— Dormiu bem? - Ele questionou. 

— Que tipo de pergunta é essa? - Ela sussurrou pra ele.

Ele pareceu constrangido. - Uma normal, creio eu. Hã... Eu estou ultrapassando algum limite, não estou? Me perdoe. Não estou acostumado com isso. 

— Com isso

— Sim. Amizades novas. - Ele sorriu. - E, quanto a ontem...

— Deixe o ontem no ontem. 

— Mas eu, hum, gostaria de falar sobre isso. Almoça comigo hoje?

— Eu...

— Alunos, por favor! - Disse o professor, entrando da sala. Ele tinha longos cabelos prateados, escorridos, presos num rabo de cavalo baixo e trajava um blazer vinho elegante. - Virem-se para frente se sem conversa!

Ele começou a escrever na lousa com o piloto preto. Professor Mongestern. 

— Eu sou o professor Mongestern e dou aula de química para a classe Sênior. Abram seus livros na página 32. 

— Hã, professor... - Clary murmurou, indo até sua mesa. - O senhor tem que assinar aqui, por favor. 

Ele assinou. - Você deve ser a srta. Parker, estou correto? 

— Sim senhor. E eu, huh, não peguei meus livros ainda. 

— Sem problemas. Junte-se ao senhor Herondale, que está sentado ao seu lado, e acompanhe. Agora, vá se sentar. 

Ela chegou mais próxima a Jace e deu um meio sorriso encabulado. 

— E então? Almoço? - Ele sussurrou. Ela deu de ombros. Não havia nada mais a se fazer mesmo. 

— Comecemos então falando de soluções... - Prosseguiu o professor Mongestern. Ela virou-se para frente e pelo resto da aula, ignorou Jace. 

                                    * * * * * * * * * *

Banheiro feminino -  andar - Intervalo do quarto período. 

Clary não andou muito pelos corredores para achar o banheiro. Lavou o rosto com a água gelada e respirou fundo. As aulas naquele colégio eram puxadas. Ela não sabia se surtava ou se apoiava a cabeça na mesa e chorava. Mas tentou acompanhar, mesmo estando assustada. 

— Ei. - Disse uma garota, entrando no banheiro. Era Isabelle. Clary respirou fundo pela segunda vez e a ignorou. - Como estão indo as aulas?

Clary bufou, enxugando as mãos e ajeitando o uniforme. Seguiu para a saída, mas Isabelle segurou seu braço. 

— Ei, eu estou falando com você! - Ela reclamou. Seus olhos se arregalam quando ela sente o tapa forte estalando em sua face. Izzy deu um passo para trás, soltando o braço de Clary. - O que...?

— Não sei com que tipo de gente você costuma sacanear, mas eu não sou do tipo que fica quieta e chora. Então fique. longe. de. mim. - Respondeu e seguiu para fora do banheiro. 

Isabelle, chocada, olhou sua bochecha no espelho. Cinco dedos estavam marcados, vermelhos. Saiu correndo para encontrar Alec no corredor. Ele estava conversando com uma garota da sua aula de marcenaria. 

— Alec! - Ela puxou seu braço, levando-o para longe da possível próxima conquista dele. 

— Caramba, Isabelle! Você tá estragando o meu esquema. - Ele reclamou, puxando ela, que então virou-se para ele. - Quem diabos te bateu?

— Clarissa. - Ela respondeu. 

— Clarissa? 

— Sim. A filha da tia Emma. 

— Ah... Christal. Mas por quê? 

— Você acha que eu sei? - Izzy falou, irritada. - Essa menina é maluca! Falou algo sobre eu sacanear pessoas e para ficar longe dela.

— Será que...?

— Deu errado o encontro ontem? Foi no que eu apostei. E se ela contou para o Jace, Alec? Ele vai matar a gente!

— Ele não pode provar que fomos nós. Até que tenha provas, eu sou inocente!

— Tá bom, Annalise Keating, agora me mostre como se safar de um beijo roubado. 

— Eu vou. 

                                     


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Notas finais do capítulo

Gostou? Comente!
Não gostou? Comente para que eu possa melhorar!
Tá indiferente? Comenta uma coisa aleatória.
Mas por favor, comente!
Z, você já sabe, não leia minha fic. Te amo.
XoXo
Undisclosed Desires.



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