Par Perfeito escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oie galera ><

Sejam todos muito bem-vindos a minha nova história ♥

Sério, foi um sufoco pra ela ser postada. Faz um ano que estou trabalhando nela e ta num ritmo bem lento. A Clessiane, minha beta, foi bem compreensiva com essa demora, então eu dedico esse capítulo pra ela.

E pra Mônica, claro, sem ela isso nem teria começado.

Espero que gostem, boa leitura.



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Quando saí de uma cidadezinha do interior de Minas Gerais para fazer faculdade, podia ter esperado qualquer coisa de São Paulo, e ,na verdade, eu esperei muita coisa ruim. Mesmo assim, nada teria me preparado para o quanto a prática era bem mais assustadora que a teoria.

 

Vamos começar pelo fato de que ninguém, nem mesmo meus pais, me alertaram de que eu teria que passar duas horas e meia entrando e saindo de um trem para outro para conseguir chegar até a faculdade. Os discursos sobre enchentes e ladrões em cada esquina poderiam ter dado lugar a uma palestra sobre os transportes públicos da cidade.

 

Não que eu esteja me queixando do fato deles serem sujos, lotados de pessoas e serem piores que transporte de gado. Mas, às vezes, dá uma vontade de pegar minha bicicleta e ir pedalando até a faculdade, que fica do outro lado de onde eu moro atualmente com meus avós. Então me lembro de que não tenho mais minha bicicleta, já que a esqueci na varanda da frente e no dia seguinte ela tinha sumido.

 

Não, o que realmente me deixava esgotada eram as vozes. Não aquelas que saem da boca, e sim aquelas que saem do seu mais íntimo ser. E eu sei que, descrevendo assim, isso me faz parecer uma esquizofrênica. Talvez, em algum nível, eu tenha mesmo problemas mentais. Se eu não tenho algum distúrbio cerebral, como saberia que o fiscal da portaria, um cara que eu vi cinco vezes até agora por no máximo cinco minutos e com quem nunca troquei uma palavra, estava sofrendo porque o amor da vida dele, ou pelo menos ele achava que era, vai se casar com o irmão dele no fim de semana?

 

E tudo o que já o ouvi dizer em voz alta foi um sonoro "fique atrás da linha amarela, é proibido ultrapassar a linha amarela". Ele diz isso a todo instante, como se fosse um robô automatizado.

 

Mas isso não era algo com que eu fosse me intrometer. Já tenho meus próprios problemas, obrigado. Me bloqueei para o fiscal, impedindo que qualquer informação dele chegasse a mim. Não me entenda mal, não sou tão egoísta na maior parte do tempo. Ouvir aquelas vozes era estranho, esquisito e anormal, e me irritava quando elas me invadiam do nada. Como um inseto zumbindo no seu ouvido, que você não consegue ver para matar.

 

Passei o braço pela minha testa, tentando em vão eliminar o suor. Me sentia abafada, tão quente. A garganta estava seca, as pernas pareciam de borracha. Novamente, penso nos discursos sobre o quanto a capital pode ser perigosa. Se tivessem dito o quanto essa cidade poderia esgotar alguém, talvez eu ainda estivesse em algum lugar de Uberlândia.

 

Antes de chegar a minha primeira estação, eu tinha que caminhar por longos trinta minutos numa ladeira que era só subida. Isso porque eu ainda não tinha um vale transporte para ônibus e geralmente ficava enjoada dentro deles.

Olhei para o relógio digital em uma das paredes e senti a frustração tomando conta de mim. 05h34min. O primeiro trem finalmente apareceu e ,para o meu desgosto, com quatro minutos de atraso. Isso me prejudicaria depois. Quando se depende de tantas linhas, tudo pode acontecer.

Tirei a bolsa das minhas costas e a coloquei em frente ao meu peito, protegendo não só a ela, mas a minha frente também. Atravessei o vão entre a plataforma e o trem, tentando ignorar as pessoas que me empurravam.

 

Francamente, já não bastava ter que atravessar aquele buraco, as pessoas tinham que se empurrar? E tudo para conseguir um lugar sentado. E se alguém caísse? E se alguém se machucasse? Bando de selvagens. É isso que a capital é, uma cidade de concreto selvagem.

Fui para o fundo do vagão e apoiei minhas costas na parede lateral, esperando. Esperando que o trem fosse mais rápido, que alguém se levantasse e me desse um lugar, que meu par perfeito de repente aparecesse.

 

A cada parada em uma estação, mais pessoas iam entrando e o trem ia se enchendo mais ainda, desafiando certas leis da física sobre espaço.

 

Era triste observar a maioria das pessoas. Tantos trabalhadores acordando logo cedo, precisando colocar dinheiro na mesa de casa. Tantos semblantes tristes e infelizes. Desolados por ainda terem um dia cheio pela frente, ou por acordarem tão cedo? Talvez ambos. No meu primeiro dia pegando trem, não fui preparada e levei um choque para uma realidade tão triste. Eu detestava ouvir as vozes deles, detestava ser a única nesse lugar com um poder tão invasivo.

Um velho apareceu na minha frente, para o meu desgosto. Não tenho nada contra os senhores de idade, desde que eles não olhem com segundas intenções e que não fossem como aquele velho, fedido e bêbado. Para aonde um desgraçado desses ia com aquele cheiro? Me admira que ele esteja conseguindo se manter em pé, sustentando seu próprio peso. E ele está obstruindo minhas vias nasais. Como respirar nesse cheiro?

 

Felizmente, desci na próxima estação. Tive que esperar por quase oito minutos pelo próximo trem, eu estava atrasada e perdi o meu habitual. O próximo veio lotado, e foi com muito esforço que fui para as laterais. Aprendi da pior forma que o melhor para proteger suas costas de murros, empurrões e voadoras era se apoiar nas paredes do vagão.

 

Algumas pessoas reclamaram enquanto fiz minha passagem, e agradeço por não ter ninguém muito estressado aqui. Geralmente, qualquer coisa era motivo de briga. A pessoa trombava em você e ainda te culpava por isso.

 

A maioria está muito ocupada com um celular na mão. Não culpo o vício deles, mas podiam ao menos desligar o som das notificações. Aquele barulho irritante vinha de todos os lados, era o inferno. Meu inferno.

 

O terceiro trem era conhecido pelas fofocas. Tenho que pegar uma escada rolante antes de chegar à plataforma dele, e é tanta gente tentando pegar a escada que não existem filas, você vai andando em frente até pisar em algum degrau. Geralmente vou pelo lado direito, mas como estou atrasada, vou pelo lado esquerdo. O lado direito é para quem não está com presa, coloca os pés no degrau e espera até chegar lá em cima. O lado esquerdo é para quem vai subir correndo.

 

O terceiro trem está sacolejando muito, me fazendo ter náuseas. Uma voz no alto falante anuncia que tem algum problema no transporte, que a velocidade vai ser reduzida e que resolveriam o problema em breve. Como se não bastasse isso, alguma coisa começa a pingar em mim. Olho pra cima e vejo trilhas de gotas do que espero ser água. Ótimo. Até o trem quer me dar um banho.

 

Duas mulheres param na minha frente e começam a conversar. Vou ouvi-las, não só porque quero me distrair, mas porque não sou a única a ouvi-las. Elas estão falando alto, as vozes saindo de suas bocas. Não é exatamente uma invasão de privacidade.

 

Uma se chama Lisandra, a mais magricela. A outra é mais gordinha e ainda não ouvi seu nome. Elas estão conversando sobre cartões de crédito. Lisandra diz que recebeu um cartão horrível que quase ninguém aceita, e que assim que tiver férias a primeira coisa que vai fazer será ir ao banco trocar seu maldito cartão.

 

A mulher que não sei o nome fica acenando com a cabeça, às vezes solta alguma frase com mais palavrões do que os pivetes que encontro nos faróis. Ela está triste, eu sinto que está. Lá no fundo, ela está arrasada, mesmo que seu semblante mostre uma mulher forte e durona. E ela deve estar pensando nesse exato momento nos seus problemas amorosos, senão eu não estaria enxergando sua aura tão forte.

 

Viro meu rosto para a parte de vidro, tentando me concentrar na paisagem lá fora. Não quero saber dos problemas amorosos dessa mulher, nem deveria ser da minha conta. Eu estou enjoada, meus pés estão me matando e tem pingos de água caindo em mim.

 

Mordo o lábio inferior, conto até cinquenta. Não adianta, é como se essas informações estivessem batendo numa porta, na minha porta, e elas querem entram.

 

Suspiro, resignada. Só uma olhada, digo a mim mesma. Uma olhada. Olho mais uma vez para as duas mulheres. Me concentro na mulher cujo nome saberei em instantes.

 

Márcia Soares Erupções da Silva

Ela odeia a parte Erupções presente no nome. Márcia está em um dilema e isso tem a ver com opção sexual. Está solteira e sente atração pela amiga, Lisandra. Elas se conheceram no trabalho, ambas são domésticas. Lisandra é sua amiga e Márcia sente que isso é errado.

Lisandra é casada. Mas o marido é um crápula, ele merecia ser traído? Márcia quer ou não se envolver com uma mulher? Ela não sabe. Isso não sai da sua cabeça.

 

Cruzo os braços, me recusando a prosseguir. Agora eu sei que não só uma delas que está com problemas no quesito relacionamento, as duas estão. Por que eu deveria saber disso se eu não vou ajudar? Pra que eu deveria me meter?

 

Continuo olhando para o vidro. Estamos indo tão devagar que os carros de uma avenida, do outro lado, estão andando mais rápido. Eu queria um carro, mas nem dinheiro pra uma bicicleta nova eu tenho. Vou ter que arranjar um emprego eventualmente.

 

Lisandra e Márcia continuam aqui. Elas estão conversando sobre planos para o futuro e sobre como querem passar as férias. Márcia está com medo desse assunto, ela se sente pisando num terreno perigoso e está com receio de falar o que realmente quer para o seu futuro e que planos quer para as férias.

 

O banco ao meu lado se esvazia e Lisandra pede pra que eu me sente. Minha cara de cansaço está tão visível assim? Agradeço e me sento, sentindo a culpa me corroer. Não é minha obrigação, mas deixo que a voz dela se torne audível. Não a voz que sai de sua boca, mas a que eu penso que sai da alma. Ela não está pensando nisso no momento, então a voz é fraca e baixa.

 

"O meu marido me trai. Ele me bate. Ele mente com muita frequência, e mesmo eu sabendo disso ainda estou com ele".

 

Tudo bem, eu não quero ouvir mais sua voz. É triste e deprimente, diferente daquela que está audível para mais da metade do vagão. Só informações, só isso que eu quero.

 

Lisandra Almeida de Jesus

Ela é casada com um sujeito chamado Rodrigo. Rodrigo é gordo. Não me vem nenhuma imagem dele, apenas sei que está bem acima do peso. Rodrigo bebe com frequência. Ele briga com ela com frequência. Lisandra sabe que ele sempre a traiu.

Merda, ela desconfia que ele tenha outra família.

 

Como eu vou dizer a ela que sei que suas suspeitas são verdadeiras? Ela vai pedir provas, e tudo o que eu tenho é minha intuição que sempre está certa. Quase sempre. Não posso dizer nada a ela.

 

Rodrigo bate nela quando bebe muito.

 

Por que ela está com ele se é tão infeliz? Continuo deixando que as informações venham até mim.

 

Eles têm três filhos, e ela não saberia o que fazer se pedisse divórcio. Rodrigo paga as contas e enche os armários, e ela precisa disso pra sustentar as crianças. Lisandra acha que todo casamento tem seus altos e baixos, e acredita que as coisas vão melhorar.

 

Não é a primeira vez que vejo um caso desses e sei, por experiência própria, que ela não vai me ouvir. Pessoas assim sempre acham que estão certas e não costumam ouvir jovens como eu. Lisandra acha que isso é apenas uma crise, mas já dura anos.

 

Ela tem que se separar dele. O conselho me vem naturalmente, assim como as informações. Ela não pode pedir divórcio do nada, senão ele vai machuca-la, a ela e aos filhos. Rodrigo vai achar que ela não tem motivos pra pedir divórcio e que é frescura de mulher, e Rodrigo pensa que frescura de mulher se cura com tapas.

 

Eu realmente detesto saber os problemas amorosos de desconhecidos, porque o coração é uma das partes mais vitais do corpo. Ela afeta tudo, toda uma vida. Mas eu tenho que confessar, eu gosto da parte dos conselhos. Como se alguém estivesse me mostrando como solucionar os problemas de pessoas como a Lisandra.

 

Ela tem que ir até a casa da outra mulher e pegar os dois no flagra. Lisandra tem que ver o filho que Rodrigo esconde dela, então poderá pedir o divórcio. Ele vai se sentir aliviado a princípio pelo pedido dela e a deixará ir. Nem conheço esse Rodrigo e já o desprezo. Que mente doentia é essa? Pedir divórcio por apanhar é inaceitável, mas pedir porque o pegou no flagra pode?

Lisandra, depois de acertar o divórcio, terá que sumir do mapa antes que a outra mulher chute a bunda dele, porque ,depois disso, Rodrigo vai querer voltar para a primeira família e se arrepender de ter os deixado ir tão fácil.

 

Como eu posso dizer isso a ela? Eu simplesmente não posso. Primeiro, porque Lisandra não vai acreditar em mim. Segundo, porque ela vai se assustar. Mas ela precisa ir embora, droga. Voltar para a casa da mãe, em Mato Grosso. O Par Perfeito dela está lá, seja quem for ele. Lisandra tem que ir embora. Por que ela não percebe?

 

É por isso que odeio ter isso, o que minha avó chama carinhosamente de Dom do Divino. Parece uma maldição. Eu sei que a próxima vez que eu fechar os olhos e dormir, meus sonhos serão povoados por Lisandra, seus três filhos, Rodrigo, Aline e seu filho Marcus.

Olho para Márcia, não vai me custar nada nessa altura do campeonato. Sua aura ainda está brilhando forte, querendo chamar minha atenção. Deixo que a voz dela entre em mim.

 

"Eu nunca senti atração por uma mulher, e maldita seja Lisandra por me fazer gostar dela. Eu não sou lésbica, como poderia? Então por que ela não sai da minha cabeça? Por que ela não termina com aquele crápula e fica comigo?"

 

A solução para o problema de Márcia aparece e é mais simples, sei que posso fazer isso. Eu só tenho que convencê-la a ir a uma festa de casamento que vai acontecer no fim de semana, da qual eu não fui convidada e nem deveria saber a respeito. Isso vai impedir que um certo alguém se declare para a futura nora na frente de toda a família.

 

Que droga. Mesmo o simples me requer esforço. E a minha maior preocupação deveria ser a de chegar atrasada no meu primeiro dia de aula oficial na faculdade.

 

Eu sabia que devia analisar a situação com mais cuidado, juntar mais informações. Mas passei alguns minutos relaxando minha mente, as duas descem na próxima estação e essa estação não é a minha. Estou livre temporariamente. Sei que depois eu vou dar um jeito nisso e sei que isso vai me trazer problemas.

 

Quando, enfim, chego a porta da faculdade, estou quase esgotada. Me sento em uma das cadeiras da recepção, não sei como prosseguir e preciso de ajuda.

 

Um garoto está sentado ao meu lado, lendo algum livro. Observo a capa e vejo que o livro é acadêmico, não me agrada. Volto o olhar mais para cima. Os cabelos dele vão até o ombro e tem uma tonalidade que varia entre o ruivo e o castanho. Eu vejo que sua mandíbula é grande e tem uma barba por fazer ali. Okay, talvez ele não seja tão garoto assim.

 

Olho para a secretária, ela parece estar bem ocupada. Eu não sei com quem falar, não sei o que fazer. Das vezes que vim aqui confirmar matrícula e levar documento, uma mulher baixinha e rechonchuda me atendeu e me ajudou, foram visitas rápidas.

 

— Primeiro dia? — o cara ao meu lado pergunta. Ele tem uma voz forte, um timbre grave. Ele está olhando pra mim. Ele me pegou olhando pra ele?

 

— Sim — eu respondo, sentindo meu coração dar um pulo.

 

Desde pequena eu acompanho as mais diversas histórias de amor, e sempre esperei pelo dia em que aconteceria comigo. Eu encontro o par perfeito dos mais diversos desconhecidos, mas nunca o meu. Vejo um cara bonito, sinto meu coração palpitar e penso que é ele, finalmente Ele apareceu. E então eu quebro a cara ao descobrir que o cara já está destinado a outra. Uma tola romântica, é isso o que eu sou.

 

— Você está atrasada - ele me diz, com os olhos mais azuis que já vi. Minha cor favorita é azul, pelo menos agora é. Estamos sentados lado a lado e estamos respirando o mesmo ar. Quem sabe seja Ele? - Segue esse corredor até o fim e vira à esquerda, vai encontrar os calouros ali.

 

—Hum, obrigada. — Eu digo, pegando minhas coisas e me levantando da cadeira.

 

—Por nada. —ele responde, os olhos se desviando de volta para o livro.

 

Começo a andar, sentindo as minhas mãos soarem. Eu não posso ter outra apaixonite, não depois do que aconteceu da última vez.

 

Me viro pra ele e tento pescar alguma informação, qualquer coisa básica. Só preciso ter a confirmação de que ele não é pra mim, então eu deixo esse sorriso bobo sair do meu rosto.

Minha testa se franze quando não recebo nada. Não vem o seu nome, idade, nada. Tento de novo, colocando mais força dessa vez nada. Ele tira os olhos do livro e me encara. Eu sei que estou olhando para ele com cara de confusa. Eu não devia olhar para ninguém com essa cara.

 

—Não tem segredo, moça - ele pontua cada palavra com calma, apontando o dedo pra me mostrar aonde ir. - É só virar.

 

Volto a andar, sentindo meu corpo todo dolorido. Estou tão cansada por ter atravessado a cidade com aquela porcaria que chamam de transporte público que até meu "poder" está falhando. E são apenas 08h30min da manhã.



 


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Notas finais do capítulo

Eu não sei quando vou postar o próximo capítulo, essa é a verdade. Talvez daqui a uma semana, talvez duas ou três. Veremos. Até lá, você pode ir deixando um comentário ou passeando pelo meu perfil.

Te vejo em breve *_*



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