Par Perfeito escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorei pra postar. Mas cá está, o 2º capítulo da história Par Perfeito betada pela Clessiane Magalhães >



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Não tem segredo, é só virar? O que ele queria dizer com isso? Aquele garoto nem tão garoto assim estava se referindo ao corredor ou ao fato de que eu não conseguia ver ele? Não com meus olhos normais, claro, mas do jeito que ninguém mais consegue além de mim e da minha avó, do jeito anormal.

Isso não tinha saído da minha cabeça até a minha primeira aula começar, e agora voltou para corroer meus pensamentos. É só que eu faço o possível para esconder essa coisa, quase como se fosse uma anomalia do meu corpo e, ao que tudo indica, talvez seja. Eu nasci com alguma deficiência cerebral que pode ser de família, uma herança genética. Haha.

Estou sempre atenta aos sinais, e se alguém descobrisse? E se desconfiassem? Vigilância constante, era o que eu me doutrinei a seguir. Porque quando você conta a seus coleguinhas de infância que está vendo coisas que ninguém mais vê, eles tendem a se afastar de você, chamam a professora e espalham pra todo mundo como se fosse um vírus e quando você menos esperar, seus pais estarão sendo chamados na escola para prestar depoimento. É uma experiência que não desejo a ninguém.

Apesar de que esse cara em questão nunca tinha me visto antes de hoje e pelo que sei, ele só deve estar me achando uma panaca idiota que o encarou mais do que o necessário. E posso não ter visto nada porque estava cansada além da conta e posso tentar amanhã. Se eu voltar a vê-lo, óbvio, pois ele não foi para a recepção de calouros e pode ser meio difícil encontrar ele. Isso se ele estudar ali, já que estava na recepção. Mas ele conhecia o lugar, então ou já se formou ou trabalha ali, não que isso seja da minha conta.

Então por que razão continuo pensando nele? Quem dera poder mudar os pensamentos da mesma forma que se pode mudar uma estação de rádio para outra. Eu podia voltar a pensar nos transportes públicos. E por incrível que pareça esse trem está mais lento do que esteve na ida.

Tudo bem, mudança de foco. Pensar no meu primeiro dia. Assim que encontrei com as pessoas que serão meus novos colegas de turma senti algo estranho. Quero dizer, ninguém está ali pra fazer amigos e isso foi tão diferente da escola, uma prova de que eu cresci. Uma mulher da direção nos deu as boas-vindas e ficou explicando sobre como seria nosso ano letivo e graduação, o que poderíamos esperar da faculdade e depois pediu para que os estudantes se separassem por curso. Fiquei com o pessoal de Administração e fomos guiados para uma sala de aula. As cadeiras não tinham mesa, apenas o que julguei ser um apoiador de braço. Depois que a turma se sentou uma outra mulher apareceu, a nossa coordenadora de curso. Ela foi falando tanta coisa que até desisti de anotar todas as suas palavras, mas tenho quase certeza de que a parte sobre horas extracurriculares era importante, pois ouvi alunos comentando sobre isso depois. Só que eu estava com tanto sono que doía manter os olhos abertos.

Depois entrou nosso professor de Teoria Geral da Administração, o Kléber, que fez com que cada um individualmente fosse até a frente da sala se apresentar. Pensei que ficaria com vergonha, mas depois que comecei a falar sentia vontade de falar mais ainda. Nome, idade, da onde veio, o que gosta de fazer nas horas vagas.

O momento em que ele pediu por uma redação sobre o motivo de estarmos naquele curso que me travou um pouco mais. O que eu poderia escrever? Que só estava ali porque ganhei uma bolsa integral e que não fazía a mínima ideia do que queria fazer da vida, e como o curso dos indecisos e perdidos é administração resolvi embarcar nessa? Eu não poderia escrever isso, e nem deveria. Mas era a verdade então fui lá e entreguei mesmo assim.

Eu deveria estar preocupada com a cara que o professor fez. Ou pior, com o fato de que me indiquei para ser a monitora da sala -mesmo sem saber o que isso significava- e de que tenho que entregar amanhã um resumo de um livro, A Arte da Guerra, de um tal de Sun Tzu. E eu ainda tenho que ligar para os meus pais e contar sobre como foi o meu dia, e tenho que elaborar um discurso para a votação do monitor de classe, e...

Eu voltei a pensar nele, naquele cara. Que livro ele estava lendo mesmo? Acho que tinha haver cegueira. Será que ele faz medicina? Eu tenho certeza de que era acadêmico, sei que era. Eu devia procurar o nome dele na lista dos estudantes de medicina. Ah, espere, eu não posso porque não sei o nome dele. É frustrante isso. O que eu vou ter que fazer, perguntar pra ele? É isso que uma pessoa normal sem essa parada de super poderes nem tão super faz?

O que estou fazendo? Pare de pensar nele, pare já cérebro. Ótimo, pelo menos consegui chegar a salvo na minha estação, agora falta pouco pra voltar pra casa.

Enquanto ando pela plataforma, dou uma olhada em algumas máquinas disponíveis por ali. Compro um refrigerante na primeira, um pacote de salgadinhos na segunda e observo a terceira, está cheia de livros. E meus olhos brilham ao dar de cara com o título A Arte da Guerra, de Sun Tzu por apenas R$2,00. Talvez São Paulo não seja tão ruim assim.

Guardo o livro na mochila, não estou com humor pra ler agora. Vou me arrastando pelo meu caminho e durmo quase que a viagem toda no último trem. Quando acordo, meus olhos e minha boca me dizem que dormi por horas, mas sei que foram apenas 40 minutos. Desço na última plataforma que verei hoje, falta pouco.

Passo pelo meu novo fiscal favorito e me permito ouví-lo.

Por que ela não vê isso? Eu sou o cara certo pra ela. Eu a conheço melhor do que ele. Ela só está com ele porque o conheceu primeiro, sei disso.

Solto um bocejo, isso é tão cliché. Depois eu resolvo isso. Tenho um sentimento em relação a ele... ou pode ser meu sensor de apaixonite apitando de novo. Não esse fiscal, o... merda, lá vai isso de novo. É o sono, tem que ser. E meu coração apitou umas cinco vezes na aula enquanto eu observava os alunos e procurava por um possível crush. Qual é? Eu sou apenas uma adolescente começando a vida, é normal pensar tanto em garotos. Pelo menos não bisbilhotei a mente e o coração de ninguém, apesar de que o garoto que fazia arquitetura e que mudou de curso me chamou a atenção, ou quase. A aura dele brilhava levemente e fiquei tentada a ver quem era a garota pela qual ele sentiu um frisson. Qual era o nome dele mesmo? Ah, sim, Renato. Não foi culpa minha, eu fiz o possível para bloquear. Mas é tão fofo ver e é tão bonitinho testemunhar isso ao vivo. Uma pessoa olha pra outra pessoa pela primeira vez e bingo, seu coração bate mais forte e sente o que chamam de "amor a primeira vista". A maioria não vê nem sente nada porque não percebe o ambiente a sua volta, não observa os desconhecidos que estão por ali. Ou eu que sou uma descendente de alienígenas que nem deveria estar morando nesse planeta pra começar.

A única coisa boa na volta da faculdade é que a maioria das linhas de trens estão vazias, então o fato de ter encontrado assentos vazio e ido sentada me descansou. E é claro, eu só tinha descidas até chegar em casa, o que era um alívio para os meus pobres pés.

A primeira coisa que eu faço ao chegar em casa é lavar as mãos. Eu realmente, realmente detesto encostar qualquer parte da minha pele naqueles vagões, é tudo tão sujoo e nojento. Eu seria muito esquisita se passasse a usar luvas lá dentro, mesmo que estivesse um calor infernal? Eu tenho que me segurar naquelas barras ou correr risco de cair e quebrar um dente. Tão higiênico.

Quando penso que já esfreguei minhas mãos o suficiente e que elas já estão duras de tanto sabão, pego uma garrafinha de água gelada e começo a beber de uma vez. Meus dentes doem com o contato do gelo, mas minha garganta agradece.

Olho ao redor da pequena casa, meu novo lar. Eu me sentia muito bem ali, mais do que na casa dos meus pais, e mesmo assim não me sentia de todo confortável. Será que um dia eu me sentiria bem o suficiente pra chamar algum lugar de meu? Eu tinha sérias dúvidas quanto a isso.

A casa consistia em uma sala, uma cozinha, dois quartos e ficava no meio de dois estabelecimentos. Minha avó, Benedita, era dona da loja de vidências, e meu avô, Wilson, era dono da loja de antiguidades e reparos. Os dois já tinham pensado em juntar ambos os estabelecimentos em um só ou deixar um do lado do outro afim de juntar clientes, mas as brigas eram tantas que a fachada de cada loja dava pra uma rua diferente.

MInha cabeça começou a latejar mais forte do que o habitual, e tomo meu comprimido. Benedita aparece e franze a testa ao me ver. Ela nem precisa perguntar, o cansaço no meu rosto diz por si só.

—Fez de novo, Wanda? De novo? -ela pergunta, torcendo a cara.

Dou de ombros, o que posso fazer? Já passamos por isso antes, e nem precisaria ser a droga de um vidente pra saber o que viria a seguir.

—Quantas vezes eu tenho que te lembrar que isso aqui não é uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece e se respeita? -Pensei em comentar que não era porque a minha cidade não tinha nem um milhão de habitantes que eu conhecia todos. Céus, eu não conhecia nem as pessoas do meu bairro, mas decidi ficar quieta. - A forma como você usa seu dom, isso não vai dar certo aqui, sabia? Você vai se meter em grandes problemas, e está se arriscando sem motivo. É errado a forma como você os usa, na verdade, a palavra certa é desperdício. Um. Completo. Desperdício. Querida, eu só quero o melhor pra você. Não estou pedindo pra parar, mas pra mudar sua forma. Deixe que eles venham até você por vontade própria.

Soltei um suspiro, resignada. Vovó era uma boa pessoa, mas ela também tinha uma parcela de ambição no sangue. Ela cobrava para ajudar as pessoas, e a loja de vidências era uma fachada. Benedita podia saber e ajudar as pessoas em se tratando do seu Par Perfeito sem uma bola de cristal, mas dizer a todos que era uma vidente, segundo ela, era mais aceito. Vai entender.

—Está tudo bem, vó, de verdade. Não fiz nada demais, só ouvi… -rapidamente percebi meu deslize, e tratei de me corrigir. - Você sabe, elas estavam falando em voz alta e eu fiquei curiosa. Chequei algumas informações e foi só isso.

Benedita me olhou mais uma vez, como se estivesse tentando me pegar na mentira. Mesmo com toda aquela coisa de receber informações das pessoas, saber seus pares perfeitos e conseguir dar um empurrãozinho para finais felizes, ouvir aquelas vozes não me parecia bom sinal, e se vovó não tinha essa parte do meu dom eu que não iria falar pra ela.

— É só que a viagem é longa, e o dia foi bem puxado. Logo, logo me acostumo com a vida na cidade grande. -concluí, torcendo pra que ela mudasse de assunto.

— Eu só não quero que você se machuque, querida. - ela começa a dizer. - São Paulo é uma metrópole, são muitas pessoas e você não conhece elas. Não sabe quem são seus familiares, se estão metidos com drogas ou armadas. Sei que já fez isso antes, mas cidade do interior é brincadeira de criança comparado a esse lugar. É uma selva de concreto.

Concordei com a cabeça apenas pra terminar logo com isso. Eu a amo e sei que só tem a intenção de me proteger, mas querer que eu pare de fazer de graça e traga clientes pra ela não vai rolar, sem chances. E esse é um dos motivos pelos quais eu não falo das vozes. Ela não tem essa habilidade e contar só vai fazer com que o ciúme e a inveja voltem.

—Onde está o vovô? - pergunto pra tentar mudar de assunto.

— Onde você acha? Naquela porcaria de novo.

Aquela porcaria, como Benedita a chama, é a loja de antiguidades dele. A loja dele não é escura, cheia de fumaça ou incenso, então com toda certeza ganha pontos comigo.

— Vou avisar a ele que cheguei. - digo, indo até a porta dele.

— Boa sorte com isso. - ela diz, toda mal humorada.

— Oi vô. - anuncio ao passar pela porta e me apoiando na mesinha de fundo.

Wilson não me ouviu e nem faço questão de chamar sua atenção. Ele está admirando um objeto e parece vidrado nele. Deve ser bem antigo e ter uma história muito interessante pra fazer meu avô se concentrar tanto nele.

— Ele só vai me olhar dessa forma quando eu tiver mais de um século de existência. - Benedita suspira, se sentando ao meu lado. - O que eu faço pra ele prestar atenção em mim, Wanda?

Não respondo, sei que essa é uma pergunta retórica e não entendo o quadro todo. Vovó tem a capacidade de encontrar o par perfeito pra qualquer pessoa. Ela recebe informações das pessoas e conselhos para ajudá-los. Por que ela não consegue ajudar a si mesma e Wilson?

Eu não consigo vê-los e já tentei várias vezes, mas é como se algo os bloqueasse. Eu conseguia ver o dos meus pais, mesmo que isso não me agradasse. Então porque com os meus avós era essa coisa nublada? Não tinha nada emanando da minha avó, nunca, era como tentar me ler, eu simplesmente não posso e me acostumei com isso. Porém, e a do meu avô? Sei que tem algo ali que eu poderia ver, mas está preso. Às vezes, penso que Benedita que fez isso com ele, o bloqueou.

—Wilson? Wilson! - Benedita o chama, tentando tirar a atenção dele do tal objeto para ela. - Seu velho imprestável, eu ainda não morri pra você me ignorar dessa forma!

Me levanto e saio o mais rápido possível da loja, quando eles começam com isso podem ir longe e eu não queria estar no meio disso. Se eu pudesse de alguma forma ajudar eu faria, mas nem me ajudar eu conseguia. Queria saber quem é o cara certo pra mim e que ele aparecesse, mas pelo que sei ele pode estar morando do outro lado do planeta, ou nem ter nascido ainda.

Entro no meu quarto, pego meu caderno e o jogo na minha cama. A coisa boa do meu quarto é que eu tenho um banheiro próprio, um que tinha sido feito recentemente pra mim antes de eu me mudar pra cá. Vou tomar banho.

Enquanto a água do chuveiro cai pelo meu corpo, meus pensamentos se dirijem às mais diversas pessoas que já conheci e no quão perto estavam do seu final feliz e, ao mesmo tempo, tão longe. Essas precisavam de um empurrãozinho, um que talvez eu nunca fosse ter. Ninguém viria me ajudar, mas eu estava fadada a ajudar os outros. Menos a mim e a minha família. Quanta ironia.

Eu tento não ser tão pessimista ou chorona na maior parte do tempo, eu nem sou de reclamar. Não na maior parte do tempo. É só que tudo está mudando tão depressa e eu não me acho. Hoje foi o meu primeiro dia de aula na faculdade e o que posso dizer dele é que vai ser um longo ano. Não estou preparada para mudanças, mas é preciso se adaptar.

Meu celular toca, anunciando uma mensagem. Visto uma blusa de mangas e shorts, me sento no meio da minha cama e começo a ler as mensagens. É Rebeca, a minha melhor amiga. Houve uma época em que eu cheguei a acreditar que poderia contar tudo a ela, mas não me sinto culpada por esconder tantas coisas. Rebeca mentiu pra mim a maior parte do tempo, o que não é um problema tão ruim. Às vezes, não mostramos todas as nossas partes, e mesmo assim estamos  nos dando. É uma grande coisa.

Rebeca está querendo terminar com o namorado e não sabe como. Eu leio a mensagem dela de trás pra frente, tentando descobrir algo oculto. Como a parte em que ela está muito assustada pelo fato de que o sogrinho querido dela é um traficante, e ela está com medo da reação do garoto com um término. Eu realmente gostaria  de deixar que as pessoas a minha volta decidissem por vontade própria o que vão fazer com sua vida amorosa, mas e quando elas não sabem? Isso afeta tudo ao redor dela, até mesmo as pessoas com que convive. E se Rebeca termina com esse cara e ele resolve dar o troco? E a família dela? Estou vendo que terei que fazer uma visita a ela mais cedo do que pensei.

Ouço os gritos de Benedita ecoando pela casa, espero que ninguém chame a polícia dessa vez. Quando minha avó quer, ela consegue ser insistente. Coloco meus fones e deixo minha playlist tocar enquanto pego meu bloco de anotações e começo a traçar planos.

Amanhã, tentarei sair mais cedo da faculdade e irei até a casa da Lisandra. Observarei o terreno em que estou pisando, darei uma olhada nas coisas. Na volta pra casa, tento ter uma conversa amigável com o fiscal, ver se ele me descola um convite de casamento. E quando eu chegar em casa, pergunto de novo pra vovó o motivo de eu não conseguir ver nada dela. É, é isso. Não parecia um plano tão difícil assim. Eu só precisava sobreviver às próximas horas.

Começando por responder a Rebeca. Eu precisava me certificar de que ela não iria meter as mãos pelas pernas enquanto eu não chegasse lá.

Wanda : Como assim quer terminar com ele? Você disse que ele era o escolhido, o cara certo.

Espero pela resposta dela, estou nervosa e preocupada. Rebeca não pode terminar com ele ainda, não até que eu o veja e descubra a melhor forma de lidar com a situação.

Rebeca : Homens são homens, certo? Talvez ele não seja pra mim. Acho que sou (NÃO SURTA) lésbica.

Até parece. Era essa a desculpa que ela iria usar com ele? Seria cômico se fosse verdade.

Wanda : Seu quarto está cheio de pôsteres de homens seminus. Quando foi que trocou todos elea por fotos de MULHERES seminuas?

Rebeca está digitando pelo que parece séculos. Fico esperando por um texto enorme e ela me vem com uma frase.

Rebeca : Sinceramente, não sei.

Respiro fundo, tentando manter a calma. Não posso perder o controle e mandar algo errado.

Wanda : É um péssimo momento pra se terminar com alguém. Baby, é o mês dos namorados.

Rebeca : É fevereiro. Não estamos nos estados unidos, querida, então não conta.

Wanda : Tanto faz. E estou pensando em te visitar mais cedo, o que acha?

Ela visualiza e demora a responder. Penso se não fui longe demais.

Rebeca : Você não tem faculdade??

Wanda : Você não tem psicólogo?? Como você mesma diz, faz bem pra saúde faltar aos compromissos.

Rebeca : Não é um bom momento...

Antes que eu possa responder de volta, Rebeca está digitando.

Rebeca : Falando em psicólogo, voltei para as consultas. A família está toda feliz, vão fazer até um churrasco hoje. Vou ir pra lá agora, beijos.

Mal termino de ler e Rebeca está offline. Ou ela está mentindo ou a família dela é mais desequilibrada do que eu pensei, já que a Rebeca é vegetariana e fazer um churrasco pra comemorar a volta dela ao psicólogo era no mínimo ridícula.

Tiro os fones de ouvido e volto a ouvir os gritos. Como vou ligar pra mamãe desse jeito?





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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo capítulo ♥



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