Lost escrita por Gabs


Capítulo 3
III




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—Eu gostaria que vocês me dissessem o quão fortes vocês acham que são. –ele colocou as mãos atrás das costas e continuou nos olhando fixamente enquanto esperava por uma resposta. –Se vocês olharem para este garoto, por exemplo, -ele apontou para um garoto consideravelmente musculoso que estava sentado mais ao fundo da sala.-, diriam que ele é forte não diriam?

—Acho que sim, por que é visível. –uma garota respondeu aparentemente com medo, apenas não conseguia distinguir se o medo era da resposta que o professor a daria, ou do professor em si.

—Mas e se eu dissesse para vocês que, este garoto forte tem medo do escuro?

Todos começaram a se entreolhar, o garoto estava confuso e envergonhado, impossível que o professor tenha acertado aquilo, ele parecia estar subestimando a aparência dele.

—Quando vocês olham para este garoto pensam que ele não ganharia uma briga contra ele não é? –ele pediu para que Joshua que estava sentado do meu lado e o garoto forte se levantassem. –Mas acontece que estão errados, este garoto que vocês subestimam de maneira tão superficial poderia ganhar contra este aqui mais fácil e rapidamente do que vocês imaginam, porque ele é mais rápido e ágil. Joshua, quando seus pais adotivos te disseram que você é hiperativo, espero que não veja isso como algo ruim, é algo muito bom. –ele apertou de leve o ombro do garoto, que parecia chocado, mas ao mesmo tempo agradecido.

Joshua arregalou os olhos e por apenas um segundo pareceu indefeso ao olhar para o professor, provavelmente se perguntando assim como eu, como o professor sabia daquilo. Megan e Sophia pareciam igualmente chocadas.

É como quando Layer me chamou pelo nome quando eu não o disse a ela, a diretora... Eles sabem de coisas sobre nós que nós nunca chegamos nem ao mesmo mencionar, é um tipo de trapaça, sabotagem. É injusto conosco.

O professor deu a permissão para que Joshua e o outro garoto se sentassem. Me arrepiei completamente com algo não identificado, não havia sido o vento ou algum barulho. Comecei a observar a sala atentamente, aparentemente não havia nada de errado, mas eu não estava lá há tempo suficiente para afirmar com certeza.

—Tem algo errado? Você parece estar desconfiada. –Megan murmurou tão baixo quanto pôde na tentativa de não ser pega pelo professor.

—Eu não tenho certeza ainda.

—Katherine, não esperava vê-la aqui. –a voz do professor se fez ser ouvida.

Eu realmente espero com todas as minhas forças que eu não seja a Katherine da qual ele esteja falando, de verdade. Porém quando levantei meu olhar na direção dele, infelizmente era eu a Katherine da qual ele falava.

—Como me conhece? –soltei. Eu juro que não tinha ido direto ao ponto de propósito, é que tudo naquele lugar estava me deixando confusa, era aconchegante, porém misterioso ao mesmo tempo, eu não conseguia me sentir confortável ali.

Fora o fato de todos saberem quem você é, exceto você. O que é, sem dúvidas, frustrante.

O professor franziu o cenho me olhando seriamente, eu estava começando a me sentir mais ansiosa do que já estava a cada segundo que se passava que ele não dizia nada, céus professor fale algo!

Ele sorriu de canto parecendo subitamente satisfeito e disse: - A pergunta correta é: você se conhece?

Senti-me inexplicavelmente intimidada com aquela pergunta, estreitei os olhos e me foquei em respirar fundo para não dizer algo desrespeitoso e acabar de castigo, detenção, câmara de tortura, ou seja, lá qual for o método de “correção” de alunos daqui.

—Acho que não tanto quanto o senhor me conhece professor, porque todos aqui parecem conhecer os alunos, exceto os próprios alunos. O que é, no mínimo, injusto. –respondi com toda a coragem e audácia que consegui reunir, mas consegui me arrepender em milésimos de segundo.

—Não temos culpa se não sabem quem são. –ele me deu as costas e começou a caminhar em volta dos alunos. - E é exatamente por isso que estou aqui, talvez achem meus métodos um tanto quanto... Chocantes, é, essa com certeza é a palavra certa.

Muitos alunos que estavam mais próximos de onde ele estava, que é no fundo da sala, nos observando de cima como se nos julgasse, ou examinasse. Apenas sei que aquilo estava se tornando perturbador.

—Mas tenho certeza de que entenderão que isso aqui é a aula mais importante de todas, as aulas mundanas, tais como inglês, matemática, química, são completamente inúteis agora. Lembrem-se disso. –ele mantinha o olhar superior sobre nós o tempo todo, eu estava começando a ficar realmente farta daquilo. –Claro que, muitos de vocês irão me odiar e até mesmo me xingar até as ofensas acabarem, mas eu não ligo para isso. Já que é exatamente isso que vou ensinar para vocês aqui. A se protegerem emocionalmente e psicologicamente.

Fiz uma careta de quem não estava entendendo nada do que ele quis dizer quando em milésimos de segundo ele estava me encarando ajoelhado bem na minha frente.

—O que... –tomei um susto tão grande que caí para trás e fui segurada por Joshua.

—Não imaginei que você fosse ser a primeira a desgostar de mim, Katherine. Uma pena já que passaremos muito tempo juntos.

Eu juro que isso me assustou de verdade.

Eu ia perguntar como caralhos ele também sabia meu nome sem eu ter dito nada a eles e perguntar o que ele quis dizer com “vamos passar muito tempo juntos”, porque isso não me soou bem, de jeito nenhum.

Mas o sinal do inferno tocou e ele se levantou no mesmo segundo e apenas disse: - Vejo vocês em dois dias, estejam preparados. Dispensados.

E nos deu as costas.

Todos os alunos que saíram daquela sala quase saíram correndo para fora quando o sinal tocou, eu não estou acreditando que eu troquei aqueles demônios fantasiados de crianças pelo Diabo em pessoa!

Está para nascer alguém com tanta má sorte quanto eu.

—Você viu Kate? Ele disse que minha hiperatividade é uma coisa boa! Eu fiquei tão feliz! –Joshua estava dando pulinhos enquanto falava, ele é tão fofo. E ele definitivamente parecia feliz.

—Que ótimo, a única coisa que ele fez comigo foi assustar até a última célula restante no meu corpo. –respondi o garoto com um sorriso torto, eu ainda não tinha me recuperado daquela aula.

—Ele foi realmente muito... Direto. –Sophia comentou parecendo estar ainda um pouco receosa. Ela estava com a cabeça levemente abaixada com seus cabelos loiros na frente do rosto e segurava as próprias mãos, mexendo os dedos sem parar.

—Acho que eventualmente vamos nos acostumar com ele, até porque não temos escolha. –Megan nos fez o favor de lembrar que estamos trancafiados aqui contra a nossa vontade.

Respirei fundo e continuei seguindo os outros alunos ainda com Joshua segurando meu antebraço ainda parecendo muito feliz.

Quando me dei conta estávamos entrando em uma parte aberta da escola, se é que posso chamá-la assim.

—É impressão minha ou isso aqui é uma quadra de esportes? –Megan estava tão confusa quanto eu, uma quadra era a última coisa que eu esperava ver aqui.

Olhei em volta e vi que os veteranos babacas estavam sentados na arquibancada nos analisando um por um, eu não sei por que, mas eu não confio nesses caras.

—Não pensei que os novatos fossem ser tão magrinhos assim, que decepção. –um homem largo o suficiente para ser comparado com uma parede surgiu do nada do meio da quadra e pior, já apareceu nos diminuindo!

—Parem de me olhar com essas caras de mortos e comecem a correr! Quinze voltas na quadra e eu quero ver todos esses cabelos presos! –ele gritou enquanto batia as mãos para que nós começássemos logo, eu tomei um suto tão grande que apenas comecei a empurrar Joshua que começou a correr e fui atrás tentando prender meu cabelo sem tropeçar no meu próprio pé e acabar caindo no chão.

Nem preciso dizer que na oitava volta eu já me sentia sem pulmões, preciso?

Joshua e Megan pareciam estar disputando quem terminaria a corrida primeiro por mais que Megan também parecesse prestes a desmaiar, Joshua era um dos mais tranquilos ali, corria numa tranquilidade tão grande que parecia estar fazendo cooper, porém ele era o primeiro disparado na frente.

Quando terminamos a décima quinta volta eu me sentei no chão imediatamente tentando recuperar o fôlego, Joshua estava sentado do meu lado também ofegante, porém muito mais calmo do que eu estava, Megan parecia prestes a desmaiar no chão, e Sophia... Onde está ela?

Procurei a garota pela quadra e quando a achei ela estava conversando com um dois dos veteranos esquisitos, e ela não parecia estar se sentindo confortável.

Bati na perna de Joshua que me olhou confuso.

—Vem comigo. –chamei-o que se levantou e me seguiu rapidamente, era óbvio que eu ajudaria Sophia caso ela estivesse com problemas, e pelo que parecia, ela estava.

—Oi Kate, eu hum... –ela tentou dizer algo quando eu me aproximei, mas acabou só murmurando umas coisas que não entendi. Olhei para os dois garotos com o olhar mais frio que consegui, mas eles nem sequer se incomodaram.

—Nós estamos sentados ali, não quer ir se sentar conosco? Você parece bem cansada.

—Não, estamos conversando com ela, ela não pode ir agora. –mal terminei a frase quando os dois me interromperam com aquelas caras que... Eu estava com uma vontade incontrolável de mandá-los pro inferno, se já não estivéssemos nele.

Franzi as sobrancelhas quando os olhei, porque eles estavam falando como se tivessem algum poder sobre a garota?

—Vocês não são donos dela, babacas. E ela vai com a gente, sim. –peguei a mão da garota e a puxei para longe deles, ah se eu tivesse a chance de acabar com a raça deles. – Você tá bem Sophia?

—Eu... Fiquei assustada.

Respirei fundo mantendo a calma novamente, pelo menos ela estava bem, o susto passaria.

—Kate, eu acho que... –ouvi a voz de Megan que parecia alarmada, mas mal tive tempo de olhar para a garota.

Senti meu ombro esquerdo ser puxado para trás bruscamente e minhas costas colidiram com o chão com força me fazendo soltar um gemido de surpresa e de dor.

—Mas que p... –murmurei ainda com os olhos fechados com força, minhas costas doíam um pouco e o susto que tomei fez meu coração quase saltar pela boca.

—Frederick eu acho melhor você sair de perto dela antes que eu chegue aí, e nem pense nisso...! –a voz grave do professor se fez ser ouvida antes de eu ser puxada pela parte de trás do colarinho do uniforme e deixar de sentir o chão debaixo de mim.

Quando abri os olhos estava em pleno ar sendo segurada por alguém pelo colarinho do uniforme, quase me sufocando. Logo em seguida fui jogada em um chão de pedras, rolei e me sentei no chão, quando pude finalmente entender o que estava acontecendo vi o garoto que antes estava com Sophia estava ali na minha frente, eu não acredito que foi esse desgraçado que fez isso comigo!

—Eu sou muito possessivo sabia? –ele começou a dizer, com um sorriso de canto e mãos nos bolsos de sua calça jeans.

E eu não poderia me importar menos com esse cara.

—Então eu não gosto quando tiram de mim meus brinquedos, como você fez com a Soph. –ele sorriu.

—Você é muito audacioso de sequer dizer o nome dela. E realmente covarde de ter me trazido até aqui, seja lá onde aqui for, só para fazer um monólogo egoísta. –respondi me levantando do chão com todo o orgulho que me restava.

—Você é muito mais irritante do que eu pensava que fosse, e eu achava que poderia me aproveitar de você... –ele veio andando em minha direção e eu franzi o cenho, o que esse idiota estava querendo dizer?

Ele agarrou meu braço e me levou até a beirada de onde estávamos, que descobri ser o telhado do colégio! Aquele filho de uma puta planejava me jogar de lá de cima?

—Adeus pedra no meu sapato Williams. –ele sorriu e me empurrou da beirada.

Comecei a cair e arregalei meus olhos, a raiva que eu sentia era capaz de matá-lo à distância, mas quando o olhei novamente Joshua o havia empurrado e esticava o braço em minha direção parecendo tentar me pegar, porém eu já estava distante demais.

Soltei o ar que estava segurando e percebi que aquele era um jeito deprimente de morrer, porque eu agora tinha alguns amigos e um lugar bom para ficar, e tudo isso seria tomado de mim por um idiota qualquer?

Senti uma lufada de ar quando dois braços me seguraram no ar, meu coração quase pulou para fora novamente.

—Sinto te decepcionar, mas hoje não é o seu dia de partir. –um garoto de cabelos vermelhos me disse sorrindo, eu estava desconfiada, mas de qualquer maneira ele havia me salvado da morte, eu tinha que ser pelo menos um pouco grata!

Ele me levou de volta lá para cima e sorriu para mim de novo, antes de ir em direção ao outro garoto que era agredido por Joshua que parecia desesperado.

—Pode deixar ele comigo agora, vá falar com sua amiga. –o garoto de cabelos vermelhos colocou a mão no ombro de Joshua que olhou para trás e veio correndo me abraçar.

Enquanto o garoto me abraçava percebi que eu estou definitivamente louca. Porque nas costas do garoto de cabelos vermelhos eu podia jurar que haviam grandes asas de um cinza escuro que vez ou outra se movimentavam conforme ele conversava com o outro garoto.

—Joshua, por favor, me diz que você também tá vendo asas naquele garoto e que eu não tô doida. –eu estava petrificada no lugar, eu não estava acreditando no que meus olhos estavam vendo! -Eu devo ter batido a cabeça muito forte, só isso. –me levantei do chão e olhei para Joshua que estava encarando os dois garotos tão intensamente que mal percebeu que eu havia me levantado.

—Não, você não está doida, eu também estou vendo. –ele respondeu num tom de voz surpreendentemente sério.

O que eu fiz para merecer isso?

Voltei a prestar atenção nos dois garotos mais velhos que conversavam e vi quando o avermelhado empurrou o outro de cima do prédio e em seguida começou a andar em nossa direção casualmente, como se não tivesse acabado de jogar uma pessoa do telhado.

—Ele está bem, eu prometo. –ele disse quando se aproximou o suficiente de mim.

Deve acontecer sempre por aqui os alunos jogarem uns aos outros da merda do telhado, né?

—O que está acontecendo aqui? Um garoto tenta me matar, então outro garoto com asas vem e me ajuda e depois o empurra do telhado? Isso é normal para vocês? Eu quero sair daqui, agora. –respirei fundo, eu estava em pânico, eu não sabia mais o que estava acontecendo.

Ele me olhou parecendo intrigado por alguns segundos como se eu fosse um extraterrestre e então estendeu a mão para mim.

—Você é sempre muito eficiente Max, mas eu posso assumir a partir de agora, obrigado. –um garoto loiro havia pulado aqui para cima!

Eu devo estar realmente muito doida, eu sabia que não devia ter comido aquela comida, eu sou uma idiota. Agora estou vendo coisas, maravilha.

—Tudo bem Thomas, vou levá-lo lá para baixo então. –ele sorriu para Joshua e disse: - Vamos?

—Para onde vai me levar? –Joshua estava visivelmente se sentindo ameaçado, ele parecia prestes a atacar o garoto a qualquer segundo.

—Vou te levar lá para baixo, na quadra. A não ser que você prefira ficar aqui em cima.

Joshua não disse nada apenas seguiu o garoto até a beirada, se dando por vencido.

—A Kate não vem? –ele perguntou ao garoto, que aparentemente se chamava Max.

—Thomas vai levá-la, não precisa se preocupar.

Joshua assentiu com a cabeça e Max abriu as asas e desceu com o pequeno garoto em seus braços.

Expirei o ar e massageei as têmporas, eu realmente devia ter pulado daquele táxi quando tive a chance.

—Você está bem?

—O que está acontecendo aqui? O que são vocês? –exclamei. Eu estava cansada de não saber nada, eu queria explicações, eu precisava de explicações.

—O que somos nós, minha querida. –ele respondeu com feições monótonas.

—Eu? Não. Eu sou normal, está vendo? Nada de asas ou super pulos, normal. –eu gesticulava para ele, ele não podia insinuar que eu era como eles, devia ser uma piada.

—Vocês são tão chatos quando não sabem de nada. –ele comentou apertando os lábios em uma linha reta. –Vamos descer logo.

Ele me pegou no colo como se eu fosse uma mochila que você segura sem esforço algum e saltou de lá de cima o que fez com que eu abrisse a boca num perfeito “O”.

Atingimos o chão suavemente, sem quebrá-lo ou nada do tipo. Que era exatamente o que eu estava esperando que acontecesse, que o chão se rachasse e formasse um buraco quando pousássemos, mas foi tão... Decepcionante.

Ele me colocou no chão e ergueu uma sobrancelha quando disse: - Está vendo? Quanto mais rápido você aceitar, mais fácil será.

—... Eu juro que se eu pudesse eu acabava com a sua raça Frederick! Você deveria agradecer aos Deuses o fato de que eu não posso. –o professor gritava com Frederick enquanto todos os outros olhos estavam em mim e no garoto de cabelos loiros, que eu já esqueci o nome.

Ele ainda estava inclinado em minha direção quando olhou em volta e percebeu todos os olhares em nós, respirou fundo, colocou as mãos nos bolsos da calça e saiu do local.

Todo mundo aqui age como se nada tivesse acontecendo ou são só esses garotos?

—Você está bem? Ele te machucou? –Megan segurou minhas bochechas e virava meu rosto procurando algum possível machucado.

—Ele me jogou de cima do telhado, Megan. –respondi.

A garota arregalou os olhos e ficou parada me encarando.

Eu também não acredito Megan.

—Alunos, por favor, compareçam no salão principal depois da refeição em vinte minutos, por favor. E isso vale para todos. –a diretora estava na entrada para o interior do colégio com o loiro ao seu lado com sua feição monótona novamente.

—Eu não vou comer mais nada daqui! Eu tive alucinações graças a essa comida maldita! –exclamei fazendo os três ficarem assustados.

—Katherine, você não estava tendo visões. –Max se abaixou ao lado de Joshua com suas asas encolhidas atrás de si. –Elas são bem reais.

Fiquei boquiaberta novamente, era muito mais fácil acreditar que eu estava tendo visões do que acreditar que aquele garoto realmente tinha asas.

—Eu não acredito no que estou vendo. –Megan comentou baixo, parecendo surpresa.

—Podem tocar.

—Se você já terminou de exibir seu conjunto de penas, precisamos ir para o refeitório Max, todos nós. –o garoto loiro havia voltado.

—Tudo bem chefe. –Max levantou-se revirando os olhos e em seguida nos olhou. –Ele tem razão, o que vai acontecer agora é importante, precisamos ir.

Importante? Espero com todo o meu coração que eles revelem que isso tudo é uma pegadinha e que vamos embora. Com todo o meu coração.


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