Lost escrita por Gabs


Capítulo 12
XII


Notas iniciais do capítulo

Já faz um tempo que nao venho aqui, eu estava desanimada e com bloqueio, mas estou de volta, a escola tambem esta colaborando bastante para minha falta de tempo então peço desculpas, mas eh provavel q volte a acontecer, infelizmente.
Gostaria de agradecer a beea por ter me mandado um comentário pedindo por mais um capitulo entao aqui vai ❤️



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—Você fez o que?!—Megan bateu as mãos na mesa com força fazendo um barulho alto em pleno café da manhã, não podíamos culpá-los por estarem nos encarando como se fossemos loucas.

—Pare de gritar! Não é como se isso fosse fácil pra mim. -fiquei sob a mesa para colocar minha mão sob a boca da garota, antes que dissesse algo comprometedor.

Murmurou algumas coisas que não entendi até que tirei minha mão de sua boca e ela não parecia muito feliz.

—Deve ser extremamente difícil pra você beijar o garoto mais bonito do colégio, imagino.  -cruzou os braços.

—Você confia nele? -Sophia perguntou, senti que nenhuma das duas confiava nele.

—Confio, ele salvou minha vida. Não posso dizer que o conheço cem por cento, mas não somos mais completos estranhos.

—É difícil para nós como suas amigas aceitarmos algo assim tão de repente, você entende, certo? -Sophia estava escolhendo cada uma de suas palavras com cuidado, sentia que estávamos andando em uma corda bamba.

—Especialmente quando há uma semana atrás você o odiava com todas as forças, é muito confuso para acompanharmos.

—Eu…

—E agora você passa mais tempo com a espécie alheia do que conosco, o que está acontecendo? -ok, eu realmente me sentia sendo atacada.

—Bem, eu sou obrigada a passar mais tempo com eles do que com vocês…

—Depois que voltou daquele baile quase não foi às aulas e nunca nos contou o que aconteceu. -fui interrompida novamente, estava ficando irritada.

—Muita coisa aconteceu, muita coisa da qual eu não tenho controle. E eles estão me ajudando bastante, aliás. -senti que devia defendê-los, primeiro porque não estavam fazendo nada de errado e segundo que não sei o que seria de mim sem eles, eu provavelmente nem estaria mais aqui.

O sinal tocou e Megan continuou a me encarar por mais alguns segundos antes de se levantar, parecia estar se sentindo traída, não, com certeza se sentia traída, mas ela não sabia o que acontecia quando ela não estava por perto, ela não sabia de todas as vezes nas quais Morgana e Thomas me ajudaram seja salvando minha vida ou me dando apoio.

No final, todos eram adolescentes comuns de uma maneira ou outra, sentiam ciúmes, sentiam excitação, raiva, e principalmente, muita impulsividade. Diziam e faziam coisas ruins e irreversíveis sem pensar duas vezes, e podia perceber que se arrependiam depois. Nem todos, claro. Frederick nunca me pediu desculpas, não que eu faça questão.

Até mesmo porque de forma suspeita eu nunca mais havia visto o garoto depois da noite em que me atacou e Thomas “cuidou dele”, tentava não pensar mais do que o necessário sobre o assunto.

—Não vem? -Sophia chamou alternando seu olhar entre mim e Megan que parecia impaciente.

—Não, tenho que encontrar Thomas e Morgana.

—Não é nenhuma surpresa, vamos então. -Megan praticamente rosnou e saiu arrastando Sophia pelo corredor.

Suspirei e decidi que conversar com Megan enquanto ela estivesse nervosa comigo não adiantaria de nada, quando tentei ela jogou infinitas acusações em cima de mim e não aceitou minhas explicações, de que adiantaria tentar mais uma vez no mesmo dia?

Senti uma mecha de meu cabelo ser puxada de leve por alguém atrás de mim e me virei devagar apenas para dar de cara com Max que sorria de uma forma cafajeste, senti que ele iria me pedir algo.

—Aconteceu alguma coisa entre vocês três? -sentou-se ao meu lado e apoiou o rosto no punho.

—Megan está com ciúmes. -resumi.

—Ciúmes? Que bobagem, ciúmes de quem?

—Você, Thomas e Morgana.

Ele pareceu surpreso por um momento antes de rir de leve e comentar: - Posso passar algum tempo com ela, se ela quiser.

—Vou fingir que não entendi o que quis dizer com isso. -me levantei rindo da cara de pau do garoto. -Viu Thomas por aí?

—Não, o que está fazendo aqui sozinha, falando nisso? Nunca vi Thomas ser tão incompetente. -cruzou os braços numa falsa indignação enquanto olhava ao redor procurando-o.

—O único incompetente aqui é você, retardado. -Thomas entrou no refeitório e deu um tapa na nuca de Max fazendo o garoto rir e jogar a cabeça para a frente.

Ele vinha com Morgana e Deuses, ela estava muito bonita mesmo. Usava uma calça de couro com botas, e uma regata branca.

—Morgana demorou uma eternidade para sair daquele quarto. -exclamou, justificando seu atraso.

—Meu bem, demorei porém estou incrivelmente esbelta.

—Não vamos fazer nada de interessante hoje Morgana, não precisava ter se produzido. -Thomas suspirou e parecia já ter dito aquilo antes.

—Não ouvi um “bom dia Kate”, desde que chegaram. -Max me abraçou colocando seu queixo no topo de miha cabeça, ri. -Se eu soubesse que deixam a pobre garota excluída enquanto está com vocês eu também iria junto.

—Ah, mas não iria mesmo. -Morgana ergueu o dedo indicador enquanto andava até mim e sorria. -Bom dia querida.

Não me sentia exatamente confortável com os dois me dando bom dia por obrigação, mas o que eu mais estava estranhando era o fato de Max estar tão… grudento.

Primeiro fizera algumas referências a Megan e agora me abraçara do nada, não estava acostumada a aquilo, especialmente depois que vim parar aqui.

Thomas me olhou e percebi um minúsculo sorriso se formando no canto de seus lábios, então me lembrei que algo havia acontecido na noite anterior e não pude impedir minhas bochechas de ficarem vermelhas enquanto pensava em como seria dali pra frente.

—Bom dia Kate.

Fiz um meneio com a cabeça e perguntei onde iríamos agora, Max supostamente fora para a sala de aula e nós fomos para a diretoria.

—Talvez eu consiga fazê-la se apaixonar por mim e assim não nos matar de gritar. -piscou a ruiva que andava a nossa frente.

—Tenho certeza de que consegue, está muito bonita Morgana. -comentei.

—Obrigada! Devo dizer que minha confiança estava caindo drasticamente, obrigada pelo elogio. -ela sorriu e seu rosto pareceu se iluminar, eu admirava a confiança de Morgana e seu bom humor também, me perguntava como conseguia ser tão otimista.

Thomas andava ao meu lado com as mãos dentro dos bolsos de sua calça jeans e só neste momento percebi que nenhum dos dois vestia o uniforme, aliás, Thomas parecia um bad boy de filmes adolescentes com sua calça jeans e sua jaqueta de couro.

Mas nunca poderia dizer que estava feio, duvidava que algum dia ele pudesse parecer desarrumado por mais que estivesse desarrumado, havia algo nele que sempre fazia-o parecer bonito e bem vestido.

—Porque eu sou a única vestindo o uniforme? -havia uma pontada de decepção no meu tom de voz.

—Você é a única que fica bonita com o uniforme. -Thomas comentou enquanto lançava um sorriso levemente sarcástico em minha direção.

—Ele quis dizer que esqueceu de te avisar que poderia vestir qualquer roupa hoje. Mas sem problemas porque ele tem razão, você é a única que fica bonita vestindo esse uniforme. -Morgana piscou em minha direção, e isso sim soou como um elogio.

Chegamos à porta de madeira trabalhada que ficava entre nós e a sala da diretora e Thomas colocou a mão na maçaneta assim que percebeu que nenhuma de nós havia movido um músculo, segurei em sua mão antes que pudesse abrir a porta e o garoto me olhou confuso.

—Que falta de educação.

—De fato, sempre bata na porta primeiro, Collins. -Morgana nos lançou um sorriso convencido e deu três batidas na porta e ficamos esperando.

Depois de cerca de cinco segundos - contados - a porta se abriu e a diretora nos lançou um sorriso divertidamente sombrio.

—Bom dia.

—Bom dia. -eu e Morgana respondemos em uníssono e Thomas apenas assentiu com a cabeça enquanto a encarava sem muita animação, como se já soubesse o que vinha a seguir.

—Como foi o baile, minha querida? -dirigiu a pergunta a mim e me assustei com a pergunta inesperada e repentina então sorri e respondi que havia sido divertido. -Peço desculpas por ter presenciado um ataque numa noite que era para ser festiva, mas não havia como pudéssemos prever, não é mesmo?

Em um mundo de criaturas mágicas? Eu duvidava que não pudesse ser previsto, mas nunca diria aquilo a ela, então apenas assenti com a cabeça.

—O que nos resta é ficar feliz que Thomas e Morgana estavam lá para te ajudar. -ela alternou os olhares entre os dois e vi ambos desviarem os olhares não parecendo nem um pouco interessados. -Também fiquei sabendo que conseguiu usar seus poderes para se salvarem dos Goliores que os perseguiam, é verdade?

—O que ganharíamos mentindo para você? -Thomas a acusou usando um tom de voz que indicava que sua paciência para ficar ali ouvindo o que a mulher tinha a dizer já havia se esgotado.

—Não me provoque enquanto estou de bom humor, Collins. Se está insatisfeito com a conversa, saia. -cruzou as mãos sob a mesa e o olhou como se estivesse por um fio de xingá-lo.

Senti seu músculo retesar por baixo da jaqueta de couro que vestia e percebi que ainda segurava seu braço soltei-o e balancei a cabeça tentando descobrir o que eu pensava que estava fazendo tocando-o de forma quase íntima - considerando que é de Thomas Collins que estamos falando qualquer tipo de toque é íntimo - dentro da sala da diretora.

Claro que aquilo não passou despercebido por ela, vi o momento em que seus olhos observaram enquanto soltava o braço do garoto e ficava com as mãos atrás das costas.

—Enfim -ela se levantou e deu a volta na mesa de madeira parando a nossa frente. - Vou deixá-los que saiam hoje e treinem lá fora já que nossa Katherine desenvolveu suas habilidades mais cedo do que imaginávamos. -sorriu de forma quase acolhedora, mas só consegui me sentir pressionada. -Espero que tenhamos bons resultados e tomem cuidado.

—Tomaremos. -Morgana afirmou.

Senti Thomas segurar minha mão por trás de minhas costas e me assustei de leve, mas dei meu máximo para que ela não percebesse.

—Podem sair.

O garoto segurou minha mão com firmeza e me guiou para fora da sala, o ar do lado de fora até parecia mais leve.

—Ah, nem acredito que já vamos sair novamente! Não faz muito tempo desde que saímos, mas Kate dormiu todos os dias após o baile e tudo aconteceu tão de repente, nem conseguiu aproveitar o mundo que existe fora dos portões. -ela gesticulava sem parar e rodopiava pelo corredor principal.

Ela estava certa, mas não sabia o que esperar. O que poderia existir do lado de fora?

—E você ainda teve a audácia de dizer que eu não deveria me arrumar para isto, claro que deveria. -apontou na direção de Thomas fingindo estar brava, estava fofa.

—Não sei o que espera encontrar lá fora. -ele debochou.

—Se eu já não soubesse que o príncipe é um idiota eu esperaria me encontrar com ele para que talvez eu fosse embora dessa espelunca, mas como eu já conheço o príncipe e sei que ele é de fato, um idiota, acho que qualquer lorde rico e bonito me bastaria, só para sair daqui. -depois de uma curta pausa em que Thomas riu alto e Morgana ficou encarando-o com um olhar debochado virou-se e começou a andar apressada. - Vamos indo.

Morgana foi na frente e parecia a mais ansiosa entre nós, eu estava apreensiva e pensava que estaria de alguma forma exposta assim que saísse, um mal pressentimento me impedia de relaxar.

—Está nervosa?

—Sim. -suspirei e depois de uma pequena pausa decidi que não devia ficar envergonhada de perguntar as coisas a ele afinal o que de pior poderia acontecer? - Porque segurou minha mão?

—Você parecia tensa enquanto a diretora te fazia perguntas, fora que também percebi que não queria soltar meu braço no momento em que o soltou, achei que precisasse de apoio. -não conseguia identificar se ele dizia aquilo com carinho ou preocupação e também não queria ter pensamentos dos quais pudessem me levar a algum tipo de ilusão então apenas confirmei com a cabeça.

—Eu precisava de apoio, obrigada.

Ao atravessar o jardim que nos separava do portão respirei fundo me preparando para sair dali, eu não me lembrava do cenário que existia do lado de fora e era muito bonito.

Haviam apenas lembranças vagas de um chão coberto de neve e mais nada, mas agora que o tempo já estava bem melhor a neve havia derretido e dado espaço para que os gramados verdes exibissem sua beleza e também haviam muitas árvores frutíferas e arbustos cheios de flores, era uma bela paisagem.

Tive vontade de desenhá-la, o que era estranho porque eu nunca fui boa desenhista.

Não sentia frio, mas um arrepio percorreu minha espinha quando o portão se fechou atrás de nós, não era medo, era algo como desconfiança.

Andamos um pouco e chegamos a margem de um lago, Morgana se sentou e me juntei a ela, a garota parecia relaxada.

—Estou feliz por estar do lado de fora. Estou feliz que você esteja do lado de fora Kate, deve ser extremamente sufocante para você, que veio da cidade grande ficar trancafiada num mesmo prédio o tempo todo. -um sorriso cheio de compaixão me foi direcionado e sorri de volta.

—Não faz muita diferença, a cidade e o colégio são tão cinzas que quase não vejo diferença.

Ela riu.

—Thomas, meu bem, tenho certeza de que o chão não vai te engolir se você se sentar.

—Devíamos estar treinando. -comentou rendendo-se a insistência de Morgana e se sentando ao meu lado.

Senti uma ponta de culpa ao me lembrar que estávamos ali apenas para que eu treinasse, não era uma recompensa por ter salvo nossas vidas. me sentia como um soldado.

—Quero nadar. -Morgana se levantou e começou a andar na direção do lago, abri a boca para dizer algo então percebi que não havia nada que pudesse pará-la então dei risada.

—Morgana, nos poupe. -Thomas comentou entediado, estava com o corpo apoiado nos braços e não parecia estar se divertindo.

—Me poupe você, chato. Se não quiser olhar, vire o rosto. Kate, você é muito bem vinda se quiser se juntar a mim. -ela mostrou a língua ao garoto e deu uma piscadela atrevida em minha direção enquanto tirava sua regata, desviei o olhar e ri fraco.

—Não dê ouvidos a ela. -Thomas colocou a mão em minha nuca e puxou-me para que deitasse na grama junto a ele.

Ouvi o exato momento em que Morgana pulou na água e senti algumas gotas em meus tornozelos.

—Ela realmente entrou na água. -ri.

—Gostaria de duvidar da capacidade de Morgana de fazer loucuras impensadas, mas conheço ela o bastante pra saber que se ela disse que vai nadar, ela vai nadar. -riu fraco também.

—Estava com um mal pressentimento quando saímos, mas acho que eu só estava apreensiva. -comentei um pouco acanhada.

—Ah é? -afastou-se minimamente para que pudesse me observar, não havia preocupação em seu tom de voz e sim curiosidade. Não parecia estar preocupado que algo pudesse acontecer. - Está com medo?

— Não, não é medo. É um mal pressentimento, sinto que algo vai acontecer.

—Não precisa se preocupar, eu estou aqui, Morgana está aqui. Você está segura. -senti sua mão acariciar meu braço devagar, a sensação de ter Thomas tão perto e poder tocá-lo de forma tão íntima era estranho, mas era estranho de uma forma boa como uma mudança confortável, eu podia tocá-lo agora.

Eu queria tocá-lo, mas não queria ir rápido demais. Não sabia o que ele queria, isso também me incomodava.

—Não acredito que não entraram na água, estava perfeita! -Morgana terminava de vestir sua calça e já estava vestindo sua camiseta enquanto balançava a cabeça para a frente e para trás jogando os longos cabelos ruivos para lá e para cá em uma tentativa de secá-los.

Me levantei rapidamente e arrumei minhas roupas, pronta para continuar andando quando Morgana se sentou na grama, continuei de pé esperando que eles me dissessem algo sobre o quê iríamos fazer agora, mas nada veio.

—Bem, porque estão sentados? Não vamos continuar andando?

—Eu acho que aqui seja o lugar perfeito para treinar. -Morgana sorriu simpática.

—E estamos perto do colégio, caso seu mal pressentimento venha a se tornar realidade. -adicionou o garoto ao se sentar.

Dei de ombros e me sentei novamente.

—Existe algo muito importante que deve saber, o pensamento de uma feiticeira é mais poderoso do que qualquer feitiço. Se acertar o feitiço mas não se focar nele, não sairá como o planejado e isso pode custar a sua vida ou a de pessoas ao seu redor. -Morgana estava séria e parecia ter conhecimento absoluto sobre aquilo o que dizia, muitas vezes eu duvidava que Morgana fosse uma vampira pois se parecia muito com uma feiticeira.

Eu me esforçava muito para prestar atenção pois sabia que o que Morgana dizia era importante, mas não conseguia parar de imaginar o que eu havia feito para deixar Megan com tanta raiva, não podia ser apenas por eu ter beijado Thomas, eu duvidava que ela fosse fazer disso um escândalo, mas me sentia no meio de um conflito adolescente ridículo do qual eu não desejava fazer parte.

—Outra coisa extremamente importante sobre as feiticeiras Kate, elas sempre estão certas. Não são como as ninfas que conseguem ler a mente das pessoas ou os anões que prevêem o futuro, mas o instinto de uma feiticeira merece toda a confiança, se seu instinto te disser algo, não acredite em mais ninguém fora si mesma. É algo em comum com os vampiros, instintos aguçados e precisos como os de um lobo selvagem -ela se encostou em uma árvore e parecia debochar ao completar a frase. - Mas os vampiros são muito mais irresponsáveis e muito menos cautelosos do que os feiticeiros, por isso tantos morrem a cada dia. Felizmente se reproduzem como coelhos, caso contrário a espécie não duraria muito.

—Você mesma não é muito cuidadosa, Morgana. E é ambiciosa demais, estar em uma equipe com você é algo arriscado para qualquer vampiro. -acusou Thomas.

—Você que é calculista demais, isso me irrita e é um enorme desperdício de tempo. E o que quis dizer com “ambiciosa demais”? -ela estava na defensiva, Thomas estava se divertindo, eu conseguia ver pelo brilho em seu olhar que ele adorava a forma que ela o atacava de volta e se irritava pouco a pouco com o que ele dizia.

—Ora, você me desafiou em combate na frente de todos apenas para poder ter o prazer de ir ao palácio, você sabia que eu venceria, mas desafiou mesmo assim.

—Você é sempre tão convencido… mas eu venci.

—Existe uma diferença entre ganhar o prêmio e vencer a luta, você nunca teria ganhado se Katherine não tivesse me interrompido. -ele comprimiu os lábios por alguns segundos e concluiu. - Gosto de sua ousadia, Morgana, mas você chega a ser perigosa quando quer algo que está fora de seu alcance.

Eu me perguntava qual teria sido o momento em que aquilo havia se transformado de algo agradável para uma discussão entre os dois sobre riscos, mas Morgana parecia ofendida.

—Você sabe qual é meu próximo objetivo, não sabe? -ela sorria com malícia.

—Sei -ele se levantou e removeu a sujeira de suas roupas, parecia despreocupado mas continuava sério, estendeu a mão para que eu me levantasse e o fiz, cuidadosamente. Estava ansiosa para saber o que viria em seguida. -É por isso que é tão perigosa. Estamos voltando.

A caminhada de volta para o colégio fora silenciosa e continha centenas de coisas não ditas, o clima estava pesado e eu sentia que Morgana desejava acabar com a raça de Thomas mais do que qualquer outra coisa.

Considerando que o garoto questionava todos a qualquer momento até fazê-los perder a paciência, aquilo devia acontecer com mais frequência do que eu imaginava.

Mas eu ainda tinha mais um empecilho para lidar afinal Megan ainda estava com raiva de mim. Meu dia estava apenas começando.


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Notas finais do capítulo

O romance fica pro próximo, mas acho que o Thomas estava mais aberto para socializar, certo? Fiquei muito soft com as "demonstrações de afeto" dele kkkk
Até o próximo!



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