Meu Anjo Caído escrita por Lil Pound Cake


Capítulo 20
Execução


Notas iniciais do capítulo

O plano é posto em ação.



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... ... - O negócio é o seguinte... Eu tenho um plano para fazer aquelas três se darem mal, principalmente a Charlotte. Ela vai pagar caro pelo que anda fazendo. O plano começa assim: depois da última aula de amanhã, que é a de ciências, o Nathaniel vai pedir para conversar com a Ambre, dizer que quer passar um tempo com a irmã... ...

— Ambre! Pode vir aqui, por favor?

— O que é, Nath?

— Podemos conversar a sós?

— Sobre o quê?

— Ué! Eu não te entendo. Fica dizendo que está com saudade de mim e quando eu quero passar um tempo juntos você não quer?

— Ah, é isso? Então, tá...

... ... -... Quando a Ambre for com o Nath para a biblioteca, o Kentin vai estar lá. Você, Kentin, vai ficar escondido até a hora em que o Nath sair com a desculpa de pegar algo que esqueceu no grêmio. Mas, antes, Nath, se lembra de pegar o celular da Ambre sem ela perceber. Ele vai ser usado depois. ... ...

— Poxa! Esqueci uns livros que tenho que devolver. Já que estamos aqui, Ambre, deixa eu ir pegar rapidinho no grêmio. Me espera aqui que eu já volto, tá?

— Tá, mas vem logo.

— Pode deixar.

... ... Assim que ele sair, você, Kentin, vai de fininho trancar a porta da biblioteca. E tudo que você tem que fazer é não deixar a Ambre sair de lá. ... ...

— K-Kentin? O que está fazendo aqui? Não tinha te visto.

— É... Nem eu posso te ver, se quer saber.

— Também não precisa ser grosso!

— Não estou sendo grosso, Ambre, não seja burra! Acontece que eu... Eu perdi minhas lentes e não estou encontrando em lugar nenhum.

— Ah, ah! Bem feito!

— Olha aqui, sua...

— Não me xingue! Você me fez muito mal.

— Eu te fiz mal? Eu te fiz um bem ao te beijar. Quem passou mal fui eu depois de tanto veneno.

— Olha aqui, pra mim chega! Eu vou esperar o Nath lá fora. ... Ei! Por que a porta está trancada?

— Sei lá? Não foi o Nath quem trancou, não?

— Não! Não foi! Não pode ter sido!... Nathaniel!

— Não adianta gritar. Se ele foi ao grêmio, ele não vai ouvir daqui.

— Eu vou gritar mais alto então... Nathaniel!

— Ambre, cala a boca!

— Não calo! Nathaniel!

— Se você não se calar, eu vou ter que fazer o sacrifício te beijar de novo. E eu não estou a fim de morrer envenenado, então cala essa boca!

— Ah! Seu... Seu... Nem vem! Não chega perto de mim! Eu vou continuar gritando o quanto for preciso para alguém me tirar daqui de perto de você, seu louco!... Nathaniel!

... ... –... Bom, quando aquela lá perceber que ficou trancada vai fazer o maior escândalo. Segura ela o quanto puder. Daí vem a segunda parte, ou, se preferirem, a próxima vítima: a Li. E é aí que você entra, Priya. A chinesa é a mais tonta das três. Quando ela estiver sozinha pegando as coisas dela, se aproxima, bate com a porta do armário na cara dela e... ...

— Ah! O q-que... O que você quer?

— Calma lá! Eu só estou querendo conversar com você, Li.

— Eu e você não temos nada para conversar, novata.

— Ah, não? Vem comigo que eu te digo o assunto que temos em comum.

— Eu não vou com você a lugar nenhum. Ficou louca?

— Você vai sim. Ou quer ficar com os cabelos mais curtos que os da Ambre?

— N-Não me ameace! Você tem uma tesoura aí, por acaso?

— Tesoura? Não, que nada!... Agora eu tenho uma daquelas maquininhas de raspar cabelo. Quer ver se você fica bem careca?

— N-Não! Nem pense nisso! Eu vou contar a...

— A quem? Não tem mais ninguém aqui. Somos só você e eu. Sem testemunhas.

— M-Mas... Mas... A Ambre e a Charlotte estão vindo aí.

— Hum... Eu acho que não. Sabe... Eu já testei a minha nova máquina e, olha... Eu posso garantir que a Ambre até que fica bem de cabelo super curto, mas a Charlotte não muito.

— Não! Não acredito! Você... Você não pode ter feito isso com elas!

— E se eu fiz? E daí?

— V-Você... Você é uma psicopata! Onde elas estão?

— Devem estar vendo os estragos capilares lá no vestiário. Quer ver?

... ... – Aquela imbecil da Li vai acreditar em tudo e sair correndo pra o vestiário. Vai atrás e não deixa ela sair de lá também. ... ...

— Elas não estão aqui, sua mentirosa! ... Ei! Por que trancou a porta? Não consigo sair. Ei! Me tira daqui!

... ... – É importante que essas duas partes sejam bem executadas. A Charlotte deve ficar sozinha, para então dar início a terceira e última parte, a mais importante: O flagrante!... ...

— Onde será que se meteram aquelas duas idiotas? Já deveriam estar aqui. Depois reclamam quando eu vou embora sem elas.

... ... – Quando a Charlotte estiver esperando as outras, o Nathaniel vai pegar o celular da Ambre e mandar uma mensagem pra a Charlotte... ...

“Miga, você ainda tem daquele remédio que deu pra minha rival, não tem?”

“Para a Paula? Tenho. Ainda sobrou um pouco. Por quê?”

“Mas, tá na sua bolsa?

“Sim. Por quê?”

“Adivinha! Aquela nojenta já saiu do hospital, vai voltar pra escola amanhã. Acabei de saber pelo Nath. Você tem que continuar dando isso aí pra ela. Tem aí na bolsa mesmo, não tem?”

“Tenho, já disse. Mas, talvez eu dê algo mais forte dessa vez. Depois vejo o que posso fazer.”

“Ok, Lotte. Depois a gente se fala. Não vou com você hoje, vou com o Nath, ok?”

“Ok. Podia ter me avisado antes.”

“Sorry! Tchauzinho!”

... ... – Depois de umas mensagens bem cheias de frescura, mas que vão servir para o Nath sondar se a droga está mesmo na bolsa da Charlotte, ela vai se cansar de esperar as outras duas, e aí aparece a Íris... ...

— Charlotte, preciso falar com você.

— O que você quer? Seja rápida. Estou de saída.

— Eu já sei que é você quem me chantageia por e-mail.

— Oh!... O quê? Deve estar louca!

— Não, não estou. E você sabe.

— Não, não sei. Pode me dizer?

— O Armin estava investigando quem seria o chantagista. Eu não sabia que ele estava fazendo isso por mim, mas ele fez. E naquela noite, no parque, quando você me pediu dinheiro e eu não tinha, e você saiu correndo, você esbarrou nele, não foi? Deixou cair isso.

— Meu brinco! Hmf... Tudo bem, sua idiota! Sou eu sim, e daí? Você se meteu entre mim e o meu namorado.

— Eu não sabia que ele namorava a nós duas ao mesmo tempo!

— Não me importa! Você vai me pagar seja como for. E o que você ou os intrometidos dos seus amiguinhos vão fazer, hein?

— Eu, nada. Mas, o Armin sim. Ele disse que não vai deixar você ficar impune e já está preparando as provas contra você.

— Quê? Quais provas? Ele não tem nada!

— Tem sim. Ele é muito bom em informática. Ele hackeou todos os seus dados e tem até fotos dos e-mails que você me mandou.

— São anônimos. Nunca saberão que fui eu.

— Ele descobriu que eram seus. Acredite, ele pode te fazer pagar pelo que me fez.

— Ah! Duvido! Está me ameaçando, é isso?

— T-Talvez... Mas, não! Eu não sou igual a você.

— Claro que não. Eu sou muito melhor que você, queridinha. E posso terminar com minha vingança agora mesmo se preferir...

... ... – Depois que você disser que o Armin tem todas as provas contra ela, sai correndo, Íris. Se ela não partir pra cima de você, provoca até ela cair e corre. Corre direto para o laboratório. Faz ela te seguir e não para. O Lysandre, a Bia e eu vamos estar lá para botar um fim nisso de uma vez por todas. ... ...

— Charlotte? O que está acontecendo aqui? Por que está perseguindo a Íris?

— Hã... É... Não, Bia, eu não estava perseguindo essa aí.

— Ah, tá. Achei que sim. Bom, deixa eu continuar aqui estudando com o Lysandre...

— Vocês dois estudando juntos?

— Esqueceu que eu sou o colega de aula dela, Charlotte?

— Não, não esqueci, Lysandre. Só achei estranho ver os dois aqui sozinhos...

— Estamos apenas revisando as matérias que a Bia não conseguiu entender.

— Não pedi explicações...

— Ei, ceguinha! Eles não estão sozinhos. Não me viu aqui não?

— Ah, Castiel, você também está aqui?... Eu não presto muita atenção em você.

— Será que não?

—... O que quer dizer?

— Nada. Absolutamente nada.

... ... –... Aí eu vou começar a fumar sem parar. Vai ter um monte de cigarros num canto pra ela acreditar que eu já fumei bastante. Ela vai ficar incomodada, claro, e vai querer sair de lá. Só que a Íris já vai ter trancado a porta por fora. ... ...

— Mas... Você está fumando? Aqui dentro?

— E daí? Já fumei um monte e o Lysandre e a Bia não se incomodaram.

— Mas, eu me incomodo.

— Os incomodados que se retirem. Não é assim?

— Aff! Eu já ia mesmo sair daqui. ... Mas... O que é isso? Parece que a porta se trancou.

— Ih... Essa porta está com defeito. Só dá pra abrir pelo lado de fora.

— Como é que é? Eu não posso ficar trancada aqui! Ainda mais com vocês!

— O que tem contra a gente, hein, miss simpatia?

— Ah! Saia de perto de mim! Não quero respirar essa fumaça.

— Ai... Não quer respirar fumaça?... Eu jogo o cigarro, então, madame!

... ... – Na hora em que eu jogar o cigarro, eu vou mirar bem no aparelho na mesa de vocês, que a gente já vai ter preparado para explodir. Vai ser uma explosão falsa, lógico, mas vai fazer fumaça prá caramba. E aí começa o show da Bia... ...

— Castiel!

— Que foi, Lys?

— O seu cigarro caiu no nosso experimento! Vai explodir!

... ... -... Quando fizer barulho de explosão, Bia, começa a gritar. Grita, se desespera como se estivesse revivendo aquele dia da explosão de verdade...

— O quê?! Não! Não! De novo não! Tenho medo de explosões!

— Ah! Cala a boca, Bia! Deixa de escândalo!

— Não, Charlotte, por favor, eu não posso ficar aqui, me tira daqui!...

— Me solta, Bia! Espera! Vai rasgar minha roupa me puxando assim.

— Não, não, não! Eu não posso, eu não posso ficar aqui, preciso sair, preciso sair!...

— Bia, se acalma! Eu não estou nem aí para os seus traumas, ok? E vocês dois aí? Não vão fazer nada?

— O que quer que a gente faça? Que arrombe a porta?

— Era o mínimo que podiam fazer, não? Vocês são homens ou o quê?

— Eu não sei se vale a pena quebrar a porta e levar bronca da diretora depois. E você, o que acha, Lysandre?

— Eu não sei. Precisamos pensar...

— Ai, que bando de incompetentes! Enquanto morrem pensando eu vou sair daqui. Deve ter um grampo na minha bolsa ou qualquer coisa que sirva para abrir essa maldita porta.

— Sim, sim! Sua bolsa! Me dá sua bolsa, Charlotte!

— Larga minha bolsa, Bia! O que pensa que tá fazendo?

— Me dá! Vou achar um jeito de sair daqui!

... ... – Quando conseguir pegar a bolsa dela, Bia, joga pra gente! No meio da fumaça, a gente vai escondê-la. Quando tiver feito isso, você bate três vezes com a palma da mão na porta, gritando... ...

— Socorro! Socorro!

— Sua doida! Pirou de vez? Por que você pegou minha bolsa e depois jogou? Onde está sua cabeça?

— É que eu... Eu não achei nada para a gente sair...

... ... – E é nessa hora que o Armin vai abrir a porta e... ...

— O que houve aqui?

— Ah! Até que enfim alguém abriu essa porcaria. Vou sair daqui agora mesmo!

— Armin!

— Oi, Castiel, Lysandre... Bia? O que tá havendo? Vocês explodiram alguma coisa?

— Pois é... Foi um acidente. E você? Onde estava que não ouviu a gente chamando?

— Ah, eu? Bom... Eu estava em outra sala... Reunindo umas provas, sabe...

...

...

Quando o Armin encarou a Charlotte falando que estava reunindo provas, ela ficou pálida e foi embora sem olhar pra trás. Plano executado com louvor. Ela esqueceu a bolsa. E agora, tanto a bolsa quanto a Charlotte estavam em minhas mãos.

...


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Notas finais do capítulo

Continua...



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