Capítulo 26

Ele nunca foi conhecido por suas escolhas sábias ou por ser uma pessoa que pensava muito antes de agir.  A vida dele foi seguindo instinto por instinto,  o que aparecia em sua mente geralmente era a primeira coisa que fazia.  Durante anos ele mudou seu modo de pensar e começou a levar em consideração o que o cercava e as pessoas que podiam ou não ser influenciadas por suas decisões. Contrariando o que tinha aprendido, daquela vez por saber que sua decisão mais do que influenciaria pessoas ele decidiu sozinho e tornou-se egoísta quando foi sem contar a ninguém para seu destino contra a Kyuuby.

Ainda era estranho perceber que suas escolhas e seus próprios sentimentos afetavam pessoas além dele. Para quem passou toda uma vida caminhando só, compartilhar decisões ainda era algo novo. Talvez esse fosse o motivo de sentir uma angustia ao ouvir o que Hinata lhe dissera. Era como perceber que estava errado e não poder fazer nada a respeito disso, pois ele sabia o que significava para Hinata estar ali com ele. Ela abandonara tudo na tentativa de ser feliz ao lado dele, e pensar naquele momento que ele foi errado ao não compartilhar coisas importantes com ela fazia com que ele avaliasse o quanto ele estava pronto ou não para estar em um relacionamento.

—A única coisa que posso dizer acho que é desculpa.

— Você não faz ideia de como foram esses quatro dias. — Hinata tentava controlar o tremor em suas mãos e sua voz que continuava a querer sumir. Em toda sua vida teve tanto medo de falar daquela forma com Naruto, mas o fato de estarem construindo uma relação de intimidade fazia ter convicção do que falar ao estar perto dele.

Naruto se colocou no lugar dela e tentou imaginar o que sentiria se Hinata estivesse em sua situação, provavelmente ele enlouqueceria.

— Naruto-kun, eu amo você, você sabe disse. Todo mundo sabe disso. Quero ser a pessoa com que você pode contar para tudo, desde as coisas felizes até as mais difíceis. Eu te falei que quero ser capaz de andar ao seu lado, mas eu preciso que você me deixe fazer isso.

Aquelas palavras tiveram um efeito profundo sobre ele. Naruto estava tão acostumado a sempre se virar em tudo, pensando em agindo para se proteger que ainda não tinha aprendido a se permitir ser cuidado. Era aquilo que Hinata estava lhe oferecendo. Ela lhe oferecia uma vida onde acreditar no cuidado do outro e deixar que outra pessoa se preocupasse com ele existisse de verdade.

— Eu quero fazer isso, é só que — As mãos dele estavam nervosas e amassavam seus próprios dedos enquanto tentava falar e uma forma que ela conseguisse entender — Pensei que tinha me acostumado a ter alguém cuidado de mim, eu não estou. Eu quero ter você sempre perto, mas eu preciso aprender isso.

Hinata sabia do quão era difícil aprender coisas novas. Fora assim com ela, e estava sendo assim, perceber que existiam pessoas que a valorizaram. Estar com Naruto tornava isso mais fácil porque ele era o tipo de pessoa que sempre expressava seu cuidado e carinho. Ela queria ajuda-lo de alguma forma, e tudo que queria era que ele percebesse que já não havia motivos para que ele continuasse a seguir sozinho.

Ela estaria ali para quando ele precisasse se tornaria uma pessoa forte por ele, coisa que já estava acontecendo. Ficar com ele fazia com ela sentisse que podia conquistar muitas coisas e ela queria retribuir de toda forma possível. E pensando dessa maneira ela conseguiu abraça-lo e passar todo o sentimento que tinha em si para ele.

— Vamos aprender juntos. Só não me deixe mais tão preocupada, por favor. Eu não sabia o que podia acontecer com você, tive tanto medo.

Naquela noite Kushina entrou no quarto para ver como Naruto estava, queria saber se Hinata também estava bem, achava que ela estava se esforçando demais naqueles dias e precisava de um bom descanso. Esperava encontrar a garota sentada na cadeira em seu costumeiro silêncio. Por isso que foi com um sorriso que viu Hinata e Naruto dormindo lado a lado parecendo alheios a qualquer preocupação externa.

Seu coração ficou mais leve ao ver que seu filho estava melhor. Perdê-lo depois de estar com ele por tão pouco tempo era algo que não podia e nem queria imaginar. Estava feliz por Hinata existir na vida tanto de Naruto quando dela. Kushina tinha certeza que tudo que a namorada do filho viesse a fazer seria pensando no bem e proteção de Naruto. Queria que os dois tivessem uma vida tranquila, o que era quase impossível por serem ninjas. Tanto Naruto quanto Hinata tinham vidas difíceis. Ele como jinchuuriki e ela como membro herdeiro de um clã tão importante.

Fechando a porta com cuidado voltou para a sala. Era reconfortante está em sua casa com duas pessoas que gostava muito. Tudo que construiu nos vinte anos que ficou fora de Konoha estava ali. Ela tinha algumas providências a tomar, por isso pegou alguns pergaminhos guardados em uma gaveta e se sentou a mesa para começar a escrever. Kushina iria garantir um futuro para Naruto e Hinata, para o caso deles não conseguirem viver com tranquilidade em Konoha, seja por causa do concelho da vila ou pelo clã de Hinata. Era hora de começar a mostrar para as pessoas que o clã Uzumaki ainda tinha sua honra.

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Naquela manha Naruto foi acordado por sua mãe que depois de reclamar com ele sobre toda aquela confusão falou que iria até vila mais perto para comprar mantimentos. Ele sentia que seu corpo já estava recuperado por completo, da mesma forma que aconteceu outras vezes depois de um treinamento exaustivo, dormir alguns dias restabeleceram sua força.

Pra falar a verdade o que ele não queria abrir mão naquele momento era de sentir Hinata tão próxima a ele. Já poderia ter se levantado e tomado um banho para ficar melhor, mas ultimamente estava tão dependente dela que ficaria imóvel o máximo de tempo possível só para ver a face serena de Hinata enquanto dormia.

Quando ela disse que aprenderiam junto o que ele ainda não sabia ele sentiu como se finalmente tudo se conectara dentro dele. Apesar de saber o quanto os sentimentos de ambos eram forte, era como se agora, com tudo que aconteceu com a kyuuby , a conversa com seu pai e o afastamento da vila, ele tivesse mais que certeza que era com ela que iria passar toda sua vida. Hinata seria a pessoa a quem ele dedicaria sua vida a partir daquele momento.

Como seu pai lhe dissera as coisas não ficariam mais fáceis porque agora ele tinha o controle parcial do chakra da kyuuby. Ele devia chama-la de Kurama agora, afinal esse era o nome certo. Ainda tinha um longo caminho pela frente, já tinha decidido que queria ser amigo de Kurama , assim como Bee era de Gyuki . Falaria com Bee para que pudessem continuar treinando juntos e se ele não pudesse iria atrás das pessoas que iria procurar de inicio. Agora tinha mais um motivo para se tornar mais forte, ele nunca permitiria que nada de mal acontecesse a Hinata enquanto ele tivesse forças para lutar.

Na madrugada daquele dia eles ficaram bastante tempo acordados enquanto conversavam. Ele não escondeu nenhum detalhe da luta que travara com Kurama, até mesmo as palavras que ouviu do pai ele não omitiu. Queria ser sincero com ela a respeito de todas as coisas e aquela era uma boa forma de conversar. Hinata ouviu cada palavra e deu sua opinião sobre algumas coisas. Decidiram juntos que não passariam mais de três anos fora da vila, eles queriam estar perto das pessoas que gostavam e Konoha sempre seria um lar.

Quando ela começou a bocejar Naruto ofereceu um pedaço da cama para que descansasse. Mesmo se sentindo muito tímida ela sorriu tentando disfarçar a vermelhidão do seu rosto enquanto deitava ao lado dele. Eles ainda conversam algum tempo antes que Hinata pegasse no sono. Aquilo fez Naruto permanecer acordado até que seus olhos não aguentaram mais e ele dormiu. Sua vontade era ficar acordado todo o tempo só para poder observá-la, mas seu corpo ainda reclamava da exaustão e foi impossível não dormir de novo, mesmo depois de tanto tempo que passara desacordado.

A sensação de ter alguém dormindo tão perto era diferente. Mesmo que ele tivesse vontade de segurá-la bem forte perto dele ainda existia a coisa chamada timidez. Se ela estivesse acordada aceitaria que ele lhe abraçasse? Seu rosto queimava apenas de imaginar dormir abraçado a Hinata. Queria rir de nervoso, mas controlou as emoções para que ela não acordasse. Ele sabia que a primeira coisa que ela faria ao abrir olhos era sair da cama dele.

Uma das coisas que mais achava fofo nela era aquela personalidade tímida e mesmo assim tão forte. Ele conseguia se lembrar das mudanças que a viu passar, Hinata tinha deixado de ser uma coadjuvante da vida para ser protagonista em tão pouco tempo que ele não tinha conseguido acompanhar toda aquela evolução que ela demonstrou.

Ele realmente estava com vontade de abraçá-la aquela manhã. Então se movimentou da forma mais suave possível até deslizar seu braço, que ainda estava dolorido, sobre os ombros de Hinata e encostou sua cabeça no curva do pescoço dela. Sentiu seu coração ficar leve e um suspiro escapou de seus lábios. A sensação de ter alguém era reconfortante, ele nunca mais abriria mão de ter Hinata por perto, ela se tornou tudo que ele precisava e queria.

Dormiu novamente, e quando voltou a acordar foi por causa do movimento de Hinata ao seu lado. Não queria perder aquela sensação então permaneceu do mesmo jeito esperando que ela permitisse aquele contato e que continuassem a dormir. 

Hinata parecia ansiosa e se movimentava de forma desajeitada sem saber se continuava naquela posição ou saía correndo do quarto procurando um lugar para esconder seu rosto vermelho. Quando ela acordou tinha ficado preocupada com o que sentiria depois de ter dormido ao lado de Naruto, tinha sido um esforço gigantesco conseguir se deitar com ele daquela maneira que parecia tão rotineira.

Então ao acordar além de ter que se preocupar com o que acontecera na madrugada teve que controlar o desespero quando sentiu o braço dele sobre sua cintura e o rosto dele colado ao seu pescoço. Ela tinha certeza que sua temperatura subiu mais de dez graus instantaneamente. Ficou parada sem saber o que fazer, seu corpo se movimentou involuntariamente enquanto se decidia se continuava ali ou corria.

Decidiu que o melhor era permanecer quieta. Não estava nada ruim ter Naruto tão perto mesmo que aquilo fizesse ela sentir suas mãos tremerem. Ao mesmo tempo desejou que ele continuasse a dormir por mais algum tempo, queria ter certeza que antes que se levantasse Naruto estivesse completamente bem dos seus ferimentos.

Hinata acreditou que se ficasse quieta o suficiente Naruto ia continuar dormindo e ela poderia ficar com aquele sentimento de estar tão perto dele por mais tempo.  Quis censurar seus pensamentos por achar inadequado para aquele momento, mas para ela estava se tornando quase impossível não desejar ficar cada vez mais perto dele.  Ficar daquela forma fazia o peito dela se enchesse de uma paz que vinha de sentir-se completa ao lado de alguém q tanto se ama.  Era assim que Naruto permitia q ela sentisse. 

— Eu sei que você está acordada,  Hina. — A voz dele soou baixa e com um tom de diversão que a fez sorrir enquanto sentia os braços dele aumentarem a pressão com que a segurava.  — Bom dia.

— Bom dia.  — Ela respondeu enquanto era tentada pela vontade de rolar na cama e olhar para o rosto que tanto amava.

 Por um segundo acreditou ser possível que Naruto tivesse o poder de ler seus pensamentos, pois em poucos movimentos ele a fez virar em seus braços e quando Hinata percebeu já  tinha os lábios dele colados ao seu. Ultimamente ela tinha certeza de poucas coisas,  uma das únicas que podia ter era que seu coração nunca se acostumaria com as sensações causadas pelo toque dele.

— Você está se sentindo bem,  Naruto-kun?

— Nunca estive melhor — Naruto sorria com a boca encostada na testa de Hinata ainda abraçados na cama.

—Mais uns dias e você pode se levantar.

—Uns dias? Eu já quero sair e ver o céu hoje. — Antes que ela protestasse ele completou — Agora não, mais tarde, agora eu só quero ficar mais um pouco com você.

Hinata sorriu enquanto retribuía ao abraço dele.

—Agora que você conseguiu dominar o jutsu, qual o próximo passo?

— Eu quero conhecer mais sobre Kurama, sabe? —Era uma decisão que tinha tomado e pretendia seguir — Acredito que sabendo mais sobre como ele foi criada, e até mesmo conhecendo melhor o jeito dele, vou conseguir lidar com as coisas que acontecem dentro de mim.

—Você acha que ele está disposto a isso. Não vai ser perigoso pra você?

—Não sei como vai ser, preciso tentar. Eu tenho algumas pessoas a encontrar ainda que talvez possam me ajudar. Gostaria muito de continuar treinando com Bee, mas ele já ficou tempo demais aqui, pode ser que tenha outras coisas a resolver.

—Ele é uma ótima pessoa.

—Sim, me ensinar o jutsu foi algo incrível. Quero ficar cada vez mais forte para que não seja perdido o tempo que ele investiu em mim. E também quero fazer o mais rápido possível, estou com saudades de casa. Você sente saudades, Hina?

—Sim, depois de tudo ainda consigo sentir falta de Hanabi. — Hinata parou por um momento, seus olhos focalizaram o teto do quarto e seus pensamentos viajaram até sua antiga casa — Sinto falta de algumas senhoras do clã que me faziam companhia durante o chá. Elas sempre tentavam fazer com que eu me sentisse confortável e feliz. Era divertido, apesar de tudo. Agora eu estou em uma curiosidade enorme sobre o filho da Tenten. Será que já nasceu?

—Te fiz perder muitas coisas vindo para cá.

— Não, foi uma escolha minha também, Naruto-kun. Eu escolhi passar esse tempo longe para me conhecer melhor e fazer coisas que sempre tive vontade de fazer. E , bem, eu já sou a madrinha do bebê da Tenten, é só questão de tempo para eu o ver.

A vida deles estavam em um ponto de transição. Não existia a possibilidade de voltarem atrás em suas escolas, juntos tinham decidido passar aquele tempo longe e da mesma forma teriam que vivenciar cada etapa daquilo.

Eles estavam juntos e não queriam perder as emoções daquilo, mas cada um tinha sua própria jornada e escolhas a serem feitas que poderia alterar seu futuro. Naruto e Hinata sabiam que deveriam permanecer juntos acima de tudo, mas em suas vidas ninjas algumas coisas não tinham como ser alteradas. Ele continuava a ser a arma mais poderosa de sua vila e ela uma herdeira de clã que rejeitara sua posição. As pessoas costumam a ser cruéis em situações como aquela e a possibilidade de saber o que os esperava a voltar a vila era nenhuma.

O que podiam fazer era viver o presente. Aproveitar os momentos que tinham juntos e sorrir da felicidade de compartilhar um amor que os dois sabiam que crescia e se fortificava a cada dia. Construir uma vida junto requer tempo, paciência , fé e amor. Eles desejam ter tudo aquilo e continuar juntos enfrentando o que aparecesse. A única coisa que podiam ter certeza naquela manhã era que a partir daquele momento seus caminhos estavam interligados para sempre. Suas vidas estavam compartilhadas.

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Kushina tinha muitas coisas a resolver naquela sua curta passagem pela vila oculta da nuvem. Tantos pensamentos pipocavam pela sua cabeça. Era tão estranho perceber que assumira o papel de mãe da noite pro dia. Existia muita diferença em saber que tinha dado a luz a Naruto anos atrás e agora ser realmente a mulher que cuidava dele. Queria saber o que Minato faria na sua situação. Em momentos como aquele sentia tanta falta dele que algumas lágrimas se aglomeravam em seus olhos. Engolia o choro e pensava que já não era a garotinha que ele salvou tantas vezes.

Ela agora era uma mulher de quase quarenta anos, responsável por um jovem casal. Não tinha tempo a perder hesitando diante de escolhas importantes. Sabia que não lhe era possível fazer muitas coisas por Naruto além de apoiá-lo acima de tudo e cuidar para que ele e Hinata permanecessem juntos.

As poucas vezes que estivera naquele lado da vila fazia com que ela se lembrasse de sua antiga casa, onde dividiu alegrias com seus familiares. Pai, mãe, tios e primos viviam todos juntos e em seu mundo infantil ela nunca imaginou que aquilo um dia iria acabar. O mundo era tão injusto em algumas situações.

Andando entre os becos da cidade Kushina se aproximou de uma antiga casa construída com madeira muito escura e que tinha as portas e janelas pintadas de vermelho.

 A pequena casa de telhado baixo e decoração oriental pareciam um pedaço do passado no meio da modernidade que crescia a seu redor.  Kushina ainda conseguia se lembrar da primeira vez que entrou naquela casa pouco tempo depois de ter deixado Konoha.  Ela estava sem rumo e as pessoas ali fizeram ela se manter sã em meio a loucura ocasionada pela perda. Agora estava de volta e da mesma forma precisava da ajuda deles.  Não para ela,  mas para seu filho. 
Quando a porta foi aberta pelos moradores da casa Kushina teve a sensação de ser novamente a jovem que estava em frente àquela mesma porta há anos.  E da mesma forma que o sorriso tranquilizador a receberá da última vez aconteceu.

A senhora que abriu a porta passava a casa dos setenta anos.  Seu rosto já repuxado por rugas do tempo sorria com tranquilidade e fazia seus pequenos olhos verdes se apertarem.

—Kushina-chan. Algo me fez saber que você viria.

—Tomiko-oba-sama,  estou feliz em encontrá-la.

Kushina entrou na casa e passou um bom tempo conversando com sua velha conhecida. Aquela senhora a recebera em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Foi Tomiko que salvou a vida de Kushina quando o clã Uzumaki foi atacado, seus caminhos se separaram quando Kushina foi enviada para Konoha e Tomiko para a nuvem onde um pequeno grupo de sobreviventes foi acolhido.

Não existia tantos membros do clã Uzumaki no mundo. Contando com Kushina e Naruto seu número não chegava a 10. Tomiko e sua família eram os únicos que Kushina tinha proximidade. Por esse motivo procurou sua velha conhecida para que se algo acontecesse a ela a família de Tomiko fosse responsável por ajudar Naruto caso ele precisasse.

Kushina era de uma família importante dentro do clã, o mais próximo que eles teriam de um líder seria a sucessão de Kushina. Ela nunca teve pretensões de reorganizar seu clã ou se tornar líder de um possível retorno dos Uzumaki, mas depois de entrar em contato com Naruto e perceber o quão delicado era sua situação com Konoha ela sentia-se no dever de proporcionar um lar e futuro pra ele.

Ele começaria a construir aos poucos, enquanto Naruto estivesse fora de Konoha seria mais fácil por ela estar perto de outros Uzumaki, quando ele retornasse para vila ela iria junto para estar atenta a qualquer coisa que significasse que o concelho iria interferir de forma prejudicial na vida do seu filho. Não estava em seus planos reviver o país do Redemoinho, mas se fosse necessário ela o faria.