Why Only Now? escrita por kinha-san


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo espero que gostem^^
Comentem e recomendem^^
Dois verbos que amo.



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Capítulo 20

Aquele monte de luz com toda a certeza poderia cegar alguém que não tivesse cuidado e olhasse diretamente para seu brilho itens. Era o que se passava na cabeça de Hatake Kakashi, convidado da extravagante festa de Natal organizada pelos Uzumakis, na verdade organizado mais pela parte maternal da família.

A casa trazia o cheiro da ceia no ar. A mesa em estilo japonês estava posta no centro da sala, com vários lugares ocupados e outros ainda disponíveis. Os convidados não eram muitos, mas foram escolhidos a dedo. Tsunade, Kakashi, Iruka, Gai, Ebisu, Shizune, Neji e Tenten.

Kushina corria como uma louca pela casa tentando ajeitar, organizar, os últimos detalhes da festa. Quando os últimos convidados chegaram, Sasuke e Sakura, a ruiva suspirou aliviada.

Tudo saía conforme o planejado. Os convidados se confraternizavam enquanto bebiam, todos estavam servidos. Só que a cena que deixava a Uzumaki mais emocionada  e feliz era ver seu filho sorrindo.

Ela podia tentar imaginar o quão doloroso e solitário foram os natais na infância de Naruto. Quantas vezes ele não deveria ter passado aquela data tão especial trancado em seu quarto sem ter ninguém para compartilhar nada. Talvez ele olhasse pela janela e tentasse ver papai Noel passando e nunca encontrasse. Ele nunca teve ninguém que deixasse um presente em baixo da árvore para ao menos fingir que o bom velhinho existia.

O karaage(frango frito, crocante e bem temperado) foi colocado mais uma vez sobre a mesa e Kushina virou-se para ajeitar um enfeite que havia saído do lugar

— Organizastes uma bela festa, Kushina. — Comentou a hokage tirando seu copo de saquê da boca — É uma das melhores ceias de natal que já participei.

—Obrigada, Tsunade! Ou agora devo chamá-la de Tunade-sama? — Perguntou brincalhona q com aquele sorriso a lá Uzumaki, afinal, Kushina nunca deixaria de ser o demônio ruivo de Konoha.

— Só não me chame de vovó Tsunade como sue filho. — Resmungou — Posso até ter a idade de uma avó, mas com toda  a certeza não pareço e não quero ser chamada de vovó.

— Irei tentar. — Garantiu cruzando os dedos e os mostrando para a Hokage que gargalhou com vontade. Kushina parou de sorrir quando voltou a observar Naruto, que agora, juntamente com a Namorada, conversava com o também casal Sasuke e Sakura.

— Apesar de tudo ele teve momentos alegres. — Estava escrito nos olhos de Kushina o quanto saber que ficou distante do filho a machucava, e Tsunade podia ler aquilo sem muito problema.

— Eu fico pensando no quanto ele precisou de uma família , Tsunade. Porque as coisas tinham que acontecer dessa forma? Eu não deveria ter saído da vila naquela noite. Ou sei lá, talvez tentando ajudar Minato de alguma forma a vencer aquela raposa, ou até mesmo deixado de ser covarde e ter continuado na vila para enfrentar meus medos.

— Sabe, Kushina, quando conheci o Naruto, o terceiro Hokage, meu sensei, havia acabado de ser sepultado após morrer pelas mãos de Orochimaru. Naruto e Jiraya foram me procurar para dizer que eu havia sido escolhida como Quinta Hokage da vila oculta da folha. — Tsunade respirou e prosseguiu — Não aceitei muito bem, na verdade achei horrível, a ideia de ter que governar Konoha. Para mim a vida como Hokage era um sacrifício desnecessário, Naruto não gostou nada disso. Sabe? O sonho dele sempre foi ser Hokage, e não duvido que um dia ele venha a conseguir. E o hiperativo do sue filho acabou fazendo com que eu mudasse de ideia com uma simples aposta.Talvez, Kushina — Disse ela para encerrar— se você não tivesse ficado longe do Naruto durante todo esse tempo, ele não tivesse se tornado o rapaz de caráter que ele é hoje.

— Obrigada.— A ruiva agradeceu as palavras de Tsunade. — Oh meu Kami! Esqueci os biscoitos no forno.

Aquela era Uzumaki Kushina, um pequeno corpo que abrigava um enorme, gigante, coração. Nunca perderia aquele jeito brincalhão de ser que seu filho, pela graça de Kami, também herdara. A vida tinha sido dura com ela, mas ali estava a prova de superação. Uma festa reunindo todos os amigos mais próximos.

Tsunade bebericou o saquê que ainda restava em seu copo. Diversas gerações estavam reunidas ali, e  a Senju havia acompanhado o desenvolvimento de uma por uma. Embora fossem ninjas que fariam de tudo por causa da missão que fossem designados, eles não hesitaram e dariam suas vidas por seus companheiros. Isso era o que Tsunade mais gostava. O que restava para ela, vovó, era observar e torcer para que no futuro eles fossem mais fortes do que já eram.

Olhou para o time sete que estavam reunidos todos na mesa conversando e rindo  de algo. Aquele foi um dos times mais problemáticos que ela tivera como diria o jovem Nara.  Mas foi um dos que também mais se desenvolver nos últimos anos. Aquela era a equipe que ela não pensaria duas vezes antes de designar uma missão rank S. Tudo bem que eles eram ninjas muito atrapalhados em certas coisas. A parte masculina da equipe quase sempre saia no tapa e no soco, e que a feminina quase sempre arrebentava a parte loira da equipe por brigar com a parte morena que no caso era o namorado da parta rosa.

— A Sasuke-kun. — Resmungou a rosada com a voz adocicada. — Porque você já quer ir embora?

  Por que não gosto de festas seria uma boa resposta, Sakura? —Disse simplesmente o Uchiha.

— Não, não é uma boa resposta , teme. — Intrometeu-se Naruto.— Você vai ficar até o final dessa  festa nem que eu tenha que te amarrar no pé da mesa com cordas de chakra.

— Até parece que você conseguiria me prender, dobe.— Disse Sasuke com um sorriso sarcástico. — Nunca me venceu em uma disputa.

— A é? — Naruto flamejou de ódio. — Vamos lá fora agora e lutaremos.

— Claro que não , idiotas.— Disse Sakura afastando os dois amigos que já se fuzilavam pelo olhar. — isso é uma festa de Natal, natal devo lembrá-los. Então nada de brigas e discurções  por hoje. — Virou-se para o namorado. — E você , Sasuke-kun, via ficar até a hora que eu disser que quero ir.

Os rapazes viraram os rostos depois de se encararem mais uma vez. E Sakura e Hinata caíram na gargalhada devido às expressões dos namorados.

—Hinata, Sakura! — A voz de Kushina se sobressaiu sobre as gargalhadas. — Venham cá meninas, por favor.

— Claro Kushina-san.— Disse Hinata que saiu acompanhada de Sakura em direção a mãe de Naruto.

— Ei, teme?— Chamou Naruto e esperou que o amigo o olhasse. — Quero voltar a treinar imediatamente.

— Quem não quer, dobe?— Ironizou o Uchiha.

—To falando sério, Sasuke. — Continuou Naruto.— É a única forma de controlar de uma vez por todas essa raposa maldita e proteger a vila e a Hinata.

— E o que você está querendo fazer?

— Acho que vou sair da vila por um tempo, levando a Hinata e minha mãe. Vai ser bom para acalmar as coisas com uns Hyuugas. Mas ainda não conversei com as duas sobre esse assunto. O que você acha?

— Se afastar novamente da vila, dobe?— Começou o Uchiha. — Pode ser uma boa no caso da Hinata com os Hyuugas, pelo que fiquei sabendo tudo ainda está muito conturbado, principalmente porque você quase acabou com a raça daquele Chiyo. Você que sabe Naruto. Converse coma Hokage antes de qualquer coisa.

— Vou falar com a vovó assim que passar o natal. — Concluiu Naruto. — E você o que pretende fazer agora? Nesse novo ano?

— Construir uma família. — Disse O Uchiha.— É tudo que pretendo para daqui em diante.

— Vai fazer o pedido, não é?

— Vou. — Sorriu.— hoje quando for leva- lá para casa.

— Boa sorte, Sasuke. — Naruto sorriu. — E quero ser o padrinho hein.— Gracejou Naruto em alta voz.

— Fala baixo, imbecil. — Resmungou o moreno. — até parece que um idiota como você poderá ser meu padrinho.

— Teme... — Gruiu Naruto...

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A confraternização durou até a madrugada. Na hora em que o relógio da sala marcou a meia noite todos começaram a se abraçar e desejar feliz Natal. Kushina chorou quando seu filho, Naruto, a abraçou. Ele ,como sempre, não entendeu nada.  Na hora de desejar feliz Natal para Hinata, Naruto fez com que ela ficasse vermelha na frente de todos os convidados, quando a beijou sem cerimônias.

Todos foram dormir tranquilos. Kushina continuou arrumando a casa enquanto Naruto levava Hinata até o apartamento que já havia sido completamente arrumado depois dos últimos acontecimentos.

O inverno estava chegando e o frio já era grande. Não era só pela falta de calor que Naruto e Hinata andavam praticamente grudados um no outro enquanto caminhavam. Na verdade precisavam ficar sempre perto um do outro, era como se o simples contato de suas mãos fosse o necessário para preencher todo o tempo que haviam ficado separados.

— Nossa nem acredito que conseguir rearrumar tudo em tão pouco tempo. — Comentou Hinata após encostar a porta da sala.— Tenten e Sakura me ajudaram bastante.

— Pois é. — Ele sorriu. — Temos que conversar sobre algo, Hina.— Ele viu a surpresa nos olhos dela. — Não é nada com que você deva se preocupar.

— Então pode falar.— Ela disse acompanhando ele até o sofá que ficava ao centro da sala.

— Estou pensando em sair da vila por algum tempo. — Ele soltou a bamba e ela sentiu o mundo desabar. Ele ira deixá-la?

— Sem mim? Você vai embora?— O medo era visível em seus olhos.

— Não, nunca iria te abandonar. — Naruto segurou o rosto dela entre as mãos e beijou-a nos olhos — Você vai comigo, se for o caso de eu partir mesmo, e ainda não tenho nada confirmado.

  Por um minuto pensei que...— A Hyuuga não concluiu a frase. Com o dorso da mão limpou as lágrimas que haviam se formado no canto de seus olhos perolados.

— Hinata,  por favor, entenda uma coisa: eu amo você e não importa o que aconteça nunca irei te abandonar. Jamais vou deixar você sozinha novamente, já nos bastam os anos que ficamos separados. — Ele a beijou de forma gentil. — Mais calma agora?

— Sim. — Respondeu a morena. — Mas porque está querendo sair de Konoha por um tempo, Naruto-kun?

— Bom, Hina, eu preciso continuar meu treinamento.— O olhar dele ficou compenetrado— Ainda não consigo obter total controle sobre a maldita raposa. Além do que, vai ser bom para você se afastar daqui por algum tempo. Sei lá, acho que isso pode ajudar na confusão no seu clã. Mas você não é obrigada a ir, Hina, é só uma ideia de minha cabeça maluca.

— E você acha que eu ficaria aqui sozinha enquanto você vai por ai treinando nesse mundo de meu Kami?— Ele sorriu — Óbvio que não, Naruto-kun E deixar alguma kunoiche se aproximar de você?Que ideia. — Era incrível a mudança que estar perto de Naruto causou em Hinata. Ela até mesmo era capaz de fazer piadas e comentários que com todo a certeza ela nunca faria antes de começar a namorar com o Uzumaki.

— E você acha que eu olharia para outra além de você? — Ele fingiu uma grande ofensa na voz. — Hyuuga Hinata só existe você para mim em todo esse mundo e mais ninguém.

— Promete?

— É uma promessa de vida, senhorita Hinata.

Hinata fechou a porta após a saída de seu namorado. As cois haviam mudado em tão pouco tempo. Nos seus mais loucos sonhos de adolescente apaixonada ela nunca imaginou que um dia estaria participando de uma ceia de Natal com a família de Naruto.

Ela podia se lembrar com clareza de todas as datas comemorativas que passou com o clã Hyuuga: nenhuma. Se ela soubesse que natais eram tão mágicos ela teria organizado uma simples ceia para sua irmã.

Mas a vida que levara em sua família não deixava brechas para demonstrações de afeto. E ela não fazia ideia de como não se deixava contaminar com toda aquela dureza de coração.

Tirou o casaco e o pendurou na cabeceira da cama. O cansaço era grande e tudo que ela queria estava na simples ação de se deitar e dormir.

O barulho de batidas na porta estragou seus planos. Com um suspiro pesaroso foi ver quem estava querendo fazer uma visita aquela hora da noite. Prendeu o cabelo em um coque desalinhado e abriu.

— Ha-na-bi? — Os olhos perolados de Hinata se arregalaram em surpresa.

—Não me convida para entrar? — Aquela era sua irmã mais nova. A sempre melhor e mais forte do que ela: Hanabi o orgulho do clã Hyuuga. Algo que Hinata nunca conseguiria ser.

— Desculpe, entre por favor. — deu espaço para sua irmã entrar e indicou um sofá no qual Hanabi se acomodou.

Era difícil classificar o que acontecia ali. A tensão era palpável no ar. se tivesse uma tesoura em mão Hinata tinha certeza de que conseguiria cortar um pedaço de toda atmosfera que estava na sala.

— Não sou de rodeios— Hanabi começou — Então vou direto ao assunto  — Os  olhos perolados da caçula demonstravam força, confiança, poder. Características que Hiashi sempre desejara ver em Hinata— Quero saber quando toda essa cena de sair do clã vai acabar? Ou contrário do que eu penso, você enlouqueceu de vez?

Por essa Hinata não esperava. Até mesmo Hanabi estava contra ela. Sua própria irmã estava exigindo que o tormento de Hinata voltasse.

— Não há nenhuma cena, Hana-chan. Eu realmente estou deixando os Hyuugas. E não penso em mudar de atitude.

— Está loucas?— A voz da irmã mais nova aumentou de volume— Deixar os Hyuugas pelo que? Um empreguinho como sensei daquela academia de baixa categoria? — Ele continuou — Por um namorado que tem um demônio aprisionado no corpo? Você sempre teve tudo o que quis dentro do clã. Vivia no luxo e agora está  jogando tudo fora por esse casebre. Acho que durante um treino você deve ter batido com a cabeça, talvez volte a si a tempo. Você tinha tudo, Hinata, não entendo como pode dispensar tudo isso.

— Eu poderia ter todo o luxo do mundo. Os melhores móveis, os mais bonitos yukatas, a melhor comida, o mais excelente quarto. Só que nunca precisei de tudo isso para viver. Apenas desejava um pouco de atenção e carinho, e essas duas coisas são uns dos itens que os Hyuugas não podem comprar.

— Atenção, carinho? Para que essas bobagens? Sentimentos desse tipo são para fracos. Você está a dois dias de se tornar a líder do maior clã de Konoha, e vai trocar tudo por atenção e carinho?

— É por amor. Não só pelo que sinto por Naruto-kun, mas por amor a mim. Se eu continuasse aceitando tudo que o clã, papai me impunha estaria morta. Você não pode ter ideia de quantas vezes tentei continuar vivenciados as coisas que sofri. Mas não consegui. Não foi apenas a minha mente, minha alma foi a ferida. Sofri na pele a dor física e foi mais do que suportei. Você conhece como papai é rígido, eu não consegui passar mais tempo vivendo sob a disciplina dele. E você também não precisa...— Era a chance que ela tinha para tentar salvar sua irmã— Se quiser pode vir para cá morar comigo.

— Nunca.— Concluiu Hanabi—Você acha que eu trocaria a minha vida dentro do clã por isso? Nunca! Se você não quer ser a líder de nossa família com toda certeza está sofrendo de um distúrbio mental. Você tem dois dias para voltar para casa.

Sem dizer nenhuma palavra Hinata se levantou e abriu a porta demonstrando que queria que Hanabi saísse.

— Pode ficar com a liderança e todo luxo do clã.— o Rosto impassível que Hanabi exibia fez com que Hinata se lembrasse do pai. — Posso está sendo covarde na sua visão, mas prefiro isso a morrer enclausurada. Minha casa estará sempre aberta para você.

— Papai tinha razão. Você não está ao nível dos Hyuugas.

— Eu amo você, Hana-chan. — Hinata não queria guardar ódio de sua irmã.

— Não preciso desse seu sentimento.

Sem olhar para trás a caçula da família principal seguiu seu caminho. Hinata fechou a porta e encostou suas costas na madeira. Nenhum barulho escapou de seus lábios quando ela começou a chorar.

Hanabi nunca havia falado aquele tom, daquela forma com ela. Hiashi havia destruído o caráter de sua filha mais nova e era doloroso para Hinata sentir todo o ódio e desprezo que existiam no coração de Hanabi.

Agora ela podia verdadeiramente acreditar que estava completamente abandonada por sua família. Até mesmo sua irmã a achava covarde.

Aquela, declarou Hinata, era a última vez que ela chorava por pessoas que não se importavam com ela.

Secou as lágrimas que restavam em seus olhos e se levantou para ir dormir. Talvez a ideia de Naruto fosse mesmo boa. Hinata tinha certeza de que precisava de um tempo para ficar longe da vila.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijos