Why Only Now? escrita por kinha-san


Capítulo 17
Capítulo 17




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Ainda era difícil controlar a respiração e os incessantes soluços que escapavam. Por que seu coração não explodira? Ela não tinha idéia. O sangue circulava velozmente em sua corrente sanguínea, impossível parar de tremer depois de ter sobrevivido aquilo. Fora uma experiência de quase morte, pois Hinata desejara morrer durante aqueles minutos se servisse para não ter aquelas sensações. Saber que já não corria o risco de ser tocada por aquele homem era um alivio para sua alma. Estava a salvo. Chiyo não poderia lhe fazer mais nada. Não queria voltar  a vê-lo em nenhuma circunstância.

 

Kushina fez com que Hinata se deitasse na cama do pequeno quarto. Abrira um armário e encontrou uma manta com qual cobriu a garota. Ela já havia parado de tremer, mas continuava a manter os olhos fechados e por muitas vezes chamou por Naruto. Era difícil ver todo aquele sofrimento refletido na morena e saber que podia fazer pouca coisa. Nunca esperou que algo como aquilo acontecesse. Não tinha total certeza, mas suspeitava que o responsável por aquilo fosse o suporto noivo que Hiashi escolhera para a filha. O líder dos Hyuugas estava verdadeiramente enlouquecido. Hinata merecia ter a mãe ao seu lado naquele momento, mas nem isso ela tinha.

 

— Ele conseguiu o que queria Hinata? — Kushina teve que fazer aquela pergunta. Seria um esforço humilhante para a Hyuuga responder, mas deveria dizer a verdade para que pudessem tomar as decisões necessárias.

 

— Não. — Sussurrou respondendo e Kushina suspirou de alívio. O estrago não era físico e sim emocional.

 

— Vai ficar tudo bem.— Tentou tranqüilizá-la enquanto acariciava os cabelos dela.

 

— O Naruto-kun...

 

—Já, já ele estará aí.— Pelo menos era o que desejava. Hinata pareceu aceitar aquela resposta, pois virou-se na cama e fechou os olhos mais uma vez. Seria necessário muito tempo para superar o ocorrido.

 

Kushina ficou sentada ao lado dela pensando no que poderia estar acontecendo do lado de fora do apartamento. Havia erguido uma barreira na parede quebrada, tinha medo de que Chiyo pudesse conseguir entrar ali. Temia também pela  vida do filho. Tomara um grande susto ao vê-lo com a transformação da raposa demoníaca. Naquele instante começava a entender o fardo que Naruto carregaria para o resto da vida. Doía imaginar o quanto ele devia ter sofrido quando criança. Sendo desprezado por abrigar a raposa demônio dentro de si. Queria tanto voltar no tempo e ter abraçado o garotinho solitário que ele deve ter sido.

 

Os ruídos de destruição haviam cessado e o coração dela aumentou os ritmos das batidas. Não sabia se ele tinha ganhado ou não. Por mais que ele tivesse quase descontrolado, tinha a certeza de que o filho não cometeria nenhum atrocidade. Tirar a vida de Chiyo poderia trazer muitas complicações, mesmo o Hyuuga merecendo aquele destino não valia apena Naruto estragar seu futuro carregando aquela morte. Ainda tinha várias coisas a se ver, qual seria a reação de Hiashi ao saber do acontecido? Se ele por algum motivo não fizesse o que deveria ela mesmo cuidaria de ensinar uma lição para ele.

 

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Kakashi estava chegando de uma missão fora da vila quando percebeu toda aquela agitação. Passara muitos anos treinando com Naruto para reconhecer o chakra dele quando deixava a kyuubiy escapar. Alguma coisa de muito grave devia ter acontecido para seu ex-aluno chegar aquele ponto. Antes mesmo de ir reportar a conclusão da missão foi averiguar o que acontecia. Encontrou um cenário de destruição perto do antigo apartamento que o Uzumaki ocupara. Ao se aproximar mais viu as quatro caudas regredirem com o grito de Kushina. Ficou esperando para ver qual seria o próximo passo de Naruto.

 

Havia sido uma grande surpresa, e choque, descobri que a esposa de seu antigo sensei não morrera no ataque da kyuubi há quase vinte anos. Quem lhe contara foi a própria Hokage. Pelo visto ela seria de grande ajuda com Naruto, já que conseguira fazer com que o filho retomasse o controle do bijuu enfurecido que habitava o corpo dele. Quando viu que o Uzumaki não pararia até tirar a vida do homem, que ele viu se tratar de um Hyuuga, decidiu interferir. Naruto perderia muito se concluísse o que desejava e ele impediria aquela desgraça.

 

 

Conseguiu parar o punho do loiro no último instante.

 

— Ele não vale a pena. Se fizer isso vai sofrer muitas punições Naruto, acho que esse cara não vale a pena, não é?

 

Naruto nada disse, apenas deixou que o homem caísse e se virou andando para o local onde era seu antigo apartamento. Assim que viu que outros ninjas cuidariam do homem ferido, Kakashi seguiu o loiro e o alcançou antes dele entrar em casa.

 

— O que o Hyuuga fez? — Perguntou

 

— Ele abusou da Hinata. —  Naruto cuspiu entre os dentes.

 

A coisa era mais séria do que ele pensava. Pelo visto aquele cara devia ter passado dos limites. Há muito que percebera a relação de Hinata e Naruto, mesmo sabendo que não era amorosa nunca duvidou que em pouco tempo aquilo se tornaria um verdadeiro romance. Pelo visto os problemas dos dois haviam começado a aparecer. A casa estava relativamente tranqüila, tendo em vista o que acontecera, quando eles alcançaram a sala. Naruto não falara mais nada desde então,e o Hatake apenas o seguiu. Foram até o quarto. Kushina estava sentada na cama ocupada por um Hinata envolta em cobertores. A mãe de Naruto também não falou nada. Apenas se levantou e puxou Kakashi pelo braço para que Naruto e Hinata pudessem ficar a sós.

 

 

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                         Era segunda vez em um curto espaço de tempo que ela a via tão frágil.  Pouco menos de vinte quatro horas antes ela estava em sua casa. Deitada na cama enquanto sofria dores devido aos treinamentos exaustivos. Agora estava ali. Mais uma vez debilitada por ter sofrido novamente pelas mãos da mesma pessoa. Começava a se arrepender de ter seguido o que Kakashi lhe falara e não ter matado Chiyo. Era aquilo que aquele crápula merecia. Sentou-se ao lado da morena  e chorou, não soube porque, mas chorou.

 

                         Talvez estivesse sentindo a dor por ela. Tinha certeza que aquilo estava sendo mais difícil para Hinata, e se houvesse uma forma dele ao invés dela passar por todo aquele sofrimento ele faria. Só não queria que ela sofresse. Podia imaginar agonia que ela passara, e pensar que a poucas horas ele a tinha beijado no sofá daquela mesma casa. Enxugou o rosto com o punho fechado. Ele tinha que ser forte por ela. Forte pelos dois. Ela precisaria mais do que nunca de todo apoio que ele pudesse oferecer, e ele não se permitiria afastar dela por nenhum minuto que fosse.

 

                         — Hina...— Ele sussurrou afagando o ombro dela que estava descoberto pela manta. A garota se virou para ele e o coração de Naruto se apertou ao ver tanto sofrimento naquele olhar perolado que ela lhe direcionou. Não falou nada só a abraçou.

 

                         Hinata aspirou demoradamente o cheiro dele. Era tão bom voltar a encontrar o seu porto-seguro depois de  momentos a deriva naquele mar tempestuoso que foram os últimos acontecimentos. As lágrimas voltaram com força. Ela apenas queria adormecer perto dele e descobrir que tudo não passara de um terrível pesadelo, mas sabia que aquela era a mais pura realidade. A sua triste realidade. Por mais que Chiyo não houvesse chegado a lhe tocar mais intimamente as marcas da violência não passariam tão rápido, disso ela tinha certeza.

 

                         — Ele machucou você? — Foi a primeira pergunta dele quando viu que ela já havia voltado a se acalmar. Pelas palavras que escutara sendo proferidas da boca do próprio Chiyo ele tinha feito coisas terríveis com Hinata.

 

                         — Não. — Ela respondeu terminado de limpar as últimas lágrimas. — Você chegou antes dele poder fazer qualquer coisa.

 

                         Ele não conteve o suspiro de alívio. Chiyo mesmo apanhando muito não havia desistido de atormentá-lo ao falar todos aquela atrocidades. Era um refrigério para sua alma descobrir que ela estava a salvo, e continuaria assim se dependesse dela.  Para sempre.

 

                         — Vou levar você ao hospital. Será melhor se for examinada por algum médico. Ele pode ter te machucado e você não percebeu, além do que, a baa-chan pode acelerar a cura dessas manchas rochas que ainda estão em sua pele.

 

                         — Hai. — Ela concordou. Não via necessidade de ir até o hospital, mas resolveu atender ao pedido dele.

 

                         —Sinto muito ter te deixado sozinha. — Ele começou. — Se eu não tivesse ido falar com a vovó...

 

                         — Você não teve culpa, Naruto-kun. — Ela o impediu de continuar a falar colocando um dedo sobre os lábios dele.— Você não podia imaginar o que poderia acontecer, ninguém podia.

 

                         — Ninguém mais vai te machucar. — Ele a abraçou. — Eu prometo.

 

                         — Eu amo você. —Sussurrou Hinata. — Obrigado por tudo.

 

                         — Eu também te amo. —Então ele a beijou.

 

                         Foi ótimo poder sentir o beijo de seu amado novamente depois do que havia se passado. Não tinha a brusquidão de Chiyo. Era calmo e amoroso, tudo do modo que ela queria, sem ser forçado. Já tinha certeza há muito tempo que não queria outra coisa a não ser continuar perto dele.

 

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                  O quarto do Hospital tinha a cor branca. Ela não gostava muito daquilo, era tudo muito igual e ela só queria um pouco mais de cor em sua vida. Naruto lhe carregara até ali, alegando que ela ainda não podia se esforça. Ela pensou em protestar, dizendo que se sentia bem o suficiente para caminhar, mas se aproveitou daquela oportunidade para ficar mais perto dele. Estava se tornando uma oportunista quando de tratava dele.  faria de tudo para continuar ao lado de seu amado, sem se importar com o que teria que fazer para conseguir seu objetivo.

 

                  — Já acabei, Hinata.— Falou a Hokage deixando que o brilho verde desaparecesse lentamente de suas mãos.

 

                  — Obrigada , Tsunade-sama. — Respondeu Hinata enquanto colocava um casaco que Kushina havia buscado para ela.

 

                  A Hokage deixou que Hinata se vestisse a sós e voltou para o corredor, onde um preocupado Naruto a  esperava. Quando ficou sabendo do ocorrido quase cometera um assassinato. Sua vontade era de trucidar o responsável por ter atacado Hinata , mas sabia que havia outros meios de puni-lo e o usaria todos. Soube também do descontrole de Naruto, mas não reclamou havia motivos suficientes para ele ter perdido o controle da Kyuuby.

 

                  — Como ela está? — O loiro perguntou.

 

                  — Me acompanhe. — Ela somente ordenou. E ele passou a segui-la. Entraram em uma pequena sala usada para descansos dos médicos.— Ela está bem. Teve algumas escoriações nas pernas e nos braços, além de uma costela fraturada, mas coloquei no lugar.

 

                  — O que vai acontecer ele? — Indagou cuspindo as palavras.

 

                  — Terei uma conversa muito séria com esse tal de Chiyo, e com Hiashi, é claro. — Tsunade suspirou.— Está na hora de pedir uma explicação a Hiashi sobre todas as atitudes dele.

 

                  — Só espero que paguem bem caro pelo que fizeram a ela. — Queria, na verdade, que os dois sofresse mais do que  Hinata havia sofrido. — Qual é a punição mínima.

 

                  — Não sei dizer. Tenho que analisar o caso primeiro. Com toda a certeza Hiashi tentará impor que o julgamento aconteça segundo as leis Hyuugas, e eu não sei muito sobre elas.

 

                  — A senhora acha que ele seria capaz de num punir a pessoa que tentou abusar da filha dele? — Aquela idéia o repugnava

 

                  — Não conheço mais Hiashi, Naruto. — Ela não podia dizer muita coisa. — Só espero que ainda reste um pouco de decência na personalidade dele.

 

                  — Ela já pode ir para casa?

 

                  — Pode sim. Não vai ter nenhum problema devido aos machucados. Tirei também aquelas marcas roxas.

 

                  — Obrigada. Pode me manter informado sobre o que vai acontecer?

 

                  — Posso sim.

 

                  — Tchau.

 

                  Ele saiu do lugar e voltou para o corredor do quarto onde Hinata estava. Bateu na porta e ouviu um “pode entrar” da parte de Hinata.  Ela estava parada em frente a janela, olhando para o céu. Já era tarde. Provavelmente em breve o relógio marcaria nove horas. Tudo acontecera tão rápido.

 

                  — Você já pode ir para casa. —Ele se aproximou mais dela. — Você vai ficar na minha casa, pelo menos por enquanto. A parede tem que ser reconstruída.

 

                  — Você tem razão. — Naruto entrelaçou sua mão com a dela.

 

                  — Está bem para andar ou quer que eu lhe carregue.

 

                  — Não a necessidade, posso caminhar perfeitamente. — Ela sorriu.

 

                  — Então vamos. — O loiro retribuiu o sorriso. Torcia para que as coisas não se complicassem mais.

 

 

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                  Encontraram-se com Kushina em frente a casa. Kakashi também estava lá. Na verdade ele carregava várias e várias caixas para dentro da residência dos Uzumakis. O demônio ruivo estava aprontando alguma coisa, disso Hinata e Naruto, tinham certeza.  Kushina sorriu ao vê-los.

 

                  — O que é esse monte caixa, kaa-san? — Ele já se habituara a chamá-la de mãe.

 

                  — Enfeites de natal. — Os olhos dela brilhavam ao pronunciar aquelas palavras.— Faltam uma semana para dia vinte e cinco.

 

                  — Jura?— Ele realmente tinha deixado aquela data lhe escapar.

 

                  — Eu posso ajudá-la a arrumar as coisas, Kushina-san?— Tudo o que queria era arrumar alguma coisa para poder ocupar seus pensamentos.

 

                  — Claro que  pode , querida. — O sorriso da ruiva se alargou. — Vamos dar uma bonita ceia para nossos amigos.  Naruto, ajude o Kakashi-kun a carregar as caixas. — Dizendo isso saiu com Hinata para dentro da casa.

 

                  — Kakashi-kun, é? — Provocou Naruto rindo do ex-sensei.

 

                  — O que você queria? Sua mãe me viu crescer.

 

                  — Kakashi-sensei... Assim ela parece mais velha do que é. — Respondeu gargalhando.

 

                  Passaram o resto da noite organizando os enfeites. Não penduraram nenhum, deixariam para o outro dia, mas separaram em caixa cada tipo. Kushina havia comprado muita coisa. Provavelmente se poderia iluminar Konoha inteira com aquele momento luzes natalinas que ela havia comprado. Enquanto via Hinata organizar os galhos da grande árvore de natal, Naruto percebeu uma coisa. Em breve seria aniversário dela. Não sabia ainda o que iria fazer, talvez ela nem quisesse uma festa, mas ele pensaria em algo.

 

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                  Hiashi estava em sua sala quando recebeu um pergaminho diretamente de um ANBU. Soube na hora que era uma mensagem da hokage, ANBUs só agiam por ordem dela. Já estava tendo problemas suficientes e agora ainda teria que comparecer a uma reunião urgente coma hokage. Guardou o pergaminho que tinha a cor amarelado em uma gaveta e voltou a se concentrar nos papéis a sua frente. Poucos minutos depois um Hyuuga entrou efusivamente na sala. Fez a reverência tão depressa que ela praticamente não existiu. Hiashi estreitou as sobrancelhas.

 

                  — Desculpe a intromissão, Hiashi-sama. — O Hyuuga começou — Mas acabamos de receber notícias de que Chiyo-sama foi atacado e ferido.

 

                  —Como? — O líder do clã não entendia como aquilo era possível.

 

                  — Não tenho certeza, mas parece que ele se envolveu em uma briga com Uzumaki Naruto.

 

                  — Pode se retirar, avise ao pai dele. — O homem saiu e Hiashi esmurrou a mesa.

 

                  Mas uma vez aquele Uzumaki estava envolvido com algo relacionado os Hyuugas. Primeiro Hinata sai de casa e vai  para perto dele, agora ele bate em Chiyo . Estava passando de todos os limites. Teria que tomar uma posição enérgica sobre aquele caso.

 


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Notas finais do capítulo

Oi pessoas.

Como estão todos?

Era para mim ter postado antes, mas fiquei dois dias sem net. Ai já viram, né?

Beijos