Why Only Now? escrita por kinha-san


Capítulo 18
Capítulo 18




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Ela teve pesadelos aquela noite, nele Naruto não aparecia a tempo para salvá-la. Acordou pingando suor. Seu corpo tremia e estava pálida. Quando percebeu que tudo não passara de uma ilusão relaxou. Ele não voltaria. Chiyo nunca mais iria machucá-la. Naruto havia prometido e ele sempre cumpria suas promessas. A mão que estava sobre o coração continuou lá até que Hinata conseguiu voltar a se deitar-havia se sentado na cama devido ao susto. Tinha medo de nunca conseguir superar o acontecido, temia não esquecer. Hinata não queria que aquelas lembranças continuassem na sua mente, mas parecia impossível fazê-las desaparecer.

 

Tirou a coberta que servia para protegê-la do frio. Tinha suado muito durante o pesadelo, não precisava daquilo. Uma das coisas que mais lhe tirava o sono naquele momento era não ter certeza de nada do que aconteceria em sua vida. Tudo acontecera tão rápido. Ela havia saído do clã Hyuuga, coisa que nunca pensara que um dia fosse se realizar na vida dela. Se houve dias de extrema tristeza, como o anterior, dias de alegria também existiram. Ela tinha Naruto, e isso era tudo que importava para que pudesse seguir em frente. Ele era sua luz guia, o responsável por ela não fraquejar.

 

Ficou com sede e se levantou. Não sabia se o quarto dele era sempre assim, ou se só estava arrumado por causa da estadia dela. Sorriu. A personalidade de sue namorado pedia por um aposento bagunçado, e aquele com toda a certeza estava muito bem organizado. As paredes tinham a cor branca, e o que mais mostrava que verdadeiramente aquele era o quarto dele, era única parede pintada de um laranja gritante lindo. Andou pelo piso de madeira clara sem fazer praticamente nenhum ruído. Sua garganta seca fazia com que ela desejasse ir mais rápido, mas andava devagar para não acorda ninguém.

 

Ao passar pelo corredor que a levaria até a cozinha viu as caixas de enfeites natalinas. Kushina era só felicidade. Dissera que adorava aquela data comemorativa. Hinata não sabia o que dizer. Aquele seria o primeiro Natal que teria. Os outros não contaram, passara no clã, trancada dentro de seu quarto. Teria pela primeira vez um natal com direito a arvore e pisca-pisca. Estava escuro, mas ela não sentiu dificuldade para encontrar o interruptor que acendeu as luzes do cômodo.  Quase pulou de susto ao ver Naruto parada analisando alguma coisa dentro do armário. As mãos que levou a boca serviu para abafar o grito.

 

— Hina?— Ele virou-se assim que a luz foi acesa.

 

— Me assustou, Naruto-kun.— Ela falou depois de tirar as mãos que tapavam sal boca. — O que está procurando uma hora dessas.

 

— Eu poderia fazer a mesma pergunta para você.— Ele retorquiu fazendo o sorriso de Hinata se abrir.— Mas estou com fome, quero lamém.

 

— Uma hora dessas? Isso não lhe fará  mal? — A água que bebeu ajudou sua garganta seca voltar ao normal.

 

— Ficarei com algo se não comer. — A face dele tinha uma expressão desesperadora. — Minha mãe não me deixa comer nenhum tipo de macarrão. Ela disse que é para me desintoxicar.

 

— Então você resolveu desobedecê-la? — Indagou Hinata mostrando um sorriso divertido.— Não acha isso errado?

 

— É errado querer desfrutar de uma das melhores coisas do mundo?— Naruto falou com seu tom brincalhão. — O problema é que não estou encontrando o lugar que ela colocou os pacotes de lamem que comprou.

 

— Isso é muito fácil de descobrir. —Ela ativou sua linhagem sanguínea e descobriu o esconderijo secreto de Kushina; um fundo falso  no armário perto da geladeira. Um bom esconderijo. — Estão em um fundo falso.

 

— Obrigado, Hina. — Ele falou depois dar um beijo rápido nela. — Não deveria estar dormindo? —Questionou franzido o cenho. Á água na chaleira começava a ferver.

 

— Eu tentei.— Ela não sabia se deveria falar a ele sobre o pesadelo. — Só não consegui.

 

— E posso saber o motivo para uma pessoa que se cansou tanto não conseguir dormir?—Colocava displicentemente a água quente sobre o macarrão que estava dentro do pote.

 

— Um pesadelo, só foi isso. — Ela tentou sorrir, mas ele viu a verdade refletida nos olhos perolados dela. Em poucos segundos já a abraçava, querendo fazer com que toda a dor dela sumisse.

 

— Não se preocupe com isso. — Na verdade, Naruto também dizia aquelas palavras para si próprio, também queria que tudo aquilo desaparecesse. — Nada de mal vai te acontecer.

 

— Hai.— Ela sussurrou. — Acho melhor ir comer se não irá esfriar.

 

—Tens razão. — Ele voltou para o lugar que ocupava anteriormente: uma cadeira posta em frente a mesa de mármore. — Agora volte para o quarto e tenta dormir.

 

— Humhum. — Ela bocejou.

 

 

Ele ficou sozinho saboreando o seu tão delicioso macarrão instantâneo. Pensava nela. O que poderia fazer para ajudar sua Amanda Hina a esquecer tudo? Sabia que não seria tão fácil assim, mas antes te se preocupar com isso tinha que pensar em outra coisa.

 

Deveria se preocupar com a punição que o causador de toda aquela situação receberia. Chiyo deveria receber a pior das piores consequências por ter ferido Hinata daquela maneira. Faria de tudo para que aquilo se concretizasse. Pensava se o pai de Hinata teria a mesma opinião que ele quando ficasse sabendo – talvez até já soubesse – o que Chiyo fez para Hinata. Seria inadmissível se ele não fizesse nada. Mas não devia pensar daquela forma, o pai de Hinata não seria tão mau caráter ao ponto de deixar com que ele não sofresse nenhuma punição.

 

Por muito tempo pensou sobre o que os Hyuugas teriam em suas mentes. Como o clã podia viver daquela maneira? Com separações entre as duas famílias? Para Naruto um clã tão grande como os Hyuugas deveria ser unido. Não separados em ramificações como a souke e a bouke. Não entendi o porquê daquilo. Todos não tinham o byakugan? Porque dividir as pessoas de uma mesma família? Neji devia ter passado muita coisa ruim, e o Uzumaki podia imaginar que Hinata também não devia gostar muito daquilo. Ela comentara que até mesmo era distante de sua irmã. Sentia que ainda teria que aprender muito sobre os Hyuugas.

 

 

&&&&&&&&&&

 

 

 

Hiashi percorria os corredores do Hospital de Konoha com seu passo ritmado. Há muito tempo que começara a andar daquela forma, com pompa. Como se cada passo que desse mostrasse as pessoas que ele estava em um nível superior ao delas. Fora criado daquela forma. Seu pai fora o líder do clã, seu avô também, assim como ele era. E também esperou por muito tempo que seu filho, que não tinha, torna-se líder do clã. Mas não sabia o porquê ter tido duas filhas, e um delas ser daquela forma.

Ele se perguntava no que tinha errado na criação de Hinata. Ela deveria se sentir a pessoa mais sortuda do mundo. Herdaria um clã inteiro em que poderia liderar, ser soberana, mas ela era fraca o suficiente para nem disso ser capaz de fazer. Ele já devia ter percebido que ela não serviria para aquele posto, só que preferiu se fazer de cego. Uma pessoa tão fraca como ela nunca conseguiria controlar os Hyuugas com pulsos de ferro. Hinata sempre fora delicada demais, se preocupando com o bem estar de pessoas inferiores quando não devia fazer aquilo. A certeza de Hiashi era a de que deveria ter tido mais pulso firme com a filha.

 

Chegou em frente a porta do quarto que Chiyo ocupava. Aquele rapaz sim era um excelente Hyuuga. Por muitas vezes se perguntou porque Tomoe não fora boa o suficiente para lhe dar um filho homem como aquele rapaz.  Mãe e filha eram muito parecidas. Hiashi desejava poder voltar no tempo e ter escolhido outra pessoa para se casar, Tomo não havia lhe trazido nada de bom. Apenas uma filha mais velha fraca e uma caçula que poderia servi para alguma coisa se ele se tornasse mais rígido.

 

Tudo por uma coisa desprezível chamada amor. Até mesmo Neji havia o traído se dizendo apaixonado por uma não Hyuuga.  Será que a loucura de Hinata poderia ser de alguma forma contagiosa? Ele só temia pela sua única esperança. Hanabi. Torcia para que os ideais sem fundamentos da filha mais velha não a tivessem contaminado. Hanabi era tudo que lhe restava para conseguir manter o ciclo dentro dos Hyuugas, isso, é claro, se ele não conseguisse trazer Hinata de volta. E ele tinha certeza que aconteceria. Hinata aprenderia que o melhor lugar era dentro do clã, por bem ou  por mal.

 

Chiyo estava em um quarto confortável. As paredes estavam pintas de um branco comum em qualquer hospital. A cama de ferro pintado de cinza estava no centro daquele espaço. O Hyuuga mantinha os olhos fechados. Tinha diversas partes do corpo enfaixadas. Os locais mais feridos foram o abdômen e os braços. Sentia dores terríveis. Os golpes que receberam não seriam tão graves se não tivessem vindo juntamente com o chakra da raposa de nove caudas. Aquele chakra vermelho era um tipo de veneno que o debilitava impedindo que se recuperasse mais rápido. Ele ainda se martirizava por ter perdido a luta.

 

Tinha quase obtido o que queria, e por culpa dele Hinata não fora sua. A mãe q não estava enfaixada apertou com força o lençol. O que mais detestava na vida era perder, principalmente para lixos como o portador da Kyuuby.  Era difícil confessar, mas sabia que havia falhado durante as batalhas. Deixara a aparência, e fama, da Kyuuby falarem mais alto. Tinha que admitir que o poder era de uma forma impressionante. Tal como esperado da besta lendária. Mesmo assim... Ele era um Hyuuga que fazia parte da família principal . Tinha a obrigação de ter ganhado a disputa.

 

 

Ouviu passos soarem no corredor e a porta foi aberta poucos segundos depois. Seus olhos captaram a imagem imponente do líder Hyuuga. Hiashi estava parado a alguns metros da cama e olhava com indiferença, como sempre.

 

— Hiashi-sama. — Mesmo com a voz fraca falou.

 

— Como está se sentindo Chiyo? — A pergunta foi feita sem nenhuma emoção, pura falsidade.

 

— Nada que eu não possa suportar, Hiashi-sama. — Ele também era direto em suas respostas.

 

— O que aconteceu, Chiyo? Algum motivo deve ter pro Uzumaki ter te atacado.

 

— Eu fui cumprir suas ordens. — Ele suspirou. — Tentei convencer Hinata-sama a voltar para o clã. Ele a apareceu de surpresa.

 

— Entendo. — Hiashi  voltou suas costa para a cama — A Hokage marcou uma reunião comigo. Daqui a duas horas ela faz questão de que eu esteja na sala de reuniões da vila. Realmente Konoha se esqueceu da força e tradição dos Hyuugas. Antigamente isso nunca aconteceria. Um Hokage não pode exigir que o líder dos Hyuugas comparecesse a uma reunião dessa forma. No tempo de meu avô éramos nós que convocávamos as reuniões. Os tempos mudarão. — O Líder do clã caminhou até a porta— Melhoras Chiyo, você ainda tem muito que fazer dentro do clã.

 

Haishi não era burro, sabia que havia algo a mais do que Chiyo havia falado. Só não sabia o que poderia ser pelo que ouvia falar do Uzumaki Naruto ele não era tão explosivo a ponto de sair atacando o Hyuuga. Pelos rumores que ouviu Naruto havia até mesmo liberado quatro caudas da Kyuuby. Havia algo de muito errado por trás de toda aquela confusão.

 

 


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Notas finais do capítulo

Eu sei que demorei pra caramba, mas tenho um bom motivo.
Não se vcs sabem mas eu faço pré vestibulas, e isso está consumindo meu tempo.

Espero q entendam e tenham paciência.

Prometo demorar menos.
Beijos