Capítulo 10

Mãe... O Dicionário PRIBERAM da Língua Portuguesa, trás o seguinte significado para essa palavra:

1. Mulher que tem ou teve filho ou filhos.

2. Animal fêmea que tem filho ou filhos.

3. Fig. Mulher carinhosa.

4. Protetora!.

5. Que é considerada a principal entre outras do seu gênero.

6.Mãe de família: mulher casada e com filhos.

Mais do que uma palavra, mãe é um sentimento que temos guardado em nosso peito. Em todas as horas de nossas vidas ela está presente, se não estar, desejamos que estivesse.

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O rapaz de olhos azuis e a moça de orbes perolados estavam sem saber o que fazer diante daquela situação. Aquela mulher de longos cabelos ruivos de um olhar azul escuro aparecera do nada da porta da casa do Uzumaki e desmaiara. O que fariam? Eles haviam a colocado no sofá vermelho vinho. O cabelo dela espalhado no estofado quase podia ser confundido pela cor do tecido rubro. Hinata verificou como estava pulsação da mulher e viu que estava acelerada.

— Ela pareceu ficar surpresa em te ver Hinata. — Falou Naruto depois de analisar a situação por alguns segundos— Você a conhece.

— Não. — Respondeu a morena — É a primeira vez que a vejo. Ela disse o nome dos meus pais Naruto-kun.

— Se ela não te conhece, pelo menos conheceu sua mãe. Não parece ser de Konoha, se por acaso eu a tivesse visto em algum lugar com certeza me lembraria.

— Acho melhor levarmos ela para o hospital. Se ela for uma turista é o melhor que podemos fazer.

— Não! — Disse Naruto pegando o corpo frágil da ruiva nos braços  — Vamos até a vovó Tsunade. Talvez ela conheça essa mulher.

— Você tem razão.

Os dois saíram da casa e Hinata trancou a porta, pois Naruto não pode fazer isso com a ruiva nos braços. Seguiram a passos rápidos, mas seguros, pelo caminho até o escritório de Tsunade. Ela tinha o peso que poderia ser comparado a uma pluma. Para Naruto ela deveria ter sido muito bonita quando mais nova, na verdade, ela ainda a achava bonita, mas de um modo que não soube explicar naquele momento.

Hinata tentava assimilar a possibilidade de a mulher desmaiada ter conhecido sua mãe. Ela mesma não se lembrava muito da fisionomia de Tomoe.  A mãe morrera cedo demais, e com o passar dos anos, a imagem que tinha dela foi desaparecendo. Será que quando ela acordasse poderia contar como fora sua mãe? Se eram amigas? Do que ela gostava? Pelo assombro da mulher sua querida mãe deveria ser muito parecida com ela. Hinata estava contente com isso. Tinha poucas lembranças, mas o que se lembrava era o suficiente para saber que sua mãe era uma das melhores pessoas que  já existiram.

— Parece que ela está lá Naruto-kun. — Disse Hinata quando viu a luz da sala de Tsunade acesa.

— Vamos subir. — Ele disse enquanto entrava no prédio.

Passaram pelos corredores rapidamente. A sala de Tsunade estava próxima.

A Hokage detestava quando tinha que ficar até mais tarde trabalhando. Maldita Shizune que arranjara aquela papelada de última hora. Poderia estar dormindo, ou tomando sakê. Só que não podia sair dali enquanto não terminasse de ver todos aqueles relatórios. O número de documentos seria bem maior se Hinata e Naruto não tivessem organizado os arquivos.

Naruto... Tantas coisas aconteceram na vida dela. Tudo foi rápido demais. Quando ela percebeu ele já tinha se tornado aquele homem responsável que era. Não poderia ter imaginado na época que o conheceu que ele se tornaria tão importante para ela. Jiraiya estaria mais orgulhoso dele do que já era se estivesse vivo. Durante todos aqueles anos o Uzumaki se desenvolvera. Deixou um sorriso brincar em seus finos lábios rosas. Ela sempre reclamava quando ele a chamava de vovó. Mas no dia em que ele se referiu a ela como Tsunade-sama, sentiu uma sensação torturante. Preferia vê-lo sorrindo.

— Baa-chan!— O susto que levou foi muito grande. Não esperava vê-lo ali àquela hora. Saltou da cadeira e o olhou. Viu uma massa de cabelo ruivo nos braços dele, não conseguia ver o rosto, mas pode perceber que era uma mulher.

— O que está acontecendo Naruto? — Ela viu Hinata atrás dele.

— Essa moça passou mal Tsunade-sama. — Foi Hinata que respondeu— Naruto-kun achou melhor trazê-la aqui para a senhora examiná-la. Ela não parece ser da vila.

A Hokage caminhou até perto de onde Naruto ainda continuava parado com a mulher ruiva em seus braços. Afastou o cabelo do rosto e quase desmaiou de susto. Ficou pálida, agora era ela que tinha a pressão baixa. Não podia acreditar no que via. Aquilo era impossível. Como ela podia estar vendo Uzumaki Kushina? Naruto não sabia de nada. O que faria. Respirou um pouco tentando controlar a erupção de sentimentos.

— Vamos levá-la para meu quarto. — A Hokage disse irrompendo pele porta— Depois que deixá-la, você Naruto, vai pegar os pergaminhos azuis em cima da minha mesa e levá-los para os guardas que estão no portão da vila.— Ela tinha que tirá-lo daquele local por enquanto.

— Mas eu quero saber o que aconteceu e quem ela é. — Ele resmungou seguindo a loira.

— Depois saberá. — Chegaram ao quarto e Naruto repousou a ruiva sobre o fuuton — Vá logo Naruto, Hinata ficará para me ajudar.

— Táh.— Ele saiu com um bico e reclamando das ordens da Hokage.

— O que posso fazer Tsunade-sama? — Perguntou Hinata se aproximando da Hokage que estava agachada do ludo da paciente

— Feche as janelas. — Ordenou — Está entrando correntes de ar.

Tsunade começou a emanar chakra verde de suas mãos. Não havia sido nada sério o que a ruiva tivera, provavelmente, o susto fosse a causa de tudo. Ajeitou a melhor no fuuton e a cobriu. Despertaria em pouco tempo. Agora tinha que pensar. O que faria quando Kushina acordasse?

— Como isso foi acontecer? — Sussurrou Tsunade baixo, mas a morena conseguiu ouvir.

— Isso o que Tsunade-sama?— Hinata estava curiosa, sua mãos se tocavam sem cessar demonstrando seu nervosismo — Essa senhora me confundiu com minha mãe. Ela conheceu minha mãe.

—É uma lona história, na verdade, nem eu sei de muitas coisas sobre essa história. Só quando ela acordar para poder nos dizer o que está acontecendo. — A Hokage suspirou desanimada.

— A senhora parece conhecê-la.— Comentou a Hyuuga

— Até demais. —A Hokage olhou para a ninja ao seu lado. Será que não estaria cometendo um erro ao revelar a verdade para Hinata? Foi então que se lembrou de que ela esteve bastante presente, mas do que a própria Sakura, nos últimos acontecimentos na vida de Naruto Lembrou-se das palavras de Kakashi no dia que o Uzumaki descobriu que era filho do Yondaime:

—Hinata e Naruto são totais opostos. — Ele falou — Ele é muito agitado. Ela é calma demais. Vai conseguir acalmá-lo. Além do quê, eles tem andado muito juntos ultimamente. Se você mandasse o Sasuke aqueles dois poderiam acabar discutindo, como sempre acontece. Confie em mim a Hinata conseguirá.

Decidiu o que fazer. Olhou mais uma vez pra Hinata e falou com tranqüilidade.

— Conheço-a desde garota. Na verdade, a vi crescer como ninja dentro dessa vila — Ela disse num tom nostálgico — Era a melhor amiga de sua mãe Hinata. — Viu a Hyuuga demosntar surpresa — Não há vejo há quase vinte anos. Para mim estava morta. Todos pensam que ela morreu no ataque da Kyuuby. Esse demônio ruivo! Todos os senseis a chamavam assim. O quarto Hokage também, mas depois mudou. Os dois mudaram. Ele passou a chamá-la de hime.

— Como? — Hinata queria ter certeza do que ouvia.

— O nome dele é Uzumaki Kushina, mãe de Naruto.

Ela deixou as palavras serem absorvidas pelo seu cérebro. Quando tomou verdadeira consciência do que tinha acabado de ouvir, deixou se queixo cair em espanto. A mãe de seu querido Naruto-kun? Mas...mas... não  havia palavras para terminar aqueles pensamentos que estavam em sua mente.

Olhou para mulher deitada no fuuton. Era linda. Olhando bem, podia ver que o contorno dos olhos dela era parecido com os de Naruto. Por Kami! Como ele reagiria. Não conseguia pensar. Seria efusivo, calmo? Qual seria sua reação? Mais uma vez a vida aparecia com mais uma de suas surpresas. O destino retornara brincar com tudo que o Uzumaki acreditava. Ela não sabia se ele resistiria a tantos golpes  em tão curto espaço de tempo. Pensando bem, quando ele assimilasse melhor tudo, sentir-se-ia imensamente feliz. Como aconteceu quando descobriu quem era seu pai. Talvez aquilo tivesse sido um presente dos céus para ele.

Naqueles momentos sua tristeza, seus problemas desapareceram ao perceber que Naruto seria feliz.  Já dizia Alexandre Herculano: O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros. Ela encontrava momentos alegras na alegria dele. Saber que ele estava feliz, a deixava contente. Faria qualquer coisa para ver aquele sorriso  maravilhoso constantemente no rosto moreno e belo dele. Lembrou-se de sua quase declaração, quando ele lhe perguntou como ela se sentia ao amar alguém que não correspondia aos seus sentimentos:

—Às vezes sinto raiva dele, por não gostar de mim. Mas na mesma hora que sinto raiva o amo, pois sei que não posso obrigá-lo a me amar. Quando me deito fico pensando que um dia as coisas possam ser diferentes, só que é difícil. Ele gosta de outra. Só que eu o amo tanto que seria capaz de ajudá-lo a ficar com ela. Não o culpo por não me amar, eu nunca falei a ele o que sinto. Acho que vai ser sempre assim. Eu me contento só em poder ver o sorriso dele, não preciso tê-lo só para mim para saber que o amo. Sei que o amo aqui dentro. — Ela colocou a mão sobre o peito — E mesmo que ele nunca venha me olhar com olhos de amor eu continuarei mantendo esse sentimento aqui, pois é isso que me mantém de pé.

Tsunade viu a mulher se remexer entre os lençóis e chamou a atenção de Hinata que parecia imersa em seus próprios pensamentos. Amorena não havia dado nenhuma palavra desde que a Hokage falara a verdade. Kushina abriu os olhos lentamente encarou o teto de forro marrom.  Tudo voltou a sua memória rapidamente e ela sentou-se energicamente. Não poderia ser um sonho. Olhou para o lado e viu o rosto conhecido de Tsunade. E o rosto de sua melhor amiga refletido em Hinata.

— Tsunade.— A voz dele estava embargada de emoção. Fez o que queria fazer. Abraçou a Hokage e chorou. A loira não fez nada. Não conseguia imaginar o que Kushina sentia, mas abai que deveria estar doendo demais. Descobrir que passara toda a sua vida pensando que seu filho estava morto.

— É bom ver você de novo demônio ruivo.— Aos poucos a respiração dela foi voltando ao normal e  a  mãe de Naruto soltou-se do braços da Hokage.

— É o meu Naruto mesmo? — Ela perguntou com os olhos marejados.

— Sim. — A hokage assentiu.

Kushina olhou para moça que parecia extremamente com sua melhor amiga.

— Tomoe ainda está viva?— Perguntou a Hinata. Que sentiu um aperto no coração ao se lembrar da mãe.

— Não.— Falou encarando os olhos azuis que se pareciam com os de Naruto —Eu tinha cinco anos quando ela faleceu.

— Eu imaginei. — Kushina olhou para as próprias mãos  no seu coloco e depois voltou a olhar para as duas mulheres ajoelhadas a sua frente — Acho que temos muito o que conversar, e eu quero ver meu filho.

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Ele resmungava consigo mesmo. A baa-chan fora muito mal o mandando levar aqueles relatórios para os ninjas que guardavam a entrada da vila. Acabara passando mais de uma hora lá, pois encontrou alguns conhecidos e não pode sair antes de conversar com eles. Estava doido para saber mais sobre a misteriosa mulher de cabelos longos e ruivos. Qual seria seu nome? De onde viera? Conhecia mesmo os pais de Hinata? Tantas perguntas, ele só queria chegar logo ao quarto de Tsunade e fazê-la todas. Na dou o mais rápido que pode. Não sabia o porquê de tanta ansiedade estar presente em si. Entrou no prédio Hokage e andou pelos corredores.

Parou em frente ao quarto da loira ao ouvir som de vozes, pode  concluir que a mulher á acordara.

— Eu imaginei. — Lembrou-se que aquele era a voz da ruiva — Acho que temos muito o que conversar. E eu quero ver o meu filho. — Então ela  tinha parentes na vila? Se fosse uma turista, provavelmente os estava visitando.

— Todos pensam que você morreu. — Ele reconheceu a voz da Hokage. Sabia que era errado ouvir , mas a curiosidade falou mais alto.

— Eu pensei que ele estivesse morto.— As coisas estavam se confundindo na mente dele— O hospital em que eu estava descansado sofreu um grande impacto com um dos ataques da Kyuuby. Tudo desmoronou. Mesmo fraca pelo parto consegui me salvar por pouco, mas com toda a certeza acharam que eu tinha morrido nos escombros. Fiquei escondida até que de repente tudo de acalmou. Foi então que ouvir os rumores sobre o selamento da Kyuuby— O coração do Uzumaki começou a se acelerar — Eu não conhecia nada sobre aquele jutsu de selamento. Pensei que os dois estivessem mortos. Ninguém soube me dizer o que aconteceu. Fiz o que achei melhor na hora. Não conseguiria viver aqui na vila. Não sem eles dois, as lembranças me atormentariam. Voltei para casa e peguei tudo que precisava para sair da vila. Não iriam suspeitar sobre o meu desaparecimento, achariam que tinha morrido.

“— Andei por um longo tempo até que encontrei um bom lugar para morar. Fica perto de uma pequena cidade. Lá vivi com minha lembrança até que resolvi visitar os túmulos deles aqui. E agora chego e descubro toda a verdade.” — Ele não sabia o que dizer, ainda não tinha entendido de quem as mulheres dentro do quarto falavam.

— Ele também que pensou que você tinha morrido. — A voz era nova mente a da Hokage — Por isso fez aquilo com o filho de vocês.

— Desmaiei de susto ao vê-lo. Eles são tão parecidos. — A voz da mulher estava embargada pelo choro, e aos poucos Naruto ia ligando as peças chaves do quebra-cabeça— Fico pensando que perdi tanta coisa. Não sei nada sobre ele. Sou uma completa estranha.

— Fique calma senhora. — A voz era a de Hinata — Tudo vai da certo.

— Obrigada menina. Você é muito gentil, igual a sua mãe. Eu quero falar com ele Tsunade-sama.

— Vai com calma. Ele não sabia até pouco tempo quem são os verdadeiros pais dele. Foi um choque descobrir tudo. — Ele prendeu a respiração ao ouvir as palavras de Tsunade

— Como? — Kushina esbravejou — Vocês passaram todo esse tempo deixando que ele pensasse que não tinha uma família?

— Ordens de Minato.

— Meu filho deve ter sofrido muito. — Ela virou-se para Hinata — Você é bastante amiga do Naruto?

Hinata iria responder, mas ficou paralisada ao ver a cena da porta se abrindo e um Naruto parado nela com lágrimas lavando seu rosto.

— Naruto... — Tsunade sussurrou. Ele ouvira tudo. Mais uma vez as coisas estavam fora de controle — Vamos Hinata. — Ela disse se levantando, seria melhor que mãe e filho conversassem a sós.

A Hyuuga se levantou. Seu corpo tremia. O que ria acontecer? Ele estava chorando. Sua vontade  era de abraçá-lo, mas Tsunade estava certa, ele e a mãe deviam conversar sozinhos.

Kushina ouviu o barulho da porta sendo fechado. Seus olhos ainda não tinham desviados, nem mesmo por um segundo, dos de Naruto. A tensão no ar era grande. Ali estava seu menino. Ela havia dado a luz a ele. Segurou-o nos braços quando bebê. Ele havia se tornado um  homem bonito.

— Sabe... — Ela sussurrou sorrindo sem graça — Pode se aproximar, eu não mordo.

Ele respirou fundo e deu passos incertos para perto dela. O que estava acontecendo? Tinha mesmo ouvido tudo aquilo? Era mesmo sua mãe? Ele não estava sozinho no mundo.

— A... — Ele tentou — A senhora está se sentindo melhor?— Foi a única  coisa que veio em sua cabeça para dizer.

— Sim. — Ela sorriu — E é só Kushina. — Outro momento de silêncio.

— É mesmo minha mãe? — Quem o visse com a mão coçando a nuca e dando aquele sorriso nervoso, nunca poderia dizer a situação que estava se passando ali. Mas aquela era a forma de Naruto tentar manter a calma em meio as surpresas da vida.

— Sou sim. — Ela não sabia se ele aceitaria — Sei que isso tudo é meio apavorante. Pode ter certeza que estou apavorada — Ela viu o sorriso belo de seu filho — Mas... eu passei dezenove anos, um mês e três dias — Naruto sentiu o coração se aquecer, era a quantidade de tempo que ele estava vivo. Ela não se esquecera dele — pensando que você estava morto. Deve ter ouvido.— Ele confirmou com um leve balançar de cabeça— Eu sempre ficava imaginando como você seria. E agora posso ver.

— Eu também ficava imaginado como a senhora era. — Sentado no chão em frente a sua...mãe. Não sabia como tratá-la, tudo era novo demais.

— Eu queria te pedir uma coisa Naruto. — Ela o olhou maternalmente

— Pode pedir.

— Será que você poderia me conceder um abraço.

Era tudo o que ela mais queria. Passara todos aqueles nãos imaginando seu pequeno bebê crescido. Queria tanto ter a sensação de tê-lo novamente em seus braços. As lágrimas já brotavam novamente me seus olhos quando ela o viu se aproximando. Ele estendeu os grandes braços e a contornou. Era tão grande quanto Minato. Mesmo que ele estivesse sentado, sua cabeça batia no ombro dele. Abraçou o mais forte que pode as lágrimas saiam como cachoeiras de seus olhos.

— Eu nunca me esqueci de você filho— Ela soluçou.

— Não chore, por favor. — Ele pediu mesmo derramando lagrimas de emoção.

Não podia acreditar. Sua mãe estava viva. Por um infortúnio do destino haviam sido separados. Mas agora ela estava ali. Era incrível a sensação de ser abraçado por ela. Diferente de tudo que já experimentara em toda sua vida. Os corações estavam acelerados. Duas almas que mesmo longe, nunca haviam sido completamente desligadas. Como a relação de mãe e filho pode ser tão forte? Ele queria descobrir. Tentou falar algo que em toda a sua vida teve vontade de dizer.

— Kaa-san ...