Meu Pecado escrita por Dálian Miller


Capítulo 7
Capitulo 6 – Primeira Vez


Notas iniciais do capítulo

Confesso que fiquei com um pouco de receio de postar esse capítulo, mas deixei ele bem light, porque sei que nem todos que leem a história têm 16 anos kkk

No mais, boa leitura!



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Passados alguns dias após a partida de Renan e Nick, o clima entre o ruivo e Arthur ainda permanecia como uma zona desconhecida, abrigando dois amigos como incógnitas. O hábito de realizarem as refeições juntos na cantina já não seguia roteiro algum, e apenas palavras de cumprimento eram trocadas. 

O mais novo, por vezes tentava reanimar sua amizade aparentemente esquecida, no entanto, embora Renan sentisse a mesma vontade, seu orgulho feroz impedia qualquer rendimento de sua parte e tornava falhas todas as tentativas. 

E por quase duas semanas permaneceram nesse impasse, até que Arthur decidiu quebrar o gelo e questioná-lo por qual motivo agira daquela forma com ele durante todos esses dias. 

No mesmo cenário do primeiro encontro, ele seguiu ao vestiário do time de basquete, encontrando seu amigo sob o chuveiro. A fumaça formada no recinto pelo choque térmico entre a temperatura local e a sentida dentro do vestiário tornava a visão um pouco embaçada, mas era o suficiente para poder ver aqueles cabelos ruivos serem destacados pelo vermelho vívido refletido por feixes de luz que penetravam da pequena janela de vidro na parte superior da parede. 

— Renan?! – Arthur o chamou parado em sua frente. 

— Arthur?! Que diabos você faz aqui? Por que entrou sem me avisar? Queria me espiar? – Balbuciou enquanto se cobria com uma toalha e com a face rosada, não pela água morna do banho, mas por sua timidez. 

Talvez eu quisesse mesmo espiá-lo, seu corpo é muito bonito, o cheiro de seu perfume é bom e ele é bem companheiro, ou pelo menos era, mas esse não é o foco. Pensou. 

— Eu queria falar com você, está estranho comigo desde o jogo contra o time do Nick; mal fala comigo, não almoçamos juntos e não está me dando atenção agora, enquanto estou falando. – Reclamou. 

— Não acho que esse seja o melhor lugar para conversarmos sobre isso. Me encontre na minha casa hoje à noite, às sete horas...e agora, podia me dar licença? – Redarguiu. 

— Tudo bem. – Disse sorridente.

Um fio de esperança surgiu com o convite. Discretamente, Arthur soltou um sorriso de canto de boca carregado de satisfação. 

Em sua mente ele deixou o local saltitando, mas não podia demonstrar seu lado infantil e sua fraqueza visível, então, optou por um simples e conveniente “até mais tarde então” e atravessou a porta do vestiário sem olhar para trás, quando bateu em um jovem de cabelos escuros que passava logo em frente. Ele pediu desculpas e continuou envergonhado.  

Muitos eram os questionamentos de Renan. A mudança para Drit’Flig havia causado uma avalanche de conceitos e gostos, mudando todas as regras de sua vida. Conhecer Arthur foi apenas o gatilho para uma explosão de sentimentos alimentada pelo contraste que Nick lhe causava, assim como o oxigênio é fundamental para o fogo. 

O dia passou tão rápido quanto a ansiedade do jovem de cabelos loiros aumentava. Ele mal podia esperar pela visita, seria sua primeira vez na casa do amigo em todo esses meses. 

— Será que devo levar alguma coisa? Será que os pais dele são legais? Como devo me vestir? – Em seu quarto, ele se questionava enquanto sua mãe apenas dava boas risadas com o nervosismo do filho. 

— Não precisa ficar tão nervoso, Tetsan. Vocês já se conhecem há quase um semestre e, não é querendo estragar seus planos, mas não é um encontro romântico para precisar se preocupar tanto. Garanto que ele gostará de você independente da forma que for vestido. 

— Você tem razão, mãe. – Murmurou cabisbaixo ao sentar-se sobre a cama e tirar a gravata. – Estou criando expectativas demais não, né? 

— Não fique assim, meu filho. Desculpa por te desanimar. Só não quero vê-lo triste depois. Renan é um bom rapaz, mas ainda me lembro muito bem do que aconteceu com você e Nick naquela época, não quero que se repita. – Sentou-se ao seu lado e o abraçou.

— Verdade. Então irei bem simples mesmo. – Sorriu. – Ainda bem que tenho a melhor mãe do mundo. – Retribuiu o abraço com mais intensidade. 

— Acho que já pode me soltar, Tetsan, ou se atrasará. – Sussurrou sua mãe. 

— Ainda não. – Brincou. 

Mais tarde, às 6:59 da noite era a hora apontada no relógio do quarto de Renan, enquanto suas mãos tremiam e a única frase que gritava em sua mente insistia em dizer “ele não virá”. Seu quarto, com suas estruturas cobertas por um papel de parede verde claro e símbolos do basquete espalhados, também possuía uma cama de casal próxima à janela, uma espécie de closet em frente a sua cama e sobre o centro, um tapete redondo e laranja, assim como uma bola de seu esporte favorito. 

— Sete horas, é acho que ele... – Foi interrompido pelo tocar da campainha. – Virá! – Terminou a frase sorridente, saltando da cama e descendo as escadas até a sala. – Pensei que não viria mais. 

— Não poderia deixar de vir. Posso entrar? 

— Ah sim, fique à vontade. – Afastou-se e o deixou passar. 

— Como não sabia se morava só ou com seus pais, não trouxe nada. – Disse Arthur.

— Não esquenta com isso, não moro com meus pais, e além do mais, comprei pizza para a gente, deve chegar a qualquer momento. 

— Amo pizzas! – Ressaltou sorridente. – Sua casa é bem grande para alguém que mora sozinho. 

— Minha mãe exagerou um pouco. Vem, vamos lá para o quarto. Pela janela dá para ver quando o entregador chegar e lá é mais confortável também. 

E assim seguiram até o pedido chegar. Embora Arthur permanecesse meio envergonhado, aos poucos foi se soltando e recuperando a sintonia que o fez se tornar amigo de Renan. Por outro lado, desde a chegada, o ruivo tentava não transparecer seu nervosismo, sempre encontrando novos assuntos para conversarem durante a refeição, característica que ele nunca demonstrou; falar muito não era seu forte. 

— É impressão minha ou você está andando em círculos com suas palavras, omitindo o principal motivo de ter me chamado? – O garoto o pressionou. 

Uma pausa foi feita. Ele havia notado a única coisa que seu amigo tentou mascarar por quase duas horas. 

— Você tem razão, não lhe chamei aqui para falarmos sobre assuntos aleatórios. Há algo que vem me tirando o sono com muita frequência, mas não sei como te contar isso... na verdade é a primeira vez que sinto isso tão forte... como se tentasse romper uma barreira que eu mesmo construí em meu peito e procurasse a liberdade, sabe?! – Murmurou sentado sobre a cama, com as pernas dobradas e uma almofada entre elas. 

Acomodado em uma poltrona ao lado da cama, o jovem de cabelos dourados levantou-se e sentou-se próximo ao amigo. 

— Acho que sei do que está falando. Não precisa ficar assim, tão isolado. Somos amigos, e você pode confiar em mim. Você sabia que os melhores momentos de nossas vidas vivemos durante o período em que estamos na universidade, ao lado de nossos novos ou velhos amigos? 

— Já ouvi algo do tipo... Arthur, você me acharia estranho se eu contasse que tenho sonhos diferentes... um tanto eróticos e ao mesmo tempo bizarros? – Passou as mãos sobre o cabelo como sempre fazia quando estava nervoso e as deixou na parte de trás da cabeça enquanto mantinha o olhar sobre os desenhos da almofada.

— Não, claro que não. Mas como são esses sonhos? 

— Geralmente estou na universidade, como de costume, mas seu amigo aparece repentinamente, se aproxima de mim... e... me abraça na frente de todos ou.... – Fez uma longa pausa. – Me beija e me toca. Acordo logo em seguida. Às vezes também te vejo em meus sonhos, mas é bem diferente, pois sempre ficamos juntos no campus, meio que já temos mais intimidade, então... com você acabo deixando acontecer algo, mas o que me deixa assim é, como posso dizer... quando olho para o cara comigo de novo, não é mais você, e sim ele... e eu gosto disso, nos sonhos, claro! – Balbuciou preocupado, como se tentasse amenizar seu depoimento.

— Renan, você é gay? – Perguntou diretamente.

— Você acha que sou? – Rebateu o questionamento com outra indagação.

— Posso fazer um teste? – Disse se aproximando de Renan, que se afastou em seguida.

— Depende do teste. 

— Deixe-me tirar isso daqui. – Arthur se aproximou novamente e, desta vez, puxou a almofada sobre o colo do amigo e tocou suas partes, sentindo sua excitação pulsante. – Como suspeitei! No mínimo você gosta de algumas brincadeiras com alguém do mesmo sexo. 

— Então, isso também me torna gay? – Insistiu na dúvida, ainda com as bochechas rosadas.

— O que acha disso? – Arthur agarrou sua mão e a guiou até seu corpo. Renan logo notou que ele também estava excitado e retirou a mão rapidamente. 

— Não precisa ter receio, já sei de seu segredo. Posso te ajudar e... – Friccionando a mão contra a elevação no short preto do ruivo, ele a conduziu, tocando seu abdômen definido e, em seguida, a desceu por dentro da peça íntima, intensificando a sensação de ambos através de seu toque. – Podemos fazer algo a mais, se quiser. – Sussurrou em seu ouvido.

— Acho que não seria uma boa... ideia! – Redarguiu, mas permitiu que Arthur retirasse sua blusa e o beijasse em seguida. – Espero não me arrepender... disso... depois. – Falou entre beijos e carícias trocadas. 

— Não vai. – Arthur, já sem blusa também, agilmente puxou o short de Renan, descendo a roupa até passar por seus pés e a jogou no chão. 

Após alguns minutos, durante seu ápice de prazer, Renan quase deixou escapar um nome despercebidamente.

— Isso até que foi bom, poderíamos fazer outra vez, Ni-Arthur! – Murmurou ao deitar-se para o lado. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? *-*



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