A filha de Juventas - A escolhida de Urano escrita por Luana Cajui


Capítulo 9
Olhos por toda Parte


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de me desculpar por demorar para postar esse capitulo, eu tive que esperar um tempinho até minha Beta revisa-ló e EU demorei muito para corrigi-ló, pois estou trabalhando e no meu tempo livre eu só quero descansar, mas agora eu cansei do nada e vou voltar a postar e escrever com mais frequência.

Eu gostaria de agradecer a Gabi pela paciência divina que ela tem comigo e principalmente, pelas suas orientações para que eu me torne cada vez mais numa escritora melhor.



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Capitulo 8

Olhos por toda 

Parte

 

As coisas no Olimpo as coisas andavam agitadas, com a recente batalha no Acampamento Meio Sangue e o sumiço dos cristais arco íris as coisas estavam piorando.

Zeus não podia mais fingir que nada estava acontecendo, a cada dia a Ascenção de Chronos batia em sua porta e seu exército enfraquecia enquanto o do inimigo ficava mais forte. A decisão do deus dos deuses foi convocar uma reunião de emergência, que, além de contar com a presença dos doze olimpianos, também contava com a presença das deusas menores, Iris e Hecate, e nos deuses maiores Hades e Hestia, mas esta reunião também contava com uma presença inusitada para o desprazer de Hera. Themis a titanide da justiça filha de Urano e a segunda esposa de Zeus, deus do trovão, também estava ali, acompanhada pelos filhos mais novos dos dois (após o fim do casamento deles).

Os deuses discutiam (ou gritavam, como preferir) uns com os outros enquanto tentavam decidir o que fazer, mas é claro que naquela bagunça ninguém ouvia ninguém, o que deixava a titanide muito irritada.

—Chega!– disse ela calmamente - Fiquem quietos.

De imediato as vozes dos olimpianos se calaram e todos olharam para a titã levemente curiosos.

—Vocês discutindo dessa maneira, me lembram dos meus irmãos.- disse ela- Vocês são completamente desunidos, não me surpreenderia nenhum pouco se o olimpo perdesse essa guerra...

Themis estava a ponto de perder a paciência que logo tratou de recobrar seu estado calmo , no entanto ela não teve tempo completar sua frase pois uma das figuras menores aos seus pés fez isso por ela.

—Para a sorte de vocês, os meus tios se tornaram cada vez mais ruins quanto ao quesito “União” com o tempo.

Pela primeira vez, desde o começo daquela manhã, os deuses (com a exceção de Zeus e Hera) notaram a presença das duas figuras aos pés do trono em que a Justiça estava sentada.

—Obrigada por chamar a atenção para nós, se levarmos um sermão depois por sua culpa, vou colocar remédio de ouvido na sua comida.

Uma das crianças ameaçou a outra, era um garoto idêntico a Themis, com os cabelos cor de trigo, relativamente longos e com o olho azul, ele parecia uma pessoa doente.

—Mexe com a minha comida que eu te jogo do primeiro precipício que eu ver!

Desta vez a ameaça partiu da outra criança, uma garota, também muito parecida com Themis, só que essa parecia saudável e segurava em sua mão uma bola azul com uma grande estrela amarela desenhada.

Zeus encarou as duas crianças com os olhos faiscando com eletricidade, os outros deuses, até mesmo Athena, chegaram a pensar que a ousadia dos mais novos conseguiu irritar o deus maior e que eles estariam prestes a virar pó, mas não com a mãe ali. A atitude do rei surpreendeu até mesmo Hestia.

—Crianças, esta é uma conversa entre adultos. -ele se pronunciou com paciência, olhando as mais novas divindades do panteão grego. -Por que não vão ver Geminedes? Tenho certeza de que ele vai adorar a companhia de vocês, ele gosta muito de crianças e a essa hora eu aposto que ele deve ter alguns doces prontos.

Os olhos da filha de Themis se iluminaram e como por consequência a bola que ela segurava em suas mãos estourou.

POOOU” – soou pelo salão

—Que tipo de doce? -perguntou a garota animada ignorando o desastre que aconteceu com sua bola.

—Tenho quase certeza de que é... torta de morango com chocolate.

Como de imediato, a menina se levantou e saiu correndo para fora do salão e a bola que havia sido estourada se reconstruiu na mão de Themis que a entregou ao outro filho.

—A acompanhe querido -pediu- e evite que ela estrague o apetite para o jantar de hoje com suas tias, não a quero mais hiperativa, pelo menos, não mais que o normal.

—Imediatamente, Lady Themis

Assim que o garoto deixou o salão, a titanide voltou sua atenção aos deuses.

—Peço desculpas por isso, minha filha costuma falar nos momentos menos apropriados.

—Não se preocupe -disse Atena- Já estamos acostumados afinal, temosAres em todas as reuniões. Não seria com a sua filha de 12 anos que nós deixaria ofendidos.

Logo os deuses voltaram ao ponto da reunião, os cristais de Iris.

—Os cristais da Névoa, como já sabem, foram roubados a quatro dias. -Voltou a explicar a deusa menor, sendo seguida por Hefesto.

—O sistema de segurança foi hackeado de alguma maneira, fazendo com que os cristais fossem redirecionados para lugares completamente diferentes dos que os que Iris havia escolhido em caso de invasão de seu templo.

—Como conseguiram fazer isso? -perguntou Demeter distraída com um ramo de trigo em suas mãos. -O seu sistema de segurança não era de última geração?

—Eu encontrei vestígios de magia nos sistemas. -Hecate respondeu, mostrando uma placa que algum dia deveria ter sido parte importante de algo(vírgula) mas que agora não passava de um pedaço de carvão meio esverdeado. -Para causar um estrago desses, o feitiço que foi utilizado deveria ser bem antigo, talvez para causar alguma praga e aqui está o resultado.

—As câmeras de segurança não filmaram nada. – disse Hefesto irritado.

—Nem poderiam – completou a deusa da Magia e da Névoa -pois elas se desativaram e reativaram sozinhas. -Afirmou.

—Ou seja, não tem como apurarmos quem foi o ladrão dos cristais -Queixou-se Atena, levando as mãos ao rosto, suspirando pesadamente -Então por que reunimos todos aqui? Themis saiu de seus afazeres e arrastou os gêmeos dela para cá, para nada?

—Não necessariamente – disse Hefesto – Iris disse que o ladrão pode tentar reaver os cristais, por isso ela convocou uma missão.

—Então seria uma boa ideia ficar de olho nos semideuses que iram tentar reaver os cristais, pois com certeza o ladrão tentará rouba-los. -Completou Hecate sorrindo, se divertindo com a ideia.

—E como vamos ficar de olho neles? Teria que ser 24 horas, já que eles podem ser atacados a cada momento. -Hermes encarou Hefesto, entediado. Poucos deuses falavam agora.

O deus dos ferreiros sorriu, retirando um dispositivo do bolso da camisa que vestia. O objeto em formato de esfera tinha o tamanho de uma bola de ping pong com boa parte de suas dimensões tomada por uma câmera e duas asinhas, um quase pomo de ouro para ser mais preciso.

—Vamos ficar de olho neles com isso aqui -sorriu o deus orgulhoso.

Todos ficaram em silêncio, observando a engenhoca de Hefesto. Hecate resolveu se manifestar, fazendo a engenhoca ir até ela.

—Com o feitiço certo, eu consigo fazer com que essas câmeras filme 24 horas sem serem vistas pelos semideuses. Vamos ter olhos por toda parte.

—Como saberemos que funciona? -Perguntou Hestia, se manifestando pela primeira vez naquele dia.

—Podemos testar agora – disse a deusa da Magia -Um pouco mais cedo, Iris teve uma visita muito oportuna em um de seus estabelecimentos essa manhã, isso não faz nem duas horas direito.

—O que eles queriam? -Perguntou Poseidon.

—Queriam saber como encontrar os cristais -Iris respondeu sem rodeios.

—A profecia não estava citava onde encontra-los. -Afirmou Apolo, para que Zeus não começasse um sermão para Iris, por ela ter ajudado diretamente.

—Enfim – Hecate continuou – Iris já tem dez câmeras na cola do grupo que foi a missão.

Ao apertar um botão no pomo de ou...quer dizer, da câmera um holograma apareceu no centro do salão, mostrando um grupo de quatro pessoas num vagão de grãos.

Apolo reconheceu de imediato um dos filhos mais velhos, este se mantinha ocupado mexendo numa mochila enquanto uma pequena figura dormia encostada em seu ombro.

—Quem é a menorzinha? -Hades arqueou uma das sobrancelhas, a garota lhe parecia familiar, mas ele não se lembrava de onde.

—Aquela é Mirage Grannor -Dionisio se colocou a falar -Ela é novata, chegou no acampamento a apenas alguns dias e quem está ao lado servindo de travesseiro babado é Leon, filho de Apolo e um dos mais dedicados curandeiros do Acampamento.

—Por que uma novata foi escalada para uma missão deste nível? -Questionou o deus dos deuses.

—Ah! Pergunte isso a ruiva. -A câmera deu foco na outra dupla que se encontrava no fundo do vagão, onde um casal discutia.

—“Daiana” essa dai me tira dos nervos, afrontosa demais pro meu gosto.

Os deuses encararam a garota de aparência peculiar, aqueles cabelos exageradamente vermelhos, os olhos alaranjados e a pele repleta de sardas a deixava muito parecida com Hestia.

Os semideuses discutiam fervorosamente.

Esta me chamando de mentirosa?” -acusou a garota.

O garoto se levantou do chão ficando cara a cara com a ruiva.

Eu não me surpreenderia, você mentiu quando chegou ao acampamento, mentiu sobre o tal acidente de Mirage. Eu não duvido que ela tenha realmente perdido a memória, mas algo não bate na sua historia...”

Os deuses observaram mais um pouco a discussão que destilava algumas verdades na cara de Daiana , quando a lateral do vagão foi arrancada e a ruiva caiu com tudo no chão. Com a cena repentina, nenhum dos deuses conseguiram encontrar palavras para usar naquele momento.

Rapidamente os quatro meio-sangues pularam do vagão e correram para o matagal, a fim de despistar os mortais.”

Os deuses observavam bem a garota ferida, mas por mais que a câmera tentasse focar no ferimento da ruiva, ela não conseguia.

—Porra! -xingou Hefesto

O deus levou alguns minutos até a câmera voltar a focar nos quatro novamente. Por sorte a magia que fazia a câmera seguir os meios-sangues não havia falhado. Ela ainda seguia os jovens pela mata, até eles chegarem a uma rua com um enorme casarão.

A deusa da sabedoria, assim que viu aquele casarão empalideceu, levando uma das mãos a boca em sinal de nervosismo, algo que não passou despercebido por seu arque inimigo e tio, Poseidon o deus dos mares.

O que houve?”— perguntou ele telepaticamente a deusa de olhos cinzentos. Em troca ele recebeu um olhar temeroso, que claramente o deus estranhou, Atena não se deixava intimidar.

Olha, eu fiz tanta falta assim?”

Voltando a encarar o holograma, os deuses viram a ruiva abraçada a uma de cabelos castanhos, esta, muito semelhante a Poseidon, com a exceção dos olhos que pareciam com os de uma serpente.

—Atena, me diz que não é o que eu estou pensando...-Poseidon encarou a deusa com o principio de raiva, torcendo para que Atena não lhe desse um motivo para estourar uma guerra.

O holograma mostrou o grupo passando por um corredor semiescuro. Pela linguagem corporal do filho de Ares, o mesmo estava dizendo estar muito desconfortável com tal ambiente. Se o grupo fosse atacado ali, teria poucas chances de fuga, podendo serem facilmente cercados.

Ao voltarem para um ambiente mais claro, a câmera mostrou um belo jardim selvagem que faria muitos deuses se sentirem em casa, no entanto a visão de três górgonas próximas a uma fonte, acabou que quebrou o clima.

—Sejam bem-vindos a Pousada das Irmãs “M” “

 

—Puta que pariu! -Hades sorriu ao ver tal cena e sorriu ainda mais com o conflito que se iniciou entre Atena e Poseidon.

Ambos os deuses estavam quase partindo um pra cima do outro, sendo mais preciso, Poseidon estava quase partindo para cima de sua sobrinha, sendo impedido por Zeus e Hefesto.

—COMO VOCÊ OUSOU ESCONDE-LAS DE MIM? -berrou ele a plenos pulmões, fazendo as estruturas do salão balançarem porém não as deixando abaladas.

—Eu não as escondi de você – disse a deusa ainda mantendo a calma, mas em sua voz era perceptível um pouco de temor, por sorte Hermes e Apolo haviam se colocado a sua frente, impedindo o avanço de Poseidon. Se um conflito entre eles começassem, Atena não teria muito o que fazer, pois não seria um conflito “bobo” para decidir o nome de uma cidade, como no passado, dessa vez ele teria motivos o bastante para uma guerra de verdade. – eu as escondi de todos. As mantive protegidas. Sabe o que aconteceria se os heróis ouvissem se quer falar que algo a mais havia nascido do sangue de Medusa além de Pegasus e do gigante? Seria apenas uma questão de tempo até que ela fosse caçada também.

Uma discussão havia se iniciado, mas logo se perdeu quando um terrível tremor atingiu o Olimpo, seguido por uma forte explosão, quase fazendo alguns deuses se desequilibrarem.

Themis se levantou assim que os tremores pararam. A titã parecia desesperada com alguma coisa, foi quando as portas do salão foram abertas.

Todos os deuses encararam a figura ensanguentada de Geminedes, ali parada, com os olhos demonstrando pleno choque, Zeus foi até ele, o aparando.

—Fomos atacados -disse ele com certa dificuldade – e levaram os gêmeos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanhar, se sinta a vontade para comentar, isso vai me deixar muito feliz