A filha de Juventas - A escolhida de Urano escrita por Luana Cajui


Capítulo 12
Se você entendeu o que ele disse, por favor me fala.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite semideuses e monstrinhos, estou na área novamente e eu lamento pelo sumiço pois eu estava sem celular e impossibilitada de escrever (eu não escrevo pelo PC) mas assim que consegui comprar outro eu não pude continuar enrolando em dar continuidade nas minhas historias mas entres eu tenho alguns recados para vocês:
O primeiro é que eu gostaria de agradecer todos que vem comentando em minhas historias, vocês não faz ideia de como isso me motiva e me deixa cada vez mais animada para escrever e a melhor parte é ler suas especulações e teorias enquanto estou comendo pão kkkk e falando em especulação eu gostaria da opinião sincera de vocês sobre esse capítulo.

Eu não tenho muito costume de fazer capítulos em primeira pessoa, na verdade eu não tenho costume nenhum e não tenho prática, então eu pensei “Vou fazer um capitulo em primeira pessoa pra aproximar o pessoal dos personagens e acho que seria bom começar pela Mirage já que ela tá bem apagadinha” então eu fiz esse capitulo maroto e espero receber algum feedback sobre a minha escrita em primeira pessoa, então é isso, boa leitura e bom capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723244/chapter/12

Por alguns instantes eu pude sentir uma forte rajada de vento atingindo meu corpo além da forte dor da minha cabeça quando ela atingiu o chão de pedra.

Já não bastasse o ataque de alguns dias atrás e a minha amnésia eu ainda ainda tinha que me ajudar caindo de cabeça nos lugares.

"Puta que pariu, vai ter azar assim lá na casa do caralho!"

Minha visão ficou escura por alguns instantes então as únicas coisas que pude ouvir além dos estragos causados pelo tremor foram os gritos de desespero que aqueles espíritos Lemures deram ao longe além da clara reclamação de Thomaz em uma língua estrangeira que eu não soube identificar de primeira.


Quando tudo pareceu voltar ao normal e o chão parou de tremer, me levantei do chão e minha visão retornou, não que isso significasse alguma coisa já que estava de noite...

...

Ah não... ah não, AH NÃO!

—TÁ DE DIA?! —Gritei inconformada.

Estava de dia e não um dia nublado, não, parecia que o Sol tinha espantado todas as nuvens do céu e resolvido que brilharia sozinho enquanto estivesse passando por ali, mas o mais estranho não era isso não e sim a Ilha.

Pompéia deveria ser ruínas altamente preservadas, assombradas por Lemures e repleta de estátuas de pessoas mortas só que naquele momento a vibe assombrada passava longe daquele lugar pois a cidade a minha volta deve ter voltado aos seus dias de glória com prédios que pareciam novos e feiras ao ar livre e REPLETO DE PESSOAS, PESSOAS VIVAS.

—Você só pode estar brincando com a minha cara! —as palavras de um certo alguém alcançou os meus ouvidos.

Bom pelo menos ele não tinha sumido e me deixado sozinha.

—Romanos! Por quê Romanos?! —ele exclamou.

Virei meu rosto para encarar Thomaz e a visão que tive não me foi muito convencional ainda mais pois ele me encarou de um jeito bem estranho arqueando as sobrancelhas, o filho do deus da guerra não estava mais com as roupas que usava ao sair do acampamento. O mais velho parecia ter saido direto de algum filme antigo sobre a Grécia Antiga, ele vestia uma túnica vermelha que ia até seus joelhos, tinha dois braceletes de ouro nos pulsos e uma sandália gladiadora.

Foi inevitável olhar para ele e apontar.

—Por qual motivo tu tá vestido que nem um rei grego?!

A cara que ele fez foi engraçada tenho que admitir mas a reação dele não, Thomaz fez o mesmo gesto que eu, apontou para mim e falou.

—E você que está parecendo uma sacerdotisa?! —falou indignado

Confusa com aquela afirmação, abaixei meu olhar para mim mesma e pude constatar que:

Teria sido melhor ter me chamado de Puta logo, era mais fácil.

Segundo minhas aulas de história com a mãe de Daiana eu estava vestida com um Chiton de tecido púrpura o tecido ia até meus tornozelos, eu também tinha uma gladiadora nos pés, minha espada tinha voltado ao formado de bracelete e o mais estranho era que tinha um diadema em meus cabelos, eu conseguia sentir o peso anormal sob meus cabelos, parecia que ele estava bem preso e não sairia tão fácil.

—Mas o que caralhos aconteceu?! — falamos juntos em uníssono enquanto apontavamos um para o outro.

Eramos o meme do Homem Aranha ambulante.

Aquilo era...estranho de fato.

Non servare! Duo Greek, subito apparuit illi. —um grito em outra língua foi ouvido não muito longe de onde estávamos.

Viramos o olhar e duas pessoas se aproximavam de nós, uma era reconhecível que era um soldado a segunda pelas roupas brancas supôs ser um cidadão comum ou algo do tipo mas, mesmo assim senti muita hostilidade vinda daqueles dois.

—Tsc! Odeio ter que lidar com essa gentinha! —murmurou Thomaz para mim.

—Gentinha?—perguntei a ele.

—Romanos.

"Como pode ter Romanos? Voltamos no tempo por um acaso?"

Não entendi a razão de continuarmos parados ali mas ficamos enquanto o soldado e o outro homem chegaram perto de nós.

Quis es tu, et in Pompeiano, quid agis?” ¹



Para a surpresa de mais ninguém, eu não entendi absolutamente nada do que aquele guarda estava falando, mas Thomaz parecia compreender bem o que aquele homem dizia e respondeu.

“Quod nihil Polis esse tam familiarem meum soror mea ingressus castellum hoc proposito.” ²


Pela cara que o homem fez ao ouvir a resposta de Thomaz, ele não deve ter gostado muito da resposta principalmente o guarda que ousou me olhar de cima a baixo.

"Soror tua? Spectat illa ut meretrix affirmat nihil aliud quam Graecae esse servum vobis tamquam de diis, et nihil mihi potius est, quam qui adorant mulier Aegyptia rat quis audet." ³


Quomodo audes dicere Pompeii gloriosa "oppido" Primum scire potest considerari secundum quod voluntas urbs caput Imperii Romani: nos gentibus barbara comminuet autem, quod est in mundo et super monte.” 4


Os dois homens pareciam exaltados por alguns instantes e o clima parecia ficar mais pesado, era dois "adultos" quase que gritando com dois adolescentes e pior uma delas não entendia nenhuma palavra de latim.

Olhei para cima e vi uma expressão de riso no rosto do filho de Ares e me perguntei o que tinha sido tão engraçado para ele estar quase rindo. Cutuquei o mais velho na cintura até que ele voltasse a atenção para mim assim como aqueles homens.

—O que eles estão dizendo?

Thomaz soltou um riso nasal e logo explicou rapidamente o que eles tinham dito e eu não pude evitar de quase rir.

"Segunda Capital de Roma?" Se continuamos mesmo em Pompéia eles deveriam avisar o vulcão então, pois ele não vai tardar em destruir essa cidade é só uma questão de tempo.”

Os outros três me olharam de modo estranho, voltei a olhar para Thomaz.

—O que foi, eles não entenderam o que eu disse, né?

Nem tive tempo de raciocinar direito sobre o que estava acontecendo, pois no instante seguinte bem diante dos meus olhos duas espadas se chocaram uma contra a outra e fagulhas voaram com o impacto dos metais.

Aquele soldado romano tinha atacado e por um tris o filho de Ares tinha bloqueado o golpe que iria me atingir, assim que vi isso meu instinto foi tocar o pingente em meu punho e em instantes o sabre estava em minhas mãos.

—Eles entenderam muito bem o que você disse! —ralhou o filho de Ares.

"Droga!"

Quomodo audet maledicere FILUM MUNDI CREATURA Pompei ludere? EST

Audes publicae sentient, Marte genitus ira” 5



—MIRAGE CORRE!

O instante seguinte foi como um borrão, não que eu não tivesse percebido o que tinha acontecido, mas eu não imaginava que poderia ser tão rápida assim.

O homem de branco que estava com o soldado estava armado com algum tipo de faca e tinha vindo na minha direção enquanto Thomaz bloqueava o outro pensando que eu estaria indefesa, mas não.

Quando aquele homem se aproximou, meu corpo agiu sozinho e o golpe que deveria ter me atingido passou raspando minha cabeça enquanto meu sabre atingiu o braço esquerdo daquele homem o perfurando a cavidade logo abaixo de seu ombro (axila certo?)

O homem gritou quando puxei o sabre de sua carne e tomei distância. Do ferimento sangue deveria ter jorrado mas não, do lugar atingindo começou a sair um líquido preto parecido com piche ou petróleo e ao ver aquilo o cara de branco soltou um urro assustador e aquilo me arrepiou inteiro.

Aquele cara não estava vivo, ele era um Lemure.

Vendo aquela cena bizarra, Thomaz chutou o soldado romano e num golpe com sua espada esquerda ele o decapitou e novamente ao invés de sangue o líquido preto estava ali.

Sem nem pensar direito, meu instinto foi correr e pelo visto eu não fui a única a fazer isso já que Thomaz também correu ao meu encalço.

—Filho de Marte, só se for lá na casa do caralho.

Thomaz tinha me alcançado rapidamente, mas não que eu estivesse prestando atenção nisso.

A gente deveria estar preso em algum tipo de ilusão com certeza, tinha pensado em viagem no tempo mas os Lemures "disfarçados" era uma dica de que essa teoria era furada o que me fez pensar, o que viemos buscar mesmo? Ah sim, o Cristal Vermelho!

"...eles convertem os que os mortais veem e transformam em algo que eles possam compreender..." —as palavras de Iris vieram a minha mente como uma luz de um raio no meio de uma tempestade.

A gente não tinha se livrado dos Lemures, eles só não pareciam ou não lembravam que estavam mortos!

—Oh Thomaz...Se sabe se...Pompéia...tinha...semideuses?

Minha respiração era ofegante e falar enquanto percorria um terreno instável não ajudava somando com o fato de que odeio correr, sempre que corro alguma merda sempre acontece.

—Pelo que eu saiba, a maioria dos romanos era mortal, só aqueles em posição de poder que realmente tinham sangue "divino" correndo em suas veias. —respondeu ele sem esforço

O filho da puta nem parecia que tava correndo, que raiva!

—Certo...e a tal da "névoa"... é para...tipo...os mortais...certo?


—Está sugerindo que isso de agora é efeito de algum cristal? mas eles não deveriam ter tanto poder assim separados.

E ele realmente não perdia o fôlego ao contrário de mim que precisei para após alguns minutos correndo.

—É...essa porra cobre...o mundo...certo? —perguntei com uma das mãos nos joelhos enquanto a outra segurava firmemente o fino sabre. —Cobrir...uma "pequena"...ilha no Mar...da Itália....não deve ser nada...

O mais velho ficou me encarando por alguns instantes em silêncio, me deixando desconfortável, eu não deveria

estar falando tanto como se tivesse certeza de tudo.

—Tem razão, cobrir a área dessa ilha não deve demandar muito trabalho para um artefato tão poderoso.

—Mas...se ele estava inativo até agora pouco, como ele foi ativado? —perguntei assim que recuperada.

—Daiana provavelmente, ao contrário de nós três ela correu diretamente na direção do Vesúvio, ela deve ter ativado alguma coisa por lá.

—Não explica o terremoto do nada.

—Não, não explica, isso pode ser sinal de outra coisa mas agora, com certeza nosso tempo deve ser curto, devemos encontrar o Leon e a Daiana o mais rápido possível.

Arqueei uma das sobrancelhas confusa com aquela resposta.

—Por quê? Não deveríamos seguir para o vulcão assim como íamos de primeira?

Thomaz suspirou e com uma das mãos ele segurou meu queixo e o virou na direção do temeroso vulcão.

Era possível ver uma nuvem de fumaça saindo de dentro do Monte, parecia insignificante mas algo dentro de mim sabia que aquilo parecia não se tratar de uma ilusão e isso não era bom.

—Se meus instintos estão certos e eles sempre estão, aquele Vulcão que esteve dormindo por tanto tempo está preste a entrar em erupção depois de muito tempo e acredite ele será capaz de fazer muito pior do que o que fez com Pompéia.

Aquelas palavras me fizeram arrepiar pois no fundo eu saiba que ele não estava errado e pior eu sabia que sair daquela situação não seria fácil pois afinal a gente teria que ir até o Vesúvio com ele quase cuspindo lava em nossa cara.

—A gente vai morrer! —falei sem pensar

—Estou contando com isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como a autora é muito boazinha que entende que seus leitores não são obrigados a saber o meu latim de google tradutor então segue a tradução:
1"Ali guarda! Os dois gregos que eu falei, eles surgiram de repente"
2"Quem são vocês e o que fazem em Pómpeia?!"
3"Pómpeia?Eu não fazia ideia de que estávamos tão perto da Polis, minha irmã e eu não tínhamos a intensão de entrar em uma cidadizinha como essa."
4"Sua irmã? Ela não parece mais do que uma meretriz grega que se diz uma serva dos deuses e você não me parece mais nada além de um rato egípsio que ousa adorar aquela mulher!"
5"E como ousa chamar a grandiosa Pómpeia de "cidadizinha" ? Saiba que logo essa cidade será considerada a segunda capital do Imperio Romano, iremos esmagar os povos bárbaros que vivem nesse mundo e destruir aqueles acima da montanha"
6-COMO OUSA JOGAR PRAGA A POMPEIA CRIATURA IMPURA? POR SUA OUSADIA SENTIRÁ A FURIA DE UM FILHO DE MARTE!