O Verdadeiro Mundo Pokémon escrita por Ersiro


Capítulo 17
Capítulo Bônus — Aquele que apaga


Notas iniciais do capítulo

Lembram quando eu disse que os capítulos bônus também serviriam para mostrar algo que acontecia fora do campo de visão de nossos aventureiros? Pois então, este capítulo mostra exatamente isso, algo que está acontecendo enquanto os nossos amigos se aventuram!
Espero que gostem desse capítulo curtíssimo, mas intrigante e misterioso.
Boa leitura! :)



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DIAS ATUAIS — EM ALGUM LUGAR DE TORAN

 

— SENHOR, CHEGARAM NOVAS INFORMAÇÕES.

O homem sentado em sua majestosa poltrona levantou os olhos e fez um gesto com má vontade com as mãos, chamando o agente para dentro. Um Mightyena seguiu o agente porta adentro.

— Me diga quais são — pediu o homem, de forma inexpressiva. — E guarde esse cão fedorento. — Estava falando do Pokémon.

— Na verdade, é uma hiena, senhor... – titubeou o subordinado.

O chefe lhe deu um olhar duro. Rapidamente, o agente retornou o Myghtyena para a Pokébola, pigarreou, meio sem jeito e enunciou:

— Conseguimos uma pequena revolta em Rocgris, na frente da casa de um dos governadores. Também em Luvander, na pequena fazenda do governador Bartolomeu, onde o celeiro e parte da casa foram destruídas pelo fogo posto pelos manifestantes.

O homem na poltrona acenou lentamente com a cabeça. Estava levemente satisfeito. O agente continuou:

— O plano de fazer os moradores de Acrogrey olharem com maus olhos para os Revolucionários tem surgido efeito. As notícias se espalharam de tal forma que chegaram até Bamboose e logo menos chegam aqui. A imagem dos Revolucionários está sendo manchada. — O agente deu uma pausa para respirar. — Alguns Revolucionários foram pegos, inclusive Roger, o líder do grupo levado para protestar na frente do Prédio dos Governantes. Nenhum Rocket foi pego e preso, mas antes disso, Roger teve uma discussão com o nosso Alberoni, líder do pequeno grupo de Rockets que mandamos para arranjarem confusões.

O homem na poltrona fez um movimento para ele continuar.

— Chefe, o fato é que todos os Revolucionários conseguiram se livrar da prisão e Roger não foi visto com eles, mas sim na companhia de outro grupo.

— Que grupo? — perguntou o chefe, perdendo a paciência e a satisfação momentânea de segundos atrás.

Houve um silêncio no aposento. O agente parecia estar decidindo se falava ou não.

— Fala logo, merda! — rugiu o chefe, ríspida e impacientemente.

O agente engoliu em seco.

— Ele está junto com as crianças. — Outra pausa. — Foram elas as responsáveis pela liberação dos detentos.

O homem deu um soco em sua escrivaninha e o objeto tremeu com a força do baque. Algumas folhas caíram no chão enquanto as restantes que ficaram no tampo da mesa se molharam de uísque que escorria de um copo virado.

O homem respirou fundo e se endireitou na poltrona. Bateu de leve os dedos nos lábios, pensando.

Quando falou, sua voz saiu profunda e seca.

— Quero que apaguem qualquer tipo de rastro que elas possam ter deixado. Não quero a polícia nem ninguém os perseguindo, só eu.

A ordem era explícita e pelo tom de voz, era claro que o plano não estava aberto para falhas. Tudo tinha que sair perfeitamente como ele ordenara.

O agente afirmou com a cabeça e ia se virando para sair quando o chefe voltou a falar:

— E apague esse Roger também. Ele é o que mais pode nos dar trabalho; pode fazer a cabeça do chefe dos Revolucionários para que ele quebre nossa aliança — disse essa última palavra com puro desdém. —  Logo agora que tudo está correndo tão bem... Apaguem ele mas não deixem que as crianças vejam. — Pensou por um momento e concluiu: — E tire aqueles dois carrapatos cantantes do caminho deles. Eles estão criando confusão demais pro meu gosto.

— Certo, Senhor! Vou providenciar para que tenham um fim silencioso.

O chefe fechou o cenho. O agente tinha entendido errado.

— Não, não! Não é pra matar os carrapatos cantantes. Só os tirem do caminho dos meninos sem os machucarem. — Fez uma pausa. — Agora Roger sim. Nele você dá um fim.


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