A Trouxa escrita por Bábi


Capítulo 9
O Beijo


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, peço perdão pela demora em postar. Ultrapassei dois dias do meu prazo final, mas ele está aqui.

Escrevi esse capítulo várias vezes e nunca me encantava. Reescrevia quase todo dia, até que hoje ele saiu satisfatório para mim. Mesmo assim, ainda não acredito que esteja 100%, então preciso da ajuda de vocês.

Leiam com o coração e com bastante atenção e me ajudem a coloca-lo em ordem. Conto com vocês! Aproveitem!



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Após a minha escalação para a Sonserina, a mesa sob a bandeira verde com o brasão de uma cobra se encheu de vivas. As pessoas batiam palmas e me cumprimentavam enquanto eu passava pelo corredor rumo a um lugar vazio. Era como se eu realmente fizesse alguma diferença dentro da casa.

Olhei para cada aluno sentado nos bancos, todos me encarando e dando vivas de pé, menos um. Ele me chamou atenção imediatamente pela expressão de surpresa e contemplação, ao mesmo tempo. Esse era Arthur, que não desgrudava os olhos de mim.

Ele não se movia, não expressava emoção ou qualquer pensamento, apenas me acompanhava com os olhos. Parei, então, no meio do corredor, a caminho de meu assento, e retribuí o olhar, o que pareceu impressionar e incomodar vários estudantes, não apenas na Sonserina, mas em outras casas também.

Imaginei como poderíamos ser mais ligados do que nunca com o meu ingresso á mesma casa que ele. Seríamos inseparáveis e completamente unidos. Contudo, isso não iria acontecer uma vez que a memória de Arthur não havia voltado e não tinha previsões para voltar. A recoberta da memória poderia levar dias, meses, anos ou, até mesmo, não ocorrer.

Mesmo não tendo aulas juntas por estarmos em períodos diferentes, estamos na mesma casa de Hogwarts que, como haviam me explicado, significava fazer todas as atividades juntos, como as refeições, reuniões e treinos para os jogos. Seria difícil encontra-lo todo dia, por esse motivo fechei os olhos e desejei ser deslocada para outra casa, mas isso não aconteceu.

Em contrapartida, Otaves me puxou pela mão e me direcionou para meu assento. Ele e Thomas sentaram perto de mim, onde pude ver a excitação por possuírem um membro a mais para sua casa. Mais do que isso, vi também o carinho que tratavam um ao outro, um diferencial que nenhuma outra amizade possuía.

Fiquei feliz por um determinado tempo, enquanto os encarava e percebia que eles se gostavam de verdade. A cordialidade e o cuidado um com o outro era aparente para quem prestasse atenção e a troca de olhares era frequente, mas sutil, o que me fez perceber que eles não queriam esconder o que estava acontecendo entre eles, mas não queriam que ninguém se intrometesse.

Quando dei por mim, havia uma imensa diversidade de alimentos em minha frente. Eram pratos que nunca havia conhecido ou visto antes e que seria impossível de experimentar em apenas um dia, quem dirá em uma noite.

Aparentemente apenas eu fiquei estupefata com o surgimento repentino do banquete e com a imensidão de alimentos e comidas que serviam os estudantes. Olhei para a mesa dos professores que permanecia sobre o palanque no final do salão de refeições, que descobri se chamar Salão Principal, e eles também se deliciavam com todos os alimentos oferecidos, como se não tivessem notado a simples aparição do alimento.

“Fique tranquila, é seguro. São Elfos Domésticos que preparam toda a comida de Hogwarts em m uma cozinha gigante que descobri ano passado. Ainda não encontrei o feitiço utilizado para fazer com que a comida preparada na cozinha, apareça aqui no Salão Principal. Só guarde um pouco para a sobremesa, ela é tão excelente quanto o prato principal. Posso me sentar ao seu lado?”

Com a minha permissão, Arthur, que estava em pé ao meu lado, se sentou e começou a conversar com seus amigos como se fosse uma rotina normal me ter ali. Ele me incluía na conversa, como no dia da fogueira, em que estávamos na floresta e eu fui atacada por uma Chimeara.

No final, ele estava certo. Assim que terminamos as entradas e o prato principal, a mesa foi limpa com rapidez e mágica, em que tudo apenas desapareceu, dando lugar a pratos cheios de sobremesas. Elas eram tão desconhecidas quanto os pratos principais, mas possuíam um visual magnífico e, algumas, eram tão simples que tive certeza que meu pai conseguiria fazer de casa.

Era tanta gente conversando e tantos assuntos interessantes que o tempo foi completamente perdido. A mesa foi limpa após o término das refeições completas, pessoas foram se retirando do salão e, aos poucos, tudo foi ficando vazio.

Thomas e Otaves decidiram dar uma volta pelo castelo antes de se retirarem para o dormitório, deixando eu e Arthur sozinhos, que conversávamos como se fosse a primeira vez. Eu não me importei em recontar histórias minhas e redescobrir traços dele, foi como se ele me conhecesse pela primeira vez e que estivesse gostando de mim.

Antes de sairmos rumo ao dormitório, Arthur pegou minha mão e me encarou, perguntando se, dentro do período que a refeição durou, eu havia olhado para cima e vislumbrado o teto. Um pouco confusa, não entendi o que ele quis dizer, mas me vi encarando-o, era tão magnífico que não há palavras para descrever.

Ele refletia a noite fora do castelo, um lindo e iluminado céu que refletia em meus olhos, como se eu tivesse saído da parte interna e corresse para os campos em volta. Delicadas velas pendiam sobre nossas cabeças, mas não estragavam a visão da tão linda noite.

É inimaginável como fui que não percebi isso antes. O nervosismo de não ser escolhida pelo Chapéu Seletor e ter a magia desmascarada parecia ser maior do que minha curiosidade quando entrei no Salão Principal.

Me perdi olhando para o magnífico teto, mas duas mãos em minha cintura me chamaram de volta para a realidade. Com isso, me virei para encarar os olhos castanhos de Arthur, mas não deu tempo, ele me beijou os lábios tão intensamente que, tudo o que pude fazer foi retribuir.

A sensação de ser retribuída, em um sentimento intenso, era magnífico. Nunca tive ninguém, nunca me senti confortável para conversar com alguém, mas Arthur me fez conversar pela primeira vez e contar a minha história. Eu havia me aberto com ele com relação a minha magia inexistente e criado laços que nunca possuí antes.

Me sentia segura e completa perto dele, como se eu pudesse ser o que eu quisesse e, mesmo assim, teria alguém para me apoiar e me consolar. Me sentia parte de algo importante e algo maior, no mundo bruxo, mas não conseguiria me manter sem alguém com quem compartilhar.

Fomos sempre eu e meu pai durante toda a minha vida e toda a minha infância, ele havia me ensinado a independência e a autoconfiança, mas esqueceu de me precaver que tudo iria embora. Quem me tirou isso foi Arthur, com seus lábios macios, com seu beijo intenso e com sua decisão súbita de me beijar.

Foi impossível não sorrir quando ele se desvencilhou de mim. Seus olhos me encaravam com um certo brilho presente. Foi como se o teto do Salão Principal, que refletia o céu, tivesse mudado de lugar e agora residisse em seus olhos. Nunca pensaria que, mesmo sem memória, ele me beijasse daquele jeito.

Fomos em direção ao dormitório da Sonseria, enquanto Arthur me explicava algumas coisas sobre Hogwarts. A primeira coisa que precisava saber era que, para conseguir ter acesso á ala reservada para nossa casa, precisaria de uma senha.

Assim que uma porta for aberta, eu veria a Sala Comunal da Sonseria. Ela possuiria um tom esverdeado em suas paredes, candelabros pendendo do teto e grandes tapeçarias decorando o cômodo, desde paredes até o chão. Uma lareira estava a espera de nós, assim como os grandes sofás verdes e grandes estantes abarrotadas de livros.

Arthur também me explicou que o elemento natural, ao qual a casa de Sonserina foi fundada, é a água. Por esse motivo eu poderia me sentir mais confiante conjurando feitiços que a envolvam. Além disso, o dormitório ficava sob o solo, dentro de um lago, nos mantendo mais confortáveis com relação ao ambiente, então seria possível ver animais marinhos rodeando nossas janelas por todos os cômodos de nossa ala.

Enquanto me explicava sobre nossa casa, íamos andando lado a lado pelos corredores vazios da escola. Cada novo ambiente que conhecia parecia mais monumental do que o anterior. Eram portas atrás de portas por todos os lados e, muitas vezes, elas não estavam ligadas a lugar algum.

Era importante que, principalmente no primeiro no de aula, eu não me aventurasse pelos corredores e salas vazias da escola. Muitas delas são encantadas para que, quem não conheça os domínios do castelo, fique preso e não possa cometer mal algum aos estudantes. Por esse, e outros motivos, ele seria o lugar mais seguro que eu possa conhecer.

Assim que chegamos perto de uma parede gigante, Arthur falou uma palavra e uma porta simplesmente apareceu e se abriu para nós. Ele deu alguns passos em direção a sala que havia sido aberta, olhou para mim e, com um sorriso em seu rosto, estendeu sua mão para que eu aceitasse. Entramos juntos na Sala Comunal da Sonserina e casa um subiu pra seu dormitório, após uma rápida despedida.


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Notas finais do capítulo

Então, seus lindos, o que acharam? Me digam com sinceridade e, por favor, não deixem de comentar! Cada palavra é importante para mim.

Espero vocês no próximo capítulo, que sairá mais rápido do que esse, prometo. Obrigada por me acompanharem até aqui.

Xoxo, Bábi.



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