Academia de vampiros - Sacrifício Real escrita por Jéssica Salvatore, Raíssa Duarte


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA ^_^



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Passamos a noite sorrindo e conversando. Resolvemos da uma volta pela praia. A lua cheia clareava os pontos escuros, e isso deixava alguns guardiões em alerta. Lissa havia dito que eu e Dimitri estávamos de folga. Dimitri não tinha gostado muito, mas Lissa estava séria e falou quase como uma ordem.
 - Você está aqui como meu amigo e não a trabalho. Dimitri aceitou depois de relutar um bocado. Mas nós sabíamos que se eles precisassem de nós dois, entraríamos em modo batalha rapidamente. Fizemos uma fogueira na areia e sentamos ao redor dela. O clima era de irreverência total. Eu fiquei sentada entre as pernas de Dimitri, e Lissa entre as pernas do marido. Era estranho falar de Christian como um homem casado e responsável. Ele sempre seria para mim o Christian encrenqueiro e sarcástico, que sempre dizia tudo na cara não importando quem fosse à pessoa.
 - Rose me contou Dimitri que enfim resolveu marcar a data do casamento de vocês. Fico muito feliz. Dimitri sorriu, e falou.
 - Obrigado. Se não fosse pela emoção dos seus votos, Rose ainda insistiria em esperar mais um pouco. Christian como sempre tinha um de seus comentários espertinhos para dar.
 - Até que enfim Rose. Dimitri conseguiu mesmo te segurar. Fiz cara feia para ele que não se importou. Então entrei num tópico que deixaria Lissa constrangida.
 - E aí Lissa, já resolveu aumentar a linhagem Dragomir? Eu quero muitos sobrinhos. Lissa corou um pouco e falou.
 - Ainda está cedo para eu pensar nisso. Além do mais não sei se Christian estaria preparado para ser pai. Christian fingiu ar de indignação e disse.
 - Se Adrian, que era daquele jeito consegue ser pai, porque eu não? Isso é um insulto a minha pessoa. O pequeno Declan fez de Adrian um homem mais sério. Ao mencionar Declan, Dimitri ficou tenso. Ele assim como eu sabia do milagroso nascimento do suposto filho de Adrian e Sydney. No fundo eu sabia que Dimitri adoraria ser pai. Mas eu não achava que eu estaria pronta para ser mãe. O meu relacionamento com a minha mãe não era perfeito, mas tínhamos feito progresso. No passado eu tinha muitos ressentimentos em relação a ela não ter me criado, e nunca ter ido me visitar. Mas com a sucessão de fatos desagradáveis nós acabamos nos aproximando. Até meu pai, que tinha ficado 18 anos longe da minha vida, havia aparecido. Nosso relacionamento como pai e filha ainda mal caminhava sobre as pernas. Mas ele já havia se mostrado bem paternal. Falar em atos paternais, acabei me lembrando do dia em que ele, Dimitri e minha mãe saíram juntos. Passei o dia inteiro temendo pela vida de Dimitri. Abe e Janine junto era uma força da natureza a ser considerada. Graças a Deus ele havia voltado são e salvo para meus braços. Minha mãe não havia gostado muito de saber que eu e Dimitri tínhamos nos apaixonado quando ele ainda era meu professor. Eu ganhei um puta sermão, mas no final ela estava feliz por mim. Ela disse que Dimitri era um homem bom e sério. E que por trás daquela fachada de durão, havia um homem que me amava muito. Ouvir aquilo da minha mãe me fez ver um lado dela que ela mesma mantinha escondido. Ela desejava ter tido um amor assim. Ela ainda era bonita, mesmo com a idade e a falta de cuidados com a aparência, minha mãe ainda era atraente. Eu às vezes via ela e meu pai se lembrar com saudade dos velhos tempos, onde eles se envolveram e nesse envolvimento eu fui concebida. Pensar neles se envolvendo fisicamente fazia meu cérebro sangrar. Então deixei esse tópico de lado e me concentrei nas mãos de Dimitri fazendo carinho nos meu cabelo. Eu sabia que ele amava meu cabelo, e tinha até sugerido que eu o mantivesse preso. Na época em que ele me treinava eu havia mencionado o fato de todas as guardiãs terem o cabelo curto para exibir as marcas molnija. Mas ele disse para não cortar. E assim eu fiz. 
     Acabou que alguns guardiões conseguiram relaxar e se sentaram com a gente. E aí a conversa ficou focada nas nossas batalhas. Cada guardião tinha uma história para contar sobre seus encontros com os Strigoi. Dava para ver nos rostos que eles não sentiam prazer naquilo. Eu fiquei focada em cada história, e Lissa também. Christian parecia sério, como se lembrasse do passado. Até que um dos guardiões me perguntou a respeito das minhas duas primeiras marcas. Aquela história havia corrido o mundo dos guardiões, e muitos não sabia muito bem como tinha ocorrido. Todos os olhos se voltaram para mim. Christian se mexeu como se me apoiasse. Então eu comecei.
 - Alguns amigos meus estavam revoltados com os ataques Strigoi que tinham ocorrido na época. Algumas famílias tiveram medo do perigo que isso significava e acabaram por fim indo todos para uma estação de esqui. Lá iriamos relaxar e ainda ficaríamos todos seguros. Só que meus amigos resolveram sair para caçar os Strigoi. Dimitri havia me contado que os Strigoi estavam se escondendo dentro de uns túneis num shopping em Spokane, e eu acabei contando ao Mason. Ele convidou outro amigo nosso, o guardião Castille e Mia Rinaldi, que na época só pensava em vingança pela morte da mãe. Eles a usaram para compelir o guardião deixa-los passar. Quando eu descobri fui atrás de Christian e pedi que ele me ajudasse a compelir o guardião para que eu pudesse passar. Só sei que encontramos os três na praça de alimentação do shopping com uma cara de desanimados. Eu tentei persuadir eles para irmos embora. Só que a curiosidade de ver os túneis com meus olhos foi maior. Assim que entrei vi umas letras na parede seguida de um X ao lado. Na hora minha cabeça fez a ligação. Aquelas letras eram as iniciais dos sobrenomes das famílias reais. E as que eles tinham atacado eram marcadas. Os Badica e os Drozdov. Nos perdemos na volta e fomos atacados por um grupo de humanos que trabalhavam para os Strigoi que nos mantinham refém. Passamos uns dias presos até que tive a ideia de Christian usar sua mágica de fogo nas braçadeiras que me prendiam. Conseguimos fugir, mas na saída fomos interceptados pelos dois Strigoi que queriam nos matar. Consegui distrair os dois, e meus amigos saíram. Só que Mason não queria me deixar só e voltou. O Strigoi foi rápido, ele pegou Mason pela cabeça e torceu o pescoço dele. Falar da morte de Mason ainda doía em mim, mas continuei.

 - Acabou que Mia estourou o aquário que tinha na sala e usou a água para sufocar o Strigoi mais velho. Eu corri e peguei um pedaço de um caco grande do aquário e perfurei o peito do Strigoi com ele. Fui até uma parede e peguei uma espada e com ela arranquei a cabeça da mulher. Por último fiz o mesmo com o outro Strigoi. O olhar que Lissa me dava era uma mistura de tristeza, compaixão e pesar. Christian parecia triste também. Ele com certeza se lembrava daquele pesadelo. Um guardião perguntou quantos anos eu tinha quando matei os Strigoi, e eu respondi. Alguns ficaram espantados quando souberam minha idade.
 - Você era muito nova. Dei um sorriso calmo e disse.
 - Eu tive um excelente professor.
Dimitri deu um sorriso e falou.
 - Você foi uma ótima aluna, e aprendia tudo muito rápido. Lissa estava feliz. Eu não precisava da ligação para ver isso no rosto dela.
 - Eu concordo com você Dimitri. Até hoje me lembro de quando Rose venceu você na escola no treinamento de campo. O aluno supera o mestre. Era engraçado a ver falar daquele jeito. Ali Dimitri fingia ser um Strigoi, e era a primeira vez que eu consegui vencer ele. Mas tarde quando de fato ele tinha sido transformado em Strigoi, eu não consegui mata-lo. Não por não ser capaz. Eu não conseguia pelo simples fato de ser ele, Dimitri, o homem que eu mais amava. Resolvi mudar de assunto. Eu queria falar sobre coisa boa. Então abordei a respeito do meu casamento. Dimitri ficou mais relaxado. O nosso casamento era na verdade algo quase impossível para os guardiões. O nosso mantra "Eles vem primeiro " não permitia que a gente se envolvesse com outra pessoa do mesmo jeito que eu e Dimitri estávamos. Nós nos amávamos muito, e isso era arriscado tanto para nós quanto para os Moroi que protegíamos. Dimitri estava empolgado então começou a falar.
 - Minha avó nunca erra Rose. Lembra o que ela disse a respeito. Que via um casamento no futuro? Acabei me lembrando das palavras da avó bruxa de Dimitri. Christian se meteu no assunto. 
 - O que a sua avó tem haver com isso? Eu olhei para ele, para que respondesse.
 - Minha avó é uma espécie de bruxa. Como a avó do Ambrose. Lissa deu um sorriso como se lembrasse da senhora Moroi que lia cartas de Tarô. 
 - A avó dele disse que via um casamento no futuro. Isso foi a 2 anos atrás. Christian ainda continuava curioso a respeito da família de Dimitri.
 - Eu ainda nem acredito que você seja primo do Adrian. Isso é surreal. Pra mim tinha sido um choque saber que o tio de Adrian, Rand, era o pai de Dimitri. E saber que ele havia batido no pai quando ainda era um garoto, o tornava ainda mais durão. Christian sorriu.
 - Vocês são primos e totalmente diferente um do outro. Dimitri disse.
 - Eu vim descobrir isso a pouco tempo também. 
Voltamos para outro hotel sorrindo e conversando. Os guardiões nos seguiam um pouco longe. Me despedi de Lissa e fui direto para meu quarto e de Dimitri. Tirei minhas roupas cheias de areia e fui direto para o banho. Dimitri veio comigo. Era maravilhoso podermos tá juntos por bastante tempo. Eu queria aproveitar cada segundo. Acabou que o banho se tornou mais prazeroso. Nos beijávamos, nos amávamos. Eu estava exausta. Toda a atividade recente tinha me esgotado. Deitamo-nos juntos, eu com a cabeça no peito dele, ouvindo os batimentos cardíacos, que soavam como música no meus ouvidos. Levantei a cabeça para olhar para ele. Eu não me cansava de admirar aquele rosto.
—Sabia que eu te amo. Ele sorriu e falou.
—Eu também te amo Roza.
Aquilo era o suficiente para me deixar feliz.


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