Academia de vampiros - Sacrifício Real escrita por Jéssica Salvatore, Raíssa Duarte


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

boa leitura



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Estávamos em uma praia do Caribe. Meus olhos estavam arregalados e o encantamento não era só meu. Lissa estava deslumbrada. O segredo que rondava o destino da lua de mel da rainha era simples. Nós não queríamos ter problemas com Moroi dissidentes, e muito menos com Strigoi. Um dos maiores motivos para a lua de mel dela ser na praia, era o desejo dela conhecer o mar. E o outro era por conta do sol. E havíamos feito uma pesquisa grande a respeito do lugar. E descobrimos uma coisa. Não havia nenhum registro de ataque Strigoi. A praia escolhida era uma da Jamaica chamada Doctor's Cave. Ela era conhecida  graças ao poder medicinal das águas com minerais. Isso com certeza havia mexendo com Lissa. Tudo que envolvia cura, já despertava o interesse dela. Pegamos um jato particular da corte, e tivemos uma grande comodidade. Como Lissa era a rainha, mesmo sabendo que não existiam registros de Strigoi, nós não iriamos relaxar com a segurança dela. Tínhamos ao total 20 guardiões, tirando eu e Dimitri.

     Chegamos ao hotel perto do pôr do sol, e a beleza do lugar era de tirar o fôlego. Eu olhei para Dimitri e dei um sorriso. Ele sorriu para mim e voltou a encarar a imensidão do mar. Eu sabia que ele olhava para aquilo com um misto de alegria e gratidão. Desde que ele tinha sido restaurado do antigo estado negro de Strigoi, Dimitri tinha se comprometido a aproveitar ao máximo a vida. Ele tinha recebido outra chance, e não iria desperdiçar. 
Nos registramos no hotel e para minha surpresa e da Dimitri, Lissa tinha feito questão de que nós não ficássemos juntos com os outros guardiões. Ela havia reservado um quarto só para nós dois. Assim que entrei no nosso quarto, fui recebida por um enorme e lindo quarto branco, em tons de pastéis e cinza. Era enorme, e a cama era ainda maior. Uma parede havia se transformado numa enorme parede de vidro com vista para o imenso mar azul. Joguei minha mala no chão e me atirei na cama. Dimitri estava parado, encostado na parede olhando para mim. Aqueles olhos antes sérios e reservados me comiam literalmente. Um calor subiu por todo meu corpo. 
  - Você vê algo que gosta aqui? Essa simples frase me levou para um passado cheio de lembranças. Dimitri tinha me pegado na posição comprometedora com um Moroi da realeza enquanto eu ainda era uma novata. Mas aquilo já não importava mais. Eu estava com Dimitri, o homem que eu mais amava nesse mundo. O homem pelo qual eu havia feito muitas loucuras. Dimitri deu um sorriso e respondeu.
  - Eu vejo muitas coisas, e não gosto delas. Eu amo elas. Dimitri veio na minha direção arrebatando meu coração. Ele segurou meu queixo e falou com um leve sotaque carregado de luxúria. 
 - Você é tão linda Roza. Tão linda e só minha. E então me beijou. Passei meus braços a redor do pescoço dele, e me deixei envolver pelos lábios famintos dele. Eu às vezes me sentia culpada por não ter tempo pra gente. Nem nas férias que havíamos tirados tempo para ficarmos juntos, e não conseguimos nos livrar do dever de cuidar dos nossos protegidos. "Eles vem primeiro", era um ditado Dhampir que estava arraigado nas nossas mentes. Ele entendia, mas mesmo assim eu não deixava de sentir aquela pontinha de culpa. Dimitri me deitou na cama e subiu a mão pela minha coxa, me encaixando nele. Ele me beijava com afinco, descendo os lábios pelo meu pescoço. Cada toque dele acendia uma parte em mim. Separamos-nos só para podermos admirar um ao outro e voltamos a nos beijar. Com nenhuma dificuldade ele arrancou meu vestido, meu sutiã e minha calcinha. Ele ainda estava de cueca mais a excitação dele era visível. Dimitri sussurrava palavras em russo no meu ouvido, me excitando ainda mais. Cada vez que estávamos juntos era única. Cada célula do meu corpo pertencia a ele. Éramos feitos um para o outro. No meio daquilo tudo me lembrei da camisinha. Até o nascimento de Declan eu não me preocupava com a ideia de engravidar. A natureza tinha feito nós os dhampir estéril. Mas Declan era um aviso enorme de néon na minha cabeça de que eu poderia engravidar. Eu travei. Dimitri notando meu estado me encarou. 
 - O que houve Roza? Ele ainda continuou me acariciando. Mas eu não conseguia me concentrar mais nos toques dele. O medo de engravidar me fazia recuar. Dimitri entendeu e colocou meu rosto entre as mãos. 
 - Roza, você sabe que as nossas chances são mínimas. Nós já conversamos sobre isso.  Adrian acredita que só aconteceu porque Oliver era uma mulher. Eu fui restaurado, não você. Eu queria acreditar que as chances eram mínimas, mas uma parte teimosa do meu cérebro não queria arriscar. Mas em outra parte ele estava certo. Se fosse pra eu engravidar dele, já teria ocorrido assim que nós tivemos nossa primeira relação depois que ele fora restaurado. Dimitri continuou me olhando, daquele jeito que fazia meu sangue ferver.
 - Camarada, você me convenceu. E continuamos de onde havíamos parado. Uma mistura de amor, sexo e muita luxuria.
    Saímos do quarto e nos encontramos com Lissa e Christian indo para o restaurante do hotel. A aparência de Lissa estava melhor, e eu sabia que isso se dava pelo motivo de terem se alimentado. Nós havíamos feito todos os arranjos possíveis para que Lissa e Christian tivessem acesso a sangue, e que os alimentadores ficassem confortáveis. Trouxemos quatro jovens, assim eles poderiam ser visto conosco sem levantar suspeitas. Sentamos como se estivéssemos em um encontro duplo. Lissa usava um vestido verde jade combinando com a cor dos olhos dela. O cabelo estava solto, caindo como uma cachoeira emoldurando o rosto. Christian estava de bermuda e camiseta. Eu também usava um vestido. Dimitri parecia desconfortável sem o sobretudo de couro. Ele estava com uma calça folgada daquelas de treino, e uma camiseta preta. O cabelo estava solto do jeito que eu amava. Os outros guardiões se espalharam pelo restaurante. Além das estacas que todos nós possuíamos, estávamos armados. Eu particularmente não era adepta de armas de fogo. Porém desde que eu havia sido baleada, passei a encarar a arma com outros olhos. Eu não carregava uma, mas Dimitri sim. 
 - Lissa sabe qual foi o presente que o Abe te comprou? Lissa fez que não com a cabeça e Dimitri respondeu.
 - Um berço. A cara de choque de Lissa rivalizava com a cara de sarcasmo de Christian. 
 - Já estão pensando que devo abrir a fábrica é? Ouvi de algumas antes do casamento que eu estava grávida, por isso me casava às pressas. Eu sabia o quanto boatos poderiam encher o saco. Christian não se importava com boatos. Ele havia passado a vida dele marcado pelo erro dos pais. Mas Christian tinha provado o valor dele. Ele era um dos responsáveis por ensinar os Moroi a lutar com magia. Pedimos comida, passamos boa parte conversando. Até que tive tempo de conversar com Lissa sozinha.
 - Amiga, eu tenho uma novidade pra te contar. Se eu ainda tivesse o laço saberia o que tinha se passado na cabeça dela. Eu ainda sentia falta do laço que nós tínhamos. Por uma parte eu agradecia, pelo menos não entraria na cabeça dela toda vez que fosse se relacionar sexualmente. Mas às vezes ela não falava tudo que se passava na cabeça. Eu sabia que ela tinha um pouco de medo de um dia eu ir embora com Dimitri e deixar ela.
 - Lissa eu pensei muito a respeito de me casar. Eu vou marcar a data. A reação da minha amiga foi inesperada. 
 - Ah Rose, estou tão feliz. Mas temos que começar a providenciar logo os preparativos. Eu já consigo me imaginar te acalmando enquanto você surta com o vestido, com o cabelo e tudo mais. Ver Lissa desse jeito era radiante. Inspirava-me. Mas eu tinha que falar.
 - Lissa... Ela não me deixava falar. Tive que falar um pouco mais alto.
 - O que foi Rose? Não esta empolgada? Eu sorri e respondi.
 - Você vai mesmo fazer tudo isso Lissa? Ela me olhou espantada.
 - Claro Rose. Eu sou sua amiga. Você por acaso acha que eu poderia deixar você sozinha nesse momento? 
 - Lissa você é a rainha. Como vai ser minha madrinha? Lissa me olhou chateada.
 - Você não quer que eu seja sua madrinha Rose? Dei um sorriso enorme para minha melhor amiga. 
 - Claro que eu quero que seja minha madrinha. Você aceita me aturar durante a longa jornada pré-casamento? Me ver resmunga cada vez que tiver que provar um vestido, um sapato e até mesmo reclamar da escolha dos penteados. Lissa sorriu e disse sim.
 - Eu não perderia isso por nada.


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