Academia de vampiros - Sacrifício Real escrita por Jéssica Salvatore, Raíssa Duarte


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ^_^



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—O que? Foi como ouvir um quarteto falar ao mesmo tempo. As expressões delas eram de pura incredulidade. Eu não as condenava por isso. Se um irmão meu chegasse em casa com uma namorada dhampir dizendo que ela estava grávida dele eu provavelmente teria tido a mesma reação. Dimitri olhou para cada uma delas e repetiu.
 - Isso mesmo que vocês ouviram. Rose e eu seremos pais. Viktoria foi a primeira a se manifestar. 
 - Isso é impossível Dimka. Me desculpe dizer isso, mas é impossível. Você sabe muito bem que nós dhampir não podemos ter filhos com outro dhampir. Yeva fingia não notar o alvoroço que estava àquela situação. Ela continuou tricotando calmamente, como se nada daquilo estivesse acontecendo. Olena olhou para nós dois, e disse. 
 - Meus queridos, nós sabemos bem que uma dhampir só pode ter filhos com um homem Moroi. Ela não precisou dizer o que se passava pela cabeça dela, aquelas palavras foram o mesmo que me chamar de mentirosa e traidora. Ou pior me acusar de ser uma meretriz de sangue. Dimitri notou minha cara nada alegre com aquelas acusações, e resolveu interferir. 
 - Mãe eu posso explicar tudo. Mas só se me deixar falar. Karolina que antes estava calada falou.
 - Dimka não precisa ficar envergonhado de ter sido traído. Eu entendo Rose, às vezes a vontade de ser mãe supera até o amor que a gente sente pela pessoa que está do nosso lado. Aquilo foi o cúmulo. Ela me acusou na maior cara dura. Eu a entendia, mas me recusava ouvir aquilo. 
 - Eu não sou uma meretriz de sangue como você! Falei bem alto, para que ela ouvisse como aquilo me irritava. Levantei do sofá e corri para fora da casa. Não notei que estava chorando até Dimitri me alcançar. 
 - Rose pare. Eu não queria parar. Aquilo tudo estava me consumindo. Eu tinha sido acusada de várias coisas, mas ser comparada a uma meretriz de sangue doeu demais. Eu tinha feito um bom progresso esquecendo-se de quando eu fornecia sangue para Lissa. Até mesmo quando Dimitri se alimentou de mim. Eu quis esquecer tudo. Eu quis esquecer porque eu havia gostado daquilo. Eu realmente havia gostado de ser mordida. Quando eu ainda estava sendo feita prisioneira de Dimitri, eu ansiava pelas mordidas dele. Eu esperava angustiada sentir as endorfinas entrarem na minha corrente sanguínea, me dando um barato que me levava às alturas. Mas agora eu me envergonhava desse passado sujo.
Dimitri me puxou pela cintura e me abraçou. Ele sussurrava baixinho em russo enquanto fazia carinho no meu cabelo. Eu chorei, derramando toda a dor que sentia. Dimitri esperou pacientemente que eu me acalmasse.
 - Rose eu sinto muito por tudo isso. Eu não imaginei que essa fosse a reação da minha família. Eu cortei Dimitri antes que ele terminasse.
 - Eu as entendo. Eu também não acreditaria nessa história absurda. Só acreditei porque vi isso acontecer na minha frente. Vi o milagre que Declan é. Mas elas têm razão. É difícil acreditar. Dimitri me encarou por um bom tempo, e depois disse.
 - Vamos entrar. Elas ainda te devem desculpas. Dimitri segurou na minha mão, e junto voltamos para a casa. Quando coloquei o pé na porta vi Yeva falando com a filha e as netas. Pela cara que ela fazia, com certeza era uma bronca. Dimitri fingiu uma tosse e as mulheres Belikov se viraram para nos encarar. Olena foi a primeira a se desculpar. 
 - Nós sentimos muito pelo que falamos. Eu peço que nos perdoe. Ela demonstrava arrependimento. E isso me tocou profundamente. Eu dei um sorriso sem graça, que veio acompanhado de algumas lágrimas traiçoeiras. 
 - Eu que peço perdão pelo que disse. Encarei Karolina que estava com a face vermelha. Eu não sabia dizer se era de vergonha ou de raiva.                                                                 -Principalmente a você Karolina, eu não deveria ter falado aquilo. Karolina também sorriu, porém foi um sorriso mais acanhado. 
 - Eu errei Rose. Eu a acusei de trair meu irmão, sem nem ao menos ouvir o que vocês tinham a nos contar.
Voltamos para nossos lugares, e Dimitri contou tudo. A cada palavra, eu via crescer o espanto na face de cada mulher. Às vezes eu dizia uma coisa ou outra para complementar a história de Dimitri.
 - E isso é tudo. Concluiu Dimitri, depois de falar por quase uma hora. Olena olhou para mim, olhou para Dimitri e por fim disse.
 - Eu vou ser avó. Avó novamente. Essa criança é um milagre. Sorri para ela e disse.
 - Verdade. Um grande milagre.

    Depois de contarmos toda a história por trás do milagre da minha gravidez, Viktoria falou.
 - Eu quero ouvir a história de amor de vocês dois. Dimitri ficou surpreso. Ele nunca era pego de surpresa.
 - Você já sabe Viktoria como eu conheci a Rose. Não preciso dizer mais nada. Percebi que eu também queria saber como Dimitri tinha se apaixonado por mim. Então eu cutuquei até que ele resolvesse contar. Dimitri parecia um adolescente envergonhado mais acabou cedendo ao meu charme.
 - Já que vocês insistem tanto vou falar. Eu tinha sido convocado para trabalhar na academia de St. Vladimir depois da morte do Ivan. Acabou que eu fiquei responsável por ir encontrar a rainha Vasilisa, que na época era a princesa. Eu e outros guardiões fomos até Portland. Lá localizamos a princesa e Rose. Rose notou que nós tínhamos encontrado elas e resolveram fugir mais uma vez. Alguns guardiões que estavam lá naquela noite acreditava que elas tinham um exército de pessoas ajudando elas duas. Eu me escondi e esperei elas passarem. Percebi que Dimitri não havia mencionado a parte que eu estava fraca por ter alimentado Lissa. Ele não queria trazer a tona o "Meretriz de sangue".              - Eu e os outros guardiões cercamos as duas. Rose na mesma hora empurrou Vasilisa para trás e me ameaçou. Eu não demonstrei, mas na hora fui atingido pela beleza dela. A diretora Kirova havia me dado uma foto de Rose e outra de Vasilisa. Mas a foto não fazia jus à beleza dela. Sorri com isso. Dimitri tinha ficado impressionado com a minha beleza. Eu me lembrei que na época eu tinha achado Dimitri gostoso, mas a única coisa que importava no momento era fugir. Viktoria parecia está nas nuvens ouvindo a história. Eu também fiquei me sentindo boba. Dimitri tinha me achado bonita assim que colocou os olhos em mim.
 - Rose me atacou, e na época eu a golpeei com força, sem perceber o tamanho da força que eu tinha usado. Na mesma hora impedi que ela caísse. Dimitri continuou falando sobre a nossa volta à academia, e sobre os treinos extras que ele tinha ficado responsável de me ensinar. E como aquilo foi fazendo com que ele se apaixonasse por mim. Eu não imaginava a batalha que ele travava para me tirar da cabeça. Eu também tinha lutado bastante para esquecer aquela paixão que eu sentia. Mas a cada dia que passava só piorava. Dimitri falou sobre Tasha e a proposta dela, falou sobre o ciúme que sentiu ao me ver com Adrian. Sorri.
 - Ora ora camarada, eu não sabia que você tinha ciúmes do Adrian. Dimitri fez um carinho no meu rosto e falou.
 - Claro que eu tinha. E você sabia disso, e o tempo todo me provocava. As irmãs de Dimitri acharam graça. Sonya disse.
 - Quem diria ver o exemplar guardião Belikov apaixonado e com ciúmes. Dimitri contou  que não poderia aceitar a proposta de Tasha porque não conseguia ficar longe de mim. Mesmo que a gente não pudesse ficar juntos por causa de Lissa, ele ainda estaria perto de mim.
 - Depois que Rose havia sido sequestrada pelos Strigoi, percebi que nada mais importava. A vida da gente é curta demais. Então comecei a me aproximar mais dela. Até que Rose teve um ataque dentro do avião quando estávamos voltando da corte. Eu me senti impotente, vê ela naquela situação, e não poder fazer nada. Até que descobrimos que ela estava tendo um efeito por ser uma shadow-kiss. Dimitri resumiu a história até a parte do meu primeiro surto por causa da escuridão do espírito. Aquele era um momento tenso para mim. Eu tinha puxado tanta escuridão para mim que chegou um momento onde eu não me controlei. Parti com tudo para cima de Jesse Zeklos, e se não fosse Dimitri eu estaria perdida na minha loucura.
 - Rose estava irreconhecível. Furiosa, agitada. Não parecia em nada com a Rose que eu conhecia e amava. Ela ainda tentou lutar comigo, mas no fim ela retornou para mim. E aí ficamos juntos pela primeira vez. Eu fiquei envergonhada. A família de Dimitri estava ouvindo sobre a nossa primeira noite de amor. Eu ainda conseguia me lembrar de todos os detalhes daquela noite. Eu nunca tinha feito amor com ninguém. E Dimitri tinha sido fantástico. Ele era paciente, carinhoso e a cada toque dele, meu corpo entrava em chamas. Karolina falou sorrindo.
 - Quem diria Dimka quebrando as regras, dormindo com uma aluna. E ainda por cima na escola. Dimitri deu um olhar escandalizado para a irmã. Eu apertei a mão dele e disse.
 - Fica calmo camarada você quebrou as regras por uma boa razão. Além do mais, você não resistiu aos meus encantos. Consegui uma rara e descontraída gargalhada dele.
 - Tenho que concordar com você Roza. Foi impossível para mim. Você é muito difícil de resistir. Então continuando a nossa história, quando estávamos voltando para academia Rose recebeu uma notícia do amigo Mason dela. Ele disse que a academia estava sendo atacada por Strigoi. Na mesma hora um Strigoi atacou e eu o matei. Mandei Rose ir correndo avisar aos outros guardiões que a escola estava sendo atacada. Ela foi rápida e conseguimos matar vários Strigoi. Enquanto eu lutava eu não conseguia parar de pensar em Rose. Acabei com vários Strigoi. Quando fui atrás de Rose descobri que ela e Christian Ozera, que hoje é casado com a rainha tinha acabado com vários Strigoi. Ela com a estaca, e ele com a mágica de fogo dele. Os olhos das irmãs de Dimitri se arregalaram. 
 - Caramba! Essa é a primeira vez que ouço um estudante Moroi se arriscar dessa forma. Então eu falei.
 - Christian sempre foi adepto que os Moroi ajudassem os dhampir a acabar com os Strigoi. Ele até juntou um grupo de Moroi para aprender a lutar e a usarem suas mágicas de forma ofensiva. Quando Dimitri continuou a contar sobre tudo que tínhamos enfrentado para ficarmos juntos, me dei conta de como nosso amor foi forte. Em meio ao nosso sistema, em meio a nossa relação mentor-aluna, e meio a morte e a vida, nosso amor resistiu. E eu não imaginava minha vida sem ele. Quando a história terminou, vi os olhares sonhadores de todas elas. Eu sabia da história de cada uma, e percebi que elas também desejavam um amor assim. Viktoria falava animada sobre como era linda a nossa história, quando notou o anel de noivado que Dimitri havia me dado. Ela colocou a mão na boca e gritou.
 -  Ah Meu Deus! Vocês vão se casar. Dimka pediu você em casamento quando? Eu fiquei desconcertada. Dimitri deu outra gargalhada, e percebi que nunca tinha visto ele tão feliz.
 - Rose ainda não marcou uma data. Já faz dois anos que venho tentando persuadir ela a escolher uma data. Olena parecia ofendida.
 - Dimka meu filho, não foi isso que eu te ensinei. Já que estão aqui não vamos perder a oportunidade. Rose querida, não se preocupe, Dimitri vai se casar com você. Eu me espantei. Eu não queria me casar assim. Até parecia que estávamos há um século atrás, que se a moça aparecesse grávida tinha que se casar. Tentei tirar essa ideia da cabeça delas, mas foi impossível. Elas já estavam planejando tudo. Dimitri me deu um beijo e falou baixinho no meu ouvido. 
 - Não tem pra onde correr Rose. Dimitri se divertia com minha cara de espanto. Dei um beliscão nele e disse.
— Aonde foi que eu me meti? Além de grávida, agora eu iria casar.


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Notas finais do capítulo

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